sociedade & vida
0 Comments Published by Nuno Gouveia on segunda-feira, fevereiro 12, 2007 at 14:24.
Breve análise aos resultados do referendo
O SIM venceu com uma enorme vantagem, não deixando margem para dúvidas de qual é o sentimento que os portugueses têm nesta matéria. Não gosto das análises que apontam para uma enorme abstenção (foi menor que nos outros referendos) nem sequer que a maior parte dos portugueses não votou no SIM. Demonstra que a tendência é pela despenalização da interrupção voluntária da gravidez. Agora, a Assembleia da República irá legislar dentro deste espírito.
Espero que a moderação se imponha e se faça uma lei equilibrada, sem ligar aos apelos de sectores radicais da sociedade portuguesa. O SIM ganhou não porque os portugueses gostam do aborto, mas sim porque consideram que existem situações em que o aborto deve ser permitido. Os portugueses consideram que a mulher não deve ser penalizada pela prática de um aborto, e se quiser realizar a interrupção da gravidez deve ter condições dignas para o fazer. Segundo a visão maioritária da sociedade portuguesa, o Estado deve legislar nesta matéria, não para aumentar o número de abortos, mas sim para diminuir o aborto clandestino e dar aconselhamento às mulheres que pretendam abortar. Por questões éticas e morais eu discordo desta visão e votei NÃO, mas estou numa condição minoritária. Mas a vida em democracia é mesmo assim... Como disse ontem, considero esta situação perfeitamente resolvida. Não deve haver mais referendos nem volte faces.
Agora, discuta-se o país, que bem precisa de espírito crítico...
Espero que a moderação se imponha e se faça uma lei equilibrada, sem ligar aos apelos de sectores radicais da sociedade portuguesa. O SIM ganhou não porque os portugueses gostam do aborto, mas sim porque consideram que existem situações em que o aborto deve ser permitido. Os portugueses consideram que a mulher não deve ser penalizada pela prática de um aborto, e se quiser realizar a interrupção da gravidez deve ter condições dignas para o fazer. Segundo a visão maioritária da sociedade portuguesa, o Estado deve legislar nesta matéria, não para aumentar o número de abortos, mas sim para diminuir o aborto clandestino e dar aconselhamento às mulheres que pretendam abortar. Por questões éticas e morais eu discordo desta visão e votei NÃO, mas estou numa condição minoritária. Mas a vida em democracia é mesmo assim... Como disse ontem, considero esta situação perfeitamente resolvida. Não deve haver mais referendos nem volte faces.
Agora, discuta-se o país, que bem precisa de espírito crítico...
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