política à portuguesa
5 Comments Published by Nuno Gouveia on segunda-feira, março 26, 2007 at 15:20.A mesma moeda
O concurso os "Grandes Portugueses" elegeu Salazar como o maior de sempre e Cunhal como o segundo melhor. Ressalvando o facto de ser apenas um concurso, este resultado diz algo da mentalidade portuguesa. Os mais de 200 mil votos que o concurso obteve dá uma enorme demonstração da menoridade intelectual de uma certa camada da população portuguesa. Ao eleger um didator e um candidato a ditador, demonstram o seu repúdio pela democracia, mas também pelos políticos da actual República. A democracia melhorou substancialmente o nosso modo de vida, mas não conseguiu aproximar-nos do nível de vida dos países desenvolvidos. Somos eternamente um país adiado, mesquinho e inculto, vivendo das glórias do futebol e esquecendo sempre o tão almejado desenvolvimento. Não admira, portanto, que votem nestas duas tristes figuras. Para mim, estes seriam dois dos piores portugueses do século XX. Um representando o conservadorismo bacoco, a ditadura terceiro mundista colonialista, o outro, representante de um dos totalitarismos mais sanguinários do século XX e que nos tentou impor a sua "democracia popular".
Mas há quem goste desta gente. Triste sina a deles...
Mas há quem goste desta gente. Triste sina a deles...
Isto faz-me lembrar Baudrillard e a sua "Menor Cultura Comum".
tristeza e alguma vergonha.
Apesar de criticar quem votou em Salazar ou em Cunhal - para mim, o voto mais certo seria em D. João II -, há uma coisa que temos que ter em atenção: De entre os 10 finalistas, eram os mais contemporâneos e, por conseguinte, os que talvez estivessem mais na memória dos portugueses. Exceptuando Aristides de Sousa Mendes, todos os outros finalistas eram anteriores ao século XX e isso pode ter tido influência nos votos.
Só uma correcção: Exceptuando Aristides e Fernando Pessoa.
Eu por norma não voto em concursos de TV. Este não fugiu à regra. Mas considero que o Rei D. João II foi, talvez, o maior português de sempre, pela forma como governou Portugal.