África...O continente esquecido
Hoje, 08 de Julho, George W Bush inicia um périplo por África, sendo este somente o terceiro Presidente Americano a visitar África Subsariana e o primeiro Republicano. Só estes factos dão que pensar; é verdade que é o continente esquecido, é verdade que é o mais desgraçado, é o mais pobre, o mais dilacerado pelas guerras, sim é verdade. Mas não será habitado por pessoas como nós?. A fome, a Sida, as doenças, as guerras, a corrupção são males do mundo, mas de África são basicamente a sua essência. Quando no século XX o movimento da descolonização atacou de forma decisiva o continente, houve esperança na melhoria das condições de vida destes povos; mas o que correu mal? Foi tudo, as guerras fratricidas entre povos dos mesmo países, foi a corrupção das suas elites, foi ter sido um dos palcos da III Guerra Mundial, a Guerra Fria, enfim foi um vasto conjunto de opções culturais, políticas e económicas que levou África a estar hoje muito mais atrás do países desenvolvidos que há 100 anos atrás estava.
No século XXI já não se compreende que os políticos continuem a esquecer estas milhões de pessoas que sofrem diariamente as injustiças do mundo. No mundo globalizado em que vivemos, não podemos continuar a observar as desgraças dos outros como se nada tivessem a ver connosco.
A visita de George W Bush tem de ser olhada com esperança por todos aqueles que anseiam à liberdade social e económica. Mas não tenhamos ilusões; é preciso muito mais que meras visitas para alterar o estado de calamidade que este continente atravessa. A retórica política tem de ser acompanhada por medidas práticas, e o Ocidente tem de fazer mais e melhor por estas pessoas. Não podemos continuar a dar dinheiro a fundo perdido sem ver as suas consequências; todos sabemos que a maior parte do dinheiro vai para os bolsos dos governantes corruptos. Não podemos apoiar regimes ditatoriais e desrespeitadores dos Direitos Humanos, regimes que vivem em constante conflito e envolvidos em guerras regionais. Devemos apoiar aqueles que precisam, mas que acima de tudo aqueles que mostrem saber aproveitar essa ajuda. A USAID, a agência americana de apoio ao desenvolvimento internacional, tem propagar a ajuda económica juntamente com os valores ocidentais, como a democracia, a liberdade e a defesa dos direitos humanos. A ajuda deve ser condicionada a critérios rigorosos, que possa conter uma estratégia a longo prazo de ajuda. Aliás, os países escolhidos para o Presidente americano visitar são encarados como casos de sucesso em termos de terem alguma estabilidade democrática. O Uganda, a Nigéria, a Africa do Sul, o Botswana e o Senegal são democracias mais ou menos estáveis que têm vindo a efectuar progressos democráticos de desenvolvimento sustentado das suas sociedades.
O regime ultra proteccionista das economias europeias e americanas estrangulam todo o tecido industrial desses países; é necessário liberalizar mais o regime de trocas internacionais, para permitir o acesso aos nossos mercados dos produtos deles. Esta administração americana tem sido menos proteccionistas que as anteriores, contudo é necessário fazer mais. Quanto à política da União Europeia, nem é preciso dizer nada.
Na luta contra a peste negra do momento, a SIDA, os EUA tem dado muitos sinais positivos, ao terem disponibilizado muitos milhões de dólares para combater este flagelo. A Europa também já se disponibilizou, contudo ainda sem ter quantificado o valor deste apoio.
São algumas destas ideias e desejos que esperamos que a vista de Bush possa contribuir para mudar a face da África Negra.
Para perceber melhor a nova estratégia dos EUA para o continente, consultar o excelente artigo da Heritage Foundation
Hoje, 08 de Julho, George W Bush inicia um périplo por África, sendo este somente o terceiro Presidente Americano a visitar África Subsariana e o primeiro Republicano. Só estes factos dão que pensar; é verdade que é o continente esquecido, é verdade que é o mais desgraçado, é o mais pobre, o mais dilacerado pelas guerras, sim é verdade. Mas não será habitado por pessoas como nós?. A fome, a Sida, as doenças, as guerras, a corrupção são males do mundo, mas de África são basicamente a sua essência. Quando no século XX o movimento da descolonização atacou de forma decisiva o continente, houve esperança na melhoria das condições de vida destes povos; mas o que correu mal? Foi tudo, as guerras fratricidas entre povos dos mesmo países, foi a corrupção das suas elites, foi ter sido um dos palcos da III Guerra Mundial, a Guerra Fria, enfim foi um vasto conjunto de opções culturais, políticas e económicas que levou África a estar hoje muito mais atrás do países desenvolvidos que há 100 anos atrás estava.
No século XXI já não se compreende que os políticos continuem a esquecer estas milhões de pessoas que sofrem diariamente as injustiças do mundo. No mundo globalizado em que vivemos, não podemos continuar a observar as desgraças dos outros como se nada tivessem a ver connosco.
A visita de George W Bush tem de ser olhada com esperança por todos aqueles que anseiam à liberdade social e económica. Mas não tenhamos ilusões; é preciso muito mais que meras visitas para alterar o estado de calamidade que este continente atravessa. A retórica política tem de ser acompanhada por medidas práticas, e o Ocidente tem de fazer mais e melhor por estas pessoas. Não podemos continuar a dar dinheiro a fundo perdido sem ver as suas consequências; todos sabemos que a maior parte do dinheiro vai para os bolsos dos governantes corruptos. Não podemos apoiar regimes ditatoriais e desrespeitadores dos Direitos Humanos, regimes que vivem em constante conflito e envolvidos em guerras regionais. Devemos apoiar aqueles que precisam, mas que acima de tudo aqueles que mostrem saber aproveitar essa ajuda. A USAID, a agência americana de apoio ao desenvolvimento internacional, tem propagar a ajuda económica juntamente com os valores ocidentais, como a democracia, a liberdade e a defesa dos direitos humanos. A ajuda deve ser condicionada a critérios rigorosos, que possa conter uma estratégia a longo prazo de ajuda. Aliás, os países escolhidos para o Presidente americano visitar são encarados como casos de sucesso em termos de terem alguma estabilidade democrática. O Uganda, a Nigéria, a Africa do Sul, o Botswana e o Senegal são democracias mais ou menos estáveis que têm vindo a efectuar progressos democráticos de desenvolvimento sustentado das suas sociedades.
O regime ultra proteccionista das economias europeias e americanas estrangulam todo o tecido industrial desses países; é necessário liberalizar mais o regime de trocas internacionais, para permitir o acesso aos nossos mercados dos produtos deles. Esta administração americana tem sido menos proteccionistas que as anteriores, contudo é necessário fazer mais. Quanto à política da União Europeia, nem é preciso dizer nada.
Na luta contra a peste negra do momento, a SIDA, os EUA tem dado muitos sinais positivos, ao terem disponibilizado muitos milhões de dólares para combater este flagelo. A Europa também já se disponibilizou, contudo ainda sem ter quantificado o valor deste apoio.
São algumas destas ideias e desejos que esperamos que a vista de Bush possa contribuir para mudar a face da África Negra.
Para perceber melhor a nova estratégia dos EUA para o continente, consultar o excelente artigo da Heritage Foundation
0 Responses to “”