Medida importante
Claro que as universidades vão tentar esconder estes números com as suas famosas jogadas de bastidores. Para dar um exemplo, o curso de Sociologia da Universidade do Minho apresentava, segundo um estudo, um nível de licenciados empregados superior a 80%. Claro que o que o estudo não dizia era que a maior parte trabalha em tudo menos na área da sociologia. Mas, claro, os responsáveis sentiram-se satisfeitos com este estudo, e continuam a deixar entrar mais de 80 alunos por ano para um curso sem saídas profissionais.
Esta medida do governo deveria ser acompanhada por alguma medidas radicais que o sector exige:
- Fechar ou reduzir vagas em cursos que não tem saídas profissionais;
- Fechar cursos que entrem menos de 10 alunos por ano;
- Aumentar vagas nas áreas das novas tecnologias e na medicina;
- Abrir o ensino da medicina nas universidades privadas
Estas são algumas medidas que têm sido faladas, mas ainda nenhum governo teve coragem para enfrentar os senhores do CRUP, que continuam fechados sobre si mesmos. Este Governo, que tem tomado algumas medidas corajosas em alguns sectores, devia aproveitar o ímpeto reformista e introduzir estas alterações no Ensino Superior. A bem do progresso e do desenvolvimento de Portugal.
Olá lá, ò Nuno, escrevestes que:
“É uma vergonha os cursos e o número de vagas que existem por este país fora no ensino superior público. Vão continuando a abrir cursos para manter os empregos de uma classe de professores, cada vez mais excedentários.”
Desculpa lá mas esta frase é forte! O principal problema com a profusão de cursos inúteis é nas Universidades Privadas e não nas públicas. Embora não diga que nesta também não exista este problema, só que em muito menor escala.
As facilidades que foram dadas à abertura indiscriminada de Universidades Privadas, desde o tempo em que Cavaco Silva, então Primeiro Ministro inaugurou esta prática, levou a uma busca incessante de ideias para arranjar cursos de nome sonante, cursos baratos de dar, caros de frequentar e sem a mínima empregabilidade.
Um exemplo são os cursos de Relações Internacionais, Estudos Europeus, etc. Conheço vários casos de licenciados nesta área, nenhum dos quais a trabalhar no campo. Há de tudo, até a trabalhar em Help Desk ou como caixa de supermercado.
Há muitas razões para criticar o ensino superior público, não é necessário inventar. E, principalmente, ainda há mais razões para criticar o privado.
Um abraço