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política à portuguesa

Rui Rio

Aprecio o trabalho valoroso que Rui Rio está a fazer na Câmara Municipal do Porto. Tendo conquistado a edilidade municipal contra muita gente importante na cidade, nunca teve um clima de paz para trabalhar. Ao chegar ao Porto, Rui Rio encontrou uma autarquia falida, com excesso de funcionários e muitos vícios.

Nunca lhe perdoaram ter acabado com a promiscuidade com as gentes do futebol e da cultura (aquela que vive à custa do estado). Apesar de ter alguns comportamentos que subscrevo, Rui Rio tem feito um brilhante trabalho, reorganizando as finanças da Câmara e realizando obra na cidade.

Ao decidir acabar com o sorvedouro de dinheiros públicos que era o Rivoli, Rio comprou mais uma guerra contra as gentes da "cultura" (a mesma que não leva ninguém aos teatros, mas que fica muito cara). Na semana passada, na reabertura do Rivoli, já sob gestão de Filipe La Féria, organizaram uma manifestação silenciosa. David Pontes, director adjunto do JN esteve presente na manifestação. É evidente que o cidadão David Pontes tem toda a legitimidade de participar nas manifestações que entender. E também tem o direito ao seu anonimato. Em democracia, as pessoas devem ter a total liberdade de manifestar as suas opiniões. Esta é a democracia em que vivemos.

Mas o que a Câmara Municipal contesta e ninguém parecer querer observar é ao facto de continuamente o JN, sob a direcção do Jornalista David Pontes, negar um tratamento jornalístico isento à CM do Porto. Os media têm capacidade de alterar agendas, liderar correntes de opinião e criar condições políticas favoráveis ou desfavoráveis. No texto do site da Câmara, o que é realçado é isso mesmo: o tratamento injusto e parcial que o JN dedica à Câmara. O cidadão David Pontes tem toda a legitimidade de manifestar-se contra o que lhe apetecer; o jornalista David Ponte não tem o direito de utilizar o jornal para o qual trabalha, para veicular ideias ou opiniões políticas.

Rui Rio levanta esta celeuma toda, pois em Portugal não estamos habituados a que os políticos reajam contra aqueles “maus” jornalistas que fazem do seu trabalho uma forma de fazer política.

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5 Responses to “política à portuguesa”

  1. # Anonymous Anónimo

    Lisboa tá no papo do PS, e o Porto tá quase.  

  2. # Anonymous Anónimo

    Graças ao Marques MENDES  

  3. # Anonymous Anónimo

    Então os excendetarios da Agricultura são todos do PSD?  

  4. # Blogger Pedro Morgado

    Caro Nuno,

    Por muito válidas que sejam as motivações terroristas, um acto terrorista nunca tem justificação.  

  5. # Blogger Nuno Gouveia

    Caro Pedro,

    Não posso concordar que colocar uma notícia no site da CM Porto a revelar que um jornalista participou numa manifestação contra a Câmara seja considerada assim tão negativa para a comparar com um acto terrorista.

    É éticamente reprovável a utilização do vídeo e de outra atitudes persecutórias, mas gostava de ver causar este escândalo quando o JN faz política com jornalismo.  

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