Nicolae Ceausescu (1918-1989)
Foi sem dúvida um dos piores ditadores comunistas que a Europa de Leste teve. Nasceu em 26 de Janeiro de 1918 em Scornicesti, na Roménia. Este fervoroso adepto de Vlad Tepes Drácula, tendo-o elevado à categoria de herói nacional, foi um membro activo da Juventude Comunista na década de 30, tendo sido preso algumas vezes pela sua actividade comunista. Foi na prisão que conheceu o futuro líder comunista, Gheorghiu Dej, Em 1944 fugiu da prisão, antes da ditadura pró nazi ter sido ocupada pelo Exército Vermelho. No mesmo ano, ascendeu à liderança da Juventude Comunista, tendo desde logo exercido bastante influência do Partido, e foi importante na tomada do poder e instalação de um regime estalinista na Roménia em 1947. Durante este período, até à morte do líder Gheorghiu Dej, ocupou vários cargos no partido e no governo, tendo atingido o segundo lugar mais alto da hierarquia do Partido Comunista Romeno. Em Março de 1965, manobrou de forma a ser nomeado Primeiro Secretário do comité central, e em Dezembro de 1967 assume a Presidência do State Council como líder supremo.
A sua liderança foi-se afastando progressivamente da órbita da URSS, tendo deixado de participar activamente no Pacto de Varsóvia, e aproximou-se da China de Mao e do Ocidente. Em 1968, Ceasescu condenou a invasão da Checoslováquia pelo Tanques Soviéticos e voltou a fazer o mesmo em relação ao Afeganistão, em 1979. Em 1984 furou o boicote comunista ao participar nos Jogos Olímpicos de Los Angeles. Chegou mesmo a proibir contactos directos entre oficiais romenos e soviéticos, obrigando todos os que estivessem casados com mulheres soviéticas a divorciarem-se delas, ou afastarem-se dos cargos que detinham. Em 1971, chegou a estar iminente uma invasão, com as forças soviéticas instaladas na fronteira da Roménia. Se em termos internacionais, este ditador teve uma postura bastante diferente da URSS, mantendo a independência, internamente liderou com mão de ferro o país, recusando qualquer liberalização ou democratização. Esta postura anti soviética proporcionou à Roménia uma deferência do Ocidente, e em 1969, esta República socialista do leste foi visitada pelo Presidente Nixon.
Ceasescu promoveu um regime verdadeiramente repressivo das liberdades e garantias do povo, tendo os tiques de um líder nacionalista comunista, com o culto pessoal e exaltação dos valores da pátria romena. O seu Partido Comunista Romeno controlava totalmente o aparelho do Estado, não possibilitando qualquer oposição. A sua economia era baseada no estatismo do comunismo ortodoxo, mantendo o aparelho produtivo completamente dependente do Estado. O seu programa de desenvolvimento económico é baseado nos princípios estalinistas de industrialização acelerada, tendo dado resultados catastróficos para o povo romeno. O PIB caiu em média 10% após o inicio do programa na década de 70, e 3% na década de 80, tendo um défice exterior astronómico, sendo no final de 1979 cerca de 10 biliões de US Dólares. A sua reforma agrária, mais uma vez inspirada em Estaline provocou a fome e a miséria nos campos.
Quando na década de 80 tentou implementar um plano de austeridade para recompor a economia, apenas aumentou o sofrimento das pessoas, causando fome e falta de abastecimento de bens essenciais às pessoas. Estima-se que morrerem cerca de 15 mil romenos por ano devido a esta crise.
As suas políticas sociais de proibição e repressão do aborto, o pagamento de taxas elevadas para quem não tem filhos, o desencorajamento do divórcio e a proibição da educação sexual transformaram o país num verdadeiro cemitério de crianças, sendo famosas as condições dos orfanatos e a miséria em que viveram milhões de crianças em toda a Roménia.
Depois da purga contra os oficiais pró soviéticos, cria a famosa e terrível Securitate, conhecida mundialmente pelos seus métodos repressivos. A total falta de liberdade de expressão tornou a Roménia num estado totalmente estalinista, tendo a Securitate suprimido toda a oposição política, bem aos métodos do NKVD de Béria. Entretanto, em 1971 já controla todo o aparelho do estado, depois das purgas efectuadas pela polícia secreta. Neste processo, a família do ditador ascende a cargos importantes na hierarquia de Estado, sendo a sua mulher, Elena, umas das figuras mais influentes no governo e alcança o segundo lugar na hierarquia do estado em 1980. Na década de 80, depois de conhecido a amplitude dos crimes, Ceasescu deixou de ter a atenção do Ocidente e o Secretário de Estado Americano, Geroge Shultz afirmou que a Roménia detinha o pior recorde em violações dos direitos humanos na Europa de Leste. Enquanto a maioria da população passava fome, a família “imperial” de Ceasescu vivia com os maiores luxos que o Ocidente podia proporcionar. Estima-se que no final do regime, cerca de 27 membros da sua família ocupavam cargos de liderança no partido e no estado.
No final dos anos 80 começa a surgir forte oposição por parte da população, aumentado ainda mais a repressão sobre a oposição.
Em Dezembro de 1989, a revolução de Timissoara iniciou o fim de Ceasescu e toda a sua loucura assassina. Acabou a vida como mereceu, condenado à morte e executado, juntamente com Elena, após um julgamento militar.
O seu legado de anos de ditadura estalinista deixara a Roménia no caos, pilhada e roubada pela família Ceasescu, milhares de mortos e os orfanatos cheios de crianças decrépitas e esfomeadas.
Foi sem dúvida um dos piores ditadores comunistas que a Europa de Leste teve. Nasceu em 26 de Janeiro de 1918 em Scornicesti, na Roménia. Este fervoroso adepto de Vlad Tepes Drácula, tendo-o elevado à categoria de herói nacional, foi um membro activo da Juventude Comunista na década de 30, tendo sido preso algumas vezes pela sua actividade comunista. Foi na prisão que conheceu o futuro líder comunista, Gheorghiu Dej, Em 1944 fugiu da prisão, antes da ditadura pró nazi ter sido ocupada pelo Exército Vermelho. No mesmo ano, ascendeu à liderança da Juventude Comunista, tendo desde logo exercido bastante influência do Partido, e foi importante na tomada do poder e instalação de um regime estalinista na Roménia em 1947. Durante este período, até à morte do líder Gheorghiu Dej, ocupou vários cargos no partido e no governo, tendo atingido o segundo lugar mais alto da hierarquia do Partido Comunista Romeno. Em Março de 1965, manobrou de forma a ser nomeado Primeiro Secretário do comité central, e em Dezembro de 1967 assume a Presidência do State Council como líder supremo.
A sua liderança foi-se afastando progressivamente da órbita da URSS, tendo deixado de participar activamente no Pacto de Varsóvia, e aproximou-se da China de Mao e do Ocidente. Em 1968, Ceasescu condenou a invasão da Checoslováquia pelo Tanques Soviéticos e voltou a fazer o mesmo em relação ao Afeganistão, em 1979. Em 1984 furou o boicote comunista ao participar nos Jogos Olímpicos de Los Angeles. Chegou mesmo a proibir contactos directos entre oficiais romenos e soviéticos, obrigando todos os que estivessem casados com mulheres soviéticas a divorciarem-se delas, ou afastarem-se dos cargos que detinham. Em 1971, chegou a estar iminente uma invasão, com as forças soviéticas instaladas na fronteira da Roménia. Se em termos internacionais, este ditador teve uma postura bastante diferente da URSS, mantendo a independência, internamente liderou com mão de ferro o país, recusando qualquer liberalização ou democratização. Esta postura anti soviética proporcionou à Roménia uma deferência do Ocidente, e em 1969, esta República socialista do leste foi visitada pelo Presidente Nixon.
Ceasescu promoveu um regime verdadeiramente repressivo das liberdades e garantias do povo, tendo os tiques de um líder nacionalista comunista, com o culto pessoal e exaltação dos valores da pátria romena. O seu Partido Comunista Romeno controlava totalmente o aparelho do Estado, não possibilitando qualquer oposição. A sua economia era baseada no estatismo do comunismo ortodoxo, mantendo o aparelho produtivo completamente dependente do Estado. O seu programa de desenvolvimento económico é baseado nos princípios estalinistas de industrialização acelerada, tendo dado resultados catastróficos para o povo romeno. O PIB caiu em média 10% após o inicio do programa na década de 70, e 3% na década de 80, tendo um défice exterior astronómico, sendo no final de 1979 cerca de 10 biliões de US Dólares. A sua reforma agrária, mais uma vez inspirada em Estaline provocou a fome e a miséria nos campos.
Quando na década de 80 tentou implementar um plano de austeridade para recompor a economia, apenas aumentou o sofrimento das pessoas, causando fome e falta de abastecimento de bens essenciais às pessoas. Estima-se que morrerem cerca de 15 mil romenos por ano devido a esta crise.
As suas políticas sociais de proibição e repressão do aborto, o pagamento de taxas elevadas para quem não tem filhos, o desencorajamento do divórcio e a proibição da educação sexual transformaram o país num verdadeiro cemitério de crianças, sendo famosas as condições dos orfanatos e a miséria em que viveram milhões de crianças em toda a Roménia.
Depois da purga contra os oficiais pró soviéticos, cria a famosa e terrível Securitate, conhecida mundialmente pelos seus métodos repressivos. A total falta de liberdade de expressão tornou a Roménia num estado totalmente estalinista, tendo a Securitate suprimido toda a oposição política, bem aos métodos do NKVD de Béria. Entretanto, em 1971 já controla todo o aparelho do estado, depois das purgas efectuadas pela polícia secreta. Neste processo, a família do ditador ascende a cargos importantes na hierarquia de Estado, sendo a sua mulher, Elena, umas das figuras mais influentes no governo e alcança o segundo lugar na hierarquia do estado em 1980. Na década de 80, depois de conhecido a amplitude dos crimes, Ceasescu deixou de ter a atenção do Ocidente e o Secretário de Estado Americano, Geroge Shultz afirmou que a Roménia detinha o pior recorde em violações dos direitos humanos na Europa de Leste. Enquanto a maioria da população passava fome, a família “imperial” de Ceasescu vivia com os maiores luxos que o Ocidente podia proporcionar. Estima-se que no final do regime, cerca de 27 membros da sua família ocupavam cargos de liderança no partido e no estado.
No final dos anos 80 começa a surgir forte oposição por parte da população, aumentado ainda mais a repressão sobre a oposição.
Em Dezembro de 1989, a revolução de Timissoara iniciou o fim de Ceasescu e toda a sua loucura assassina. Acabou a vida como mereceu, condenado à morte e executado, juntamente com Elena, após um julgamento militar.
O seu legado de anos de ditadura estalinista deixara a Roménia no caos, pilhada e roubada pela família Ceasescu, milhares de mortos e os orfanatos cheios de crianças decrépitas e esfomeadas.
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