O triste mundo dos portugueses...
Excelente crónica de João Miguel Tavares, hoje no DN. Aqui deixo algumas passagens:
Excelente crónica de João Miguel Tavares, hoje no DN. Aqui deixo algumas passagens:
"E de repente, nós vivemos num mundo em que a televisão nos oferece: Os Sopranos, Sete Palmos de Terra, 24, Carnivàle, Donas de Casa Desesperadas, Anatomia de Grey, Perdidos, Deadwood, Dr. House, A Letra L, Irmãos de Armas, Anjos na América, Roma... e poderia continuar por aqui fora, a encher parágrafos. É absolutamente extraordinária a qualidade das séries televisivas que nos últimos anos têm surgido nos Estados Unidos. Já há quem lhe chame a nova época de ouro da televisão americana..."
"E nós por cá? Bom, por cá a grande luta de audiências do momento é entre uma rapariga pobrezinha que usa roupa colorida e fala com árvores e uma rapariga tristonha que se disfarça de freira para fugir à polícia. Nós, que somos tantas vezes alertados para o perigo imperialista da cultura americana, andamos a chafurdar em formatos de origem venezuelana, com a sofisticação própria do Terceiro Mundo..."
"...Enquanto lá fora se multiplicam as séries obrigatórias, por cá enche-se o horário nobre com produção portuguesa de quinta categoria, enquanto o verdadeiro talento mirra por pura e simplesmente não ter espaço para se desenvolver. O problema não está na televisão, que oferece muito de bom - o problema, infelizmente, está em nós. Diz-me que programas vês e eu dir-te-ei quem és."
"E nós por cá? Bom, por cá a grande luta de audiências do momento é entre uma rapariga pobrezinha que usa roupa colorida e fala com árvores e uma rapariga tristonha que se disfarça de freira para fugir à polícia. Nós, que somos tantas vezes alertados para o perigo imperialista da cultura americana, andamos a chafurdar em formatos de origem venezuelana, com a sofisticação própria do Terceiro Mundo..."
"...Enquanto lá fora se multiplicam as séries obrigatórias, por cá enche-se o horário nobre com produção portuguesa de quinta categoria, enquanto o verdadeiro talento mirra por pura e simplesmente não ter espaço para se desenvolver. O problema não está na televisão, que oferece muito de bom - o problema, infelizmente, está em nós. Diz-me que programas vês e eu dir-te-ei quem és."
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