Notas de Agosto
O Primeiro Ministro já regressou das suas férias em Africa, bem longe do inferno em que os portugueses vivem. Agora já podemos estar descansados, pois ele vai resolver todos os nossos problemas.
A área ardida este ano, e ainda estamos a meio do mês de Agosto, já ultrapassa a do ano passado. Curioso, se compararmos a atenção dos media e da opinião publicada do ano anterior com o actual, pensaríamos que este ano está a ser bem mais calmo. Não há dúvida que vale a pena mudar de governo, para as coisas melhorarem.
As candidaturas independentes do Major Valentim Loureiro, de Isaltino Morais e Fátima Felgueiras concretizaram-se com a apresentação das suas listas. O país político descansa assim com estes candidatos, que espelham bem a qualidade da nossa classe política.
No Brasil, o escândalo do Partido dos Trabalhadores agrava-se, e no entanto, em Portugal, não vejo os grandes fãs do esquerdista Lula a criticarem-no com a veemência com que o elogiaram tantas vezes. Se ele fosse da direita, imagine-se os comentários da nossa clique política. Mas como é um deles, tem-se que disfarçar e fazer de conta.
Em Israel, Ariel Sharon continua o seu plano corajoso da retirada dos territórios ocupados. Poderá ser um passo para a paz, mas não deixa de ter um significado imenso. Como normal, os críticos de Sharon esperam ansiosamente que algo corra mal, para poderem atacá-lo com a sua sagacidade habitual. Os extremistas dos dois lados devem ser combatidos ferozmente, mas há quem considere que apenas há radicais do lado israelita. Do lado Palestiniano, os Hamas e a Jihad são apenas organizações que lutam pela independência do seu povo...
O Primeiro Ministro já regressou das suas férias em Africa, bem longe do inferno em que os portugueses vivem. Agora já podemos estar descansados, pois ele vai resolver todos os nossos problemas.
A área ardida este ano, e ainda estamos a meio do mês de Agosto, já ultrapassa a do ano passado. Curioso, se compararmos a atenção dos media e da opinião publicada do ano anterior com o actual, pensaríamos que este ano está a ser bem mais calmo. Não há dúvida que vale a pena mudar de governo, para as coisas melhorarem.
As candidaturas independentes do Major Valentim Loureiro, de Isaltino Morais e Fátima Felgueiras concretizaram-se com a apresentação das suas listas. O país político descansa assim com estes candidatos, que espelham bem a qualidade da nossa classe política.
No Brasil, o escândalo do Partido dos Trabalhadores agrava-se, e no entanto, em Portugal, não vejo os grandes fãs do esquerdista Lula a criticarem-no com a veemência com que o elogiaram tantas vezes. Se ele fosse da direita, imagine-se os comentários da nossa clique política. Mas como é um deles, tem-se que disfarçar e fazer de conta.
Em Israel, Ariel Sharon continua o seu plano corajoso da retirada dos territórios ocupados. Poderá ser um passo para a paz, mas não deixa de ter um significado imenso. Como normal, os críticos de Sharon esperam ansiosamente que algo corra mal, para poderem atacá-lo com a sua sagacidade habitual. Os extremistas dos dois lados devem ser combatidos ferozmente, mas há quem considere que apenas há radicais do lado israelita. Do lado Palestiniano, os Hamas e a Jihad são apenas organizações que lutam pela independência do seu povo...
Em relação ao conflito israelo-palestiniano gostava de comparar como as notícias, há uns tempos, eram dadas:
Quando se tratava de uma ofensiva Palestiniana, normalmente apareciam nos jornais títulos como este: Ataque suicida palestiano mata 15 israelitas em explosão ocorrida num autocarro, em Telavive.
Por sua vez, quando o ataque era perpetrado pelos israelitas, era comum aparecerem manchetes como a esta: Ofensiva israelita mata 3 crianças palestianas.
Pergunto eu: Os palestinianos também não provocaram a morte de crianças israelitas? E que tipo de título é que terá mais impacto na sociedade?
Se não me engano, há uns tempos, num artigo de opinião, salvo erro no Público, Pacheco Pereira já se tinha referido a esta dualidade de critérios por parte da classe jornalista.
Hoje em dia, a imparcialidade que devia ser apanágio dos jornalistas transformou-se numa gritante parcialidade. Hoje, mais do que informar, os jornalistas opinam e, como líderes de opinião que são, influenciam o pensamento do senso comum.
P.S. Não há mau jornalismo. Há bons e maus jornalistas e felizmente que ainda há muitos bons jornalistas que fazem do rigor, da isenção e da procura, incessante, da verdade o seu modus operandi