Reflexão do Congresso do PSD
0 Comments Published by Nuno Gouveia on terça-feira, outubro 16, 2007 at 17:34.Infelizmente, não tive muito tempo para acompanhar Congresso do PSD, e irei comentar baseado nas leituras que efectuei em jornais, blogues e as reportagens que vi (poucas) em algumas televisões.
Este foi o congresso possível. Considero que dificilmente, com a conjectura actual, este poderia ser um momento de consagração e afirmação do novo PSD. Luís Filipe Menezes não esteve mal, mas também não deslumbrou.
Em relação ao texto que escrevi anteriormente ao congresso, fico feliz por este congresso ter conseguido exprimir algumas das minhas preocupações. Depois de uma campanha eleitoral que colocou o nome do partido nas ruas da amargura, este congresso teve a elevação e a cortesia que um partido político deve conter. Não houve arruaças nem má educação, e a discussão (pouca) que houve não envergonhou o nome do PSD.
Apesar de as divergências terem sido bem vincadas entre as várias facções do partido, LFM não tentou imprimir nenhuma caça às bruxas dos seus opositores, tendo cometido mesmo um esforço honesto, no sentido de aglutinar à sua volta pessoas que não estiveram com ele nas eleições directas, casos de Mota Amaral e Zita Seabra.
A nova equipa da Comissão Política Nacional, apesar de não ser brilhante, tem nomes importantes, e terá capacidade política para renovar o partido. Neste aspecto, considero fundamental a inclusão de Ribau Esteves no cargo de Secretário-geral. Faltará algum peso intelectual e ideológico nesta equipa, conforme eu gostaria de ver.
Em relação à mensagem de LFM, considero que a veia liberal das suas propostas são claramente positivas, mas tenho de manifestar a minha desilusão com seu apego à “esquerda democrática”. É tempo de quebrar com tabus na sociedade portuguesa. Já temos o PS, o PCP e BE de esquerda. O PSD não pode juntar-se a este leque. Será que queremos ser a única democracia no mundo onde não existe direita democrática no poder? Uma das razões do nosso atraso estrutural é a falta de plurarismo dos nossos partidos políticos. Não gostaria de me alongar muito em relação a esta matéria, já bastante discutida na blogosfera, mas esta menção de LFM foi a parte que mais me desgostou. Siga ele o exemplo de Nicolas Sarkozy, que apesar de ter personalidades de esquerda a colaborar com ele, nunca renegou à sua posição ideológica de direita. Espero que LFM não tente ultrapassar o governo pela esquerda, pois o que o país precisa é de mais liberdade económica e maior peso da sociedade civil na economia. Menos estado e melhor estado.
Este foi o congresso possível. Considero que dificilmente, com a conjectura actual, este poderia ser um momento de consagração e afirmação do novo PSD. Luís Filipe Menezes não esteve mal, mas também não deslumbrou.
Em relação ao texto que escrevi anteriormente ao congresso, fico feliz por este congresso ter conseguido exprimir algumas das minhas preocupações. Depois de uma campanha eleitoral que colocou o nome do partido nas ruas da amargura, este congresso teve a elevação e a cortesia que um partido político deve conter. Não houve arruaças nem má educação, e a discussão (pouca) que houve não envergonhou o nome do PSD.
Apesar de as divergências terem sido bem vincadas entre as várias facções do partido, LFM não tentou imprimir nenhuma caça às bruxas dos seus opositores, tendo cometido mesmo um esforço honesto, no sentido de aglutinar à sua volta pessoas que não estiveram com ele nas eleições directas, casos de Mota Amaral e Zita Seabra.
A nova equipa da Comissão Política Nacional, apesar de não ser brilhante, tem nomes importantes, e terá capacidade política para renovar o partido. Neste aspecto, considero fundamental a inclusão de Ribau Esteves no cargo de Secretário-geral. Faltará algum peso intelectual e ideológico nesta equipa, conforme eu gostaria de ver.
Em relação à mensagem de LFM, considero que a veia liberal das suas propostas são claramente positivas, mas tenho de manifestar a minha desilusão com seu apego à “esquerda democrática”. É tempo de quebrar com tabus na sociedade portuguesa. Já temos o PS, o PCP e BE de esquerda. O PSD não pode juntar-se a este leque. Será que queremos ser a única democracia no mundo onde não existe direita democrática no poder? Uma das razões do nosso atraso estrutural é a falta de plurarismo dos nossos partidos políticos. Não gostaria de me alongar muito em relação a esta matéria, já bastante discutida na blogosfera, mas esta menção de LFM foi a parte que mais me desgostou. Siga ele o exemplo de Nicolas Sarkozy, que apesar de ter personalidades de esquerda a colaborar com ele, nunca renegou à sua posição ideológica de direita. Espero que LFM não tente ultrapassar o governo pela esquerda, pois o que o país precisa é de mais liberdade económica e maior peso da sociedade civil na economia. Menos estado e melhor estado.
Em termos de personalidades, Pedro Santana Lopes recuperou a áurea perdida com a derrota de 2005. Ao ser líder da bancada parlamentar, PSL promete ser um fiel apoiante de Menezes. Vamos ver o que sairá daí.
Na oposição a LFM, destacaram-se Pedro Passos Coelho e José Pedro Aguiar Branco. Começaram a fazer o seu caminho na oposição a Menezes, e apesar de não serem figuras “daquela” primeira linha que os media referem, a verdade é que apareceram e manifestaram a sua discordância com o rumo seguido. Vamos ver se aqueles que ficaram em casa ganharam alguma coisa com isso.
Em jeito de conclusão, o LFM não terá perdido o congresso, mas também não o conquistou totalmente. E ele sabe disso, que o seu lugar de líder depende dos resultados que conseguir conquistar. Para bem do país e do PSD, que o rumo dele esteja certo.
Na oposição a LFM, destacaram-se Pedro Passos Coelho e José Pedro Aguiar Branco. Começaram a fazer o seu caminho na oposição a Menezes, e apesar de não serem figuras “daquela” primeira linha que os media referem, a verdade é que apareceram e manifestaram a sua discordância com o rumo seguido. Vamos ver se aqueles que ficaram em casa ganharam alguma coisa com isso.
Em jeito de conclusão, o LFM não terá perdido o congresso, mas também não o conquistou totalmente. E ele sabe disso, que o seu lugar de líder depende dos resultados que conseguir conquistar. Para bem do país e do PSD, que o rumo dele esteja certo.
Etiquetas: congresso do PSD
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