Virtualidades


política à portuguesa

Duas descobertas recentes
Luísa Mesquita descobriu que o PCP não é um partido democrático. Durante 30 anos, esta professora do ensino secundário pensava que estava num partido onde a liberdade de escolha era um facto. Até pensou que o papel que tinha assinado não se aplicava a ela. Agora ameaça ficar no parlamento, contra o "antigo" partido democrático que ele fez parte toda a sua vida. Assuma as suas responsabilidade, pelo menos éticas, e afaste-se do parlamento!

Marques Mendes não consegue afirmar-se na sociedade portuguesa. A recente sondagem que coloca Francisco Louçã como líder da oposição aos olhos dos portugueses é uma grande novidade. Toda a gente pensava que Marques Mendes era o líder da oposição a este governo.

política à portuguesa

É mentira….nunca gastei isso!!!

Foi com estas palavras que Narciso Miranda e Valentim Loureiro, esses ícones da transparência e honestidade democrática, reagiram às vis e infundadas acusações do Tribunal de Contas….realmente, este Tribunal, além de incompetente, é injusto para com quem serve a causa pública por devoção!!!

mundo em movimento

As falsas promessas
A União Europeia tem vindo a vender sonhos e ilusões aos turcos. A integração de um país muçulmano na UE parece-me um objectivo nobre, mas que só poderá ser alcançado se houver cedências dos dois lados. O governo da Turquia tem feito enormes esforços por cumprir as exigências europeias, mas tem recebido por parte dos líderes europeus desconfiança e até falta de respeito. Os grandes aliados de Ancara são o Reino Unido, e curiosamente, os Estados Unidos. Estes países já perceberam que o mundo só terá a ganhar com uma integração da Turquia nesta na rede democrática que é a UE. Obviamente que a Turquia terá que fazer enormes concessões às exigências que lhe são pedidas: mais democracia, mais liberdade, mais laicidade são algumas dos requisitos que não podem deixar de ser feitos. Mas, se a UE prometeu à Turquia a sua integração, então não pode continuar com esta atitude. A suspensão anunciada hoje das negociações é um mau sinal... Os turcos já começam a perder a paciência, e certamente, daqui a pouco serão eles a não querer entrar.

Curiosamente, esta suspensão acontece numa época em que Bento XVI se encontra na Turquia e parece ter dado o seu apoio ao Primeiro Ministro Recep Erdogan para a adesão da Turquia.

artes & espectáculos

The Gossip - Standing In The Way Of Control

Uma das mais interessantes estreias deste ano. A acompanhar!!!

mundo em movimento

A coragem

Numa época em que muitos se acobardam no Ocidente, há alguns que não têm medo das suas convicções e ideias. A visita de Bento XVI à Turquia é uma prova que a Igreja Católica está a saber responder aos desafios do século XXI. O Papa mostra assim que não recua perante os radicais islâmicos, e estende a mão aos moderados. Esta será também uma prova à capacidade dos governantes turcos em mostrarem que estão prontos para entrar numa União Europeia laica e democrática.

era digital

JPP não gosta da direita
JPP manifestamente tem um ódio de estimação contra uma certa direita. Apesar das divergências ideológicas serem menores do que ele certamente pensa, sempre que esta certa direita se mexe e faz algo de novo, JPP descarrega o seu fel nestes senhores. Há muitos anos que admiro JPP pelas suas ideias, pelas suas convicções e pelas posições dentro do PSD. Apesar de discordar do seu pensamento em alguma matérias, sempre gostei da liberdade com que opinou dentro do partido. Nunca foi um "yes men" nem seguiu as tendências ganhadoras. Mas começo a admitir que a sua agenda contra esta direita e, especialmente, Paulo Portas faz-me enorme confusão. Será que ainda vem dos tempos do Independente? JPP deveria esclarecer melhor as suas razões; é que, repito, não consigo observar assim tantas diferenças ideológicas para este ódio todo descarregado nas suas palavras.

política à portuguesa

Será este o caminho do PSD?
Este processo de revisão do programa do partido tem sido conduzido de uma forma bastante aberta, com a possibilidade dos militantes poderem participar activamente na discussão. Na conferência da passada quinta feira no Porto, Pacheco Pereira defendeu algo que não é novo para o PSD. Dizer que não somos um partido de direita é uma tentação num país que ainda encara a direita como o diabo. Ser de direita em Portugal é ser "fascista" ou Salazarista. Este estigma que afecta boa parte do país é revelador que ainda não atingimos a maioridade democrática. Será que alguém acredita que toda a gente neste país é de esquerda? Se o PSD fosse de esquerda, isto quereria dizer que 90& da população portuguesa vota à esquerda. Pacheco Pereira tem posições de direita em várias matérias, mas recusa-se afirmar-se como de direita, ou nem sequer admite que é de centro direita. Ele gostava que o centro esquerda pensasse como ele. Mas ele também deve saber que ninguém que é dessa esquerda pensa como ele. Admito que o PSD tenha muita gente que esteja posicionado politicamente como ele, na esquerda da direita. Mas querer que o PSD não seja de direita, é uma forma encapotada de esconder a verdade. Nós somos o partido da área de governação do centro direita. Em todos os países democráticos, existem dois blocos que alternam entre si a governação, de centro esquerda e de centro direita. O PSD só poderá regressar ao poder se for uma alternativa credível, de centro direita a este PS que governo ao centro. O governo de José Sócrates tem conseguído ocupar todo o espaço de centro, marginalizando o PSD no seu espaço natural. Os caminhos só podem ser a apresentação de novas políticas, mais liberais e diferenciadas do PS. Ser mais de esquerda que o PS não é uma opção válida.

era digital

Arrancou um novo blog de direita, o 31 da Armada. Com a qualidade que a lista de autores apresenta, certamente se tornará um caso sério de sucesso.


política à portuguesa

Centrais de comunicação….

Lembram-se da celeuma que deu a eventual agência de informação do Santana….este Governo nem pensa nisso…tem outros mecanismos:

artes & espectáculos

Alice In Chains - Nutshell
Em honra de Layne Staley, falecido em 5 de Abril de 2002. Um dos mais brilhantes músicos da década de 90 que infelizmente nunca conseguiu libertar-se do problema das drogas.

mundo em movimento

US Elections 2008

Chegam-nos dos Estados Unidos novidades sobre o que poderá acontecer em 2008. Os media europeus são sempre bastante simplistas nas análises que fazem dos acontecimentos do outro lado do atlântico. Do lado Republicano, apesar dos moderados, e neste momento mais fortes candidatos do GOP, John Mccain e Rudy Guiliani, começa a surgir a forte possibilidade de uma terceira via com hipóteses reais. Newt Gingrich, o ex Speaker da Câmara dos Representantes, apareceu esta semana na Fortune com um discurso em que, segundo alguns analistas, surge como potencial candidato a 2008. Por outro lado, o ainda Governador do Massachusetts, Mitt Romney, saiu a terreiro para criticar John Mccain sobre a sua posição sobre o casamento de homossexuais, e afirmar-se como o verdadeiro representante GOP: "I’m a conservative Republican", disse Romney. A esta distância parece-me que, a não haver alterações inesperadas, o candidato republicano sairá da dupla Mccain-Guiliani. Mas, um terceiro candidato, mais identificado com a ala mais à direita do GOP, poderá ter uma palavra a dizer nesta contenda. Romney, Gingrich ou outro, poderá ser esse candidato.

Do lado democrata, a nova estrela da política americana, Barack Obama, continua a granjear apoios pelo país. Na segunda feira, Obama pediu uma retirada progressiva no Iraque, criticando o Presidente Bush por ter levado os EUA para uma guerra que, segundo as suas palavras: "would require an occupation of undetermined length, at undetermined cost, with undetermined consequences." O Senador do Illiniois está neste momento a promover o seu livro pelos Estados Unidos, "The Audacity of Hope: Thoughts on Reclaiming the American Dream." A revista TIME colocou-o na primeira página com o título "Why Barack Obama Could Be The Next President." Portanto, poderá estar neste homem o primeiro grande obstáculo à Senadora Clinton para chegar à Casa Branca. (claro que para grande parte da Europa, ela já terá ganho as eleições de 2008)

Sondagens
Na ultima sondagem publicada, a senadora Clinton liderava as intenções de voto para a nomeação democrata com 33%, seguida de Obama por 15% e Jonh Edwards por 14%. No lado Republicano, Guiliani liderava com 33%, Mccain seguía de perto com 30% e com 9% apareciam Newt Gingrich e Mitt Romney. Num hipotético confronto, Mccain vencia Clinton com 48%-43%, e surgia um empate entre Clinton e Guiliani, ambos com 46%.

sociedade & vida

A moda das manifs
A manifestação dos estudantes do ensino secundário só vem demonstrar a sua futilidade. A geração"morangos" sai à rua para lutar contra coisas tão díspares como a co-incineração em Setúbal, as aulas de substituição, a falta de condições nas escolas, os exames nacionais, a educação sexual... Ao lermos as noticias, ficamos sem saber o que afinal eles querem. Apenas sabemos que estão na rua, que faltaram às aulas e que manifestam a sua indignação. Mas, também com os exemplos que eles têm nas salas de aulas, não podíamos esperar outra coisa.

era digital

A forma como se faz jornalismo
Sou um crítico da forma como a comunicação social actua e faz jornalismo. Infelizmente, os factos continuam a proliferar. Ainda ontem, no programa de entrevista de Judite de Sousa a António Vitorino verifiquei a forma enviesada como os jornalistas actuam em Portugal, desta vez na pessoa de uma conceituada e reputada profissional da RTP. Estavam a comentar a eleição de Ségolene Royal como candidata do PSF às eleições presidenciais do próximo ano. Já todos sabemos que esta mulher de esquerda será a candidata favorita dos nossos media. António Vitorino, no seu estilo tentou, e a meu ver conseguiu, fazer uma análise distanciada destas eleições. Mas Judite de Sousa, a certa altura perguntou-lhe se "então nós devemos subestimar a candidatura de Nicolas Sarkosy?". Uma jornalista, coloca-se num dos campos e pergunta se eles devem subestimar a candidatura da direita. Como é possível que ela faça uma pergunta destas? Que António Vitorino prefira a candidata do PSF, é perfeitamente normal e até lógico. Mas uma jornalista, num programa de informação, colocar-se num dos lados da barricada deveria ser considerado bizarro. Não o é, porque já estamos habituados a este tipo de episódios. Os jornalistas, por muito que tentem, não conseguem esconder as suas opiniões pessoais. É pena, porque é o jornalismo que fica a perder...

política à portuguesa

A intervenção correcta do Estado
A noticia vinda hoje a público que o Governo está a observar os arredondamentos das gasolineiras e das empresas de telecomunicações é uma boa noticia para os Portugueses. Estas tácticas, utilizadas por alguns sectores empresariais, para terem mais lucro através deste tipo de métodos devem ser controlados pelo Estado. Deve ser este o seu papel, moderando, legislando e intervindo, quando o mercado não funciona. Não podemos admitir que o consumidor seja enganado pelas empresas. O governo, tal como no caso dos arredondamentos nos empréstimos dos bancos, está a agir correctamente.

negócios e pessoas

Homenagem

Milton Friedman foi um dos maiores pensadores do liberalismo económico, conselheiro dos Presidentes Nixon, Ford e Reagan, prémio Nobel da economia de 1976. No regime de Pinochet, foi conselheiro económico, tendo colocado em prática neste país as suas teorias, transformando o Chile no país mais desenvolvido da América Latina. Autor de imensos livros de economia, fica neste blog a homenagem ao homem afirmava que a resolução dos problemas da sociedade passaria por um sistema de competitividade e liberdade absoluta.

sociedade & vida

Mais uma greve…

Foi confrangedor assistir à pseudo – greve dos estudantes do secundário frente ao Ministério da educação…e faltando às aulas um pouco por todo o País.
Os culpados não são eles…que não têm idade para ter juízo…mas nós que fazemos greves um pouco por todo o lado…e por qualquer coisita!

sociedade & vida

Greve dos Advogados

Embora compreenda a insatisfação dos defensores oficiosos, não posso aceitar que estes recorram à greve como forma de retaliação para com o Governo.
O defensor oficioso tem a nobre tarefa de defender, juridicamente, aquele que não tem meios económicos para contratar um Advogado. Colocar isso em causa é negar a nobreza da minha profissão, a Advocacia.

política à portuguesa

Ainda sobre Rui Rio
Uma das acusações que têm sido feitas à sua gestão é que tem transformado o Porto numa cidade sem cultura. Gabriel Silva demonstra neste post que, de facto, a cidade do Porto é um imenso deserto cultural...

política à portuguesa

Deviam ser todos como um Rio
A sociedade portuguesa está habituada a políticos que agem a pensar no umbigo e não nos cidadãos. São verdadeiras máquinas políticas que apenas existem para ganhar eleições e manter o poder. Isto é o que interessa à maior parte dos políticos. Depois temos Rui Rio, que age no interesses das populações na generalidade, não olhando para lobbies poderosos, ou para grupos de cidadãos que são importantes para ganhar eleições. Os parasitas da cultura são um destes grupos. São uma forte comunidade, interagem entre eles, e normalmente têm boa imprensa. As pessoas têm empatia por estes grupos, apesar de nunca verem as suas criações "artísticas". Os seus espectáculos estão vazios, ou então, cheio de convidados. O erário público é quem paga para estes subsistirem, e ninguém se importa com isso. A cultura não é um negócio, dizem eles. A cultura tem de receber subsídios estatais para sobreviver. Eu compreendo que num país de floribellas e morangos, é difícil ter cultura de qualidade. Mas o estado não pode enterrar dinheiro em grupos ou espectáculos que não atraem ninguém. Há muitos casos de sucesso, que não sobrevivem devido aos apoios estatais. A Fundação de Serralves, no Porto é um excelente exemplo. Apesar da cooperação estratégica, não depende exclusivamente das entidades estatais.
Rui Rio agiu bem ao cortar com os subsídios camarários a fundo perdido. As organizações culturais têm que se adaptar aos novos tempos. A resposta deve estar na sociedade e não no estado. Se os políticos fossem todos como Rui Rio, teríamos certamente um país mais evoluído, mais rico e mais culto. Infelizmente, os nossos políticos só se interessam por ganhar eleições e manterem-se no poder. É por causa destes valores que temos um país de autarcas dinossauros, com histórias de corrupção e de degradação dos dinheiros públicos.

política à portuguesa

Regresso de Santana
Santana Lopes lançou hoje em Lisboa o livro "Percepções e Realidade", onde conta a sua versão do período em que foi Primeiro Ministro. Sem saber quase nada do que está escrito, pelas noticias ficamos a saber que Cavaco Silva é apontado como um dos principais responsáveis pela sua queda. Ora, isto não é novidade nenhuma. Gostaria de saber é se Santana faz mea culpa e considera-se como o principal responsável. Mas isto não deve vir no livro.... E é pena!!!

mundo em movimento

Encontro de ditadores

Realizou-se no passado dia 11 e 12 de Novembro o encontro internacional de ditadores de esquerda. Aqueles que se afirmam, de forma algo patética, “lutadores da liberdade”.
É curioso confrontar a lista de participantes nesse certame com a lista publicada pelos Repórteres sem fronteiras acerca da censura e opressão sofrida por quem utiliza a internet como meio de expressão.
Na lista de “inimigos” da expressão cibernauta surgem o Vietname, China, Cuba, Coreia do Norte, entre outros. Curiosamente todos eles participantes no encontro de ditaduras de esquerda.

P.S. O Partido Comunista da Coreia do Norte, embora não tenha participado, só não o fez porque não quis, pois, nas palavras de dirigentes comunistas, seria bem vindo.

política à portuguesa

O mesmo de sempre...

As greves servem sempre retirarmos algumas ilações de quem nos governa, mas principalmente o carácter dos sindicatos. Estes últimos marcam sempre as greves, de modo que dê para os faltosos aproveitarem um fim-de-semana alargado, se possível indo de férias. Os governos dizem sempre que as reformas vão continuar e nada mudará. Sempre me fez confusão estas greves marcadas por estruturas sindicalistas, influenciados pela cartilha estalinista, e em termos de progresso social pouco fazem para defender os reais interesses dos trabalhadores. A minha solidariedade para o governo nesta matéria. Há locais próprios para debater, discutir e chegar a consensos. Não em fins-de-semana prolongados nem em manifestações de rua com as bandeirinhas vermelhas.
Outra coisa estranha nas greves é sempre os números. O governo diz que foram 10%, os sindicatos 80%. Será que é tão difícil saber quantos funcionários públicos aderiram à greve? Suspeito que não sejam dados concretos, apenas desejos irrealizáveis dos dois lados.

gazeta dos desportos

Incoêrencias

Já que estamos numa de futebol, não posso deixar de assinalar uma contradição no discurso de alguns dos actuais Governantes. Há poucos anos defendiam as virtualidades de trazer para o nosso País o Euro – 2004. Diziam que era um investimento, que se pagava a si próprio, bla, bla, bla…
Actualmente, e num momento em que temos as infra – estruturas montadas, afirmam que a hipótese de trazer o Mundial – 2018 é impraticável devido ao elevado custo.
Das duas uma: ou mentiram descaradamente no passado, ou recorrem à demagogia e populismo agora…

gazeta dos desportos

Record do Guinness
Muito raramente escrevo sobre o meu clube. Mas ser o clube do mundo com mais sócios, à frente de gigantes como o Manchester United, Barcelona, Real Madrid ou Bayern Munique só pode ser motivo de orgulho. Este record apenas significa que o Benfica é o clube do mundo com mais sócios. Algumas elites portuguesas não percebem o carácter genuinamente nacional do Benfica. Apesar das trapalhadas e recuos do Presidente do Benfica em algumas matérias, conseguir este facto não deve ter sido fácil. Por esse motivo, os meus parabéns!!!

sociedade & vida

Greves à sexta – feira….é para já!!!

Quando ouço falar da convocação de uma greve para uma sexta – feira fica-me sempre a sensação de fim-de-semana prolongado. Não que os trabalhadores não possam fazer greves à sexta – feira. É um direito que lhes assiste! Mas é bem verdade que as greves à sexta-feira dão azo a utilizações abusivas por parte de trabalhadores que apenas pretendem passar mais uns dias em casa sem que tenham falta injustificada.

mundo em movimento

A cara da derrota do GOP

Donald Rumsfeld é um político polémico e controverso, criando sentimentos de amor e ódio nos Estados Unidos. Uma longa carreira pública, tendo servido os presidentes Nixon, Ford, Reagan e agora Bush. Apesar dos erros cometidos na guerra do Iraque, foi um dos mais carismáticos líderes do Pentágono.

era digital

Notas de um jornalismo independente
Ontem a SIC Noticias emitiu um especial sobre as eleições legislativas americanas. Um dos seus correspondentes (não me lembro do seu nome), referia as razões que estariam por trás da derrota do GOP. Referiu a guerra do Iraque, os escândalos de corrupção e de assédio sexual do congressista da Florida, Mark Foley. Até aqui tudo bem. Mas depois nomeou o estado da economia americana como sendo uma das razões fundamentais para a derrota do GOP. E começou a dizer uma série de barbaridades sobre a economia, sendo provavelmente uma tradução de um folheto de propaganda democrata (termos como dívida escandalosa, preços da gasolina a subir e alta taxa de desemprego) . A realidade é que é economia nos Estados Unidos é forte, tem crescido nos últimos 5 anos, os preços da energia têm baixado, o desemprego tem diminuído e o poder de compra tem aumentado. Isto são factos. Mas, o nosso jornalista, como estava a ler alguma coisa que leu na publicidade política democrática, enganou os portugueses com esta visão. É como se um jornalista estrangeiro, para descrever a realidade portuguesa, fosse a um site do PS ou PSD, e contasse aos seus cidadãos que era esse o estado da economia portuguesa. Tem que se exigir mais transparência e independência aos jornalistas.

mundo em movimento

O resultado esperado...

Nas eleições legislativas intercalares aconteceu o esperado, tendo o Partido Democrata obtido uma expressiva vitória, recuperando o controlo da Câmara dos Representantes, faltando ainda saber, se ganham também a maioria no Senado. Voltou a normalidade à política americana, depois alguns anos de domínio de um só partido.

Mas, para que não haja dúvidas, esta foi uma derrota, apesar de não ter sido a hecatombe esperada, do Presidente Bush e do Partido Republicano. Os motivos apontados pelos eleitores foram a guerra no Iraque e os escândalos de corrupção que atingiram o GOP. Quem conhece a política norte americana (os media portugueses, com algumas excepções, revelam uma ignorância gritante), independentemente das suas convicções, têm de concordar que o trabalho que tinha vindo a ser feito pelo Congresso não estava a satisfazer os americanos. E estas eleições foram também uma resposta do povo americano. Mas George W. Bush também foi derrotado nestas eleições, não tivesse sido um dos visados no voto de protesto.

Na Europa existe uma clique que berra incessantemente pelo regresso da boa América... Enfim, esses revelam total desconhecimento do que é o Partido Democrata. Ainda ontem, quando acompanhava uma televisão americana, um dos pontos de concórdia entre os comentadores é que esta foi um vitória dos democratas centristas e moderados. Muitos dos candidatos que ganharam são da ala moderada, tendo discursos muito próximos dos Republicanos. Veja-se o exemplo do candidato radical anti-guerra democrata, Ned Lamont, que tinha conseguído afastar Joe Lieberman nas eleições primárias do Connecticut, mas que perdeu para este ontem.

era digital

Notas de um jornalismo independente II
O JN, hoje na sua primeira página, faz a sua avaliação da prestação do Governo de George W. Bush. Ainda antes de termos resultados eleitorais, o JN já decidiu sobre o resultado de eleições (o que até nem parece muito descabido) mas acima de tudo, faz juízos de valor sobre o trabalho de um governo. Quando é que os jornalistas começam a guardar as convicções na gaveta? Não é admissível este tipo de jornalismo militante, com opinião e sem a mínima isenção.

era digital

Notas de um jornalismo independente
Luis Costa Ribas, jornalista da SIC e correspondente nos Estados Unidos há vários anos, sempre foi uma das vozes nas noticias sobre a América em Portugal. Quem percebe um pouco de política americana, sabe perfeitamente que as suas crónicas nunca tiveram o mínimo de rigor, de independência ou da isenção que o trabalho jornalístico exige. Hoje, na SIC assumiu que era Democrata, despejando todo o seu ódio no Partido Republicano. O que é pena é que se assuma como jornalista. Eu já sabia das suas preferências políticas, mas faz mal à classe de que faz parte. Os jornalistas, deveriam pelo menos, parecer independentes.

mundo em movimento

Exemplo de liberdade e respeito pelos direitos humanos
Em contradição com grande parte do seu partido, o Primeiro-ministro José Sócrates afirmou no passado fim-de-semana que os Estados Unidos são um exemplo na defesa dos Direitos Humanos e da visão de humanismo e que estes valores estão no coração do povo norte-americano e na Constituição do país. Mais, que em matéria de visão humanista e respeito pelo Direitos Humanos, não encontro melhor exemplo do que os Estados Unidos. A política externa norte-americana valoriza estes pontos. Declarações destas devem ter caído muito mal em muitos sectores do PS, nomeadamente na correligionária Ana Gomes, ou no ex. candidato presidencial, Mário Soares.
As críticas que fez ao muro para separa o México são justas e correctas. Ser aliado não é dizer que sim a tudo, é também saber apontar erros e falhas. Mas, no essencial e no global, o que interessa é a visão comum que a sociedade europeia tem com os Estados Unidos. E isso, José Sócrates parece estar de acordo.

Podemos não gostar de José Sócrates, do seu governo ou de algumas políticas mentirosas que tem empreendido, mas em matéria de política externa, este governo tem estado à altura.

sociedade & vida

Nem tudo é mau…

Numa altura em que é “politicamente correcto” bater no Governo (nem que seja para criticar a sua, exagerada, propaganda) surgem boas notícias. As novas regras sobre a disponibilização das quantias depositadas através de cheque e os arredondamentos bancários nos empréstimos à habitação. Isto sim, é propaganda...mas positiva.
Com efeito os Bancos desde há muito nos habituaram que para sacar dos bolsos do consumidor não há melhor que eles.
Tudo se paga, até o não ter um mínimo de dinheiro na conta (veja-se lá, até para se ser teso é preciso pagar!!!)
O Governo com estas novas regras vai tentar por alguma ordem na casa…e muito bem.

mundo em movimento

As eleições … de 2008

Realizam-se hoje nos Estados Unidos as eleições intercalares legislativas. Apesar da recuperação republicana dos últimos dias, parece que os democratas vão recuperar o controlo do Congresso. Assegurada deve estar a maioria na Câmara de Representantes, mais intermitente parece ser a corrida pelo Senado. Se as coisas correm como esperado, o Presidente Bush terá o seu trabalho mais complicado pelo Congresso, mas isso não trará alterações significativas na sua política. O sistema político americano prevê muito poder na Presidência. A derrota de Bush representará, sem dúvida, um sério revés interno e será um duro golpe na sua Administração mas, recorde-se que em 1994 Bill Clinton perdeu as eleições intercalares, e isso não o impediu de renovar o seu mandato em 1996. A vida continuará, portanto, para Bush.

O mais interessante na política americana será o início da corrida pelas eleições de 2008. A dois anos das eleições, começaram as movimentações, os nomes a surgir e a preparação para as eleições primárias.

Do lado republicano, dois nomes surgem à cabeça para liderar o partido em 2008: Rudolph Guiliani, o moderado ex Mayor de Nova Iorque, e John Mccain, considerado a alma do partido. Mas outros nomes aparecem como nomeáveis, como o Senador da Virgínia, George Allen ou o Governador de Massachusetts, Mitt Romney. No caso do Senador da Virgínia, as suas esperanças podem acabar hoje se não conseguir ser reeleito. Outros candidatos com hipóteses de ganhar e menos prováveis, seriam a Secretária de Estado, Condoleezza Rice, o Governador de Nova Iorque, George Pataki, ou o líder da maioria do Senado, Bill Frist.

No partido democrata, as coisas parecem menos dividas, com Hillary Clinton a liderar as preferências. Mas em política nada é assim tão simples. E há outros nomes que poderão surgir na corrida, como o Senador John Edwards, o Senador do Delaware, Joe Biden ou o Governador do Novo México, Bill Richardson. Barack Obama, Senador de Illinois poderá ser uma surpresa em 2008. Este poderá ser o primeiro negro a chegar a presidente dos Estados Unidos. Lembro-me de um discurso verdadeiramente arrebatador na Convenção de 2004, que o catapultou para o imaginário de muitos democratas americanos, e não só.

Estes são só alguns nomes, e surgirão outros. Mas, manhã, independentemente de quem ganhe as eleições legislativas, começa verdadeiramente a corrida para a sucessão de George W. Bush.

mundo em movimento

Condenação
Hoje, um Tribunal iraquiano fez justiça, condenando Sadam Hussein e alguns dos seus acólitos, pelos crimes cometidos contra o povo iraquiano. Os ditadores, que cometem crimes contra o seu povo, têm de perceber que podem ser julgados e condenados pelo mesmo povo que oprimem. Como disseram alguns governantes europeus e mundiais, hoje é um dia feliz para, a liberdade e para a justiça, mas principalmente para os iraquianos.

Sobre as reacções negativas:
Em primeiro lugar, eu sou contra a pena de morte. Mas, ninguém me vê a lamentar pelos condenados à morte pelo mundo inteiro, que infelizmente ainda acontecem. E nesse aspecto, todos podemos ter orgulho em Portugal, por ter sido um dos primeiros países a abolir a pena de morte do sistema judicial. Mas não será por este carniceiro que irei lamentar a sua aplicação. Os que agora lamentam esta condenação devem ter coerência e fazer o mesmo sempre que algum sistema penal condena um criminoso à morte.
A AI refere que o julgamento de Sadam pode não ter sido o mais justo. Não contesto, pois não tenho conhecimento dos factos. Mas terá sido certamente mais justo este julgamento, do que as milhares de condenações à morte que o regime de Sadam implementou no Iraque. Sadam Hussein e os seus seguidores tiveram desta justiça iraquiana o que sempre negaram aos seus opositores.
Por fim, e fazendo uma comparação, gostava de saber a opinião dos que agora criticam esta condenação à morte sobre os julgamentos de Nuremberga ou de Tóquio.

era digital

O triste mundo dos portugueses...

Excelente crónica de João Miguel Tavares, hoje no DN. Aqui deixo algumas passagens:

"E de repente, nós vivemos num mundo em que a televisão nos oferece: Os Sopranos, Sete Palmos de Terra, 24, Carnivàle, Donas de Casa Desesperadas, Anatomia de Grey, Perdidos, Deadwood, Dr. House, A Letra L, Irmãos de Armas, Anjos na América, Roma... e poderia continuar por aqui fora, a encher parágrafos. É absolutamente extraordinária a qualidade das séries televisivas que nos últimos anos têm surgido nos Estados Unidos. Já há quem lhe chame a nova época de ouro da televisão americana..."

"E nós por cá? Bom, por cá a grande luta de audiências do momento é entre uma rapariga pobrezinha que usa roupa colorida e fala com árvores e uma rapariga tristonha que se disfarça de freira para fugir à polícia. Nós, que somos tantas vezes alertados para o perigo imperialista da cultura americana, andamos a chafurdar em formatos de origem venezuelana, com a sofisticação própria do Terceiro Mundo..."

"...Enquanto lá fora se multiplicam as séries obrigatórias, por cá enche-se o horário nobre com produção portuguesa de quinta categoria, enquanto o verdadeiro talento mirra por pura e simplesmente não ter espaço para se desenvolver. O problema não está na televisão, que oferece muito de bom - o problema, infelizmente, está em nós. Diz-me que programas vês e eu dir-te-ei quem és."

política à portuguesa

Escreve JPP no Abrupto:

Contam-se pelos dedos de uma mão só, as pessoas que têm acesso à comunicação social de primeira linha e que falam dos mecanismos de controlo e manipulação da comunicação social pelo governo socialista. É uma matéria tabu, que suscita logo um ambiente de grande hostilidade, com exigência probatórias imediatas. Não acho mal as exigências probatórias, dado que penso não faltarem provas, sendo às vezes serem tão evidentes que a sua exigência já é suspeita. Só tenho pena que não tenham sido pedidas com a mesma convicção antes do período actual de governação. Mais: intriga-me que aqui os jornalistas que se indignam, muitos deles em posições de relevo em órgãos de comunicação estatais, alguns em posições de chefia, tenham nesta matéria a atitude exactamente contrária à que tomam face a todas as coisas, onde acham sempre que não há fumo sem fogo por regra geral, e onde exercitam abundantes doses de cinismo. Aqui, ficam ingénuos em absoluto, nesta matéria não são certamente o “ninho de víboras” com que são descritos no mundo anglo-saxónico.Veja-se um dos exemplos mais que evidentes, referido por Eduardo Cintra Torres na série que está a escrever para o Público, e que tanta hostilidade suscita contra o seu autor, que está a provar uma medicina que já conheço há muitos anos. Trata-se da tentativa de controlo da agenda comunicacional através da sobreposição de pseudo-factos, declarações, conferências de imprensa, manobras de diversão, criados do nada para esconderem ou minimizarem os factos que são incómodos para o governo. O Primeiro-ministro Sócrates não faz isto dia-sim-dia-não, faz isto dia-sim-dia-sim, com sucesso garantido. Exemplo: no dia da manifestação da CGTP com setenta mil pessoas na rua, Sócrates fez mais uma das suas deslocações a um palco controlado (é interessante ver como utiliza muitas vezes o grupo parlamentar do PS como “palco controlado”) para responder aos manifestantes a solo, sem contraditório. Nos noticiários o facto e o pseudo-facto equivaliam-se e mesmo que não se queira chamar às declarações de Sócrates pseudo-facto, elas não tinham o interesse jornalístico que justificasse um tratamento quase simétrico. Isto acontece, quase sempre com Sócrates a solo em palcos controlados, dia-sim-dia-sim.É evidente que não só os governos socialistas que aplicam estas técnicas, os do PSD e do CDS fizeram o mesmo, mas com muito menor eficácia porque há diferenças fundamentais e que têm a ver com o facto de a comunidade jornalística se comportar por regra de forma muito adversarial com governos “de direita”, como agora se diz. Provas? Provas, pergunto eu? E que tal pensarmos nisto: sabedores das tácticas de ocultação do Primeiro-ministro e de alguns membros do governo mais sábios como o Ministro António Costa, que fazem os jornalistas para manterem a informação crítica a fluir, que fazem as redacções para darem o devido valor (o de notas de quatro ou cinco linhas como fazem os jornais anglo-saxónicos) a actos que eles sabem serem de contra-informação, sem conteúdo jornalístico, não dando o benefício ao infractor? Nada, quase nada. Ao aceitarem as regras do Primeiro-ministro e do governo, aceitam a governamentalização e o controlo político. E não adianta dizerem, como já vi escrito, que não há problema nenhum em que o governo tenha investido tanto em “relações públicas” e em assessorias de imprensa que são “boas”, sem perceberem que esta frase é mortífera para a profissão de jornalista e auto-condenatória. Há quanto tempo se recordam de uma genuína pergunta e de uma genuína resposta do engenheiro Sócrates, fora do mundo da propaganda? Não me lembro.



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