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George W Bush

Depois de meses de incerteza, a vitória de Bush vem confirmar tudo aquilo que eu pensava. A luta contra o terrorismo e a melhor forma de lidar com os perigos internacionais é a via de Bush. Depois de a revolução conservadora de Reagan, temos no inicio do século XXI a revolução conservadora de Bush.

A noite de ontem foi de nervos, com as primeiras indicações e sondagens a dar uma vantagem a Kerry nos Estados decisivos. Mas, quando começaram a surgir os primeiros resultados oficiais, pareceu-me logo duas coisas: Florida ia claramente para Bush, com alguma vantagem; e que Estados como Iowa, New Mexico, Ohio, Wisconsin, Michigan estavam muito indecisos, mas que Bush tinha vantagem na maior parte deles. Acabou por ganhar Iowa, New Mexico e Ohio, o que lhe garantiu a vitória. No Ohio, o estado que afinal decidiu tudo, Bush desde cedo ganhou uma vantagem de 150 mil votos, o que me fez pensar que ele ia ganhar aqui. Concluindo, Bush ganhou em todos os estados que ganhou em 2000, com a excepção do New Hampshire, mas ganhou New Mexico e Iowa, que tinha perdido em 2000.

È importante referir que além da vitória presidencial, sem dúvida a mais importante, o Partido Republicano conseguiu manter e ampliar a sua maioria no Senado e no Congresso. Neste momento, os Republicanos controlam o poder legislativo nos EUA, o que poderá significar uma maior facilidade do presidente Bush passar legislação importante. Outro aspecto importante de verificar é a quase ausência do partido Democrata em partes importantes do país, ficando apenas com as duas costas. No futuro, isto poderá ser muito significativo, pois é nas áreas republicanas que existe maior crescimento populacional.

Esta vitória incomodou muita gente na Europa, não só de esquerda. Muita gente não consegue como Bush ganhou; é que se tivéssemos atentos à comunicação social, parecia quase impossível Kerry não vencer. A SIC Noticias tinha dois jornalistas em Boston e Chicago, preparando-se para cobrir a vitória dos democratas. A esmagadora maioria da opinião publica foi sempre a favor de Kerry, e quase sempre gozando e enxovalhando o presidente Bush. Ainda por cima, com o destaque dado em Portugal aos apoios de Kerry, desde os actores de Hollywood, os músicos famosos como Eminem e Bruce Sprinsteen (Este foi o Marco Paulo das eleições americanas, abrindo os comícios de Kerry), até ao destaque exagerado dado ao patético e ridículo Michael Moore, era impossível Bush ganhar. Mas quem estivesse atento ao fenómeno político americano, e não simplesmente aos media ou às próprias opiniões, não poderá ter ficar surpreendido. Uma vitória por 3.5 milhões de votos, acrescida do facto de ter mais grandes eleitores, reforça a sua posição nos EUA e vê confirmada pelo voto popular as suas políticas. Bush, ao contrário do que muita gente pensa na Europa não é burro nenhum (duas vitórias no Texas, duas vitórias na Casa Branca????), e tem conseguido obter vitórias políticas importantes.

Neste momento, ainda não se conhece a reacção internacional a esta vitória, apenas Putin e Berlusconi, dois líderes que tinham demonstrado a preferência por Bush, declararam o seu contentamento por esta vitória.

Neste segundo mandato, espera-se que seja confirmada a posição neoconservadora na política externa e reforce a revolução conservadora que se está a operar nos EUA. Apesar de não concordar com algumas das suas posições sociais, principalmente relativamente ao controlo de armas e a pena de morte, tem-se operado significativas mudanças na maior democracia do mundo

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