A justiça de Felgueiras
Sempre me pareceu escandaloso o tratamento especial e preferencial que Fátima Felgueiras recebeu da justiça. Primeiro pela forma como conseguiu fugir de Portugal, depois pela maneira como foi "recebida" em Portugal e mais recentemente, como foi ilibada de algumas acusações, as mais graves, por erros processuais alegadamente cometidos pelo Ministério Público. Pelas noticias que têm vindo a ser publicadas ultimamente, começa a aparecer no ar uma vasta teoria da conspiração, que parece ser bem mais grave do que se poderia pensar. As altas esferas da política portuguesa podem estar envolvidas neste encobrimento escandaloso que se está a fazer a Fátima Felgueiras. Se esta senhora não for condenada, será o prova evidente da vergonha em que a nossa justiça está mergulhada.
Cuba apoia Lula
O grande herói da esquerda democrática mundial, Lula da Silva, foi apoiado pelo ditador Fidel Castro. Claro está que para estes democratas, o valor da liberdade política termina quando as amizades surgem. Fidel Castro é um odioso ditador, que tanto mal tem feito ao seu povo, mas continua a obter apoio em grande parte da esquerda europeia e mundial. Depois das FARC, agora sabe-se que Lula também recebeu apoio de Fidel. Será que Sadam Hussein e Kim Jong Il também deu dinheiro para a campanha de Lula???
Embrace
Grande banda.. Aqui fica "Gravity
Grande banda.. Aqui fica "Gravity
"Israel deve ser apagado do mapa"
Esta frase é da autoria do chefe de estado de um país. Mahmud Ahmadinejad, o líder Iraniano defendeu isto abertamente. Para ele, o Estado de Israel deve ser eliminado fisicamente. As afirmações deste presidente "terrorista" são demasiado preocupantes para ficarmos parados. Frases como "A nação muçulmana não permitirá que o seu inimigo histórico viva no seu próprio coração" e "Os dirigentes da nação muçulmana que reconhecerem Israel queimarão nas chamas da cólera do seu próprio povo" são a prova que a comunidade internacional precisava para agir. Neste momento, Irão está a tentar adquirir tecnologia nuclear, constituindo uma séria ameaça à segurança internacional. A ONU não pode simplesmente ficar calada nesta situação, e o pedido de Israel para expulsar o Irão da ONU tem toda a razão. Um país que apela à destruição de outro não pode ser tolerado pela comunidade internacional. Claro que a hipocrisia nestas situações é que dita as regras. Mais uma vez, a condenação firme e veemente veio dos suspeitos do costume, aqueles que apenas querem fazer a "guerra". Os pacifistas e os amantes da paz tiveram reacções tímidas, como convém.
Em Portugal, curiosamente, ainda não ouvi nenhuma palavra de condenação dos habituais radicais da paz. Ou será que muitos destes senhores e senhoras concordam com estas declarações?
Que diferença
Nas próximas eleições presidenciais vamos ter em campo duas formas diferentes de estar na política. Cavaco contra todos... este vai ser o lema da campanha.
Por um lado temos 4 candidaturas da esquerda, que todas se apresentam para derrotar o candidato da direita. São candidaturas meramente conjunturais, que apenas se apresentam sob a lógica partidária, para reforçar a força do partido, como o Bloco de Esquerda e o PCP, para derrotar Cavaco Silva, como Mário Soares e Manuel Alegre. São candidatos fracos, sem grande apoio popular, onde não geram apoios substanciais fora da sua área política. Os apoiantes destes candidatos são meramente representantes dos partidos políticos, personalidades conotadas com as diferentes áreas políticas ou alguns conhecidos activistas. Manuel Alegre destaca-se por não ter nenhum partido a apoiá-lo e por representar alguma dignidade e honestidade política .
Cavaco Silva apresenta-se como o candidato da esperança, da credibilidade e da honestidade intelectual. Cavaco é candidato por Portugal e não para derrotar um qualquer candidato da esquerda. Cavaco não surge como uma estratégia do PSD nem do CDS, Cavaco nem sequer representa nenhum partido. O leque de apoiantes de Cavaco Silva ultrapassa em larga medida o espaço político da direita, tendo como apoiantes ex governantes socialistas, personalidades conotadas com a esquerda, empresários, advogados, desportistas, professores universitários, e imagine-se, gentes das artes e do espectáculo.
Bolas…esqueci-me de tomar o remédio…
Mário Soares, atendendo à sua avançada idade, até nem se está a portar muito mal. No entanto os seus familiares próximos devem estar mais atentos no sentido de não o deixarem proferir certas afirmações que denunciam uma clara demência…Senão vejamos.
Se voltar a ser eleito, como espero, serei um factor de estabilidade e de concórdia nacional e de segurança como fui no passado Tenho condições únicas para evitar a crispação política e a grande conflitualidade social. Meu caro Soares, você, como já anteriormente escrevi, nem o seu partido consegue pacificar. Neste momento você está a dividir o PS. É criticado pela sua esquerda e pela sua direita. Acha que consegue estabilizar o quê? Só se for as diabetes…e mesmo aí tenha cuidado com o que come!
"Aproveitando o descontentamento, provocado por medidas impopulares mas necessárias, está a surgir à direita um certo messianismo revanchista e vozes, com peso político, que reclamam abertamente a subversão do regime constitucional, utilizando para isso a eleição presidencial"(…)”Todos os portugueses sabem que comigo em Belém podem dormir tranquilos (…) No meio deste emaranhado, quase ininteligível, percebem-se alguns sentidos:
O de que Mário Soares quer, de facto, ser a muleta do Governo (logo quem!!!).
Que não percebeu nada da candidatura de Cavaco Silva, nem das razões da mesma.
Que ele quer por os Portugueses a dormir (e provavelmente também ele).
Um lugar muito mal frequentado
A blogosfera é mesmo um local muito mal frequentado. Agora foi a vez de António Ribeiro Ferreira, um dos excelentes e reputados jornalistas que escrevia no DN, a refugiar-se neste meio. Como as noticias circulam rapidamente neste espaço, as boas vindas já foram feitas pelos melhores... Deixo aqui solenemente o meu respeito pela sua escrita.
O Manifesto Ridículo de Soares
Soares apresentou o seu manifesto eleitoral. Ideias para um Portugal de futuro? Nenhumas, apenas uma serie de baboseiras sobre a liberdade dos portugueses, a união do portugueses e um certo revanchismo da direita nestas eleições presidenciais! Curiosamente, neste momento, Soares não consegue unir o seu partido, onde existem grandes ameaças à liberdade de opinião dentro da própria comissão política, e não podemos esquecer, que os apoiantes de Alegre certamente terão o seu futuro traçado no PS. E assim, é este Soares que se apresenta como candidatao da esquerda (des)unida contra Cavaco Silva. Ainda bem!!!
Presidenciais: Sócrates diz que Mário Soares é que tem condições para "unir o país" (in Público online)
Corrijam-me se estiver enganado, mas tenho a ligeira impressão que nem o seu partido consegue unir. Quanto mais o país... O Alegre anda aí...tenham medo...muito medo.
O candidato da esperança
Depois de alguns anos a viver sob a égide de políticos medíocres e incompetentes, Portugal pode hoje respirar esperança e confiança no futuro: Cavaco Silva regressa hoje à vida política para anunciar a sua candidatura a Presidente da República. O único líder político que teve a capacidade de modernizar a sociedade portuguesa nos últimos 30 anos, avança agora para Belém. Cavaco terá o apoio esmagador da direita, do centro e do centro esquerda, pois foi este o espaço que ele representou nas suas grandes vitórias eleitorais. Acredito sinceramente que Cavaco Silva não vai ser o candidato de facção ou de partido, mas sim o candidato dos portugueses. Ao contrário dos diversos candidatos da esquerda, Cavaco não é candidato por meras razões partidárias ou ocasionais.
Depois de alguns anos a viver sob a égide de políticos medíocres e incompetentes, Portugal pode hoje respirar esperança e confiança no futuro: Cavaco Silva regressa hoje à vida política para anunciar a sua candidatura a Presidente da República. O único líder político que teve a capacidade de modernizar a sociedade portuguesa nos últimos 30 anos, avança agora para Belém. Cavaco terá o apoio esmagador da direita, do centro e do centro esquerda, pois foi este o espaço que ele representou nas suas grandes vitórias eleitorais. Acredito sinceramente que Cavaco Silva não vai ser o candidato de facção ou de partido, mas sim o candidato dos portugueses. Ao contrário dos diversos candidatos da esquerda, Cavaco não é candidato por meras razões partidárias ou ocasionais.
A idade não perdoa…
À medida que a idade vai avançando certas pessoas deixam de ter “paciência” e “pachorra” para aturar os outros. Essas pessoas julgam que a idade é sinónimo de sabedoria por si só. Não admitem opiniões contrárias às suas, sobretudo aquelas vindas de pessoas mais jovens.
Soares é uma dessas pessoas, nos últimos tempos está a ficar mais arrogante, com menos sentido de humor e, sobretudo, mais incoerente…
Ontem, e também já hoje, ouvi-o mandar calar os jornalistas só por estes lhe fazerem perguntas às quais não lhe apetecia responder. “Não seja insolente…”, ou “A Srª está a abusar…” são algumas das expressões que usou.
O mais caricato é que Soares publicita as suas actividades e deslocações, para assim ter a companhia das câmaras de televisão e afins. Mas se as perguntas não lhe agradam ele reage mal.
É o definhar de um ícone da democracia Portuguesa.
À medida que a idade vai avançando certas pessoas deixam de ter “paciência” e “pachorra” para aturar os outros. Essas pessoas julgam que a idade é sinónimo de sabedoria por si só. Não admitem opiniões contrárias às suas, sobretudo aquelas vindas de pessoas mais jovens.
Soares é uma dessas pessoas, nos últimos tempos está a ficar mais arrogante, com menos sentido de humor e, sobretudo, mais incoerente…
Ontem, e também já hoje, ouvi-o mandar calar os jornalistas só por estes lhe fazerem perguntas às quais não lhe apetecia responder. “Não seja insolente…”, ou “A Srª está a abusar…” são algumas das expressões que usou.
O mais caricato é que Soares publicita as suas actividades e deslocações, para assim ter a companhia das câmaras de televisão e afins. Mas se as perguntas não lhe agradam ele reage mal.
É o definhar de um ícone da democracia Portuguesa.
O verdadeiro adversário
Parece que o PS se apercebeu de quem é o verdadeiro adversário de Mário Soares na corrida Presidencial. Não, Cavaco Silva não é ameaça às aspirações de Soares. Manuel Alegre sim.
Em boa verdade era humilhante Manuel Alegre passar à 2ª volta (cenário longe de ser meramente hipotético), deixando Soares ao nível de Jerónimo e Louça.
Parece que o PS se apercebeu de quem é o verdadeiro adversário de Mário Soares na corrida Presidencial. Não, Cavaco Silva não é ameaça às aspirações de Soares. Manuel Alegre sim.
Em boa verdade era humilhante Manuel Alegre passar à 2ª volta (cenário longe de ser meramente hipotético), deixando Soares ao nível de Jerónimo e Louça.
É preciso não esquecer...
Há uns meses foi prometido aos Portugueses a revelação, "lá para Outubro", dos estudos sobre a OTA e TGV. Até à data nada...
Isso em conjugação com o facto de no OE para 2006 terem sido inscritas verbas para estudos do TGV e OTA deixa transparecer que de facto não havia estudos sobre estes projectos.
Há uns meses foi prometido aos Portugueses a revelação, "lá para Outubro", dos estudos sobre a OTA e TGV. Até à data nada...
Isso em conjugação com o facto de no OE para 2006 terem sido inscritas verbas para estudos do TGV e OTA deixa transparecer que de facto não havia estudos sobre estes projectos.
Vitória de Rio, derrota da política…
Logo que soube da vitória de Rui Rio no Porto tive a sensação de que a democracia ficaria a ganhar. De facto Rio, e isso é por todos conhecido, é um homem que exerce a sua função de forma completamente independente em relação aos lobbies que se haviam instalado na cidade. E exerce-a de forma competente.
No entanto a sua vitória teve o condão de provocar um cataclismo no PS/Porto. É previsível, segundo rezam as crónicas, que Francisco Assis não se recandidate e que Narciso Miranda o substitua. Pergunto-me, como é possível criticar as populações por escolheram candidatos “dúbios”, e os próprios partidos voltarem a escolher para seus dirigentes personagens sinistras como Narciso Miranda.
Não tarda nada estaremos a assistir ao regresso de Fernando Gomes ou Nuno Cardoso ao activo. Talvez mesmo Fátima Felgueiras ainda tenha uma hipótese de voltar à militância socialista…e quem sabe se Valentim Loureiro poderá inscrever-se no PS/Porto (agora que ele anda a tecer rasgados elogios ao Governo).
Logo que soube da vitória de Rui Rio no Porto tive a sensação de que a democracia ficaria a ganhar. De facto Rio, e isso é por todos conhecido, é um homem que exerce a sua função de forma completamente independente em relação aos lobbies que se haviam instalado na cidade. E exerce-a de forma competente.
No entanto a sua vitória teve o condão de provocar um cataclismo no PS/Porto. É previsível, segundo rezam as crónicas, que Francisco Assis não se recandidate e que Narciso Miranda o substitua. Pergunto-me, como é possível criticar as populações por escolheram candidatos “dúbios”, e os próprios partidos voltarem a escolher para seus dirigentes personagens sinistras como Narciso Miranda.
Não tarda nada estaremos a assistir ao regresso de Fernando Gomes ou Nuno Cardoso ao activo. Talvez mesmo Fátima Felgueiras ainda tenha uma hipótese de voltar à militância socialista…e quem sabe se Valentim Loureiro poderá inscrever-se no PS/Porto (agora que ele anda a tecer rasgados elogios ao Governo).
Vamos lá ver como o PS/Nacional reage a este recuo da credibilidade no norte.
As derrotas e as vitórias...
Depois do 9 de Outubro, gostava de deixar umas reflexões muito pessoais, em relação aos resultados eleitorais. Como tenho pouco tempo, apenas deixo comentários sobre as eleições no Porto, Lisboa e Gondomar.
É obvio que o sentimento geral é de satisfação e júbilo pela vitória do meu Partido a nível nacional, e também por alguns dos melhores autarcas do PSD terem sido reeleitos. Mas, como não tenho uma visão fechada da política, e consigo fazer a distinção clara dos interesses do PSD e do país, fiquei também contente com algumas vitórias dos outros Partidos. Claro que a vitória dos candidatos arguidos tenha sido uma frustração pessoal, principalmente em Gondomar. O resultado do PSD e do PS foi uma vergonha para estes dois partidos, que tem seriamente de reflectir para decidir o que fazer no futuro. As condições eram muitos difíceis, mas penso que poderia ter sido bem melhor.
Porto
Obviamente fiquei muito contente com a maioria absoluta de Rui Rio, talvez o melhor autarca do país, que com a sua nova forma de fazer política, sem populismos demagógicos e repleta de honestidade moral e politica, mostrou que políticos deste calibre também podem vencer em Portugal. Francisco Assis, outro político que considero capaz e honesto, pagou demasiado caro o preço do PS Porto, demasiado “antigo” para os tempos modernos. Espero que continue na política de forma honrada e íntegra, como o tem feito até agora. Nesta cidade, fiquei muito contente com a não eleição do populista e demagógico João Teixeira Lopes, um homem de fraco carácter.
Lisboa
Mais do que a vitória de Carmona Rodrigues, o que gostei foi de ver Carrilho ser derrotado desta forma. A arrogância na política foi derrotada em Lisboa. O que parecia impensável em Fevereiro aconteceu mesmo, com o PSD a vencer Lisboa e com uma larga margem. Mérito para Carmona Rodrigues pela sobriedade na sua forma de actuar, e também para Marques Mendes, que decidiu apostar neste independente para a capital do País. Ruben de Carvalho consegue também obter um excelente resultado, contrastando com o Bloco de Esquerda, que se ficou pelos mínimos esperados. A tenacidade e a coragem de Maria José Nogueira Pinto foi premiada um lugar na vereação, embora tenha baixado em relação ao resultado de Paulo Portas há 4 anos.
Gondomar
Já contava com uma vitória esmagadora do Major Valentim Loureiro, apesar de pensar que não ultrapassaria os 50%. Aqui, os resultados tem de ser analisados friamente, com responsabilidades para os aparelhos do PSD e do PS, e com mérito, é necessário reconhecer de Valentim Loureiro.
Em relação ao PSD, todo o comportamento das estruturas locais foi vergonhoso nesta matéria, tendo a candidatura de Gonçalves Pereira estado quase sempre sozinha neste difícil embate. Apenas alguns militantes do PSD e do CDS estiveram envolvidos na campanha eleitoral, e não havia nenhuma máquina partidária a ajudar, o que cria neste tipo de eleições dificuldades acrescidas. Por outro lado, as diversas candidaturas do PSD às Juntas de Freguesia estiveram sempre ao lado da candidatura independente e constantemente a boicotar o trabalho do PSD. Por um lado concorriam nas listas da coligação PSD/CDS, mas por outro lado apoiavam a lista independente. Neste aspecto, alguns pagaram bem caro esta estratégia, perdendo as eleições. Foram umas eleições para esquecer para o PSD Gondomar, exceptuando claro, aqueles militantes (e foram muitos) que festejaram a vitória do Valentim.
O PS deu desde o início a CM de Gondomar como perdida, e como tal, avançou com um candidato desconhecido, fraco de ideias e projectos, e muito mal acompanhado. Ricardo Bexiga, antigo candidato do PS poderia ter sido uma melhor escolha, pois era uma figura local, e possuidora de crédito nas populações. José Sócrates e Jorge Coelho, decidiram Valentim Loureiro brilhar, e nem sequer foram a Gondomar fazer campanha. Assim, talvez se entenda os rasgados elogios de Valentim Loureiro ao Primeiro-ministro, certamente a agradecer-lhe a ajuda que lhe deu a esta vitória esmagadora.
Valentim Loureiro tem mérito nesta vitória, pela forma como soube entender as populações e dar-lhe o que querem… Esta foi uma campanha cheia de populismo, aproveitamento da máquina do PSD, utilização dos meios camarários e das Juntas de Freguesia para fazer campanha, muitas festas e passeios paras as populações, enfim, tudo era possível para conquistar votos.
Apesar de Gondomar ser o concelho mais atrasado da área metropolitana do Porto, Valentim conseguiu passar a mensagem que fez muito. Fez uma campanha contra o líder do PSD, teve os militantes do PSD de Gondomar a seu lado, conseguiu muitos votos de socialistas e comunistas e arrumou com a candidatura do PSD. Infelizmente, os gondomarenses passaram a mensagem que vale a pena votar em candidaturas como a do Major, contra a ética e os valores na política. O populismo e a demagogia venceram aqui, mas o Dr. Marques Mendes venceu na honestidade e na ética. A política deve ser assim, não ganhar a qualquer custo.
Depois do 9 de Outubro, gostava de deixar umas reflexões muito pessoais, em relação aos resultados eleitorais. Como tenho pouco tempo, apenas deixo comentários sobre as eleições no Porto, Lisboa e Gondomar.
É obvio que o sentimento geral é de satisfação e júbilo pela vitória do meu Partido a nível nacional, e também por alguns dos melhores autarcas do PSD terem sido reeleitos. Mas, como não tenho uma visão fechada da política, e consigo fazer a distinção clara dos interesses do PSD e do país, fiquei também contente com algumas vitórias dos outros Partidos. Claro que a vitória dos candidatos arguidos tenha sido uma frustração pessoal, principalmente em Gondomar. O resultado do PSD e do PS foi uma vergonha para estes dois partidos, que tem seriamente de reflectir para decidir o que fazer no futuro. As condições eram muitos difíceis, mas penso que poderia ter sido bem melhor.
Porto
Obviamente fiquei muito contente com a maioria absoluta de Rui Rio, talvez o melhor autarca do país, que com a sua nova forma de fazer política, sem populismos demagógicos e repleta de honestidade moral e politica, mostrou que políticos deste calibre também podem vencer em Portugal. Francisco Assis, outro político que considero capaz e honesto, pagou demasiado caro o preço do PS Porto, demasiado “antigo” para os tempos modernos. Espero que continue na política de forma honrada e íntegra, como o tem feito até agora. Nesta cidade, fiquei muito contente com a não eleição do populista e demagógico João Teixeira Lopes, um homem de fraco carácter.
Lisboa
Mais do que a vitória de Carmona Rodrigues, o que gostei foi de ver Carrilho ser derrotado desta forma. A arrogância na política foi derrotada em Lisboa. O que parecia impensável em Fevereiro aconteceu mesmo, com o PSD a vencer Lisboa e com uma larga margem. Mérito para Carmona Rodrigues pela sobriedade na sua forma de actuar, e também para Marques Mendes, que decidiu apostar neste independente para a capital do País. Ruben de Carvalho consegue também obter um excelente resultado, contrastando com o Bloco de Esquerda, que se ficou pelos mínimos esperados. A tenacidade e a coragem de Maria José Nogueira Pinto foi premiada um lugar na vereação, embora tenha baixado em relação ao resultado de Paulo Portas há 4 anos.
Gondomar
Já contava com uma vitória esmagadora do Major Valentim Loureiro, apesar de pensar que não ultrapassaria os 50%. Aqui, os resultados tem de ser analisados friamente, com responsabilidades para os aparelhos do PSD e do PS, e com mérito, é necessário reconhecer de Valentim Loureiro.
Em relação ao PSD, todo o comportamento das estruturas locais foi vergonhoso nesta matéria, tendo a candidatura de Gonçalves Pereira estado quase sempre sozinha neste difícil embate. Apenas alguns militantes do PSD e do CDS estiveram envolvidos na campanha eleitoral, e não havia nenhuma máquina partidária a ajudar, o que cria neste tipo de eleições dificuldades acrescidas. Por outro lado, as diversas candidaturas do PSD às Juntas de Freguesia estiveram sempre ao lado da candidatura independente e constantemente a boicotar o trabalho do PSD. Por um lado concorriam nas listas da coligação PSD/CDS, mas por outro lado apoiavam a lista independente. Neste aspecto, alguns pagaram bem caro esta estratégia, perdendo as eleições. Foram umas eleições para esquecer para o PSD Gondomar, exceptuando claro, aqueles militantes (e foram muitos) que festejaram a vitória do Valentim.
O PS deu desde o início a CM de Gondomar como perdida, e como tal, avançou com um candidato desconhecido, fraco de ideias e projectos, e muito mal acompanhado. Ricardo Bexiga, antigo candidato do PS poderia ter sido uma melhor escolha, pois era uma figura local, e possuidora de crédito nas populações. José Sócrates e Jorge Coelho, decidiram Valentim Loureiro brilhar, e nem sequer foram a Gondomar fazer campanha. Assim, talvez se entenda os rasgados elogios de Valentim Loureiro ao Primeiro-ministro, certamente a agradecer-lhe a ajuda que lhe deu a esta vitória esmagadora.
Valentim Loureiro tem mérito nesta vitória, pela forma como soube entender as populações e dar-lhe o que querem… Esta foi uma campanha cheia de populismo, aproveitamento da máquina do PSD, utilização dos meios camarários e das Juntas de Freguesia para fazer campanha, muitas festas e passeios paras as populações, enfim, tudo era possível para conquistar votos.
Apesar de Gondomar ser o concelho mais atrasado da área metropolitana do Porto, Valentim conseguiu passar a mensagem que fez muito. Fez uma campanha contra o líder do PSD, teve os militantes do PSD de Gondomar a seu lado, conseguiu muitos votos de socialistas e comunistas e arrumou com a candidatura do PSD. Infelizmente, os gondomarenses passaram a mensagem que vale a pena votar em candidaturas como a do Major, contra a ética e os valores na política. O populismo e a demagogia venceram aqui, mas o Dr. Marques Mendes venceu na honestidade e na ética. A política deve ser assim, não ganhar a qualquer custo.
Vitórias diferentes
É impressionante assistir à histeria colectiva em torno dos denominados “candidatos – arguidos”. Logo após a confirmação dos resultados eleitorais, em cada concelho os vencedores festejam, com os seus apoiantes, e os derrotados tentam justificar o desaire. No entanto, pelo que me foi possível observar na comunicação social, a euforia em torno dos “candidatos – arguidos”, nomeadamente aqueles a quem os respectivos partidos retiraram o apoio, é algo de difícil justificação. Como que parece que as suas vitórias têm “sabor especial”. Não compreendo…talvez as pessoas confiem mais num candidato sob suspeita criminal do que nos actuais partidos.
Lá vai o D para o lixo…
Já sabíamos que o Major Valentim Loureiro, nos últimos tempos, se farta de gabar algumas medidas do Governo Socialista. Apesar de não ser normal num político, não é nada de inédito ou criticável. Afinal, se nós concordámos com determinada medida não é apenas pelo facto de esta ter sido tomada por outra força política que temos, obrigatoriamente, que a criticar.
No entanto o Major vai mais longe, aproveitando todas as oportunidades em que aparece na comunicação social, o Major Valentim Loureiro “achincalha” o líder do PSD, referindo-se à sua (baixa) estatura e apelidando de ditador, entre outras referências menos abonatórias ao líder.
Agora, num recente post colocado no seu blog de campanha, a pretexto de criticar o PS de Gondomar, o Major (ou a sua comitiva) referem que “este PS de Gondomar, não é o PS de Mário Soares, de Manuel Alegre, de Jorge Coelho ou de Sócrates… Este não é o PS do socialismo, da solidariedade e dos valores que o Primeiro-Ministro tem trazido para a Governação.” Mas será que todos os apoiantes do Major concordam com estas afirmações?Se concordam estão no partido errado, o vosso partido tem menos um D!
Já agora, e em jeito de interrogação, refere esse blog que as figuras nacionais e históricas do Partido Socialista não estão com Manuel Martins (demonstrando assim a sua falta de credibilidade). Mas há alguma figura nacional ou histórica do PSD que esteja com Valentim Loureiro?
Impressões Autárquicas VI
Estamos a uma semana das eleições. Ainda existem muitas dúvidas em algumas das grandes cidades, mas parece que vai haver um vencedor declarado: Do grupo dos 4 candidatos arguidos, parece-me que apenas Isaltino pode ser derrotado. Os outros concelhos, talvez por serem mais atrasados, parece que já decidiram o vencedor, faltando apenas saber a expressão da vitória.
No Porto e em Lisboa, o PSD parece preparar-se para uma vitória estrondosa, apesar das dificuldades destes últimos 4 anos. O PS vai ser duramente castigado nas urnas pelas más escolhas e pela sua campanha arrogante e depreciativa dos portugueses. A ver vamos como vai ser no dia 9, mas parece-me neste momento impossível o PSD perder as eleições autárquicas...