política à portuguesa
0 Comments Published by Nuno Gouveia on segunda-feira, novembro 27, 2006 at 14:14.
Será este o caminho do PSD?
Este processo de revisão do programa do partido tem sido conduzido de uma forma bastante aberta, com a possibilidade dos militantes poderem participar activamente na discussão. Na conferência da passada quinta feira no Porto, Pacheco Pereira defendeu algo que não é novo para o PSD. Dizer que não somos um partido de direita é uma tentação num país que ainda encara a direita como o diabo. Ser de direita em Portugal é ser "fascista" ou Salazarista. Este estigma que afecta boa parte do país é revelador que ainda não atingimos a maioridade democrática. Será que alguém acredita que toda a gente neste país é de esquerda? Se o PSD fosse de esquerda, isto quereria dizer que 90& da população portuguesa vota à esquerda. Pacheco Pereira tem posições de direita em várias matérias, mas recusa-se afirmar-se como de direita, ou nem sequer admite que é de centro direita. Ele gostava que o centro esquerda pensasse como ele. Mas ele também deve saber que ninguém que é dessa esquerda pensa como ele. Admito que o PSD tenha muita gente que esteja posicionado politicamente como ele, na esquerda da direita. Mas querer que o PSD não seja de direita, é uma forma encapotada de esconder a verdade. Nós somos o partido da área de governação do centro direita. Em todos os países democráticos, existem dois blocos que alternam entre si a governação, de centro esquerda e de centro direita. O PSD só poderá regressar ao poder se for uma alternativa credível, de centro direita a este PS que governo ao centro. O governo de José Sócrates tem conseguído ocupar todo o espaço de centro, marginalizando o PSD no seu espaço natural. Os caminhos só podem ser a apresentação de novas políticas, mais liberais e diferenciadas do PS. Ser mais de esquerda que o PS não é uma opção válida.
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