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Os erros de Sócrates…

Apesar de não ter formação em economia, gostaria de fazer a minha avaliação política ás medidas apresentadas pelo Primeiro-ministro para combater o défice. Numa primeira análise, as medidas anunciadas são folclore político e pouco ou nada contribuem para combater o problema estrutural das contas públicas: Estado com peso a mais na economia. Se o Governo pretende combater o défice excessivo, devia ter escolhido o caminho mais difícil e reduzir drasticamente a despesa do Estado e não aumentar a receita.

IVA – O aumento do IVA é claramente injusto para os portugueses, pois todos verão mais uma vez o seu poder de compra diminuído, e mais grave ainda, pela segunda vez em 3 anos. Além do mais, nada nos garante que o aumento da receita será significativo para os cofres do estado e poderá penalizar a competitividade da economia portuguesa em relação à vizinha Espanha, como alertou Cavaco Silva ainda esta semana.

IRS – A criação de um novo escalão para os contribuintes que ganham mais de 60 mil euros é apenas uma medida de charme, para mostrar que estão a combater os mais ricos e que pouco acrescenta às receitas do Estado.

Benefícios Fiscais – A limitação dos benefícios fiscais das empresas em sede de IRC parece-me correcto, sem bem que tem que haver cuidado para não prejudicar a competitividade das empresas portuguesas.

Tabaco e Combustíveis – O aumento do imposto do tabaco é sempre uma situação fácil de concretizar. O aumento do ISP é mais uma medida gravosa para os portugueses, e que mais uma vez vai penalizar o nosso poder de compra. O Estado apenas arrecadará com esta medida 32,5 milhões de Euros.

Claro que estes sacrifícios que vão ser pedidos aos portugueses, não incluem o fim do escândalo que são as SCUT´s.
Penso que enquanto o Estado mantiver o seu peso esmagador na economia portuguesa, o problema estrutural vai manter-se. Os sectores educação e saúde continuam ser um peso brutal no orçamento de estado, sem que os resultados sejam sequer satisfatórios. Penso que será a altura de rever a posição do Estado nestes sectores, e terá que haver um novo modelo de aplicação dos dinheiros públicos.

Depois de tudo isto, sabemos que o défice vai apenas diminuir o défice em 0,6%... Não há dúvidas, voltou a obsessão pelo défice, agora com resultados ainda mais gravosos que há 3 anos.

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