Rui Rio, excelente autarca
0 Comments Published by Nuno Gouveia on sexta-feira, fevereiro 22, 2008 at 13:57.

O mercado do Bolhão está completamente degradado há anos, sendo um espaço miserável bem no centro da cidade. Desde que me conheço de passar por lá, que me provoca náuseas de ver o seu estado. Os anteriores executivos municipais nunca se preocuparam com este espaço. Como a Câmara Municipal não tem meios para o revitalizar, contratualizou com privados a execução de um novo projecto para o local.
A Praça de Lisboa está totalmente abandonada. É uma pena para os portuenses terem aquele espaço nobre da cidade sem vida, sem alma. O executivo camarário conseguiu arranjar uma solução, com privados, para dotar aquela zona de uma nova centralidade.
Perante estes dois exemplos, através de boa governação, Rui Rio vai conseguir revitalizar espaços que estavam desprezados e deteriorados. Se preferiam que fosse a própria Câmara a assumir estes projectos de revitalização, que o digam. Com os meios que a CM do Porto tem, obviamente ficariam na gaveta, como estavam até ao momento. Se numa primeira fase do seu mandato, Rui Rio esteve a reorganizar financeiramente a edilidade, este é o tempo de lançar novos projectos e desafios à cidade. O Porto ganhará com isso.

Numa conversa sobre o Porto, normalmente são referidos nomes, temas ou assuntos como o rio Douro, a Ribeira, o empreendorismo dos seus empresários, o sotaque portuense, o bairrismo, as festas de S. João, as tripas à moda do porto, enfim, uma série de características positivas ou negativas, mas nunca do seu alto índice de criminalidade violenta.
Este bando de criminosos, que agora se entretém a matarem-se uns aos outros, poderá estar a contribuir para a degradação da qualidade de vida na cidade. Um ambiente nocturno festivo e divertido faz parte de uma cidade cosmopolita e moderna. Mas, se a carnificina continuar, muita gente poderá ficar com receio de frequentar certos espaços.
Infelizmente, nem sempre quem controla as casas nocturnas são gente de “boa casta”. As forças policiais, que nunca quiseram enfrentar os gangs criminosos e que dominam há vários anos alguns sectores da noite portuense, encontram-se manietadas e sem capacidade de resposta perante esta escalada de violência.
O governo, e o poder central, olham de longe para a cidade do Porto, como se estivessem a assistir a um filme longínquo. Afinal, isto é uma guerra nortenha. Quando começarem a “tombar” clientes dos bares e discotecas, quero ver como o governo vai reagir. Os agentes de autoridade já tiveram muitos meses para parar com esta guerra. Em várias conversas de café que vou tendo, toda a gente parece saber quem é que está por trás destas guerras. Qual a razão da inacção policial?
* a foto utilizada foi retirada do site http://circuitos.cityrama.pt
Etiquetas: criminosos na rua, investigação criminal, máfia, Porto
política à portuguesa
5 Comments Published by Nuno Gouveia on quinta-feira, junho 21, 2007 at 14:53.

Mas o que a Câmara Municipal contesta e ninguém parecer querer observar é ao facto de continuamente o JN, sob a direcção do Jornalista David Pontes, negar um tratamento jornalístico isento à CM do Porto. Os media têm capacidade de alterar agendas, liderar correntes de opinião e criar condições políticas favoráveis ou desfavoráveis. No texto do site da Câmara, o que é realçado é isso mesmo: o tratamento injusto e parcial que o JN dedica à Câmara. O cidadão David Pontes tem toda a legitimidade de manifestar-se contra o que lhe apetecer; o jornalista David Ponte não tem o direito de utilizar o jornal para o qual trabalha, para veicular ideias ou opiniões políticas.
Rui Rio levanta esta celeuma toda, pois em Portugal não estamos habituados a que os políticos reajam contra aqueles “maus” jornalistas que fazem do seu trabalho uma forma de fazer política.
Etiquetas: coragem, isenção jornalística, Porto