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O Congresso

Depois de dias difíceis na vida interna do PSD, este congresso será o momento em que terá que afirmar-se novamente como um partido credível e responsável. Infelizmente, por motivos pessoais, não poderei ir ao congresso, mas espero que seja a concretização de um inicio de crescimento rumo a 2009.

As trapalhadas da campanha eleitoral interna não contribuíram para consolidar a credibilidade do PSD, e Luís Filipe Menezes, tem agora uma oportunidade para “agarrar” o partido e partir à conquista do poder. Mas, para isso, terá que evitar cometer erros e ultrapassar as expectativas criadas.

Em primeiro lugar, este congresso não deverá ser uma “caça às bruxas”. Luís Filipe Menezes certamente não o fará, mas terá que acalmar a sua base de apoiantes mais truculentos, e impedir que se crie um clima interno de guerrilha e perseguição política aos oponentes internos. Nada faria pior ao PSD neste momento do que transformar José Pacheco Pereira ou Marcelo Rebelo de Sousa em mártires. A ideia que vive-se num clima de intolerância dentro do PSD defendida por JPP tem de ser desmentida neste congresso. Relembro que LFM sempre defendeu a liberdade de pensamento e acção dentro do partido. Neste aspecto, deverá criar condições para que não haja perseguições políticas.

A equipa que LFM vai constituir deverá ser outro sinal importante para o futuro. É evidente que nesta equipa deverão estar os fiéis e os apoiantes de longa data de LFM, como Marco António ou Ribau Esteves (que dará um excelente secretário-geral). Mas também será preciso alargar a Comissão Política a outros sectores do partido, não se refugiando na base restrita de colaboradores. Uma CP forte será abrangente e constituída por membros com peso político e intelectual. É importante controlar a organização interna do partido, mas também é fulcral conquistar o país e a sociedade civil.

LFM deverá empreender um novo rumo para o PSD. Ao contrário do que os media têm veiculado, LFM defendeu durante a campanha ideias diferentes das do governo, em diversas áreas como a Educação, a Saúde e a Economia. Este congresso deverá servir para passar ao país os fundamentos de um programa de governo do PSD, apostando em dizer a verdade aos portugueses. Apesar de não ter tido tempo para apresentar um projecto político consistente para Portugal, é tempo de proporcionar ideias e mostrar que um governo PSD seria bem diferente deste (des) governo socialista. Este deverá ser um congresso para iniciar um novo rumo de oposição em Portugal.

Por último, este deve ser um congresso onde sejam dados sinais de clara abertura do partido à sociedade civil. Um partido de poder não pode estar fechado dentro de si próprio. Um partido necessita de “massa cinzenta” que pense e discuta o partido e o país. As ideologias não estão mortas, e o PSD deverá ter a capacidade de atrair novos pensadores e novos valores da sociedade portuguesa. LFM tem como modelo político Nicolas Sarkozy, que é um excelente exemplo para o PSD seguir. Em Portugal, têm surgido muitos e novos valores no espaço do centro direita. Esta será uma oportunidade para ter um discurso de aproximação e conquista de novos valores para o PSD.

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1 Responses to “O Congresso”

  1. # Anonymous Anónimo

    E A ESPERANÇA RENASCE!  

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