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Os cinco escritores

A sempre simpática Maria João Marques, ou Carmex, fez-me um desafio para escrever os meus cinco escritores preferidos, bem como aquele que deixaria apodrecer na estante. Considero sempre este tipo de questões de difícil resposta. Mas aqui vai.

Para ser sincero, começo pelo fim. José Saramago é Nobel, mas a mim não me convence. Admito que apenas li um livro dele e ficou-me na memória (má). Já não faz parte da minha estante. Ofereci-o a quem dele quis retirar proveito.

Nos que mais admiro, gostava de começar por Eça de Queiroz, o primeiro escritor que me motivou para a literatura séria, após a fase de literatura juvenil dos “Os Cinco” ou “Mistério”. Apesar de sempre ter gostado da história portuguesa, foi Eça quem me levou a compreender melhor o final do século XIX e a famosa “geração dos vencidos da vida”. Nunca, como nos dias de hoje, me senti tão identificado com essa geração. Mais de 100 anos passaram, mas no fundo, tudo continua na mesma.

Depois, obviamente, F. Scott Fitzgerald. Comecei por ler “The Great Gatsby” por engano, mas acabei por devorar parte da sua obra, como “Tender is the Night” ou “The Beautiful and Damned”. Li ainda alguns dos seus contos, os mesmos que proporcionaram a ele e a Zelda, uma vida de loucos na Jazz Age. Desconfio que é por causa dele que gostaria de ter sido um milionário nos Estados Unidos dos loucos anos 20 e 30.

Para continuar no trilho americano, tenho que incluir outros dos escritores que me fez sonhar: Ernest Hemingway. Aliás, presumo que será dele a verdadeira razão que as famosas festas de Pamplona ganham todos os anos novos fãs. Eu espero ser um deles este ano. Hemingway deixou a sua marca no mundo e ler um livro dele é sempre uma experiencia higiénica para a mente. Apesar da sua vida, o que conta é a obra. E essa é fantástica.

Terminando no outro lado do Atlântico, e o único escritor contemporâneo, acrescento Philip Roth. Coloco-o aqui, apesar de não ter lido, ainda, a maior parte dos seus livros. Mas como não gosto (não sei bem porquê) de ler escritores actuais, Roth foi dos que mais me entusiasmou nos últimos tempos.

Acabo na Rússia imperial. Poderia ser Anton Tchekhov, mas é Fiódor Dostoiévski. Crime e Castigo tem centenas de páginas. Mas foi um dos livros que mais rapidamente absorvi. O Jogador ou os Irmãos Karamazov são outras boas razões para o escolher. Acima de tudo, representa o final do século passado na Rússia, que bons nomes produziu para a literatura mundial.

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