O que se está a passar no Sudão é uma vergonha para o Ocidente. Passados 13 anos do genocídio no Ruanda, o continente africano volta a ser esquecido pela cultura mainstream ocidental. O Ocidente apenas se comove com certas guerras ou com certas injustiças.
Fosse o regime do Sr. Omar al-Bashir suportado pelos Estados Unidos e já teríamos assistido à revolta das populações nas ruas, os governos ocidentais clamariam por infâmia e algo já teria sido feito. Infelizmente, os dois únicos países que poderiam intervir nesta matéria estão de mãos amarradas. A Inglaterra e os Estados Unidos não têm condições neste momento para impor uma solução militar para o Darfur. Não obstante de serem dos poucos países a lutar por uma actuação no quadro das Nações Unidas, o que tem sido bloqueado pela China e por outros países africanos.
Mas se o ocidente se unir, se considerar esta uma causa nobre, e organizar eventos folclóricos, tipo Live 8 ou o recente Live Earth, até pode ser que os governos ocidentais decidam em conjunto parar com a matança no Sudão. Mas temo que “pretinhos” a serem assassinados não seja motivo suficiente para criar esta revolta. Daqui a uns anos choram umas lágrimas quando estrear um novo “Hotel Rwanda” e as consciências ficarão tranquilas.
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