Jerónimo de Sousa: O último camarada!
Tenho ouvido constantes críticas, por parte de todos os quadrantes políticos (incluindo o próprio PCP), à escolha de Jerónimo de Sousa para Secretário – Geral do PC. Dizem que o PCP desistiu de lutar, cedeu ao seu destino de desaparecimento progressivo, em coerência com contexto internacional.
Não concordo! O PCP está hoje, nitidamente, um partido gasto e ultrapassado. Isso reflecte-se nas urnas, como se viu, por exemplo nas últimas autárquicas. Era preciso fazer algo. E aí o PCP viu-se perante um dilema, por um lado a sua renovação (imagem e ideologia), ou pelo outro, endurecer a sua linha histórica, bem ao gosto de Álvaro Cunhal. A primeira opção tinha um senão, iria pisar terrenos já ocupados pelo BE. E convínhamos, no campo do BE, o PCP não teria muito sucesso.
É por isso que o PCP decidiu manter a sua linha de rumo, até a endurecendo, escolhendo para seu líder formal (pois na realidade é Cunhal quem dá o mote) Jerónimo de Sousa. No fundo é a chamada fuga em frente, onde o PCP vai dar o seu último grito, o ultimo esforço para lutar contra o inevitável desaparecimento.
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