Virtualidades


O Conselho de Ministros no Porto
Como esperado, foram anunciadas importantes medidas para o desenvolvimento da minha cidade, o que me deixou satisfeito. Contudo, será preciso fazer muito mais para as coisas evoluirem num sentido positivo, e aqui as responsabilidades terão de ser assumidas por todos os agentes sociais, incluindo obviamente os empresários e os políticos locais...

O Petróleo e o Iraque
Afinal os papões americanos não ficaram com tudo, como esperavam muitos. Foram anunciados os primeiros contractos com empresas petrolíferas, sendo contempladas as europeias Shell, BP, Total e Repsol YPF, as americanas ExxonMobil, ChevronTexaco, ConocoPhilipps, Marathon e Valero Energy, a Suiça Vitol, a chinesa Sinochem e a Mitsubishi.

Bush e os jornalistas

Uma das críticas que têm sido feitas a George Bush é o reduzido número de conferências de imprensa do seu mandato. Até agora apenas deu 8, enquanto Bill Clinton por esta altura já tinha dado 33 e o Bush pai tinha dado mais de 60. Pois bem, o Presidente deu a sua nona conferência de imprensa esta tarde.
Numa pose muito descontraída e até com algum humor à mistura, Bush após alguns meses de ausência, voltou a falar abertamente com os jornalistas. E assumiu as responsabilidades pessoais pelo polémico Discurso do Estado de União no ano passado, onde houve referências a material nuclear importado pelo Iraque de África. A ameaça da Al Quaeda não foi esquecida e Bush relembrou o que tinha dito após o 11 de Setembro, afirmando que os EUA ainda estão a combater a guerra contra o terrorismo e que ainda paira no o ar a ameaça de novos ataques.
Falando na actualidade do Iraque, Bush demonstrou-se contente com os progressos efectuados, nomeadamente com a morte dos filhos de Sadam Hussein, afirmando que a caça vai continuar a outros responsáveis pelo terror iraquiano. O futuro de um Iraque democrático e com liberdade foi apontando como o único objectivo que os EUA pretendem atingir.
Sobre as recentes criticas feitas à Conselheira nacional de Segurança, Condoleezza Rice, Bush defendeu-a veemente, afirmando mesmo que ela " é uma pessoa honesta e fabulosa e os Estados Unidos tem sorte de a ter no Governo".
Em relação a outros assuntos quentes da política internacional, referiu que mantém contactos com o Presidente Hu Huntao, tentando envolver as potências regionais no problema da Coreia do Norte. Em relação ao Irão, falou na necessidade de obter um consenso internacional, nomeadamente com a União Europeia no sentido de pressionar o Irão a não desenvolver armas nucleares, negando contudo que existam quaisquer planos de guerra para algum país do Médio Oriente. Um dos pontos mais positivos foi a procissão de fé que fez em relação a Abu Mazen, o Primeiro Ministro da Autoridade Palestiniana, acreditando verdadeiramente ser este um homem de paz e que sabe o caminho tortuoso que tem de percorrer para finalmente obter a paz entre dois povos martirizados por 50 anos de conflito.
Em relação a África, Bush voltou a comprometer-se com o seu plano de ajuda ao combate à Sida, que comporta cerca 15 biliões de dólares nos próximos 5 anos. Na questão Liberiana, reforçou ainda a sua posição em apoiar uma força de paz, impondo novamente duas condições para tal acontecer: Cessar Fogo e abandono do País de Charles Taylor.
Numa Conferência de Imprensa dominada pelos temas internacionais, o Presidente falou ainda da Economia, mostrando-se optimista com os últimos sinais dados e esperançado numa rápida recuperação. Outro dos assuntos referidos com a Campanha eleitoral que se aproxima, estando Bush bastante optimista que o povo americano o vai reeleger.

Bill Clinton

Bill Clinton esteve esta semana a falar em directo para o Larry King Live, num programa dedicado ao 80º aniversário do Senador Bob Dole, tendo sido muito simpático e elogioso para o seu amigo e antigo adversário da corrida presidencial de 1996. Apesar de não gostar de Bill Clinton e dos seus "Novos Democratas", tenho que concordar com ele neste frase:

We should be pulling for America on this. We should be pulling for the people of Iraq. We can have honest disagreements about where we go from here, and we have space now to discuss that in what I hope will be a nonpartisan and open way. But [in] this State of the Union deal, they decided to use the British intelligence. The president said it was British intelligence. Then they said on balance they shouldn't have done it. You know, everybody makes mistakes when they are president. I mean, you can't make as many calls as you have to make without messing up once in awhile. The thing we ought to be focused on is what is the right thing to do now. That's what I think.

O Fim da TSF?

A TSF, enquanto rádio notícias parece ter os dias contados. A ser verdade o que transpareceu cá para fora, Emídio Rangel prepara-se para dar mais um golpe num projecto de qualidade informativa em Portugal. Períodos de 4 minutos de notícias, um Fórum de três horas dedicado às mulheres durante a tarde e outro tipo de novidades, propostas por Rangel parecem ser um passo decisivo para o abismo. No Jornalismo e Comunicação, hoje o Dr. Manuel Pinto questiona os bloggers e demasiado interessados enquanto ouvintes, enquanto interessados no futuro da TSF, que nos cabe fazer? Mesmo aqueles que duvidam da imparcialidade ideológica da rádio, temos de admitir que sem a TSF, o panorama informativo ficaria indubitavelmente mais pobre. Em Portugal, projectos de rádio com qualidade informativa, salvo raras excepções, é sinónimo de TSF, e sendo esta uma rádio que tem boas audiências e consegue obter bons resultados financeiros, esperava-se que houvesse ainda uma maior aposta na qualidade e na diversidade. Só que o grupo Lusomundo, preocupado com os gastos financeiros, reduziu o orçamento, levando à demissão do excelente jornalista Carlos Andrade. Se a rangelização da rádio for para a frente, a TSF perderá pelo menos um ouvinte.

Médicos

Portugal é um dos países da União Europeia que gasta mais com o sector da saúde e fracos resultados consegue obter. Será que os Médicos ganham de mais? Penso que mais uma vez existem graves problemas de gestão nesta área, e não sendo obviamente os médicos os únicos resultados por esta situação, eles deveriam reflectir um pouco e pensar menos em greves. Não conheço nenhum médico que não esteja bem na vida, contudo estão sempre em greve com reivindicações monetárias...

Ferro Rodrigues no seu melhor

O moribundo Secretário-geral do PS fez hoje um ataque cerrado ao Governo, nomeando a região do Porto como seu alvo prioritário. Eu até concordo o Porto está a atravessar momentos difíceis, contudo espero para ver a resposta do Governo no próximo Conselho de Ministros que se vai realizar no Porto.
Ferro quis antecipar-se a esse Conselho de Ministros, tentando-o marcar politicamente com as suas críticas. O que eu não percebo é que seja tão fraco de conteúdo e sem substância. O desemprego é infelizmente um mal que acompanha o Porto já há muitos anos, não é de agora; a falta de investimento público é uma matéria que espero ver mencionada já para a semana e não admito que se diga que tem havido falta de investimento no Porto, pois esse discurso dos coitadinhos e bairrista do Fernando Gomes há muito que não faz sentido.
Só mais uma coisa, é verdade que houve investimentos significativos no Porto na governação PS, cidade da qual me orgulho, contudo que não se invoque a Capital Europeia da Cultura 2001 para falar bem do Porto, pois foi uma verdadeira vergonha para a cidade.

Rendimento Minimo Garantido

JPP volta ao assunto com análise interessante e abrangente do problema. O RMG, política emblemática da governação guterrista, é sem dúvida um motor de desigualdade social da sociedade portuguesa, acrescida do facto de causar situações de incrível disparidade. Infelizmente, o Governo da Coligação não acabou com este flagelo, apenas tentou atenuar as suas injustiças. É que as políticas sociais da esquerda assistenciais, criando dependência das pessoas em relação ao Estado e provocando uma notória desmotivação da pessoa para tentar ser e ter mais por si própria. A esquerda dá mas não exige nada, provocando nas pessoas um sentimento de desgraça evidente, ninguém se interessa pelas pessoas, o dinheiro vem do estado, a valorização pessoal não interessa, o trabalho e a satisfação é irrelevante para este processo. O que é importa é que as pessoas vivam à custa do Estado, sem para isso nada contribuir para o processo produtivo.
A fraude é outra situação que se arrasta com o RMG, infelizmente é também um sintoma de doença dos portugueses, tudo serve para angariar mais do estado, a decepção e a mentira estão sempre presentes.

Justiça ao jantar

Ontem a ementa do Presidente Sampaio foi servida ao sabor da justiça. Algo que parece estar muito em voga nos dias que correm, mas pelos maus motivos. Agora que finalmente começaram a investigar personalidades famosas e poderosas da sociedade, é que começaram a colocar em causa a independência da justiça, começaram a falar de conspirações e cabalas envolvendo perigosas relações políticas com magistrados. Tudo isto soa a falso e vergonhoso; enquanto a justiça não se meteu com os poderosos, tudo andava pelos melhores caminhos, agora fazem-se petições, assinam-se Manifestos (sempre os mesmos), realizam-se jantares de reflexão, propõem-se alterações à Lei de escutas; Mas afinal o que se passa? Será que a Justiça finalmente começou a funcionar? Eu assino por baixo a afirmação do Dr. Ferro Rodrigues de há uns meses atrás: É preciso deixar a justiça funcionar...

Blogosfera no prime time da RTP


Foi agora mesmo tema de reportagem da Televisão. Acabou a ansiedade da Bomba Inteligente, e de todos que tinham referido o assunto. Foi demasiado curta e inócua, mas o que é importante é que o fenómeno começa a passar para o grande público.
De resto, foi importante para descobrir fisicamente a provocadora Bomba

Mário Vargas Llosa

Também esteve no Iraque e escreveu um artigo bastante interessante, que foi publicado no DN. O título é bastante sugestivo, Liberdade Selvagem...

Wolfowitz escreve hoje um artigo no Washington Post

O Sub Secretário da Defesa dos EUA andou a viajar uma semana pelo Iraque e escreveu um artigo sobre essa viagem. Aqui ficam as partes mais interessantes:


In the south, we met other remnants of the regime's horrific brutality, the Marsh Arabs, for whom liberation came just in time to save a fragment of this ancient civilization. But for the Marsh Arabs, the marshes are no more. Where there was once a lush landscape of productive, freshwater marshes, there is now a vast, nearly lifeless void. The children there greeted us with loud applause and cheers of "Salaam Bush" and "Down with Saddam." Their first request was not for candy or toys. It was, instead, a single word: "Water?"

One of my strongest impressions is that fear of the old regime is still pervasive. A smothering blanket of apprehension and dread woven by 35 years of repression -- where even the smallest mistake could bring torture or death -- won't be cast off in a few weeks' time. Iraqis are understandably cautious. Until they are convinced that every remnant of Hussein's old regime is removed, and until a long and ghastly part of their history is overcome, that fear will remain. That history of atrocities and the punishment of those responsible are directly linked to our success in helping the Iraqi people build a free, secure and democratic future.

Even though the enemy targets our success, we will win the peace. But we won't win it alone. We don't need American troops to guard every mile of electrical cable. The real center of gravity will come from the Iraqi people themselves -- they know who and where the criminals are. And they have the most at stake -- their future

While Iraqis may remain in the grip of fear, our troops, our coalition allies and the new Iraqi national and local Iraqi councils are making significant progress in lessening its iron hold. When inevitable challenges and controversies arise, we should remember that most of the people of Iraq are deeply grateful for what our incredibly brave American and coalition forces have done to liberate them from Hussein's republic of fear.

In many ways, the people of Iraq are like prisoners who endured years of solitary confinement -- without light, without peace, without much knowledge of the outside world. They have just emerged into the bright light of hope and fresh air of freedom. It may take a while for them to adjust to this new landscape free of torture trees.

A Guerra do Iraque. Ponto de situação

Passados mais de três meses da guerra ter acabado, eu continuo com uma convicção inabalável da sua justiça. Tenho a consciência que as coisas não tem corrido como esperado, mas o rumo dos acontecimentos foi uma sucessão de acontecimentos inesperados. Começou logo pela facilidade com que a guerra foi ganha e pelo curto espaço de tempo em que decorreu. Lembro-me agora das vozes do Diabo (não do Dicionário) onde se falava num novo Vietname, compara-se Bagdad a Volvogrado (Estalinegrado nessa época infame), lembro-me de referirem a poderosíssima e imbatível Guarda Republicana. Bem, os arautos da desgraça enganaram-se e durou três semanas a mandar abaixo a estátua de Sadam Hussein. Mas realmente parece que o fim da guerra não foi bem preparado, talvez pela rapidez da operação militar, o Iraque parece que andou à deriva durante alguns tempos. Apesar da polémica toda que envolve a questão das armas de destruição maciça e o seu desaparecimento (eu continuo acreditar que elas existem), admito que tenha havido exagero dos Serviços Secretos, agora que eliminar o regime iraquiano foi a atitude correcta, isso não duvido. Ninguém pode questionar as melhorias que já se notam no Iraque. A liberdade já existe e a democracia vem a caminho. Os festejos das populações aquando da morte dos filhos de Sadam são uma prova da felicidade do povo iraquiano. O saque do petróleo que muitos vaticinaram também não aconteceu e a promessa do Presidente Bush que os recursos naturais do Iraque seriam para proveito do seu povo têm sido cumpridos. A segurança é uma questão prioritária, pois a guerrilha que tem vindo a ser levada a cabo por uma minoria de fanáticos do antigo regime tem colocado em causa os esforços da Coligação em pacificar o país. O Médio Oriente parece também sofrer os efeitos positivos desta intervenção, pois o processo de paz da Palestina parece finalmente impulsionado por um comprometido e intencionado Presidente Bush. O trilho está traçado, agora é preciso seguir as indicações e não realizar grandes desvios. Mas este é um assunto que eu concordo com Blair e Bush; A História irá fazer-lhes justiça.

Fidel Castro no seu melhor

Recusa a ajuda da UE, insulta os dirigentes da Europa e chama fascista a Jose Maria Aznar. Normal... De certeza que a esquerda concorda com ele em todos os pontos.
E isto porque? A UE exigiu mais respeteito pelos Direitos Humanos em Cuba, e convida os dissidentes cubanos a participarem em iniciativas europeias.

TSF

Será a TSF de esquerda? Pedro Mexia diz que sim... Carlos Vaz Marques diz que não, que é neutra.
Só uma pergunta, Carlos Vaz Marques ouve a TSF????? A qualidade da rádio não está em questão, até porque representa o único projecto sério em Portugal de uma Rádio informativa. Agora a sua linha ideológica é claramente de esquerda, isso não tenho dúvidas. A maioria dos órgãos de comunicação portugueses também o é. Temos que os aturar...mas é a vida

Mérito

Mesmo para aqueles que não são adeptos de ciclismo (eu sou) não podem ficar indiferentes a Lance Armstrong. O ciclista americano venceu o Tour pela 5ª vez consecutiva, igualando outros nomes míticos como Indurain, Anquetil, Merckx e Hinault. A força interior de um Homem que venceu um cancro e depois ainda ganhou 5 Tour de France, é invejável e um grande exemplo para a Humanidade. A sua performance ficará gravada na história do desporto, e a ver vamos se não se torna o primeiro ciclista a vencer 6 edições. Para o ano vemos.....

A regionalização?

Mesquita Machado, o fora de prazo e estragado, Presidente da Câmara Municipal de Braga volta à carga com o tema da Regionalização. Afirma hoje que seria bom ter um novo referendo sobre o assunto, porque até porque está à vista a necessidade que este país tem em ser regionalizado e até relembra que o referendo nem sequer foi vinculativo.•Ainda existem políticos que acreditam que o voto popular não tem grande significado e por isso deve-se votar até que satisfaça a vontade deles. Ele, que é o Presidente da Associação Nacional de Autarcas Socialistas, será que está a representar a voz oficial do PS?

PCP

Estamos face à intervenção política de um Governo que é o mais à direita que o povo português conheceu desde o 25 de Abril
Ruben de Carvalho

Ainda bem... o país bem precisava

A Direita e os Blogs

É de conhecimento geral que a blogsfera política é dominada por uma corrente mais à direita no espectro ideológico. Sabemos que isto incomoda uma esquerda dominadora e habituada a esmagar intelectualmente os seus adversários... A mim não me satisfaz que os blogs políticos sejam dominados por esta ou outra corrente. O debate intelectual é que sai fortalecido com a diferença de ideias e opiniões. Mas o que ressalta à vista são claramente o conteúdo dos escritos da direita e da esquerda. Esta é quase sempre trauliteira, violenta, com palavras de ódio e falsidades... o habitual. Parece que a verdadeira razão da sua existência é a dominação ideológica da direita e por isso fazem blogs... para combater o domínio adverso. É a velha maneira da esquerda lutar... contra algo, não porque é mau, não tem qualidade ou é falsa, mas sim porque é contra a sua ideia totalitária de verdade...
Os blogs, ditos conservadores, liberais ou de direita revelam uma subtileza, um nível de interesse totalmente diferente. Não se fazem contra ninguém nem contra nenhuma ideologia, simplesmente se escreve para seu prazer intelectual ou simplesmente para praticar e desenvolver técnicas literárias... é evidente que existe na direita uma grande orfandade causada pela hegemonia da esquerda na sociedade mediática portuguesa, faltando espaços de referência para uma inteira geração de jovens. Mas o objecto motivador é completamente diferente, não se escreve contra mas sim a favor de alguém... os próprios.

É evidente que isto tem honrosas excepções e existe bons e maus exemplos dos dois lados, só que esta tendência é notória....

Avanços no Iraque

A morte dos filhos de Sadam é uma boa noticia para o mundo, contudo houve pessoas que ficaram tristes... O campo dos opositores da guerra ainda não está convencido que a o conflito está ganho. O júbilo que a esquerda demonstra quando morre mais um americano é incrível. Preferiam de certeza que Sadam ainda estivesse no poder... Agora com o desaparecimento dos filhos do ditador, as coisas podem começar a correr melhor. Aparentemente os filhos eram uns dos organizadores da guerrilha.
Nos EUA, curiosamente, o Partido Democrata não ficou muito satisfeito com a morte deles... Porque será?

Férias

Em tempo de férias, o local de férias dos políticos e dos famosos é sempre tema dos média cor-de-rosa.

Aqui deixo as minhas sugestões para alguns:

Ferro Rodrigues- O local ideal seria a Austrália, de preferência na companhia de Mel Gibson, o da Teoria da Conspiração

Boaventura Sousa Santos- Umas férias refrescantes a Davos

Luís Filipe Menezes- Numa Faculdade de Medicina a reaprender a exercer, pois parece que ser esse o seu destino

Herman José- Um Cruzeiro no Mar Mediterrâneo sozinho....precisa de reflectir

Ana Gomes- Umas férias prolongadas em Timor.... Nunca se deve sair do local da glória, não serás feliz noutro lado

Manuela Ferreira Leite- Talvez no Estoril, para não gastar muito

Pinto da Costa- Num local onde a ex-mulher não consiga chegar

Durão Barroso- Não deve ir ao Brasil outra vez... deve dar o exemplo

Pacheco Pereira- Não sei o local, mas deve levar o computador

Mesquita Machado- Para outro lado do mundo... e não regresse

Mário Soares- Ilhas Seychelles... desta vez sem comitiva e com a família

António Guterres- Ao Vaticano, claro está...

Por hoje chega...

Movimento de Resistência Cultural

O Ministro da Cultura Brasileiro juntamente com alguns colegas da esquerda europeia (Maria Carrilho não podia faltar) lançou um movimento de resistência cultural. Mas o que será isso? Resistência cultural? Para defender a diversidade e as utopias realistas? Vamos pedir que a governação tenha em conta as diversidades culturais, para que desapareçam as diferenças entre Norte e Sul, entre pobres e ricos, diferenças essas que conduzem os povos à guerra. Agora percebi, mais um novo movimento anti globalização, mais um movimento da esquerda. Vão criar mais um Fórum Mundial, desta vez cultural... Muito Bem...

Paul Wolfowitz

O Vice-secretário da Defesa dos EUA deu no passado dia 7 de Julho uma entrevista a alguns órgãos de comunicação social sobre os preparativos e o pós guerra no Iraque. O que se pode retirar das suas observações é que e guerra correu muito melhor do que estava previsto e muitos dos problemas que estão a acontecer deve-se a não terem-se verificado as piores previsões. O que já se sabia, as defesas foram demasiado fracas e o avanço americano foi demasiado forte. Os arautos da desgraça enganaram-se e os Aliados ganharam a guerra bem mais facilmente do que se previa. Agora é preciso ganhar a paz, e isso, os Americanos ainda não conseguiram. Terão que fazer mais e melhor, mas as linhas e os objectivos traçados indicam que estão no bom caminho. É preciso continuar....

O Blog Opções Inadiáveis II


Só agora é que tive a oportunidade de ler as suas observações acerca do meu post, e desde já as minhas desculpas...
Penso que o debate sobre o que é ser do PSD (eu também sou) é deveras interessante e extremamente útil para a discussão ideológica. Numa questão tão dispare e diversa, a divergência de opiniões é normal e bem vinda.

Contudo não posso deixar de expressar o meu lamento por haver demasiada falta de debate interno no partido, nomeadamente na JSD, onde os novos militantes não sabem bem o porquê da sua filiação. A nova geração que eu falo, muitas vezes não tem eco nas estruturas da JSD, pois o que conta são os votos e o peso do aparelho, e não as questões intelectuais do pensamento político ou as opções estratégicas para o desenvolvimento da sociedade portuguesa. As novas gerações, militantes novos e conscientes, são de Direita, (não conheço nenhum militante da JSD que se considera de esquerda), contudo posso concordar com a crítica que se faz que não existe muita consciência política na juventude.
É evidente que muita gente que se considera de Direita não tem suficientes bases para se afirmar. Eu por acaso, sempre me senti de direita, e lembro-me que quando tinha 8 anos, chorei quando Freitas do Amaral perdeu para Mário Soares, não sei bem porquê. Muitas vezes somos algo apenas porque sentimos que somos. È natural que tenha evoluído neste sentido, e desde sempre me tenha interessado por aprofundar o meu conhecimento sobre o pensamento ideológico e político.

Considero que tenha sido talvez demasiado incisivo nas minhas (curtas) considerações e não quis menosprezar de maneira algumas as vossas opções ideológicas. A verdade é que a divergência ideológica interna do PSD é uma das suas razões do sucesso alcançado nos 29 anos de democracia em Portugal. Se o nosso pensamento político fosse todo igual, o PSD não seria o que é hoje, um Partido forte e enraizado em todas as franjas da sociedade portuguesa e detentor de um património político, social e cultural inigualável.
Se alguns são mais à direita ou mais à esquerda, isso não é importante, e utilizando um “lugar comum”, o que une é muita mais importante do que nos separa.

Blair sob fogo

Nos últimos dias, Tony Blair continua sob fogo devido à guerra do Iraque. A morte de David Kelly veio acentuar as criticas que tem sido feitas à sua suposta falta de credibilidade. Mas será que a BBC tem alguma credibilidade neste processo? A televisão claramente opositora da guerra e que tem sido acusada (justamente) de não ter sido isenta na cobertura da guerra? Se a Sky News foi isenta, a BBC foi escandalosamente pró activa contra a guerra, colocando em causa a credibilidade conquistada ao longo dos últimos 50 anos. Posteriormente no fim da guerra, continuou a atacar o Governo Inglês, exagerando nas notícias, tentando provocar estragos na governação de Blair. Como é natural, a generalidade dos media portugueses só referem a crise de Tony Blair, esquecendo os muitos problemas que a BBC atravessa, talvez a maior crise na história desta mítica televisão. A isenção dos media é um mito inalcansável, contudo deve-se tentar camuflar a sua posição, coisa que a BBC não fez. Os seus fieis admiradores mereciam mais e melhor...

William Kristol escreve sobre a credibilidade do Presidente Bush

O conceituado William Kristol, escreveu um artigo bastante interessante sobre a polémica que envolve a Administração Bush e as motivações da Guerra no Iraque. Já se nota a pré campanha para as eleições do próximo ano. A defesa de Bush e o ataque a Howard Dean é já evidente, esperando que seja este o adversário de Bush. Bill Kristol, que nas últimas eleições até apoiou John Mccain, tem sido um importante apoio desta Administração.
Aqui ficam as partes mais interessantes

Almost two weeks ago, the president ordered his White House staff to bollix up its explanation of that now-infamous 16-word "uranium from Africa" sentence in his State of the Union address. As instructed, and with the rhetorical ear and political touch for which they have become justly renowned, assorted senior administration officials, named and unnamed, proceeded to unleash all manner of contradictory statements. The West Wing stood by the president's claim. Or it didn't. Or the relevant intelligence reports had come from Britain and were faulty. Or hadn't and weren't. Smelling blood, just as they'd been meant to, first the media--and then the Democratic party--dove into the resulting "scandal" head first and fully clothed.

American journalism's frenzy over the thing--the hyperbolic, rush-to-judgment, believe-the-worst character of the coverage--has been plenty bad enough. But the Democratic party has been even worse. Here, for example, is what unsuspecting Internet visitors learn from the Democratic National Committee's website: There has been "a year-long campaign of deception involving a bogus intelligence report on Iraq's nuclear program." And who has directed this deception, for reasons so terrible, apparently, that they cannot be identified? DNC chairman Terry McAuliffe has cracked the conspiracy: "This may be the first time in recent history that a president knowingly misled the American people during the State of the Union address," he says. And "this was not a mistake. It was no oversight and it was no error."

What it was instead, according to former governor Howard Dean of Vermont, currently the Democratic party's leading candidate to replace President Bush in the White House, was a "pattern of distorted intelligence" that raises a real question whether the American people can confidently "retain their trust in their government"--or whether the United States "can retain its credibility as a moral force in the world."

Not that anyone in the Democratic party is prepared to defend Saddam's deposed regime, mind you. Or dares to propose that Iraq is worse off now that Saddam is gone. Or that America is worse off now that Saddam is gone. Or that the Middle East is worse off now that Saddam is gone. (Though Gov. Dean is agnostic on all counts.) No: The Democrats' problem is not that Bush judged Saddam a present danger. Their problem isn't even that Bush based this judgment on American intelligence estimates to that effect. How could it be, since Bill Clinton and Al Gore made the very same judgment, based explicitly on the very same intelligence estimates?

George W. Bush's one great and unforgivable sin, it seems, was to have acted on the judgment that Saddam Hussein was a present danger--acted, as Clinton and Gore repeatedly threatened but failed to do, the way a serious president must. At his moment of decision, the American people supported Bush. They support him still. And the fact of that support--as the Democrats' hysterical attack on a 16-word sentence in the State of the Union suggests--is driving one of our two major political parties...stark, raving mad.

God knows the Bush administration is not beyond criticism for either its prewar planning or its execution of postwar reconstruction efforts. And it would be a valuable contribution to our politics if such criticism were mounted by the Democratic party--acting as an intelligent, loyal opposition. But it's a free country, and if the Democrats prefer instead to act as a pathologically disgruntled lunatic fringe, then it'll be their problem more than anyone else's
.

Acerca do dia 17 de Julho

Randy Scheunemann, do Think Thank Project for a new american century, escreveu estas notas sobre a data especial para o povo iraquiano.

On this day last year, Saddam Hussein celebrated the 34th -- and final -- anniversary of the Baathist party’s murderous rule. Today, he remains hidden as his supporters do all they can to attack Iraq's liberators and prolong the misery of the ordinary Iraqis who suffered under decades of Baathist dictatorship. With the president’s domestic opponents doing all they can to inflict political damage on him, it may be a good time for supporters of liberation to again forcefully point out (on the floor of the House and Senate and the airways) just how many men, women and children are dead today because of the Baathist regime – a regime incidentally that would still be in power today had the president heeded the calls of his loudest critics.

Saddam’s wars abroad killed over one million people, and his domestic executioners were just as brutal. Yesterday, Tom Friedman of the New York Times pointed out that over 20 mass graves have already been uncovered and dozens more need to be exhumed. He notes that just one grave is estimated to contain 10,000 victims. And Reuters reports today on another mass grave near Mosul which locals say may contain up to 400 bodies. According to Reuters, the military has, thus far, identified “25 human remains – all women and children with bullet holes through the skull.” Not too long ago, a leading presidential contender commented that he “suppose[d]” getting rid Saddam “was a good thing,” but he didn’t “know whether in the long run the Iraqi people are better off” by getting rid of him. The Iraqi people – those who escaped Saddam’s graves – beg to differ.


Durão Barroso

Está em grande forma o nosso Primeiro Ministro. Gostei bastante da sua performance, muito seguro de si, fortes convicções e ideia global para o futuro de Portugal.
Temos Primeiro Ministro, ele que ainda há poucos anos no Congresso de Viseu não me convenceu.
Ao contrário do que o Miguel Portas diz, Durão Barroso já consegue convencer.

Senadora Hillary Clinton

Ontem à noite na Sic deu um programa sobre o lançamento do livro da esposa de Bill Clinton. Confesso que já não gostava nada da Senadora, contudo a reportagem ainda reforçou essa imagem que tinha dela. Acho que ela só foi eleita, porque Giuliani teve que se retirar da corrida, devido a um cancro. Contudo, esta Senadora que é apontada como candidata democrata à Presidência em 2008 (antevendo já a derrota do Partido Democrata em 2004) tem algo que me desagrada imenso. Já se sabe que na política existe muita falsidade e encenação, só que no caso dela, tudo soa a falso, as palavras, as atitudes, os gestos. Não existe um único sentimento de espontaneidade no seu discurso. A forma como ela fala da relação com o Bill Clinton só me faz lembrar aquele filme do John Travolta, Os Escândalos do Candidato, onde o que importava era a carreira política e as relações pessoais eram meros pormenores. Espero que nunca tenhamos de aturar esta senhora na Casa Branca. Mas nos EUA às vezes acontecem coisas estranhas (Bill Clinton)

Para os amantes de Fidel Castro

Os grandes defensores da liberdade e da democracia, os "reds" são os grandes defensores do regime castrista e da sua "democracia popular". Os argumentos são velhos e gastos, e por isso nem vale a pena falar disso. O Ministro dos Negócios Estrangeiros brasileiro veio dar mais uma contribuição, criticando o embargo económico em Cuba, defendendo que este facto prejudica os direitos humanos em Cuba, condenado contudo a pena de morte e os julgamentos sumários em Cuba. Agora a culpa da violação dos direitos humanos é do embargo. Não querendo ser maniqueísta, penso que a defesa de Cuba pela esquerda chega até a ser doentia. Como é possível defender um ditador como Fidel Castro?
Mais uma achega aos seus defensores, foi divulgado que Cuba é o país do mundo com mais presos de delito de opinião.

Mais um golpe em África

Este continente é uma vergonha.... Sempre em confusões, não há respeito pela Democracia.
Mais um país em confusão, mais um povo que vai sofrer às custas dos interesses dos outros. Já não existe paciência para aturar este africanos, sempre em disputa pelo poder.
A comunidade internacional parece condenar este golpe, que interrempeu a normalidade democática deste país. Enfim, eles que se entendam...

Blogs....

A normalização da vida quotidiana não permite ao ser humano ter a verdadeira percepção dos acontecimentos que nos rodeiam. Quando algo de extraordinário nos acontece, muitas vezes passa-nos completamente ao lado. A vivência que atribuímos aos diferentes processos de intervenção na sociedade não nos permite aceder a verdadeira essência do fenómeno social que nos rodeia. Isto tudo acerca da Blogsfera. Cada vez mais que me interesso pelo fenómeno, tenho vontade de escrever e ler outros escritos. O que antes era já um vício, torna-se cada vez mais uma necessidade de abstrair-me de tudo o resto e escrever para o Blog. Contudo existem sempre entraves a esta actividade, e nem sempre é possível concretizar. Por vezes, questões essenciais passam ao lado, e concentro-me em pormenores, como algumas deliciosas frases da Bomba Inteligente ou um pormenor de JPP. Este fenómeno tem desviado a minha atenção de outros assuntos de interesse, e concentro-me nos que os outros escrevem. Por exemplo, este caso de o Herman ter um deficiente mental no programa despertou a minha curiosidade e indignação, e escrevi sobre ele num post anterior. Contudo só agora é que percebi que o deficiente é o famoso adepto do FC Porto, Emplastro, ídolo???? de alguns jovens do nosso burgo. É só um sinal da decadência que a sociedade tem vindo a cair.
Pequenos pormenores que normalmente me escapariam tornam-se aqui evidentes, causando um verdadeiro debate acerca da génese dos problemas mais insignificantes até a questões fulcrais para mundo. Mas o que distingue e valoriza este meio é a diversidade de ideias e também a relativa importância dos assuntos em discussão, desde a questão de saber quem é o autor do Meu Pipi até ao debate da existência ou não das armas de destruição maciça no Iraque. Aqui tudo é importante, o que nos pode abstrair da verdadeira importância das coisas. Isto tem vantagens e desvantagens, mas a democratização do debate de ideias ganhou imenso com este novo meio de comunicar (para alguns como eu). Espero poder continuar a usufruir dos benefícios da Globalização, que alguns contestam, mas que beneficia uma imensa maioria.

Seis bons exemplos

Rídiculo - A Nova Democracia
Abstracto - O pensamento de Ferro Rodrigues
Abjecta - Ana Gomes
Elitista e Nortista - Luís Filipe Menezes
A teoria da Conspiração - A família Soares (Mamãe, Papai e menino)
Inaudível - Carvalhas e Odete

Maria Barroso

Ainda da sua eloquente entrevista de ontem ao Público, cito algumas frases:

"E não;o é verdade que todos os presidentes que me antecederam apenas fizeram dois mandatos. Houve presidentes que exerceram os três mandatos a que tinham direito"
No tempo anterior ao 25 de Abril? Não sabia que gostava tanto desse período

"Tenho verificado que há um grande desejo de fazer desaparecer a família Soares. Mas que culpa temos nós?"
Eu pelo menos gostava... Assim não tínhamos de aturar o renovado homem da esquerda anti globalização, o papai e o seu filhinho arrogante e prepotente. Mas se ele fosse líder do PS, aí talvez gostasse um pouco dele.

Sobre a eleição de Nogueira de Brito para a CV
"Mas aqui foi uma nomeação foi propriamente uma eleição."
Mas será que ela alguma vez foi eleita?

"P. - Mas porque é que não; o se bateu nestes anos para que a CV se tornasse independente do poder político?
R. - Devia ter-me batido. E demonstrei algumas vezes o desejo de que tivesse outra tutela, como sucede nos outros países. Segundo me dizem, esta é a única CV nacional dependente da Defesa."
Coitadinha... Só agora é que percebeu isso. Nos 12 anos que esteve à frente nunca reparou nisso

"P. - No caso da pedofilia pensa que têm havido fugas de informação?"
R. - E o que é engraçado é que só dá para um lado. Só aparecem figuras que pertencem a um determinado sector político."
Sim, é Portas e sus muchachos que estão por trás disto tudo. Não existe pedofilia nem nada. É uma conspiração da Direita (velha questão) Será medo?

"P. - E depois desse reencontro, continua a sentir-se uma pessoa de esquerda?
R. - Continuo. Não tem nada que ver uma coisa com a outra. O socialismo democrático confunde-se com a doutrina social de Igreja: é esta a minha visão.
Pelo menos aqui não concorda com o seu marido"

Definitivamente não gosto desta família


Herman

Bem é verdade que não tive a oportunidade de ver o programa do Herman, aliás nunca o faço, por higiene mental. O Herman José da Sic já há muito decidiu enveredar por este caminho, o da facilidade, da exploração de sentimentos e misérias da vida. Ele próprio transformou-se numa miséria da vida
A televisão portuguesa está intragável, e se à excepção de um ou outro programa de informação, nada que passa nos canais generalistas portugueses tem interesse. A exploração comercial feita a um deficiente mental num programa de televisão não me surpreende, é só mais um passo na degradação da vida pública portuguesa. Quando os telejornais abrem com noticias de desgraças da vida intima das pessoas, explorando os seus sentimentos e emoções, as fraquezas e desgostos, criando uma falsa ilusão de interesse, e são esses mesmo que são líderes de audiências. A Televisão portuguesa há muito que perdeu a dignidade e brio, os programas são foleiros e de extremo mau gosto, os "famosos" vem de Bigs Brother e afins, tudo se pode esperar.
Concordo com JPP quando ele diz que é necessário fazer barulho, mas temo que isso não traz consequências. A exploração da miséria humana faz parte do nosso audiovisual e simplesmente temos de continuar a alertar os outros, os amigos, os colegas, enfim todos aqueles que podemos chegar, para evitar a propagação ainda maior desta infame realidade.

Ânsias de Liberdade no Irão

O Irão está a passar pela revolução de mentalidades que os países de leste viveram na década de 80. O movimento democrático do Irão cresce de dia para dia, a juventude está farta de viver sob a tirania dos Ayatolahas. Os ventos de mudança sopram, cada vez mais enraizados numa jovem população iraniana, e parecem estar para ficar. As desilusões da Teocracia Islâmica não são mais toleradas por uma juventude, cada vez mais informada dos valores da liberdade e da democracia. O Ocidente, e principalmente os EUA, devem apoiar estes regimes e suporta-los financeiramente, contudo sem haver demasiadas ingerências internas para não capitalizar apoio interno para os religiosos.

Um bom local para arranjar informações sobre a oposição democrática iraniana é o site da Student Movement Coordination Committee for democracy in Iran

O Blog Opções Inadiáveis

Depois das leituras que efectuei de alguns posts, parece-me evidente algum esquerdismo destes militantes do PSD, não me parece que os seus autores façam parte da nova geração de militantes do Partido. Evocar Sá Carneiro é fundamental para compreender a história, contudo o PSD afirmou-se ao longo dos anos como uma Partido de Centro Direita, onde a tendência esquerdista do inicio foi sendo abandonada progressivamente, os militantes dessa facção foram-se afastando do Partido, existindo claramente uma veia ideológica e política de Direita. Além do mais, é necessário compreender a altura em que o PPD se afirmava de esquerda, pois ser de Direita era um crime. O próprio CDS era um partido do Centro. Libertados que estamos das pesadas correntes da esquerda, o PSD, conhecendo a nova geração de militantes, vai fazer o seu caminho na Direita democrática. Aliás, este governo tem sido bem essa imagem, governando com um programa ideologicamente definido. O país depois de tantos anos de imobilismo, bem precisava de um governo assim.
Acho que o anti americanismo dos seus autores faz mais lembrar o Bloco de Esquerda que militantes do PSD. Mas como é um partido conhecido pela divergência de ideias e debate democrático, é bom que isso aconteça

Boas Noticias no Iraque

Finalmente uma boa noticia no Iraque. O Conselho de Governo Iraquiano iniciou as suas funções ontem, e como seria de esperar, a sua prioridade vai para a questão da segurança. Um dos líderes falou nos "novos talibans do Iraque", que neste momento são a principal preocupação do Conselho. A normalidade democrática vai demorar tempo a ser instaurada, mas não se pode perder a oportunidade histórica de levar a democracia a um país Árabe. Em regra geral, este Conselho tem sido bem recebido pela generalidade dos países. Só não percebo o porquê da afirmação Se tivesse sido eleito, teria ganho muito mais poder e credibilidade do secretário-geral da Liga, Amr Moussa.
Será que há no Médio Oriente outros governos eleitos democraticamente?

Menezes
Eu admito que até simpatizo com LFM, penso que tem qualidades que são necessárias na vida política, considero que está a fazer um excelente trabalho em Gaia, que é honesto e pessoa interessada no bem das populações. Depois de dizer o que penso dele, acho que a guerra pessoal que tem vindo a tratar com Rui Rio está a retirar-lhe discernimento e coerência, e está a aproximar-se do abismo político. Ele, como gosta de dizer, uma pessoa com passado e história do PSD parece que quer alienar esse excelente trabalho político que realizou ao longo da sua carreira pelo populismo e miserabilismo que parece nortear a sua actividade actualmente. Sempre que pode dá uma alfinetada ao colega do Porto, espeta sempre mais fundo, e tenta sempre tirar partido das situações difíceis que Rio atravessa. A sua postura em relação a Rio tem sido miserável, sendo talvez o maior opositor à gestão do PSD na câmara do Porto. As suas guerras com Rio já vêm dos tempos da JSD, mas agora que os dois estão no poder nas duas maiores autarquias do distrito, esta guerrilha tem de ser esquecida para o bem das populações. Rui Rio nada tem feito para alimentar polémicas, agora Menezes tudo tem feito para prejudicar o trabalho do seu colega de partido. Menezes não foi candidato ao Porto porque teve medo de perder e foi Rio, com enorme coragem política, ganhou a Câmara a Fernando Gomes e ao PS. Agora, ele que o deixe governar com o programa que foi eleito, e no fim veremos se a população do Porto está satisfeita com o trabalho desenvolvido. A meu ver, Rui Rio é o homem que a minha cidade precisa para evoluir num sentido de progresso e desenvolvimento sem regionalismos bacocos, que parecem sempre acompanhar os políticos do Norte.

Arafat

Cada vez mais penso que o Arafat faz parte do problema e não da solução. Arafat representa o passado violento e terrorista da luta palestiniana, parece afastar-se do caminho da paz, a escolher o caminho radical da violência. Quando em 2000, recusou o impensável proposto por Ehud Barak e Bill Clinton, ele sabia que estava a escolher o seu caminho. A sua recusa provou que ele não procurava a paz com Israel, mas sim que ele procura o que os extremistas desejam: o fim do Estado de Israel. O velho guerreiro não aceita a existência de Israel, e a sua renúncia à guerrilha foi uma mera operação de charme para conseguir concessões do Ocidente. Agora, pressionado pelos EUA aceitou nomear um Primeiro Ministro e transferir-lhe poderes. Abu Mazen tem mostrado ser um Homem de Paz e tem conseguido avançar o processo de paz, inclusive incluindo os grupos radicais palestinianos. Mas nem assim Arafat contribui para a Paz, e tem causado instabilidade interna na Autoridade Palestiniana e na Fatah, criticando abertamente Abu Mazen por ter efectuado demasiadas concessões aos Israelitas, sem ter ganho em troca. O que se percebe é que Arafat é uma peça de museu, ultrapassado pelo rumo dos acontecimentos. Tem que se afastar do processo de paz e dar lugar àqueles que verdadeiramente a desejam.

A esquerda de volta ao Partido Democrata

Isto só podem ser boas notícias para o Partido Republicano e para George W Bush. Nas últimas semanas, a favoritismo à nomeação democrata para a Presidência, dos candidatos John Kerry, John Edwards ou Joe Lieberman tem sido colocada em causa devida à ascensão da nova estrela da esquerda americana, o Ex. Governador e até agora desconhecido, Howard Dean. Este democrata, que no início da corrida era um outsider, já é o mais credível possível adversário de Bush nas eleições do próximo ano. Foi o candidato que mais dinheiro conseguiu angariar até agora, e assume-se como o preferido dos activistas do Partido Democrata. A ascensão de uma nova esquerda nos EUA era já previsível, depois da derrota de Al Gore em 2000 (A esquerda mais radical americana acusa o Supremo Tribunal de ter roubado a eleição, apesar de ter sido efectuada uma investigação independente dos média que provou que Bush ganhou mesmo a votação na Florida), e principalmente depois da implementação da Agenda conservadora desta Administração.
Depois da década de 90 dominada pelos "Novos Democratas", a esquerda de Mcgovern e Mondale ter sido afastada do poder, a política conservadora de Bush em muito contribuiu para activar de novo a ala liberal americana.

Em termos económicos, a política fiscal de Bush e as dificuldades económicas que os EUA atravessam, a condução da política externa e a forma como os EUA reagiram ao 11 de Setembro reavivou um pacifismo que tinha estado esquecido nos democratas; a forma como tem sido efectuado o combate ao terrorismo interno, onde existem imensas acusações ao Procurador ultra conservador Jonh Ashcroft de limitar as liberdades e garantias dos cidadãos; a contestação à política ambiental do Presidente, e a falta de tacto para lidar com diferentes sectores sociais dos EUA. Entre outros aspectos, a agenda, que se pode considerar neoconservadora da actual Casa Branca deu um novo estímulo aos liberais e activistas americanos.

A figura que melhor tem encarado este novo espírito é o Ex governador do Vermont, Howard Dean, que se destacou na sua luta incessante contra a Guerra no Iraque, tendo liderado a ala esquerda do Partido Democrata. Apesar das primárias ainda estarem longe, pensa-se que poderá ser este o Homem que irá defrontar Bush nas eleições em 2004. O grande receio de alguns líderes dos Democratas é repetir os resultados das eleições de 1972 e 1984, onde outros candidatos esquerdistas, como George Mcgovern e Walter Mondale, foram esmagados nas urnas pelos Republicanos Nixon e Reagan respectivamente. Os temas de campanha são os mesmos que nas outras alturas, o pacifismo e anti-guerra, a defesa do Welfare State e o ambientalismo, entre outros. Este novo progressismo assustam aqueles que contam em derrotar Bush pelo Centro e ganhando o coração daqueles que oscilam o seu voto mediante as pessoas. Temem acima de tudo que se repita as derrotas estrondosas de outros candidatos da esquerda americana.

Mas ainda falta muito tempo e vai haver oportunidade de discutir este tema muitas mais vezes...

África.... Um continente desolado

Ao mesmo tempo que o Presidente Bush anda em digressão pela África Negra, inicia-se hoje uma uma cimeira da organização da Unidade Africana em Maputo. Esta cimeira vai reunir os líderes dos 53 países membros da organização.
Uma cimeira dominada pelos imensos problemas do Continente, nomeadamente a segurança e a paz, a situação da Libéria, a pobreza e a fome, a Sida. Mas o principal problema de Africa não são estes.... a melhor forma de resolver os problemas era subsituir a maior parte dos dirigentes que se vão reunir.
Os problemas de África são a consequência da corrupção, da imoralidade, dos seus líderes e regimes. Salvo algumas excepções que realmente querem modernizar e melhorar as condições de vida das populações, o que vemos são líderes despóticos e corruptos como Khadafi, Eduardo dos Santos, Mugabe, Chissano, entre outros, que são a causa de não haver mehorias substanciais no continente nestes últimos 50 anos.
O que se espera desta cimeira é que haja uma evolução significativa rumo ao desenvolvimento e democracia. Mas como poderá evoluir se a Presidência da UA vai ficar entregue a Joaquim Chissano?

What Iraq Needs Now

O Secretário Geral da União Patriótica do Curdistão e o Presidente do Partido Democrático do Curdistão, assinam hoje um artigo de opinião no NY Times, sob o lema what Iraq needs now. É bom vermos responsáveis Iraquianos a falar de liberdade, de democracia. Só por causa disto, já foi bom ter havido a intervenção da coligação no Iraque.
Mas não ha ilusões, e os iraquianos sabem disso. O caminho ainda será longo e tortuoso, muitas batalhas para ganhar e algumas derrotas. O que é necessário ter sempre em mente é o objectivo final: a democracia. Só assim os iraquianos poderão usufruir da liberdade e dos seus direitos.

Não resisto em colocar algumas passagens do artigo:

Some day, we Iraqis hope to celebrate an Independence Day like the one Americans have just observed. But for the near future we face the challenge of translating liberation into democracy — a goal we Kurds will push for even more diligently now that we have agreed to join the interim Iraqi administration that will be formed this month. To that end, we will work closely with the United States to establish security, revive the economy and build a democratic culture.

Thus far, the coalition has taken important steps toward promoting democracy. But aspects of the overall strategy remain vague. What Iraqis have learned from their encounters with American soldiers and officials is that they seek to democratize, not to dominate. While we are working with L. Paul Bremer III, the American occupation administrator, to set up constitutional councils to initiate the political process, we need to mark out a clear path toward national elections and representative government, so that Iraqis have some sense of certainty about their political future. One positive development is that the main Iraqi political groups have been able to reach consensus on the next stage of self-governance in Iraq

The new Iraq has to be different, a democratically created state that reflects the will of its peoples and accommodates their diversity. For that reason, and with United States backing, we advocate a federal system of government. Iraqi federalism will of course differ from that of the United States, but the fundamental principle will be the same: a balanced system of government with considerable local autonomy and a sovereign, federal center.

The first building blocks of Iraqi federalism and democracy have already been laid in Iraqi Kurdistan. Thanks to protection from American and British air power, facilitated by Turkey, Kurds have had 12 years of a sometimes faltering, but ultimately hopeful, experiment in self-rule, openness and pluralism. With continued help from the United States, and with our work on the interim Iraqi administration, what has become known as the Kurdish experiment in democracy can be a model for all of Iraq.

Fareed Zakaria


Na influente revista brasileira, Veja, este reputado jornalista americano dá uma excelente entrevista.
Fareed Zakaria é muçulmano é Editor-chefe das edições internacionais do semanário americano Newsweek, é também colaborador regular dos jornais The New York Times, Washington Post e do The Times, mas a importância das suas palavras vêm do facto de ser uma influente personalidade na actual Casa Branca.
Para perceber melhor os conceitos de liberdade, democracia liberal e Islão e o que se deve fazer na actual situação do Iraque.

Hong Kong em ebulição

"Huge demonstrations in Hong Kong have forced its chief executive, Tung Chee-hwa, to delay implementation of a controversial anti-subversion law. This has raised questions about Mr Tung’s position, about whether Beijing can prevent a move to fuller democracy in Hong Kong, and about the effect that the crisis will have on the mainland"
A crise em Hong Kong só peca por tardia. Ja se sabia que o regime chinês iria começar a atacar as liberdades da ex colónia Britânica. Infelizmente, a democracia ainda é uma miragem na China, e os seus dirigentes não podem permitir a situação de liberdade que existe em Hong Kong. Para saber mais, consultar o artigo da The Economist sobre o assunto

Jerry Springer Senador?

Jerry Springer, famoso pelo intragável programa americano, que agora passa no SIC, vai-se candidatar ao Senado Americano pelo Partido Democrata. Isto não é brincadeira, é verdade. Podem saber mais na sua página. Famoso por separar prostitutas e outras pessoas impróprias na televisão americana, vai tentar ganhar a nomeação do Partido Democrata, pelo estado de Ohio. Ele já afirmou que quer fazer uma campanha de massas, onde gente normal possa intervir. Será que ele está a pensar nas pessoas que vão ao seu programa?

Foreign Policy...o Futuro do Iraque

Na edição de Julho-Agosto da Foreign Policy, publicada pelo Carnegie Endowment for International Peace, um Think Thank americano independente, vem publicado uma serie de excelentes artigos sobre o futuro do Iraque. A novidade nesta reportagem é a seriedade e isenção dos autores, evidenciando questões pertinentes sobre o que está em jogo no sucesso ou fracasso dos EUA no Iraque. Escrevem para esta reportagem nomes conceituados como Robert Kagan, Minxin Pei, Thomas Carothers e Joseph Cirincione, entre outros

Para perceber melhor o que poderá acontecer naquele problemática região do mundo.

Anti-Americanismo

Na edição deste mês da Public Interest vem um excelente artigo de James W. Ceaser sobre a génese do antiamericanismo, um tema bastante em voga nos dias que correm.
Para perceber melhor as raizes ideológicas daqueles que vêm os EUA como uma ameaça à paz mundial.

África...O continente esquecido

Hoje, 08 de Julho, George W Bush inicia um périplo por África, sendo este somente o terceiro Presidente Americano a visitar África Subsariana e o primeiro Republicano. Só estes factos dão que pensar; é verdade que é o continente esquecido, é verdade que é o mais desgraçado, é o mais pobre, o mais dilacerado pelas guerras, sim é verdade. Mas não será habitado por pessoas como nós?. A fome, a Sida, as doenças, as guerras, a corrupção são males do mundo, mas de África são basicamente a sua essência. Quando no século XX o movimento da descolonização atacou de forma decisiva o continente, houve esperança na melhoria das condições de vida destes povos; mas o que correu mal? Foi tudo, as guerras fratricidas entre povos dos mesmo países, foi a corrupção das suas elites, foi ter sido um dos palcos da III Guerra Mundial, a Guerra Fria, enfim foi um vasto conjunto de opções culturais, políticas e económicas que levou África a estar hoje muito mais atrás do países desenvolvidos que há 100 anos atrás estava.
No século XXI já não se compreende que os políticos continuem a esquecer estas milhões de pessoas que sofrem diariamente as injustiças do mundo. No mundo globalizado em que vivemos, não podemos continuar a observar as desgraças dos outros como se nada tivessem a ver connosco.
A visita de George W Bush tem de ser olhada com esperança por todos aqueles que anseiam à liberdade social e económica. Mas não tenhamos ilusões; é preciso muito mais que meras visitas para alterar o estado de calamidade que este continente atravessa. A retórica política tem de ser acompanhada por medidas práticas, e o Ocidente tem de fazer mais e melhor por estas pessoas. Não podemos continuar a dar dinheiro a fundo perdido sem ver as suas consequências; todos sabemos que a maior parte do dinheiro vai para os bolsos dos governantes corruptos. Não podemos apoiar regimes ditatoriais e desrespeitadores dos Direitos Humanos, regimes que vivem em constante conflito e envolvidos em guerras regionais. Devemos apoiar aqueles que precisam, mas que acima de tudo aqueles que mostrem saber aproveitar essa ajuda. A USAID, a agência americana de apoio ao desenvolvimento internacional, tem propagar a ajuda económica juntamente com os valores ocidentais, como a democracia, a liberdade e a defesa dos direitos humanos. A ajuda deve ser condicionada a critérios rigorosos, que possa conter uma estratégia a longo prazo de ajuda. Aliás, os países escolhidos para o Presidente americano visitar são encarados como casos de sucesso em termos de terem alguma estabilidade democrática. O Uganda, a Nigéria, a Africa do Sul, o Botswana e o Senegal são democracias mais ou menos estáveis que têm vindo a efectuar progressos democráticos de desenvolvimento sustentado das suas sociedades.
O regime ultra proteccionista das economias europeias e americanas estrangulam todo o tecido industrial desses países; é necessário liberalizar mais o regime de trocas internacionais, para permitir o acesso aos nossos mercados dos produtos deles. Esta administração americana tem sido menos proteccionistas que as anteriores, contudo é necessário fazer mais. Quanto à política da União Europeia, nem é preciso dizer nada.
Na luta contra a peste negra do momento, a SIDA, os EUA tem dado muitos sinais positivos, ao terem disponibilizado muitos milhões de dólares para combater este flagelo. A Europa também já se disponibilizou, contudo ainda sem ter quantificado o valor deste apoio.
São algumas destas ideias e desejos que esperamos que a vista de Bush possa contribuir para mudar a face da África Negra.

Para perceber melhor a nova estratégia dos EUA para o continente, consultar o excelente artigo da Heritage Foundation

Novo Blog

A direcção do Partido Socialista vai lançar um Blog. Bem, não é bem assim, contudo tem alguns reputados membros do Secretariado Nacional como Ana Gomes e Luis Nazaré. E outras personagens famosas da esquerda, como Eduardo Prado Coelho, Vital Moreira e Elisa Ferreira. São bem vindos a este meio de discussão, apesar de não serem da minha área ideológica.

Será que depois de ter contagiado as massa anónimas, vai chegar a vez daa celebridades começarem a intervir neste meio?

Boas Notícias em Africa

O Presidente Charles Taylor demitiu-se. Finalmente vai desaparecer da cena internacional este terrivel ditador, líder de um país, relembre-se fundado por ex-escravos americanos e que o nome Libéria é significado de liberdade.

O Presidente Bush conseguiu alcançar mais uma vitória diplomática para a sua Agenda. Aliás, esta Administração tem tido um papel bastante interventivo para com Africa. Este continente, o mais pobre e miserável do mundo, tem sido constantemente esquecido pelos países desenvolvidos.

A digressão que o Secretário do Tesoureiro efectuou, no inicio do mandato, com o lendário vocalista dos U2 Bono, reconhecido pelas suas posições polémicas defensoras dos Direitos Humanos, foi um indicio que as coisas poderiam mudar.

É já para a semana que o Presidente Bush vai fazer um périplo por alguns países, dando mostras do seu empenhamento pessoal neste Continente maldito. O anúncio do apoio concedido aos paises Africanos para combater a Sida, foi outro sintoma importante. Neste aspecto, a Europa esteve muito perto do miserabilismo nesta matéria, por não se ter comprometido em acompanhar o esforço americano

Ainda Berlusconi II

Após ter escrito sobre o caso de ontem, andei a dar uma espreitadela a outros pontos de informação para ver como estava a ser tratado. O Dr. José Pacheco Pereira, na sua exaustiva explicação dos factos, como actor participante, não desculpa, criticando mesmo a atitude do Primeiro Ministro Italiano. Mas os factos relatados por ele são demasiado graves para passarem incólumes nos meios de comunicação social. Não vi nas TVs deputados com cartazes e t´shirts insultuosas. Não vi ninguém a falar nos insultos que foram dirigidos, nem sequer uma referência a este tipo vergonhoso de alguns deputados europeus. A Esquerda sempre teve dificuldade em conviver com a diferença de opiniões e de estilos. Nunca vimos nenhum eurodeputado do Partido Popular manifestar-se só porque ia discursar um deputado de Extrema Esquerda. E ainda bem, a liberdade de opinião é sagrada e todos temos o direito de defendermos as nossas ideias. Mesmo que sejam as mais injustas do mundo.

Ninguém é Neutro- JMF

Só ontem tive a oportunidade de ler o livro de José Manuel Fernandes. Estava com poucas dúvidas de que ia encontrar excelentes artigos sobre o pós 11 de Setembro. Aliás, já tinha lido a maior parte dos textos no Público. Só que ler os artigos todos encadeados parece que estamos a ler a história do debate de ideias que aconteceu no pós 11 de Setembro. JMF é um excelente comunicador e parece sempre adivinhar o próximo passo. Ele, mais que ninguém em Portugal, percebeu o teor e o significado da nova ordem internacional, que seria imposta pelos neoconservadores americanos. Ele, melhor que ninguém, soube captar a visão idealista e wilsoniana do Presidente Bush, e antes dos outros, apercebeu-se da Agenda da administração americana. Admito que através dos seus escritos tenho aprendido muito, e foi através dele que comecei a ler Fukuyama, Kagan, Huntington, entre outros. A consciência crítica dele está bem presente, não concorda com tudo, chegando mesmo a ter algumas palavras muito duras em relação ao actual equilíbrio de forças. Contudo, ele percebeu a importância das Democracias Liberais, e que o Homem para manter a liberdade duramente conquistada, terá que voltar a morrer no campo de batalha e o lema de Churchill, "Sangue, Suor e Lágrimas" terá de voltar ao léxico dos políticos. A ilusão da Paz eterna de Kant, não passa disso mesmo, uma alucinação e para continuarmos a viver em liberdade e em democracia teremos que voltar a lutar contra aqueles que combatem os nossos valores. Ainda estamos muito longe do fim da história, talvez nunca chegaremos lá, contudo é preciso continua a lutar pelo processo de democratização do mundo. A inacção não é uma opção. A virtude de JMF foi ter antecipado quase sempre os passos dos EUA na luta incansável contra o terrorismo internacional a analisar o débil papel que a Europa se predispôs a desempenhar neste processo.
Aconselho vivamente a lerem este livro se quiserem perceber as ideias que no pós 11 de Setembro escolheu o seu lado: a democracia e a liberdade, contra a tirania e o terrorismo.

Ainda Berlusconi

As infelizes afirmações do novo Presidente do Conselho Europeu tem e devem ser condenadas, por tudo o que representam. Mas como disse JPP, não as podemos descontextualizar e simplesmente condená-las. Os ataques que tem vindo a serem feitos à pessoa de Sílvio Berlusconi ultrapassam tudo o que um líder eleito democraticamente poderia sofrer. A Esquerda não gosta dele, massacra-o constantemente em todo o lado.

Muita gente, que ontem se ofendeu com as palavras infelizes dele, fica maravilhada quando alguém lhe chama de Fascista ou Mussolini. Não vi esta celeuma todo quando uma Ministra Alemã chamou Nazi ao Presidente Bush. Não vi esta reacção nessa ou noutras alturas. Foi realmente infeliz, mas Berlusconi é mesmo assim... impulsivo e frontal.
A esquerda constantemente chama a alguns políticos mais conservadores fascistas ou nazis; veja-se o caso em Portugal do Carvalho da Silva, do Manuel Alegre, entre outros.

Lamego no Iraque?

Hoje acordei com esta notícia que me espantou ...

O Partido Socialista continua em desgraça. Então o seu reputado membro e responsável pelas Relações Internacionais decidiu ir trabalhar para o Iraque, sob a protecção e apoio do Governo Português? Será mais uma cabala da Direita para acabar com o PS? Será que tudo corre mal ao infeliz líder Ferro e seus comparsas? Ainda há uns meses criticavam os EUA por terem decidido acabar com o terror de Sadam Hussein, sem o apoio da ONU, e agora já têm membros prestigiados que até aceitam trabalhar com os Americanos? A Dr.ª. Ana Gomes já criticou o seu colega José Lamego por ter aceite este cargo (ainda não é certo), enquanto o Dr. Ferro vai dizendo que são opções profissionais... Eu até concordo, mas porque é que tinha de ser um socialista a ter esta atitude... Definitivamente algo não vai em no PS...

Será culpa da conspiração da Direita?

Gentilezas!

Agradeço ao Intermitente as boas vindas e espero contribuir para um debate saudavel de ideias e ideologias....

Revistas

Em Portugal, infelizmente ainda existem poucas revistas com interesse, nomeadamente versando sobre relações internacionais. Sobre o tema, praticamente podemo-nos ficar por alguns artigos publicados no Público, no Expresso ou ainda no DN. Por isso é necessário ler o que escrevem lá fora.

Eu aconselho a ler a Policy Review, a The Public Interest, a Weekly Standard (Só se consegue aceder a alguns artigos), a Foreign Policy (bastante interessante, com alguns artigos polémicos e contraditórios) e ainda a Foreign Affairs (só se acede a alguns artigos). Eu aproveito para as ler na internet, só assinando a Foreign Policy, contudo em locais da especialidade encontram-se alguns destes titulos.

Estas Revistas, uma mais conservadoras, outras mais liberais, tem todas o seu interesse, contudo é por vezes necessário pagar para ver os conteúdos mais interessantes. Contudo, existe sempre a possibilidade de aceder a artigos grátis.

Consensos

José Manuel Fernandes referia hoje no seu Editorial a "importância" dos consensos na actuação legislativa dos diferentes governos. Se este governo tem alguma virtude é não ter cometido os erros dos seus antecessores. Foi por causa dos consensos que se cometeram os maiores atropelos aos interesses das pessoas no pós 25 de Abril. Quando elegemos um governo, esperamos que ele governe com o seu programa político e não ao devaneio das contestações ou das pressões dos grupos de interesse. Hoje apela-se ao diálogo nas questões laborais, na reforma da Administração Pública, na Educação, enfim não se pode fazer nada sem haver debate com os grupos de interesse, sejam eles sindicatos ou entidades patronais. Não se discute as virtualidades do diálogo e do debatem contudo as opções políticas não podem ficar reféns desse debate, só para se obter consensos. Não nos podemos conformar com o consenso, pois este muitas vezes gera ainda mais confusão e angústia.
Ora, este Governo tem tido a sapiência de reformar, de alterar o estado vigente de muita podridão da sociedade. Tem sido acusado de não ouvir ninguém, contudo o seu ímpeto reformista não pode parra e tem de haver coragem para ir ainda mais além. Tem-se notado alguma falta de coragem em algumas matérias, nomeadamente nesta nova Lei de Bases da Educação, ou na Legislação Laboral. Mas o seu mérito tem sido precisamente procurar obter reformas e sucessos em áreas de difícil actuação, onde é mais alterar mentalidades e conceitos enraizados nas pessoas
A procura de critérios de exigência e mérito na sociedade, tem de ser um objectivo essencial na produção legislativa do governo e o indivíduo só poderá ser realmente feliz se os incorporar na sua vivência quotidiana. É isso que se espera de um governo, que trabalhe para o bem das pessoas.

Berlusconi na Liderança da Europa

O controverso Primeiro Ministro Italiano assume hoje a Presidência do Conselho da União Europeia. Este homem, que construiu uma carreira empresarial e política brilhante, chega agora ao patamar mais elevado da sua carreira pública. Por muitos considerado o ódio de estimação da esquerda europeia, as suas posições pró americanas em muito contribuiram para este posicionamento. A verdade é que este líder italiano chega à liderança da Europa com uma legitimidade reforçada pelas ampla maiorira que detém no Senado, e também por ter um Governo estável, apesar das diatribes de Umberto Bossi. A sua agenda é ambiciosa, tendo já destacado os vectores principais da sua actuação. Reforçar o alargamento aos Paises dos Balcãs e à Turquia, impôr um novo Tratado de Roma na CIG, implementando assim os trablahos da Convenção, reforçar os laços transatlânticos com os seus aliados EUA, ajudar à implementação do Tratado de Paz em Israel e finalmente relançar a economia europeia através de políticas de crescimento. É um projecto ambicioso, que em parte ditará a forma como vai ser encarado no futuro pelos parceiros europeus. A esquerda, como habitualmente, já ditou a sua sentença, e este perigoso radical de direita não tem o beneficio da dúvida. Para nós, que acreditamos na sua agenda, esperamos que os seus objectivos sejam concretizados, para o bem de uma Europa das nações.



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