PP contra o CDS
O partido está em guerra, e parece que os campos estão a preparar-se para o combate. Quando Paulo Portas abandonou a liderança, os seus seguidores pensaram que o poder seria garantido por alguém da linha deles até Paulo Portas regressar. Foram meses angustiantes para os militantes do CDS\PP, sempre esperando que Telmo Correia avançasse para a liderança. Pires de Lima, talvez o mais brilhante dos possíveis candidatos logo se colocou de fora, e Nobre Guedes, perseguido por problemas judiciais, nunca foram alternativas. Quando Telmo Correia finalmente avançou, já tinha um concorrente, que ninguém dava nada por ele, Ribeiro e Castro. Quando o congresso começou, Telmo Correia era declarado como vencedor antecipado, sendo Ribeiro e Castro considerado uma personagem menor. Mas, com um discurso verdadeiramente inspirado, Ribeiro e Castro virou a mente das pessoas e tornou-se o novo líder do CDS. Obviamente, os portistas nunca esqueceram a derrota, e ancorados num grupo parlamentar contra a liderança do CDS, tudo tem feito para enfraquecer a liderança de Ribeiro e Castro. Nos próximos tempos, vamos assistir a uma guerra fratricida entre estas duas facções do CDS. Se eu fosse militante deste partido, e não o sou, trabalharia para afastar a actual direcção, que já mostrou não ter capacidade para dirigir este partido. Mas a outra ala não pode refugiar-se nas críticas, muitas delas justas, e não apresentar alternativas. É tempo de surgirem rostos e vozes nas censuras efectuadas, com um projecto alternativo para substituir Ribeiro e Castro. Pires de Lima tem de assumir as consequências e avançar. Continuar a desgastar internamente Ribeiro e Castro sem nada o fazer para o afastar, só irá prejudicar o CDS e afastá-lo do poder.
Não sou do CDS, mas aprecio a postura de Ribeiro e Castro, um líder ponderado, sensato e que percebe a necessidade de unir o centro-direita...