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Finalmente

Após tantos anos de tempo perdido, o Governo aprovou o cruzamento de dados entre o fisco e a Segurança Social. Esta medida afigurava-se fundamental para a luta contra a evasão fiscal, mas demorou tempo a convencer o poder político a implementar esta importante ferramenta contra um dos maleficios da sociedade portuguesa. Agora vamos ver se é apenas mais uma posição de show off ou se vai ter consequências...

Demorou mas aconteceu... O Ministério Público acusou formalmente Fátima Felgueiras sobre o caso do Saco Azul. Temos que esperar por mais dados, nomeadamente o libelo acusatório e mais dados do processo, mas é uma boa notícia para a justiça, que tanta dores de cabeça tem dado a Portugal.

Os casamentos gays
O presidente Bush anunciou que apoia uma emenda à constituição americana para proibir os casamentos entre pessoas do mesmo sexo, depois das confusões que aconteceram no Massachussets e em San Francisco. Se a lógica da medida não me merece reparo nenhum, parece-me que numa época destas as coisas podem não correr bem, podendo perder alguns votos na comunidade gay americana. Que não deve ser permitido este tipo de casamentos, isso não duvido. Bush deveria ter calma e tratar disto depois das eleições, mas já agora, vou dar a minha opinião. Admito um pouco reaccionária, mas na vida temos de defender aquilo em que acreditamos, mesmo sabendo que não somos politicamente correcto.
Não tem lógica nenhuma um homem poder casar com outro homem. Já estou cansado destas ideias de Uniões de facto, adopção por casais gays e afins. Alguém tem de parar este tipo de situações, para salvaguarda das instituições e da ordem natural da raça humana. Proibir este tipo de situações não é discriminar, é apenas lutar pela lógica da vida... O casamento é para ser entre duas pessoas de sexo diferente. Na vida privada as pessoas tomam as posições que quiserem, mas há limites para tudo... e mais não digo...

Este deve ser o meu primeiro post verdadeiramente conservador, mas causa-me alguma náusea ver sempre os mesmos a reclamar direitos para quem não os pode ter.

O cargo de Presidente

Não sei se já reflectiram sobre o cargo de Presidente da República Portuguesa ou se já alguma vez pensaram nas tarefas que a este órgão incumbe. Nos termos da Constituição da República Portuguesa, nos artigos 133.º e seguintes o Presidente tem várias competências. São estas relativas a outros órgãos, tais como presidir ao Conselho de Estado, nomear o Primeiro-Ministro, dissolver a Assembleia da República, São relativas a actos próprios, tais como exercer as funções de Comandante Supremo das Forças Armadas ou indultar e comutar penas. E por ultimo relativas às relações internacionais, tais como nomear embaixadores no estrangeiro ou ratificar tratados internacionais.
De todas estas tarefas constitucionalmente consagradas podemos afirmar, de um modo politicamente correcto, serem todas importantes para o funcionamento democrático. E até o são. Só que permitem, ou até obrigam, a que o cargo de Presidente, independentemente da pessoa em questão, seja um cargo de glorificação para quem o exerça.
De facto basta observar a realidade Portuguesa. O Presidente faz uma Presidência aberta sobre o ambiente e refere que se deve melhorar isto, manter aquilo e acabar com aqueloutro. No mês seguinte faz uma Presidência aberta sobre a saúde e conclui que se devem acabar com as listas de espera e melhorar os cuidados de saúde. Vai à abertura do ano judicial e constata que são necessárias reformas na justiça. E por aí adiante.
Os Presidentes Portugueses não decidem, não actuam, apenas opinam. Todos sabemos que opinar é fácil. É incontornável que é mais difícil o cargo de quem decide do que o de quem comenta a decisão. Só o primeiro corre o risco de ser impopular, o segundo corre o risco de aumentar a sua popularidade a cada intervenção que tenha.
Só resta saber se é este PR que queremos ou um PR que arregace as mangas e seja responsabilizado pelo rumo do país.

Novos Links

Já algum tempo estou para acrescentar alguns novos links....
Do lado de Cá, um blog que já acompanho algum tempo... e por sinal de uma colega de Universidade....
Rua da Judiaria, um fundamental apoio nas questóes de Israel e não só....
O Caso Arrumado e o Cego Mudos e Surdos....
O DesHumores do meu amigo Ruca, sempre com o humor na ponta da lingua...

O Muro de Israel

Sendo contra o princípio de construir muros para dividir pessoas, tenho que compreender as razões que levaram Israel a construir o muro de segurança. O traçado do muro é mais polémico, pois entra em territórios ocupados, o que não deveria acontecer. Mas a questão de princípio está correcta, como bem observamos ontem com mais um atentado terrorista. A corrupta Autoridade Palestiniana não consegue nem quer parar com a violência e o terrorismo e impede aqueles que querem dar passos para a paz, como Abu Mazen, que representou a última grande esperança para a paz, mas que viu o seu poder terminar pelo corrupto Arafat. Sharon, político que pouco têm feito pela paz, também não consegue chegar a uma solução pacífica. Por isso a solução de separar os dois territórios parece correcta. Errados estão os políticos palestinianos, que em vez de organizar manifestações contra a violência e a favor da paz, andam a fomentar a violência através de palavras e de manifestações.

Ralph Nader

Ontem, em entrevista ao "Meet the Press" da NBC, Ralph Nader anunciou entrar na corrida presidencial como candidato independente. Se em 2000, a candidatura do Green Party causou possivelmente a derrota a Al Gore, em 2004, pouco poderá fazer para transformar o resultado. Os liberais americanos estavam a pressioná-lo para não se candidatar e apoiar o candidato democrata. Ontem, Nader teve uma entrevista de coragem, não se coibindo de atacar apenas o Partido Republicano, mas especialmente o Partido Democrata. Atacou especialmente a liberal intelligentsia americana. É o Manuel Monteiro lá do sítio, atacando em todas as frentes, especialmente naqueles que lhe estão mais próximos ideologicamente. Em 2000, o seu 1% chegou para impedir Al Gore de chegar à Casa Branca, mas os tempos são outros e a sociedade americana está profundamente dividida em dois blocos diferentes, para ter espaço para um terceiro partido, como Nader deseja. Mas os liberais americanos apoiantes de Dean, descontentes com o partido que não nomeou o seu líder, podem optar por esta terceira escolha. A corrida ainda está no início e ainda vamos assistir a muitas reviravoltas....

Comentadores televisivos

Li recentemente no Blog de Vital Moreira, Ana Gomes e outros, cujo endereço não me recordo, um texto sobre o facto de em Portugal existirem muitos comentadores de direita nos meios de comunicação social.
Concordo, realmente no deve e haver há mais comentadores da ala direita que da esquerda. Mas meus Senhores a culpa é inteiramente vossa. Da área Comunista nem se pode falar. Quem viu o debate sobre o aborto na Sic Noticias, e foi confrontado com o discurso de Ilda Figueiredo sabe do que falo. Simplesmente deplorável. Os Bloquistas já têm os seus momentos de glória nos média (até mais do que a sua expressão eleitoral faria supor). O PS realmente devia ter mais representação, sobretudo na televisão. Mas porque razão não a tem???
Ora bem, quem são as caras do PS? São António Costa, Jorge Coelho, Ana Gomes, Jorge Lacão, entre outros, além do líder do partido. Temos que ser sinceros, têm um grave problema com imagem. Uns porque estão conotados com uma governação anterior, outros porque simplesmente não têm jeito para isto e outros porque pensam que é aos berros e gritos que se consegue ter razão (A Srª deputada Ana Gomes deve aspirar a ser o João Jardim do PS).
O PS se quiser ter comentadores com sucesso que aposte em pessoas com Manuel Maria Carrilho ou José Sócrates, no fundo aqueles que se respeita ainda que critiquem o que defendemos.

José Hermano Saraiva e os políticos

Por ocasião do seu 84.º aniversário o Professor lançou mais dois livros da “História de Portugal”. Este incontornável autor bem que podia incluir nesses novos livros um capítulo dedicado à sua já longa vida, pelo que já fez pela cultura Portuguesa em geral, e em especial pela escrita da história deste país.
No entanto, e uma vez que as suas qualidades de historiador são inquestionáveis, quero sobretudo realçar a sua inteligência e perspicácia na análise de todos os quadrantes da sociedade Portuguesa.
Da última vez que o vi em público, numa entrevista televisiva (não me recordo em que estação televisiva), comentava o Professor a actualidade política Portuguesa. À pergunta do entrevistador sobre as razões subjacentes ao descrédito da população na política e nos políticos, o Professor atribuía esse facto à actuação dos sucessivos governos e das oposições. De facto, realçava o Professor, a oposição diz mal de tudo o que o governo propõe, e o governo critica tudo o que a oposição diz. No fundo está tudo mal. Não há um sentido de responsabilidade.
Quando foi a ultima vez que ouvimos um membro da oposição reconhecer que aquela medida do governo é positiva, ou vice-versa. São óbvias as consequências desta forma de fazer política. Por isso o comum dos cidadãos é bastante céptico em relação aos políticos. E com razão digo eu…

Muito bem Sra Ministra…Numa altura em que os Jornalistas (e oposição) andam à caça de noticías onde elas existem e onde não existem, não é necessário que os membros do Governo criem factos novos para aparecerem na ribalta.
No entanto alguns membros do executivo primam pela sua inabilidade política.
É o caso da Sra Ministra Celeste Cardona. Eu sou sincero, esta Senhora têm vontade política de agir e têm sido a impulsionadora de várias reformas necessárias na área da Justiça, quer concordemos com elas quer não.
No entanto não estava à espera que a Sra Ministra conseguisse resolver outro problema nesta área, qual seja o excesso de licenciados em direito e a consequente falta de emprego para estes. Nomear dos jovens licenciados em direito, atribuindo-lhes o mais alto salário possível é de louvar!!!
P.S. Já agora, e sendo jovem licenciado em direito, e no caso de alguém do Ministério ler este Blog, deixo aqui o meu endereço de e-mail (em cima do lado direito) para qualquer contacto!

o Dilema de Freitas

Freitas do Amaral queixou-se ontem da direita portuguesa... Segundo ele, a Direita devia estar orgulhosa dele, sendo bastante injusta com ele, que pasme-se, até tem conseguido obter o respeito e a admiração da esquerda. Ele fala como se fosse um baluarte da direita portuguesa, um homem que reúne o consenso, conseguindo mesmo a proeza de entrar na esfera da esquerda. Obviamente este apego saudosista de Freitas à direita, que tanto tem mal tratado, surge num contexto próprio de eleições presidenciais... E ele ainda não esqueceu o seu velho sonho...
Mas a verdade é que as recentes tomadas de posição de Freitas não o colocam na direita, mas bem à esquerda. Já o vi muitas vezes a negar e contradizer a "tal" direita que ele diz que faz parte. Ele, pelo que sei tem andado ao lado do Sr. Soares e do Sr. Louça. Freitas do Amaral tem um passado que tem que respeitar, mas desde que saiu de Nova Iorque nunca mais foi o mesmo, fazendo o percurso ideológico inverso ao normal. Ele não pode andar com a esquerda numas coisas e para o que lhe interessa voltar à direita... Se ele for candidato presidencial, só se for pela esquerda. De certeza que o seu amigo Soares o apoiaria....

Assalto ao Tribunal

Em Portugal vivemos num Estado de Direito onde a certos órgãos é atribuída a competência de criar as Leis, e a outros a competência de as aplicar tal como estas foram aprovadas.
Recentemente um grupo de cidadãos entendeu que tal não era correcto e decidiu agir por seus próprios meios. Estou a referir-me aos cidadãos Odete Santos, Bernardino Soares, Ana Gomes, Elisa Ferreira e Miguel Portas, entre outros, que resolveram ir para a porta de um tribunal, que se encontra em pleno processo judicial, criticar uma Lei em que a sua entidade patronal têm responsabilidade.
Será que a Esquerda tem uma estratégia consertada de afronta e perturbação da justiça? Será que pretendem meter uma cunha ao Colectivo de Juízes?
Não está em causa a liberalização do aborto, mas sim a pressão sem precedentes que um tribunal está a sofrer, por parte de deputados, para que não aplique uma lei.
E para que se entenda bem o caso em discussão, sem dar como provados quaisquer factos, atente-se que o médico em questão (cuja absolvição é pedida pelos cidadãos), é suspeito de efectuar os alegados abortos pela módica quantia de € 300 (+ ou -). Não estamos pois, aparentemente, perante um caso de boa vontade, mas sim perante um eventual negócio.
Já sabíamos que a Justiça era cega, ficamos agora a saber que (alguns) deputados também o são!

O Camarada Vasco

Parece que Vasco Gonçalves não gosta de ver o seu velho inimigo Soares lado a lado com os seus antigos camaradas de luta. Ontem lançou uma serie de ataques, certamente para abrir os olhos aos vermelhos de hoje sobre quem é Mário Soares. Critica o caminho seguido por Portugal após o 25 de Novembro e acusa Soares de ter sido o líder da contra revolução que levou ao 25 de Novembro. Talvez Carvalho da Silva e seus camaradas comecem a perceber bem Soares... Segundo Gonçalves, ele é um "político ambicioso e sem princípios". Este homem a quem o país deve tanto... realmente temos de lhe dar crédito, pois ele conhece bem a manha da esquerda.
Gostava de saber o que a esquerda pensa deste homem e da sua acção que tanto mal causou a Portugal. Sei que ainda existem muitos que lhe prestam vassalagem... mas sinceramente não há paciência para aturar esta esquerda.... Eles continuam a pensar que viveriamos melhor na sua democracia popular...

US Elections




VS





John Kerry vai ser o candidato Democrata a destronar George W Bush da Casa Branca. A esquerda europeia já anda toda contente com mais este candidato (antes era Howard Dean) e a fazer filmes sobre a elegibilidade deste. Será que este velho Senador, ex combatente do Vietname, que depois andou a contestar esta guerra nas ruas, tem mesmo hipóteses de derrotar o actual Presidente? Não querendo entrar na lógica do visual e do filme de terror ensaiada por outros, gostaria de tecer algumas considerações acerca do que tenho visto e lido dos media americanos:

- Sondagens: Neste momento, num período de campanha democrata, as sondagens que têm saído dão praticamente um empate técnico entre os dois candidatos. Estamos a viver um período de primárias, onde existe uma série de candidatos que todos os dias batem em Bush e com grande exposição mediática. Por outro lado, a Administração Republicana está concentrada em governar e ainda não está no terreno a fazer campanha. Sabemos da capacidade do Presidente Bush em campanha, bem sucedido em 2000 e nas Mid Terms de 2002.

- Guerra contra o terrorismo: Com Sadam Hussein preso, os EUA descansaram um bocado, mas a pressão da guerrilha iraquiana não mostra sinais de abrandamento, apesar dos enormes esforços para a situação evoluir favoravelmente. Mas sabemos que a maior parte da população americana apoiou a guerra, bem como Kerry. Mas os últimos discursos deste têm sido bastante dúbios e contraditórios. Critica Bush pela decisão de invadir o Iraque sob pressupostos falsos. Mas a inteligência que Bush conhecia era a mesma que o Congresso conhecia e sobre a qual Kerry decidiu apoiar a intervenção. Como pode ele criticar, como o tem feito, quando conhecendo os mesmos dados, concordou com a decisão? Por outro lado, existe a possibilidade da captura de Bin Laden até Novembro deste ano. Certamente com a sua prisão, a popularidade de Bush subiria imenso. No Iraque, a tendência é para a situação estabilizar e diminuir o número de soldados americanos mortos...

-Economia: Este costuma ser o factor decisivo nas eleições americanas. Neste aspecto, apesar dos últimos três anos, a situação está a melhorar, com o PIB a crescer imenso nos últimos trimestres, com tendência para continuar, o desemprego a diminuir cada mês que passa. Se Kerry apostava na economia para atacar Bush, de acordo com os últimos indicadores, aqui as coisas podem não lhe correr bem, tendo de inverter o seu discurso. Seguindo a lógica do Presidente Bush, que é um presidente em Guerra, as pessoas podem mostrar mais compreensão pela crise que a economia americana atravessou desde 2001.

- Factores diversos: Os estrategas Democratas tem lançado suspeitas sobre o tempo de serviço militar de Bush, acusando-o de ter sido favorecido e ter faltado durante muito tempo ao serviço. Segundo as últimas indicações, não existem provas para esta acusação. Aliás, este tema já tinha sido utilizado em 2000, com os resultados que se conhecem. Mas o que Kerry aposta é sobrevalorizar o seu estatuto de herói de guerra, e conseguir conquistar uma parte do eleitorado que lhe está a fugir: os homens. Em tempo de guerra, é importante ter um Presidente conhecedor da guerra. Este é um factor que pode jogar a favor dele, mas relembro que John McCain, o candidato Republicano derrotado por George Bush nas primárias de 2000, era também um herói da Guerra do Vietname. Os americanos gostam de dar segundos mandatos aos seus Presidentes. Mas a política corajosa e frontal de Bush, não governando pelas sondagens parece ter criado muitas fissuras na sociedade americana. È fundamental ganhar em certas partes do país e ter certos sectores da sociedade. Se é certo que as minorias éticas terão a tendência de votar Democrata e os sectores religiosos votam Republicano, ganhar nos Estados populosos do Sul afigura-se fundamental para vencer as eleições. E neste aspecto, Bush, vencedor em todos os Estados do Sul em 2000 parece ter vantagem sobre Kerry, natural do Massachussets. Os Estados de Nova Iorque e Califórnia, os mais populosos e fundamentais para eleger o presidente, serão fundamentais para esta contagem. E aqui, com dois governadores Republicanos populares como George Pataki e Arnold Schwarzenegger poderão ser uns bons aliados na conquista destes eleitores.

No próximo mês acaba a indecisão democrata e Jonh Kerry será o candidato oficial dos Democratas e aí a campanha vai verdadeiramente começar... Depois cá estaremos para acompanhar...

Futsal

Interrompo este período de silêncio para comentar um post do Mata Mouros sobre esta modalidade. O Futesal, como LR o afirma, parece incomodar certos portistas. A emergência desta modalidade parece causar uma certa celeuma. Não é só pelo Benfica e pelo Sporting serem neste momento as equipas mais fortes desta modalidade que a tornam forte, mas sim a entusiástica aderência que tem tido pelos portugueses, como se prova o seu número de praticantes, perto de 25 mil atletas federados, mais as dezenas de milhares de praticantes no desporto escolar e universitário que a fazem da segunda modalidade mais praticada, a seguir ao futebol. Ninguém tem culpa se o FC Porto ainda não decidiu entrar em força nesta modalidade, mas gostava de referir que a sua importância ultrapassa em muito o nome dos clubes que a praticam. Que desportos conseguem colocar 5 mil pessoas num recinto desportivo e obter audiências perto de um milhão de espectadores? Será que é só pela força dos clubes, sem dúvida um aspecto a ter em conta, mas também pela espectacularidade e pela envolvência de jogo criada? Eu, enquanto dirigente de uma equipa da 2ª Divisão, a Universidade do Minho, tenho assistido a excelentes espectáculos desportivos por este país fora, sempre com boas assistências. E como Benfiquista, até gostava que o FC Porto entrasse, para trazer ainda mais adeptos e competitividade ao Futsal. Neste momento, Portugal até tem uma das melhores equipas do mundo...

E o nomeado parece ser...Jonh Kerry

Ontem foi um dia importante para a decisão mais que provável da nomeação de John Kerry para candidato presidencial do Partido Democrata. Com as cinco vitórias ontem, ganha força e vantagem em relação aos seus oponentes. Joe Liberman fez o que já devia ter feito e retirou-se da corrida. Howard Dean mantém-se teimosamente, depois do desastre dos resultados de ontem, onde apenas num estado conseguiu ter mais de 10%. Ainda no domingo passado tive a oportunidade de vê-lo numa entrevista no "Meet the Press", onde me pareceu um candidato já derrotado e amargurado pela forma como as coisas lhe correram neste último mês. Não há dúvida que teve azar, mas também cometeu muitos erros estratégicos na sua campanha. Quando esperava limpar Iowa e New Hampshire, tudo lhe correu mal, pois perdeu nos dois Estados, perdeu o quase todo o dinheiro, perdeu apoiantes e teve de mudar de staff. Nesta fase das primárias, só mesmo um milagre lhe poderá salvar.
Na Super Terça-feira tudo ficará decidido e apesar da excelente prestação que Jonh Edwards tem tido nestas eleições, parece que os eleitores americanos vão optar pelo velho e experiente Senador Kerry. Em 1996, o Partido republicano optou por Bob Dole, outro experiente político americano, mas as coisas acabaram por correr mal.
Apesar de neste momento as sondagens serem favoráveis a Kerry, numa altura em que Bush está simplesmente a governar e sem fazer campanha, as coisas podem parecer difíceis, mas não duvido da capacidade eleitoral do Presidente Bush, que aliás já mostrou noutras alturas. Kerry, com um passado duvidoso e dúbio, terá muitos pontos onde poderá ser atacado. Aliás, não consigo perceber a mente de quem em 1991 votou contra a guerra do golfo e em 2002 votou a favor da intervenção dos Estados Unidos no Iraque... Sem dúvida que foi uma evolução positiva, mas sempre complicada de entender...

Kaulza de Arriaga

Um dos expoentes máximos ainda vivos da extrema-direita salazarista morreu ontem, aos 89 anos. Este facto não me causa emoção nenhuma, pois representa um passado sombrio e detestável da nossa nação. Mas na morte, as pessoas têm direito a ser respeitadas. Não percebi a peça do Público, onde na série de artigos sobre a vida polémica que este teve, nomeadamente no processo final do Estado Novo, colocava um artigo "demasiado mau" e tendencioso de Mário Tomé. Está certo que não se deve reescrever a história de uma pessoa, só porque morreu. Infelizmente a imprensa adora fazer isso com líderes "bem vistos". Com este, decidiram colocar Mário Tomé a escrever sobre a sua vida... Ainda por cima misturando tudo, na habitual esperteza saloia da extrema-esquerda...

Ainda o apresentaram por major na reserva, ex-ajudante de campo de Kaúlza de Arriaga, como se ele tivesse sido um homem da sua confiança... Teria ficado melhor, Major na Reserva, extremista de esquerda e político rejeitado sucessivamente nas urnas....

Portugal no seu Melhor e no seu Pior

Foi grande entusiasmo que assisti hoje de manhã, no canal televisivo “Euronews”, que a possível candidatura de António Vitorino a Presidente da Comissão Europeia é vista pelas várias partes interessadas como a mais consensual e como aquela que reúne o maior número de condições tendo em vista a eleição para o cargo em questão.
É mais do que certo que isto é fruto de excelente trabalho desenvolvido pelo ainda Comissário Europeu, responsável pela área da Justiça e dos Assuntos Internos, ao longo do seu mandato.
Isto alegra-me, porque não é só o nome de António Vitorino que está em causa, mas também o bom-nome do nosso País. E numa altura em que a União Europeia está em pleno alargamento a dez novos membros, a obtenção de um lugar de elevada importância, responsabilidade e destaque a nível europeu, só vem beneficiar a influência, a reputação e a imagem de Portugal.
Ainda ontem tive o prazer de ler a sua entrevista no “Público” (ver “Público” de 2/2/2004), onde pude constatar que as ideias apresentadas por António Vitorino sobre o futuro da União são as mais concertadas e são aquelas que vão de encontro às necessidades de uma Europa mais coesa e mais forte económica e socialmente.
No entanto, e não posso deixar de frisar isto, a nomeação do candidato português a qualquer cargo dentro da Comissão Europeia é da exclusiva responsabilidade e competência do Governo Português. Por isso gostaria de deixar aqui uma palavra de salvaguarda ao Primeiro-ministro, Durão Barroso, para que não se deixe influenciar pelas possíveis pressões partidárias que venham a existir, e que dê a possibilidade a António Vitorino e a Portugal de continuar a desempenhar as suas funções, que tão bem tem desempenhado, no seio da Comissão. E quem sabe, porque não ambicionar a um cargo mais elevado… o de Presidente da Comissão Europeia.

Posto isto, e passados apenas três minutos, chegam finalmente as imagens que enegrecem o nosso país. Estamos em pleno ano da organização do Euro 2004, mas no entanto continuamos a assistir a cenas lamentáveis dentro e fora dos estádios de futebol portugueses. É nestes momentos que me envergonho um pouco do futebol português, o “nosso” desporto rei, e da imagem que este passa para o exterior. São inúmeras as situações graves que ocorrem semanalmente no futebol em Portugal, desde falta de desportivismo, agressões constantes, insultos aos árbitros, comentários infelizes por parte dos dirigentes e jogadores. Enfim, situações lamentáveis que não dignificam Portugal e o seu futebol.
Penso que quanto a esta questão, e face à incompetência e inacção de alguns dos nossos dirigentes desportivos, cabe ao Governo Português ter a última palavra. Há que fazer algo para mudar a situação actual do futebol, futebol este que é cada vez menos espectacular, menos atractivo, menos educativo e menos festivo.
Afinal de contas, e do meu ponto de vista, o desporto de competição tem como função social o divertimento e o entretimento dos cidadãos, e é precisamente o contrário que acontece no nosso país.





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