política à portuguesa
0 Comments Published by Nuno Gouveia on terça-feira, janeiro 30, 2007 at 15:27.O meu voto será no sim! Mas existe um conjunto de outros dados, os quais não tem sido objecto de discussão, e que merecem reflexão aprofundada.
A questão central neste referendo é a de permitir, ou não, o aborto livre até às dez semanas.
As outras questões, a serem discutidas posteriormente, prendem-se com a aplicação da lei, no caso da vitória do sim.
Porque razão não há dentista no Serviço Nacional de Saúde, e haverá Aborto no SNS? Porque razão existem pessoas em lista de espera durante meses para serem operadas a problemas gravíssimos (tumores, patologias cardíacas ou pulmonares, etc) e uma mulher que queira abortar tem “via verde”, e o será em poucas semanas? Porque razão se eu quiser fazer uma operação plástica, ou colocar uma banda gástrica, tenho de custear a operação, e a mulher que se descuidou (sim, os preservativos e as pílulas são distribuídas gratuitamente nos centros de saúde) faz aborto por “tuta e meia”?
Por isso digo: Aborto livre até às dez semanas sim….Aborto custeado pelo contribuinte e entupindo o SNS não!!!
política à portuguesa
0 Comments Published by Nuno Gouveia on sexta-feira, janeiro 26, 2007 at 16:11.Luís Filipe Menezes, o opositor de serviço, declara agora a incoerência de Mendes. É puro oportunismo político fazê-lo nesta fase, em que Carmona não é suspeito de ter cometido crime algum. Certamente será culpado de não saber gerir uma autarquia. Será culpado de ter escolhido mal a sua equipa. Será ainda culpado de não saber o que anda a fazer. Marques Mendes não fica bem na fotografia, pois Carmona Rodrigues foi uma escolha pessoal. Mas, até ao momento, não foi incoerente com a sua posição sobre a ética na política. Menezes devia escolher melhor as suas "tiradas" contra Mendes. Até porque tem tido muitas oportunidades para isso.
Eu também tenho links à extrema esquerda. Não me considero conivente com estas ideias. Mas considero que as pessoas que as escrevem tem qualidade de argumentação e são importantes para um debate saudável. A liberdade de expressão é isso mesmo: defender as suas ideias, por muito incómodas que possam ser. Ao criticar o Blogue do Não desta forma, o BE faz de polícia de pensamento, coisa normal nos regimes que defenderam no passado. Pelas pessoas que estão neste blogue, é impensável sequer pensar que têm alguma coisa a ver com a xenofobia, o racismo ou o PNR.
PS: Eu não tenho links de extrema direita, pois não considero válidas as suas ideias nem sequer a sua qualidade na argumentação. Não me associo a estes radicais, pois nem sequer os considero. Mas a sua existência deve ser defendida numa sociedade de liberdade de pensamento e de expressão. A liberdade deve ser exercida por todos, mesmo por aqueles com os quais discordamos radicalmente.
política à portuguesa
0 Comments Published by Nuno Gouveia on quinta-feira, janeiro 25, 2007 at 13:38.No programa “Estado da arte”, Paulo Portas deu, mais uma vez, mostra de que é um excelente orador. Inclusivamente, e embora defenda uma posição contrária à minha a respeito do Aborto, reconheço a clareza e limpidez do seu discurso.
Já no programa “Quadratura do círculo”, Pacheco Pereira conseguiu baixar o nível da discussão. Acusou o grupo parlamentar do PS de “passividade bovina”. Como diz o outro: “O artista é bom…não havia necessidade”.
política à portuguesa
0 Comments Published by Nuno Gouveia on quarta-feira, janeiro 24, 2007 at 14:02.Na senda do que no passado afirmei…posso voltar a dizê-lo: a comunicação social trata os temas da justiça como se de uma novela mexicana se tratasse. Informa parcialmente, maximiza um argumento em detrimento de outro, etc…
Mais grave que isso é ver pessoas que têm responsabilidades, Magistrados, Advogados, etc…a tomarem posições públicas sobre um caso sem o conhecerem minimamente. Para que se forme uma opinião consciencializada aqui fica o link para se obter o texto integral do Acórdão no caso do sequestro.
Declaração de voto - Não ao Aborto
O referendo ao aborto é uma questão que deve ser a consciência a ditar a direcção do voto. A minha consciência, como há 8 anos, manda-me votar não. Não tenho certezas sobre a matéria, tenho mesmo algumas dúvidas se o voto sim seria uma melhor opção, o mal menor mas, a minha forma de estar não me permite sancionar a legalização de uma coisa com a qual estou absolutamente contra: a interrupção voluntária da gravidez. Como não sou dogmático nesta matéria, concordo com a actual lei portuguesa, que me parece moderada e acautela algumas situações que me parecem abusivas para a vida da mãe ou do filho.
Pelo que tenho visto no debate sobre o referendo, existem dois lados diferentes: o campo da moderação, que com argumentos lógicos e racionais, tentam convencer as pessoas dos seus argumentos; e o radicais, que com o extremismo das suas posições, afastam uma qualquer possibilidade de debater seriamente esta questão.
O Eurodeputado Paulo Casaca
Até hoje desconhecia por completo este parlamentar europeu do PS, e conhecia pouco dos Mujahedins do Povo Iraniano. Apenas me lembro de ver algumas referências a este grupo na imprensa.
(Ao ver os headlines sobre um eurodeputado português que tinha estado com um grupo terrorista, logo pensei no Miguel Portas e nas suas organizações terroristas amigas. Claro que quando Miguel Portas faz isto ninguém liga.)
À primeira vista, parece-me uma tentativa hipócrita de destruir a imagem deste eurodeputado que, pelo que já li, nunca escondeu a sua relação com esta organização, e, em conjunto com outros colegas do PE, tem efectuado esforços no sentido deste grupo deixar de ser considerado uma organização terrorista na União Europeia (o Tribunal de Justiça das Comunidades já recusou a sua inclusão na lista de terroristas) e também nos Estados Unidos.
Ao ver a imprensa portuguesa ficamos com a sensação que este eurodeputado é amigo de alguma organização assassina e terrorista (não que isso não choque a nossa "boa" imprensa", quando acontece, como já aconteceu).
Tenho pena de alguns verdadeiros icons do Portugal de hoje não fazerem parte do top ten, como Pinto da Costa, Major Valentim Loureiro ou o inefável Gilberto Madaíl. Foi pena... Daria outra "pinta" a esta lista.
Nos Estados Unidos não é a raça, religião ou a proveniência que determina o futuro das pessoas. A diversidade é a virtude.
Desculpem a minha irritação….é que afinal não são só os bancos a “aldrabar” o cliente com os arredondamentos “à portuguesa”…
Por motivos profissionais tenho necessidade de me deslocar Miami…e, ao contrário do habitual, fui eu próprio que tratei das reservas de alojamento, deslocação, etc….e pude comprovar a autêntica “vergonha” que é o sistema de reserva de passagens aéreas. O bilhete são € 300 mas acrescem taxas de € 100…o que vem a ser isto? Qualquer dia entro num táxi e o condutor além da corrida cobra a gasolina, o desgaste dos pneus e amortecedores, etc…O bilhete é um único, seja mais caro ou mais barato….e é esse o preço a ser publicitado e anunciado…assim qualquer companhia oferece passagens baixissímas.
A campanha relativa ao referendo do Aborto têm sido tudo menos correcta. De um lado temos os movimentos do “Sim”, os quais atiram com a prisão das mulheres (nunca vi, e ao que parece ninguém viu, uma única mulher presa por ter realizado um aborto), atiram com o financiamento duvidoso da campanha do “Não” (mas porquê? Se por acaso o “Não” ganhar alguém, tirará benesses disso?).
Do outro lado temos a campanha do “Não”, que atira com o financiamento público dos abortos, com as comparações às execuções, com o bater do coração…etc.
Agora até uma Sra Procuradora, sempre sedenta de protagonismo, afirma que “há clínicas de aborto que são slot machines de ganhar dinheiro”….mas onde? Como sabe ela isso? Não sabe com certeza…pois teria a obrigação legal de o denunciar, e até à data, que se saiba, não o fez!
É triste…até parece um joguinho onde se quer ganhar a todo o custo….esclarecer é que não interessa.
Isto da justiça é como as marés…umas vezes acalma…outras intensifica-se. Hoje abateu-se mais um Tsunami sobre a Lei e os Tribunais. Refiro-me ao militar que foi condenado pelo crime de sequestro de uma menina, que lhe havia sido dada para adopção.
A exemplo do recente caso Luisão, também neste caso, e sobretudo a mim como jurista, repugna o modo como a imprensa os aborda. Emitem opiniões, inventam factos, no fundo tratam as situações com ligeireza e sempre na base de suposições, o que leva a uma maior descrença num sector essencial como é a justiça.
Curiosamente, fiquei a saber um dado novo: o partido maoísta português era o maior partido da sua esfera de influência na Europa Ocidental. Durão Barroso, Pacheco Pereira e tantos outros foram apoiantes deste sanguinário. O que a ignorância e os idealismos utópicos fazem com pessoas inteligentes.
A procissão ainda vai no adro... Tenha calma que ainda vai ter tempo para engolir muito mais...
política à portuguesa
0 Comments Published by Nuno Gouveia on quinta-feira, janeiro 11, 2007 at 13:54.Não vai deixar saudades...
Ai... se tivesse sido como nós desejámos. Sem dúvida, uma das desgraças da vida política portuguesa.
A ler este excelente post de Henrique Barroso
Os Estados Unidos têm vindo a bombardear posições do exército rebelde, radicais militantes islâmicos. Recorde-se que o governo é reconhecido pela ONU e pela comunidade internacional.
Com o envolvimento dos Estados Unidos, parece-me que vão começar os apelos "pacifistas" dos "suspeitos do costume", contra a guerra na Somália e contra o envolvimento dos Estados Unidos. Pela paz, claro. Como sempre!!!
Aqui está um caso (retirado do Cum Grano Salis) onde alguém é condenado à morte…e mais tarde inocentado!
Ora, os votantes, foram injustos para Soares. Este não é o pior português de sempre, sendo talvez um dos que mais contribuíram para a instauração da nossa democracia. Se tivesse sido o político mais ridículo deste inicio de século XXI, ainda se poderia aceitar.
Num gesto pouco democrático, as PF decidiram dar um novo prazo de votação neste pseudo concurso. Aguardemos para ver os resultados finais.
Hoje já vi duas noticias, que só acrescentam mérito ao governo.
Na saúde, os profissionais de saúde andam preocupados com a legislação do governo, no sentido de impedir a acumulação por parte dos médicos de cargos de gestão no sector privado, ao mesmo tempo que trabalham para o estado. Outra noticia, foi que o Frente Comum está preocupada com o fim dos serviços sociais em alguns ministérios.
O governo age bem ao cortar com os privilégios destas classes, que ao longo dos últimos 30 anos, foram acumulando benefícios, em detrimento do resto da população, prejudicando o país.
A luta contra as corporações neste país ainda mal começou, mas o governo, nesta luta, parece estar empenhado em combater o seu poder. Quando vemos os sindicatos a berrarem, isto só pode ser bom sinal! Esperemos por outros sinais que, infelizmente, tardam em aparecer.
Nos últimos tempos muito se tem falado nos cortes das regalias concedidas a muitas profissões, desde magistrados…Advogados…Médicos…Militares e Forças de Segurança…Professores…etc…etc…
Mas até há pouco tempo ninguém ouvia falar no escandaloso privilégio concedido à Caixa de Previdência dos Jornalistas…e assim lá iam eles louvando o corajoso ataque do Governo aos interesses cooperativos.
Mais curiosas ainda são as criticas do Sindicato dos Jornalistas…até afirmaram que o Governo só os informou pela comunicação social!!!
Isto é o que dá negociar com terroristas. Zapatero acreditou que a ETA estava disposta a caminhar para a paz, sem renunciar à violência. Está agora a aprender, da forma mais dura, que com terroristas não há negociações possíveis. Infelizmente, nunca se pode acreditar na palavra destes assassinos. O que o PP e muita gente dizia, e que Zapatero negava, torna-se agora uma dura realidade.
A introdução de um método de controlo da assiduidade dos profissionais da saúde é uma medida que tem de ser aplaudida. O cumprimento de horários é para todos, e não para alguns. Mais uma vez, as corporações reagem de um forma vergonhosa.
A morte de alguém nunca foi, nem será, solução para coisa alguma…por curiosidade podemos ler aqui a última hora de Saddam!