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Eleições nos Estados Unidos VI
Neste momento, tudo parece que o resultado final vai ser novamente definido na Florida. Segundo as últimas sondagens, tudo parece estar empatado. Bush e Kerry vão decidir as eleições neste Estado, e tudo o que se possa dizer sobre quem vai ganhar, poder ser errado. Aliás, neste últimos dias, parece que só algo de extraordinário pode fazer com que haja vencedor antecipado. E neste Estado, a última sondagem, publicada hoje, dá um ... empate. 46%-46%. Tudo está em aberto...

Eleições nos Estados Unidos V
A pouco mais de uma semana das eleições, tudo parece ainda bastante indefinido. Nos Estados indecisos, as coisas parecem ainda mais complicadas. Neste momento, parece-me que se Bush conseguir ganhar um destes tres Estados, será o vencedor: Ohio, Florida ou Pennsylvania. Na última sondagem conhecida, na Florida Bush tinha vantagem de 48-47, no Ohio e na Pennsylvania é Kerry a ter vantagem, mas por curta margem.
As coisas já estiveram mais fáceis para Bush, mas nas últimas sondagens em alguns Estados, Bush parece ganhar vantagem consideravel, principalmente em Estados como Iowa, Wisconsin e Minnesota, que tinha perdido em 2000 para Al Gore. Mas uma coisa parece certa, talvez nem na noite das eleições saibamos quem ganhou, pois as coisas parecem estar outra vez muito empatadas. Pelo que se tem visto, Bush vai à frente e com alguma vantagem.. Mas nunca se sabe...

O Governo de Santana

Estes primeiros tempos não têm sido nada fáceis para Santana Lopes, se bem que nunca poderíamos ter esperado outra coisa. Um político hábil e experiente, mas que não estava preparado para ser Primeiro-ministro, aliás, ele já nem sequer pensava nisso.
Ele chega ao cargo mais alto da governação sem contar, e por isso se admite que tenha cometido alguns erros de casting, e principalmente de pormenor, mas que efectivamente marcaram os seus primeiros dias no Palácio de São Bento. Mas será que são os fait divers que fazem um governo? Será que ele alguma vez teve hipótese para a Comunicação Social? Ou para as elites que mandam neste país desde o 25 de Abril?
Pedro Santana Lopes, um político feito na comunicação social, tem sido completamente arrasado por esta mesma que o criou e o fez crescer; é normal nestes meios, termos o criador a tentar destruir a sua cria. As elites, obviamente revoltadas por um plebeu, e ainda por cima jovem, bom vivant e playboy, chegar a Primeiro-ministro, não lhe deram um minuto de sossego. Desde a sua tomada de posse, quase que aposto, que não houve um dia em que não fosse atacado, ora pela esquerda, ora pela direita. Depois temos aqueles casos tão singelos da nossa democracia, que por se acharem melhores que Santana Lopes e pensarem que deveriam ser eles a estar no seu lugar, não paravam de atacar, mesmo quando na maior parte das vezes de notava ódio e inveja a mais.
Será que Santana Lopes terá qualidades para o cargo? Pelo que tenho visto, penso que sim, apesar de alguns erros, normais para quem não estava preparado para o cargo. Em primeiro lugar, tem um enorme instinto político, coisa rara nos dias que correm; conseguiu reunir uma equipa de ministros onde existe qualidade, casos evidentes de António Mexia, Álvaro Barreto, Bagão Félix, Pedro Aguiar Branco, Luís Filipe Pereira, Fernando Negrão, Daniel Sanches ou Luís Nobre Guedes. Nas primeiras decisões, pode-se dizer que já se nota alguma coisa, nomeadamente o fim das exageradas e injustas Scut´s, a baixa de impostos para as pessoas e a possível diminuição do IRC em 2006. Muito mais se tem feito, mas também não podemos escamotear os erros, principalmente na área da Educação, onde ainda não consegui descobrir quem foram os incompetentes no concurso de professores. Depois é um grande político, que tem vitórias eleitorais no seu currículo, não podemos esquecer a excelente vitória obtida em Lisboa, contra Comunistas e Socialistas coligados, o Bloco de Esquerda e ainda o CDS de Paulo Portas. Ele não é nenhum anjinho, nem nenhum grande Estadista, mas poderá ser um bom Primeiro-ministro, talvez aquilo que o país precisa nos dias de hoje; já estou farto dos homens providenciais que nada fizeram ou fazem por Portugal. Sinceramente acredito que poderá inverter o ciclo miserável que temos vivido em Portugal desde 1995.
Repara-se que além do caso da Educação, que foi bastante grave, ainda não se puderam ver erros de maior ao governo, apesar da verborreia toda que temos assistido nos meios de comunicação. O caso Marcelo, apesar dos disparates do Ministro Gomes da Silva, pareceu-me uma bela orquestração do maquiavélico Marcelo Rebelo de Sousa; ele já devia ter esta jogada pensada há muito tempo. O mais recente ataque; Santana propôs que os professores com horário zero fossem trabalhar para o Ministério da Justiça, como assessores de juízes. Foi a desgraça, mas todos sabemos que com a crise de alunos, o futuro dos licenciados em cursos de ensino passará por outras áreas; em Portugal, os senhores professores só podem dar aulas, senão não trabalham. Isto está errado, e terão que se adaptar às novas condições do mercado. Os próprios juízes criticaram esta sugestão (não sei se irá mesmo avançar, eu penso que deveria) apesar de estarem a queixarem da falta de assessores. Eu pelo que tenho conhecimento, muitos dos assessores nem sequer têm formação superior, pois não percebo a dificuldade em ter professores a fazerem esta função. Pelo menos estariam a trabalhar.
Ainda não temos 100 dias do XVI Governo Constitucional e nunca assistimos a tantos ataques e denuncias como a este governo. Mas no fim, serão os portugueses a avaliar este governo, com o seu voto. Não são as elites nem a comunicação social que elege e faz os governos. Senão ainda estaríamos numa ditadura.


Eleições nos Estados Unidos IV

A campanha eleitoral nos Estados Unidos tem sido rica em debate ideológico, e ao contrário do que se poderia pensar, quem tem seguido com atenção, tem percepcionado uma clareza de discursos e opiniões que colocam claramente em lados opostos as duas candidaturas. Em Portugal, por vezes tem-se a ideia que os dois grandes partidos concordam em quase tudo, havendo apenas uma questão de liderança e conjuntura para optar pelo Partido. Nos Estados Unidos, as posições ideológicas são claras, onde podemos observar claramente dois lados distintos, sem meios termos. Por isso prefiro a política americana e a sua democracia. Tendo muitos defeitos, como todas as democracias, penso que neste lado do mundo, a democracia funciona muito melhor e é mais directa. Nos debates tivemos a ideia clara do que os candidatos defendem, em todas as grandes questões em debate. Na política internacional, Kerry mais multilateral, a favor de grandes consensos internacionais, contra a guerra no Iraque, a favor de Quioto e do TPI, contra o Tratado de Defesa de ABM, a favor de conversações directas com a Coreia do Norte, tudo o oposto defendido por Bush, que marcou o seu primeiro mandato. A sua luta contra o terrorismo não teve quartel, lutou contra os falsos consensos, impossíveis de obter nas Nações Unidas, avançou para desarmar Sadam Hussein, envolveu a China, Rússia e Japão no problema Coreano, abandonou o utópico Quioto, que não tem sido seguido por muitos países que o assinaram, como Portugal, não entrou para o TPI. Enfim, só em termos de Política Internacional, já tínhamos bastantes diferenças para poder optar. Em termos de interna, que eu menos conheço, parece-me que também existem muitas diferenças. Em política económica a diferença é evidente. Bush defende os cortes de impostos para estimular a economia através do consumo, enquanto Kerry, na tradicional visão de esquerda, prefere que seja o Estado a administrar o dinheiro das pessoas. Na Segurança Social, enquanto Bush pretende salvar esta, com novas políticas de privatização de uma parte da Segurança Social, prevendo a ruptura do actual sistema, Kerry pretende continuar com o que existe, sem assegurar o futuro dos pensionistas. Nos valores sociais, estes dois candidatos têm também muitas diferenças. Enquanto Kerry defende a liberalização do aborto, o casamento de homossexuais, Bush opõe-se de uma forma frontal e evidente. Por este pequeno leque de ideias, os eleitores americanos tem a possibilidade de observar muitas diferenças entre os dois candidatos, e apesar de não ser possível concordar com tudo o que cada um candidato defende, podem optar livremente com consciência e clareza. Gostava de saber se existe tanta clareza de ideias quando temos eleições em Portugal...

Eleições nos Estados Unidos III

Após o debate de ontem, onde Kerry e Bush digladiaram-se pela última vez pelos votos dos indecisos, a corrida parece estar na mesma situação: too close to call. Infelizmente, segundo as sondagens e comentadores, Kerry venceu novamente o debate, apesar de Bush ter mantido fortes convicções e com isso ter assegurado o eleitorado conservador mobilizado e activo em seu redor. A verdade é que até ao dia das eleições, tudo vai parecer muito inseguro e ninguém vai poder prever o resultado final. A campanha de Bush tem sido muito forte e parece liderar, apesar dos aparentes maus resultados nos debates. Já se sabia que iam ser debates muito difíceis para Bush, pois é sempre mais fácil estar na oposição e criticar quem está no Poder.

Florida
No Estado onde se lutou durante um mês para ver quem era o Presidente dos EUA em 2000, este ano parece que Bush leva aparente vantagem. Bush em 200 venceu Gore por apenas 537 votos em quase 6 milhões de votantes, e que elege 25 votos para o Colégio Eleitoral, as últimas sondagens são claramente favoráveis a Bush. Nas últimas sondagens publicadas, a última no dia 6 de Outubro, davam uma vantagem de 5% a Bush, o que pode indiciar que não será neste Estado que as coisas podem-se complicar.

Pennsylvania
Um Estado importante que ele 23 votos para o colégio eleitoral parece ser um dos mais equilibrados desta eleições, depois de Al Gore ter vencido em 2000 por uma vantagem superior a 5 %. Este ano, as coisas parecem mais complicadas para Kerry, que não tem a vitória assegurada. As últimas sondagens, datadas de 12 de Outubro, há apenas dois dias dava uma vantagem de 1%. Apesar de haver um empate técnico nesta e na maioria das sondagens, Kerry tem levado quase sempre vantagem nas sondagens, o que poderá significar que os Democratas poderão manter esta Estado sob sua alçada.

Ohio
Este Estado industrial é fulcral para Bush. Em 2000 venceu Gore por 4%, o que significou obter os importantes 21 votos do colégio eleitoral e assegurar-lhe a vitória. Este ano, as últimas sondagens indicam que Bush vai à frente, mas não pode estar descansado. A última sondagem dá-lhe uma vantagem de 49% -47%, e as últimas têm-lhe sistematicamente dado vantagem.


Muito do resultado final destas eleições vão decidir-se nestes três últimos Estados, por isso é melhor estar atento. Os candidatos têm-se multiplicado em campanha neste estados, provando que isto é uma batalha democrática estado a estado, cidade a cidade, vila
a vila.

Eleições nos Estados Unidos II

Apenas a alguns minutos do terceiro e último debate presidencial para a Casa Branca, é importante tecer algumas considerações importantes, que são importantes nesta altura verificar. Apesar do equilíbrio em todas as sondagens, onde, ora Bush, ora Kerry aparecem à frente, há um facto que é inequívoco: Na sua esmagadora maioria, todas elas garantem a Bush a eleição, se atendermos ao Colégio Eleitoral, que vai decidir quem é o próximo Presidente dos Estados Unidos. Ou seja, existe a possibilidade bem real de George W Bush ser novamente eleito sem ter a maioria dos votos, o que não seria positivo para o seu segundo mandato, apesar da legitimidade absoluta que deteria.

Depois de uma prestação bastante melhor no segundo debate, Bush parte para este último debate em vantagem aparente, pois já provou que não será necessariamente preciso ganhar o debate, apenas se bater de igual com Kerry. No segundo debate, ao contrário da maioria, pareceu-me que Bush esteve ligeiramente melhor que Kerry.

Em Portugal, com excepção a alguns jornais, parece que apenas é noticia quando Kerry surge na frente das sondagens, não acontecendo o mesmo quando sucede o contrário. Penso que a cobertura jornalística em Portugal das eleições não está a mais correcta, mas isso é assunto para falar num post específico sobre a matéria. Depois, se Bush ganhar, ainda vai haver muitos portugueses mal informados por esta comunicação social parcial, surpreendidos com o resultado final.
Faltam menos de 20 dias para as eleições e tudo parece em aberto, mas confio que Bush hoje irá fazer melhor que nos últimos debates e arrumar de uma vez por todas as possibilidades de Kerry em ser o próximo Presidente dos Estados Unidos e regressar ao imobilismo na luta contra o terrorismo da era Clinton
.

Eleições nos Estados Unidos I

A partir de hoje tentarei dar um relato diário das eleições nos EUA. Estes comentários não serão certamente independentes, pois a minha preferência pelo actual Presidente é evidente.

Hoje saiu mais uma sondagem, embora neste momento as sondagens sejam todas muito parecidas, a nota dominante tem sido o equilíbrio entre os dois candidatos. A sondagem do Wasnhonton Post dá uma vantagem de 5% a Bush, apesar de haver algumas recentes que davam uma pequena vantagem a Kerry. Esta sondagem foi feita depois do segundo debate, onde Bush esteve bastante melhor que no primeiro, mostrando algumas das qualidades que o fizeram ganhar quase todas as eleições em que esteve envolvido. Contudo pode ser enganadora, visto que existem outras recentes que dão a vitória a Kerry.

Os Swing States, ou seja, aqueles onde o resultado é uma incógnita, vão decidir quem irá ser o Presidente dos Estados Unidos. E será necessário muita luta para ver quem consegue atrair mais indecisos.


New Mexico

Este é um dos Estados Indecisos e que em 2000 Al Gore venceu por apenas 366 votos, onde votam cerca setecentas mil pessoas. Composto por um importante misto de brancos e hispânicos, este Estado deu a vitória mais escassas das eleições. A mais recente sondagem efectuada no New Mexico, do passado dia 6 de Outubro dá uma vitória a George W Bush, com 50% contra 47% de Kerry. A margem de erro é de 4%, portanto há neste momento um empate técnico. A verdade é que será apenas se saberá quem ganhou este Estado no dia de eleições. Apesar de apenas contribuir com cinco Grandes Eleitores para a contagem final, nestas eleições renhidas, todos terão certamente a sua importância. Os dois candidatos passaram por lá ontem e não descuraram a oportunidade para tentar conseguir convencer mais uns indecisos. .

De saída...

Esta saída de Marcelo Rebelo de Sousa parece-me muito estranha... De facto, o PSD cometeu um erro estratégico, através de Rui Gomes da Silva, ao criticar MRS da forma que o fez. Mas a sua retirada dos comentários na TVI, não se justifica de modo nenhum. Parece-me mesmo muito estranho. Não quero, nem posso aceitar que o Presidente da Media Capital tenha tentado calar ou impedir que o Professor falasse abertamente... Acho que Marcelo teve uma jogada de mestre na antecipação...mas vamos ver!

Nova Censura???
Apesar de não concordar com a grande maioria das criticas que Marcelo Rebelo de Sousa tem vindo a destilar no seu comentário semanal na TVI, e concordar com as criticas que lhe têm sido dirigidas pelo Governo, não posso concordar com a reacção do Ministro dos Assuntos Parlamentares, quando pede intervenção da Alta Autoridade para a Comunicação Social sobre as intervenções de MRS. Mas o que ele quer? Que a AACS impeça o ex. líder do PSD de comentar livremente as suas opiniões num espaço televisivo que é seu há muitos anos? Só porque são contra o Governo, dignas de um verdadeiro líder da oposição? Não podemos aplaudir quando é contra um governo socialista, e agora queixar-nos quando é contra nós. MRS pensa por si só, e tem o direito de dizer o que pensa, pois são esses os seus direitos numa democracia como a nossa. Concordo quando Gomes da Silva diz "Nesses comentários, não temos uma análise independente à realidade política nacional, mas apenas espírito de ódio e de ataque pessoal", mas não posso concordar que se tente silenciar essa voz. A democracia é mesmo para isso, e nós estamos muito mal habituados. Nos Estados Unidos há muitos comentadores deste tipo, claramente conotados com os diferentes partidos, e com espaços televisivos para a sua análise “independente”. E nunca se vê ninguém incomodado por um comentador ter 45 minutos de espaço para comentar a vida política.

Como será evidente, esta atitude apenas irá reforçar a posição de MRS nos seus comentários semanais. O Governo, por ter alguns elos mais fracos, poderá pagar muito caro por estes erros inúteis e acima de tudo evitáveis. Sei contudo, com a nova liderança Socrática do Partido Socialista, não podemos esperar que o debate político vá ganhar elevação e categoria, antes pelo contrário, irá fixar-se sem dúvida na Revista Caras e nos programas de diversão da TVI.

Mais um regresso...
Desta vez, espero regressar mesmo às lides bloguisticas, apesar das dificuldades que tenho tido em manter este desejo numa realidade... Mas vamos ver



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