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on sexta-feira, fevereiro 29, 2008 at 15:52.
Esteve mais de dois meses em combate no Afeganistão. Pode ser um playboy ou um bon vivant, mas ao não fugir de um cenário de guerra, quando facilmente o poderia ter feito, conquistou o meu respeito e admiração. Não fosse o inefável Drudge Report e teria terminado a sua comissão de serviço. Quando os governantes pedem aos soldados para lutar na linha da frente contra o terrorismo, é importante que estejam dispostos a não conceder privilégios. O exército e a Casa Real Britânica provaram que estão comprometidos.
PS: O mesmo aconteceu com os filhos de John Mccain, que já estiveram a combater no Iraque. Não basta mandar os filhos dos outros. Mas nem todos os políticos agem desta forma.
Sou insuspeito de defender este governo. Mas nem sempre estou em desacordo com as suas políticas. Sempre que ouço algum professor a falar nas recentes manifestações, mais me convenço que a Ministra terá alguma razão. A Educação está num estado degradante em Portugal. E os professores, como os primeiros na linha de combate, terão a sua quota parte de responsabilidade. Ao ouvi-los, até parece que esta Ministra está lá desde sempre.
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Published by Nuno Gouveia
on quinta-feira, fevereiro 28, 2008 at 14:54.
Uma das vozes mais respeitadas do conservadorismo americano faleceu ontem. Aqui deixo um mítico vídeo de 1968, onde Buckley discute com Gore Vidal os protestos anti-guerra na Convenção Democrata de Chicago. A imagem não tem grande qualidade, mas dá para entender perfeitamente o som. (via techPresident)
Luís Filipe Menezes prometeu acabar com a publicidade na RTP. Não entendo a ideia. Os contribuintes portugueses já custeiam a RTP em milhões de euros. Se acabar o financiamento da publicidade, isso iria significar que teríamos que dar ainda mais dinheiro para a estação pública. Porque não seguir a proposta de Marques Mendes e privatizá-la? Alguém me consegue explicar porque temos de ter uma televisão, que serve apenas para fazer fretes aos governos? Ah, é por isso que ela existe!
Não tenho acompanhado como gostaria as eleições espanholas, que se vão realizar daqui a pouco mais de uma semana. Não gosto de Zapatero e a da sua agenda "progressista". Nos últimos anos, sente-se que a Espanha regrediu e está hoje em crise económica, coisa que Aznar impediu no inicio da década, quando o resto da Europa se afundava. Mas Mariano Rajoy também não tem convencido. Falta-lhe de carisma, ideias e um projecto político alternativo para Espanha. Falta-lhe o que tinha Aznar. O mais certo é que o PP perca as eleições. É pena. Zapatero só chegou ao poder devido aos atentados terroristas de 11 de Março e à inabilidade do Governo do PP em lidar com isso. Espanha merecia mais.
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Published by Nuno Gouveia
on sexta-feira, fevereiro 22, 2008 at 16:07.
Um dos maiores sucessos da Administração Bush (e não se pode falar em muitos, até ao momento) tem sido a relação especial que construiu com África. A visita que concluiu ontem ao continente negro foi considerado um sucesso pelos media americanos. O Presidente do Ghana informou que uma autoestrada que vai ser construída com fundos americanos vai ter baptizada com o nome do Presidente dos Estados Unidos. Pelo menos em algum local do mundo George W. Bush será bem recebido depois de sair da Casa Branca.
O Dr. Rui Rio não conquistou a simpatia dos intelectuais. Nem das forças “vivas” da cidade. A verdade é que Rio está a devolver a dignidade à cidade do Porto. Repare-se nos dois recentes exemplos e que tem sido extremamente criticado por isso.
O mercado do Bolhão está completamente degradado há anos, sendo um espaço miserável bem no centro da cidade. Desde que me conheço de passar por lá, que me provoca náuseas de ver o seu estado. Os anteriores executivos municipais nunca se preocuparam com este espaço. Como a Câmara Municipal não tem meios para o revitalizar, contratualizou com privados a execução de um novo projecto para o local.
A Praça de Lisboa está totalmente abandonada. É uma pena para os portuenses terem aquele espaço nobre da cidade sem vida, sem alma. O executivo camarário conseguiu arranjar uma solução, com privados, para dotar aquela zona de uma nova centralidade.
Perante estes dois exemplos, através de boa governação, Rui Rio vai conseguir revitalizar espaços que estavam desprezados e deteriorados. Se preferiam que fosse a própria Câmara a assumir estes projectos de revitalização, que o digam. Com os meios que a CM do Porto tem, obviamente ficariam na gaveta, como estavam até ao momento. Se numa primeira fase do seu mandato, Rui Rio esteve a reorganizar financeiramente a edilidade, este é o tempo de lançar novos projectos e desafios à cidade. O Porto ganhará com isso.
A mais antiga ditadura vigente no mundo (50 anos) está prestes a colapsar. Ainda ontem chegaram a Espanha vários presos políticos (doentes, mas sem o tratamento que o tirano tem auferido) que o regime comunista libertou em troca de alguns favores internacionais.
Como costuma acontecer com os regimes despóticos (Coreia do Norte, Síria), o regime que resta quer-se transformar numa caricatura de monarquia. Embora candidatos a herdeiros não lhe faltem por este mundo fora. Mas não acredito que o regime cubano aguente muito tempo sem a sua figura carismática.
Para os cubanos e para todos os que prezam a liberdade, este é um dia que começa bem.
Fídel Castro renunciou ao poder. Desde 1959 que liderava o país, incrivelmente com o apoio de muitos "intelectuais" do Ocidente, como Saramago e Ramonet. Sai do poder, não pelo voto popular (que nunca permitiu), nem pela força das armas (as que utilizou para chegar ao poder). Afasta-se porque a sua saúde não lhe permite continuar. Como nunca foi um democrata, entrega o poder ao seu irmão, numa espécie de monarquia comunista, ao jeito dos seus irmãos "Norte-Coreanos". Esperemos é que a sua queda seja mais rápida.
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on segunda-feira, fevereiro 18, 2008 at 17:31.
Eu sou um bocado como José Sócrates. Não gosto de manifestações nem de pessoas aos berros à porta de minha casa. Gosto de calma! Se eu chegasse a casa e à minha espera estivessem meia dúzia de pessoas furiosas também reagiria como Sócrates. Se eu fosse a Guimarães e estivessem lá milhares a insultar-me, também eu teria recorrido ao Governo Civil para identificar os manifestantes. Se um jornal escrevesse coisas do meu passado, também teria acusado os autores da noticia de fazerem parte de uma conspiração diabólica. Se eu tivesse feito falcatruas no meu passado, também não ia gostar de as ver na praça publica. Tentaria arranjar argumentos para me defender, mesmo que para isso atacasse a honra e dignidade daqueles que fazem o seu trabalho de forma honrada e honesta.
Mas eu não sou político. Nem Primeiro Ministro. A democracia também serve para as pessoas terem a liberdade de manifestação. E de expressão. Ao contrário do que José Sócrates pensa!
Distintas organizaciones como la Asociación de Iberoamericanos por la Libertad, la Unión Liberal Cubana o la Asociación Española Cuba en Transición manifestaron hoy su profunda preocupación y desacuerdo con el arresto de Eliécer Ávila Sicilia, joven universitario cubano que interpeló a Ricardo Alarcón, presidente de la Asamblea Nacional, en la Escuela de Ciencias Informáticas la semana pasada.
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on domingo, fevereiro 10, 2008 at 23:35.
Daniel Oliveira escreveu um excelente post sobre a triste imagem da justiça portuguesa. Excelente.
Seis coisas sobre as declarações do director da PJ a propósito do caso McCann:
1. A PJ é incapaz de fazer uma investigação com o mínimo de silêncio. Não gere o que diz, limita-se a reagir à pressão mediática como uma barata tonta. Ou seja, o Estado e os seus organismos de investigação exigem ao investigados, suspeitos e arguidos o respeito pelo segredo de justiça que eles próprios não cumprem, transformando-se o segredo de justiça numa forma desleal de quem deve investigar mas não tem o poder de condenar conseguir sentenças na praça pública, muitas vezes com efeitos mais graves para a vida das pessoas do que a sentença de um tribunal. Isto não é novo. Aconteceu com os McCann, com Paulo Pedroso e com Ferro Rodrigues. Isto nos casos mais mediáticos. Mas acontece com milhares de suspeitos que nunca chegam a ver o seu nome limpo e vêem as suas vidas destruidas para sempre.
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on quinta-feira, fevereiro 07, 2008 at 23:01.
Sempre tive alguma simpatia pelo deputado do CDS. Mas a situação dos 300 despachos numa noite acabaria com qualquer carreira política. Pelo menos num mundo civilizado em que gostava de viver. Em Portugal, todas estas situações são normais. Passam uns dias e mais ninguém se lembra. Infelizmente é assim.
PS: Telmo Correia merece toda a minha consideração e respeito. Mas assinar tanta papelada na noite anterior a sair do cargo dá azo a esta azafama toda.
Como previ há uns dias, o antigo Primeiro Ministro vai regressar em breve ao cargo, agora que já foram marcadas as eleições legislativas. O que mete dó neste processo todo é ver que a direita italiana está refém deste senhor há mais de 15 anos. Não consegue produzir um novo líder, que impulsione uma nova Itália. Teremos, portanto, mais do mesmo.
Os dois maiores partidos uniram-se hoje na Assembleia da Republica para reprovar o referendo ao Tratado de Lisboa. Bem sei que isto passa despercebido à maior parte dos portugueses. Os políticos estão habituados a mentir. Que interessa em 2008 o que eles prometeram em 2005?
Muito mérito ao deputado António José Seguro, que sozinho na bancada do PS, votou a favor do referendo.
Obama ou Hillary? Será que vamos ter alguém a sair vitorioso hoje? E John Mccain será capaz de arrebatar já hoje a nomeação a Mitt Romney? Mais logo, teremos respostas a estas dúvidas...
Leio, e ouço, as reacções da maioria dos media a notícias verdadeiramente graves sobre José Sócrates. Foi o caso da licenciatura feita às três pancadas. É o caso dos projectos de engenharia assinados pela vez do seu verdadeiro autor. Autor que tinha como função profissional fiscalizar esses mesmos projectos e que, por isso mesmo, estava legalmente impedido de os fazer. Leio, e ouço, tanta desculpabilização, e não posso deixar de perguntar: como seria a reacção dos mesmos media se o primeiro-ministro fosse outro?
P.S. Isto devia ser claro, mas já sei que não é, pelo que esclareço: não estou a comparar primeiros-ministros; estou, isso sim, a comparar as reacções dos media.
Não é meu candidato. E provavelmente não votaria nele, se fosse cidadão americano. Mas tem feito uma campanha notável e está a mudar a política norte- americana. Até o podem considerar um profeta da ilusão, mas um politico carismático como Obama não surge todos os dias. Será uma pena se os Democratas não lhe derem a oportunidade de discutir com John Mccain a vitória em Novembro. Esse sim, seria um duelo de sonho, entre Mccain, de 71 anos e Obama, de 46. Dois dos melhores representantes das suas gerações de políticos. E o melhor dos Estados Unidos iria lutar para suceder a George W. Bush.
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on sábado, fevereiro 02, 2008 at 19:40.
A Super Tuesday foi instituída em 1984, quando os Democratas do Sul, para recuperar a influência perdida nos anos 60, marcaram uma série de primárias para o mesmo dia. Deste então o mês de Março acolhe, nos dois partidos, uma série de primárias e caucus que se realizam no mesmo dia e têm selado o destino dos processos de nomeação em ambos partidos.
Este ano, com a antecipação de diversas primárias, como as da Florida ou do Michigan, os Partidos decidiram marcar a Super Terça-Feira para Fevereiro. Pela primeira vez na história eleitoral dos Estados Unidos, mais de 20 estados vão a votos no mesmo dia. Será a mais importante data do calendário eleitoral das primárias. A Califórnia e Nova Iorque, que eram estados irrelevantes nesta fase de escolha dos candidatos, anteciparam a data da realização das suas primárias para a Super Terça-Feira, tornando-a ainda mais aliciante. São 24 os estados que vão a votos no próximo dia 5 de Fevereiro, e pela primeira vez, poderá ter um desenlace inconclusivo, principalmente no Partido Democrata.
As recentes noticias do Público não podem constituir novidade para ninguém. Este PM é o espelho fidedigno dos políticos deste país. Sobem nos aparelhos partidários, vão se governando às custas de empresas estatais ou autarquias, e chegam a deputados e ministros. O que é invulgar em José Sócrates é que ele a Primeiro Ministro. Nunca na nossa democracia um político com um currículo académico vergonhoso ou sem ter feito nada sector privado chegou tão longe. Arriscaria a dizer que podemos recuar muitos anos e não encontramos ninguém no cargo executivo mais alto da nação que tenha um historial tão patético. Esta história da Guarda é um fait-divers, pois é uma situação que os "Engenheiros" fazem por esse país fora. José Sócrates não é diferente dos outros. Os seus parâmetros de exigência são mínimos. O normal em Portugal.
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on sexta-feira, fevereiro 01, 2008 at 12:50.
Homenagem ao Rei D. Carlos. Não merecia o destino que teve às mãos de uns bárbaros radicais republicanos. Hoje, mais que nunca, faz sentido louvar aqueles honraram, enquanto vivos, o nosso país. O Rei D. Carlos foi um desses raros homens. Com 44 anos partiu. Depois dele vieram os 16 anos da confusão da 1ª República e os 48 anos da ditadura horripilante do Estado Novo. Se ele tivesse continuado no Trono, talvez o nosso destino tivesse sido outro. E triste República aquela que não homenageia com dignidade um dos heróis de Portugal.