Espírito de Abril
Algum dia alguém me explicará este espírito tantas vezes evocado por grande parte da esquerda portuguesa. Nos grandes combates entre a direita e a esquerda, surge sempre alguém da esquerda a lembrar os perigos que Portugal corre em colocar a liberdade e a democracia em perigo. Será que o 25 de Abril não serviu para introduzir uma democracia em Portugal e acabar com a ditadura? Não foi para estabelecer a liberdade de imprensa e acabar com a censura? Para acabar com o regime corporativista e implantar um regime de economia de mercado? Não foi para acabar com o passado colonialista e aprofundar o espírito europeu e colocar-nos de novo na rota da Europa? Não terá sido para acabar com o regime de partido único e introduzir a liberdade de associação cívica e partidária? Eu realmente sou muito novo e não percebo muito disto que estou a falar, mas quando constantemente vejo declarações a ameaçar com o papão fascista pela velha esquerda fico extremamente confuso. Já na longínqua campanha presidencial de 1995, quando esta mesma velha esquerda apelava às forças anti fascistas para derrotar Cavaco Silva e afastar o perigo salazarista me causou enorme preocupação. Lembro-me da recente campanha autárquica em Lisboa, onde os apoiantes de Soares, filho, apelavam a todos aqueles que acreditavam no mesmo espírito de Abril para derrotar Santana Lopes. Será que ter forças de direita democrática no poder é contra o espírito de Abril?
Cheira-me que aqueles que recorrem a esta estratégia consideram o 25 de Abril, como uma revolução para instalar a esquerda definitivamente no poder em Portugal. Só as forças democráticas de esquerda podem prosseguir os objectivos da Revolução. E nem quero falar daqueles que consideravam o 25 de Abril uma forma de instalar a tal “democracia” popular em Portugal e transformar o nosso país na Cuba da Europa. Desses até é melhor estar calado… porque senão tínhamos que abrir brechas na história.
Quanto às recentes infelizes declarações de Mário Soares, nem vale a pena dizer mais nada…
Algum dia alguém me explicará este espírito tantas vezes evocado por grande parte da esquerda portuguesa. Nos grandes combates entre a direita e a esquerda, surge sempre alguém da esquerda a lembrar os perigos que Portugal corre em colocar a liberdade e a democracia em perigo. Será que o 25 de Abril não serviu para introduzir uma democracia em Portugal e acabar com a ditadura? Não foi para estabelecer a liberdade de imprensa e acabar com a censura? Para acabar com o regime corporativista e implantar um regime de economia de mercado? Não foi para acabar com o passado colonialista e aprofundar o espírito europeu e colocar-nos de novo na rota da Europa? Não terá sido para acabar com o regime de partido único e introduzir a liberdade de associação cívica e partidária? Eu realmente sou muito novo e não percebo muito disto que estou a falar, mas quando constantemente vejo declarações a ameaçar com o papão fascista pela velha esquerda fico extremamente confuso. Já na longínqua campanha presidencial de 1995, quando esta mesma velha esquerda apelava às forças anti fascistas para derrotar Cavaco Silva e afastar o perigo salazarista me causou enorme preocupação. Lembro-me da recente campanha autárquica em Lisboa, onde os apoiantes de Soares, filho, apelavam a todos aqueles que acreditavam no mesmo espírito de Abril para derrotar Santana Lopes. Será que ter forças de direita democrática no poder é contra o espírito de Abril?
Cheira-me que aqueles que recorrem a esta estratégia consideram o 25 de Abril, como uma revolução para instalar a esquerda definitivamente no poder em Portugal. Só as forças democráticas de esquerda podem prosseguir os objectivos da Revolução. E nem quero falar daqueles que consideravam o 25 de Abril uma forma de instalar a tal “democracia” popular em Portugal e transformar o nosso país na Cuba da Europa. Desses até é melhor estar calado… porque senão tínhamos que abrir brechas na história.
Quanto às recentes infelizes declarações de Mário Soares, nem vale a pena dizer mais nada…
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