Virtualidades

Para quem tinha dúvidas
Lance Armstrong, o melhor ciclista de sempre, foi ilibado por uma comissão independente das acusações por doping de que era alvo, publicadas no jornal L’Equipe ano passado. O relatório da comissão iliba completamente Armstrong e tece duras criticas ao laboratório francês que forneceu as amostras ao jornal. Gostava que os jornais e televisões que ano passado, deram tanto eco a estas noticias maldosas e invejosas do jornal francês, dessem o mesmo destaque a esta noticia. Claro que não vão dar, e a imagem suspeita de “batoteiro” irá perdurar na mente de muitos. A verdade é que depois de ter vencido sete Tours consecutivos, Armstrong vence agora a última batalha da sua carreira desportiva

Vergonha

O estado lamentável que se encontra o país não é alheio o péssimo funcionamento do sistema judicial português, que não investiga, não acusa e não condena a esmagadora maioria dos casos de corrupção que vão existindo por esse Portugal fora. De vez em quando, os jornais vão nos dando umas pistas como isto tudo acontece, deixando os culpados em liberdade, continuando a prevaricar. Saiu no Independente que o Procurador que liderou a investigação a José Luís Judas participou num jantar de campanha do PS, nas autárquicas de 2001 com José Luís Judas, entre outros distintos socialistas. Claro que depois de vermos estas relações de amizade, não podemos estranhar que estes senhores, com claros indícios de culpabilidade, sejam inocentados, mesmo sem ir a Tribunal. Apitos Dourado, Fátima Felgueiras, Casa Pia, tudo casos que provavelmente irão acabar como este. Em Portugal, a balança da justiça continua a pender para um dos lados. Infelizmente!!

O fim do monopólio

O governo mexeu com o lobby das farmácias. A meu ver, teve coragem política em liberalizar um sistema que tem “sugado” muita da riqueza deste país. Era um escândalo o registo de propriedade de farmácias em Portugal, criando verdadeiras fortunas em alguns. Todos conhecemos histórias, como aquela em que a filha do Presidente da Câmara Municipal X, mal acabou o curso foi-lhe oferecida uma licença de farmácia, com as “cunhas” e favores que isso implicava. Agora, vamos ter mais serviços de farmácia, mais horas abertas e com mais concorrência. Neste aspecto, o governo agiu bem. Falta aprofundar o sistema de venda de fármacos genéricos e a venda por dosagem de medicamentos, um escândalo que ainda subsiste em Portugal.

Alterações a breve prazo

Este blog está perto de fazer 3 anos. É uma durabilidade muito longa, apesar dos períodos inactivos que tem passado nestes anos. A vontade de escrever nem sempre é a desejada e por vezes, as obrigações profissionais não o permitem. Mas a verdade, é vamos fazer 3 anos, e esperamos poder alterar de alguma forma o funcionamento deste blog, para o tornar mais atractivo, mais dinâmico, mas acima de tudo mais regular. Até ao dia 26 de Junho, estudaremos a melhor forma de realizar alguma evolução no Virtualidades.

Todos os portugueses vão sofrer com a selecção portuguesa no Mundial da Alemanha. Eu quero que Portugal seja campeão do mundo e vou apoiá-la de qualquer forma. Mas não posso deixar de sentir uma enorme indignação com as escolhas de Scolari.

Maniche - Pouco jogou esta época, apesar da grande qualidade que possui. Para o lugar dele deveria ter sido convocado o Manuel Fernandes, que fez um excelente final de época.

Costinha – Talvez o caso mais paradigmático. Não joga desde Dezembro, actualmente não tem clube. Raul Meireles, que fez uma excelente época, merecia ter a oportunidade.

Hugo Viana – Depois de ter saído do Sporting, nunca mais atingiu os mesmos níveis exibicionais. Para o seu lugar, João Moutinho, um dos melhores jogadores da Liga Portuguesa.

Quim - Apesar da qualidade que possui, a verdade é que não joga desde Dezembro. Não falando de Vítor Baia, deveria ter sido convocado Paulo Santos, autor de uma grande época ao serviço do Braga.

Nuno Valente – Um jogador que não tem condições físicas para disputar um mundial. Nesta posição, não temos muitas opções, mas Ricardo Rocha ou Caneira já fizeram o lugar com sucesso.

Ricardo Costa – Mais um erro de casting, um jogador muito pouco utilizado no Porto. Como é possível, quando tinha opções como Tonel, Ricardo Rocha ou até mesmo o Beto?

Luís Boa Morte – Apesar de merecer estar numa grande competição internacional pelas suas chamadas ao longo dos últimos 4 anos, o seu substituo deveria ser Ricardo Quaresma, o melhor jogador da última Liga Portuguesa.

Hélder Postiga – Um jogador que não jogou a maior parte da época, e com índices miseráveis nos últimos três clubes que passou. Para o seu lugar, João Tomás seria uma opção muito válida para a selecção.

Mas enfim, opções são para serem tomadas. Mas não podemos tolerar este comportamento abusivo de alguém que está a passar férias. Espero estar enganado e no fim do mundial vir aqui para dar os parabéns a toda a selecção. Infelizmente, temo que isso que não acontecer, e que venhamos para casa muito cedo.

Deterioração…

Esta “recente” crise nos CTT já não é nova. Desde há muito que venho observando a deterioração dos serviços prestados pelos correios. É um exemplo de como privatizar de forma "cega" prejudica os cidadãos…

Freitas do Amaral, na sua perspicácia, tem defendido, como ultimo recurso, uma acção militar contra o Irão. Eu concordo com esta posição, mas temos que ver que os únicos países que poderão concretizar esta ameaça serão os Estados Unidos e os seus aliados. Não pode ser o orgulhoso exército português. A verdade é que esta solução, a guerra, está em cima da mesa em vários governos. Segundo Freitas, a ONU, deve ameaçar o Irão com um ataque militar, caso não cumpra as suas obrigações com a comunidade mundial. Mas, pergunto eu, Sr. Freitas: Se um país criminoso, como a China, vetar qualquer solução deste tipo, vai apoiar na mesma uma intervenção militar contra o Irão? Ou acha que devem ser países como a China devem ter o poder de condicionar este tipo de decisões? É evidente que seria importante ter o apoio da ONU nesta matéria, como tinha sido na altura da invasão do Iraque. Mas, a comunidade internacional não pode estar refém desta ONU.

Evo Morales - o radicalismo no poder

Este populista de esquerda está no poder há pouco tempo, mas já está a dar que falar, como se esperava. Ao nacionalizar os seus recursos naturais lança assim o já perigoso mercado petrolífero no caos. Os socialistas que se vangloriaram depois da sua eleição já devem estar receosos das políticas deste senhor. A verdade é que ninguém hoje defende as nacionalizações, excepção feita aos radicais de esquerda. O eixo radical e esquerdista da América Latina está assim formado, entre Chaves, Castro e Morales. Felizmente, Lula da Silva, muito mais pragmático, já veio criticar esta nacionalização, demonstrando que é um verdadeiro democrata, apesar dos muitos defeitos que tem demonstrado ao longo dos últimos anos.