Virtualidades


Louçã.... que miséria

Sobre a verborreia verbal costumeira do Dr. Louçâ pouco me apraz dizer, apenas que é o normal de um tipo da sua estirpe... Mas gostava de transcrever na integra um post do Homem a Dias, que me agradou particularmente....

Ora então o dr. Louçã chamou ‘inimputável’ à dona Celeste. Por mim, acho óptimo que os políticos se insultem com afinco. E quanto à dona Celeste, já há muito poderia ter sido removida do Governo sem ninguém lhe sentir a falta. Só é um bocadinho bizarro o termo escolhido e o respectivo emissário. ‘Inimputável’? E um tipo que compra votos a balde? Um tipo que põe Trotsky na parede, o ‘Che’ no peito e Arafat no coração? Um tipo que anda para aí há uns trinta anos na política, em grupos e grupelhos, associações e abaixo-assinados e que nunca, que se saiba, teve a coragem ou a decência de tomar uma atitude individual, sem séquito, sem gurus, apenas levantar a voz acima do rebanho e dizer aquilo que dele não se esperaria, aquilo que não rende a euforia dos tristes - em suma, aquilo que faz a gente ser gente? E um tipo destes, o que é? Credível?

Espírito de Abril

Algum dia alguém me explicará este espírito tantas vezes evocado por grande parte da esquerda portuguesa. Nos grandes combates entre a direita e a esquerda, surge sempre alguém da esquerda a lembrar os perigos que Portugal corre em colocar a liberdade e a democracia em perigo. Será que o 25 de Abril não serviu para introduzir uma democracia em Portugal e acabar com a ditadura? Não foi para estabelecer a liberdade de imprensa e acabar com a censura? Para acabar com o regime corporativista e implantar um regime de economia de mercado? Não foi para acabar com o passado colonialista e aprofundar o espírito europeu e colocar-nos de novo na rota da Europa? Não terá sido para acabar com o regime de partido único e introduzir a liberdade de associação cívica e partidária? Eu realmente sou muito novo e não percebo muito disto que estou a falar, mas quando constantemente vejo declarações a ameaçar com o papão fascista pela velha esquerda fico extremamente confuso. Já na longínqua campanha presidencial de 1995, quando esta mesma velha esquerda apelava às forças anti fascistas para derrotar Cavaco Silva e afastar o perigo salazarista me causou enorme preocupação. Lembro-me da recente campanha autárquica em Lisboa, onde os apoiantes de Soares, filho, apelavam a todos aqueles que acreditavam no mesmo espírito de Abril para derrotar Santana Lopes. Será que ter forças de direita democrática no poder é contra o espírito de Abril?
Cheira-me que aqueles que recorrem a esta estratégia consideram o 25 de Abril, como uma revolução para instalar a esquerda definitivamente no poder em Portugal. Só as forças democráticas de esquerda podem prosseguir os objectivos da Revolução. E nem quero falar daqueles que consideravam o 25 de Abril uma forma de instalar a tal “democracia” popular em Portugal e transformar o nosso país na Cuba da Europa. Desses até é melhor estar calado… porque senão tínhamos que abrir brechas na história.

Quanto às recentes infelizes declarações de Mário Soares, nem vale a pena dizer mais nada…

Tony Blair...o Sobrevivente



Já tenho escrito o meu apreço pelo Primeiro-ministro Britânico e pela sua visão política que consegue demonstrar numa época onde o cinzento impera na vida pública. Esta semana, talvez a mais longa da sua carreira política, parecia destinada a traçar fatalmente o seu futuro enquanto líder político do Reino Unido. Logo a esquerda anti-guerra, anti-americana e consequentemente anti-blair teve os seus habituais espasmos verbais de júbilo pela conjuntura. Mas afinal, e apesar da guerrilha interna que enfrenta no seu próprio Partido, Blair aguentou-se e viu a sua liderança reforçada. A lei das propinas, uma das mais arrojadas dos seus anos de governo, parecia condenada ao fracasso no parlamento, devido à oposição conservadora (que partido conservador mais estranho que não consegue ser uma oposição credível há tantos anos), aos liberais e a alguns deputados do Labour. A lei acabou por passar, apesar da grande oposição dos deputados trabalhistas e Blair preparou-se para a divulgação do relatório Hutton mais sossegado. E sobre o caso da morte do Cientista David Kelly? Os resultados da investigação liderada por Brian Hutton foram incontestáveis: O governo e Tony Blair foram plenamente ilibados de qualquer responsabilidade, recaindo esta sobre a BBC e a forma como geriram o processo. Sobre este caso, gostei peculiarmente o editorial de JMF no Público de hoje, onde referia alguns aspectos marcantes nesta história e ilações a extrair para a posteridade.

Tony Blair permanecerá na liderança, apesar de isso apoquentar muita gente que não lhe perdoa a aliança com os Estados Unidos de George W. Bush. As suas reformas e a visão internacional, num mundo polarizado em diferentes interesses na liberdade e na democracia, farão dele um dos mais respeitados líderes mundiais da história do pós guerra-fria. Será que alguém daqui a 20 anos se lembrará de Chirac ou Schroeder? Tenho muitas dúvidas...

"Virtualidades, um site do qual me orgulho"

O meu nome é Nuno Caetano (26 anos), e por coincidência faz hoje precisamente um ano que a minha vida levou a sua maior reviravolta. Após ter terminado a minha licenciatura em Gestão, na "mui nobre" Universidade do Minho, decidi emigrar para França (Chamonix), onde me encontro a residir actualmente. O motivo desta mudança deveu-se sobretudo a enorme paixão que nutro pelos desportos de montanha, e claro, não há melhor que Chamonix para um apaixonado pela natureza e pelos desportos que a exploram.
No entanto, e como é natural, a vida não é só desporto. Temos que nos preocupar em desenvolver a parte intelectual da nossa vida, pois ela é sem sombra de dúvida um factor enriquecedor para qualquer ser humano que integre a nossa sociedade.
Devido a isto, é com enorme agrado que vos comunico que me sinto extremamente orgulhoso pelo convite que recebi da parte de um grande amigo e colega de vida académica, o Nuno Gouveia. Apraz-me imenso colaborar com um site em que a liberdade de opinião é lema, e que apesar de existirem algumas diferenças ideológicas entre os seus membros (que são acima de tudo benéficas para o leitor, pois proporcionam diferentes pontos de vista acerca dos determinados assuntos apresentados), o que é importante é expressarmos a nossa opinião e tentar ao mesmo tempo esclarecer aqueles que nos visitam.

Muito Obrigado e espero que nos visitem com mais frequência

Atenciosamente

Nuno Caetano

Economia: Euro face ao Dólar

Após uma breve quebra no meio do mês de Janeiro, o Euro voltou a subir o seu valor em relação ao Dólar no decorrer destes últimos dias (1 Euro = 1,26 Dólar). Isto até poderia ser bom para os países que aderiram à moeda única, não fosse o facto de actualmente a economia dos doze (os quinze actuais membros da União, com excepção do Reúno Unido, da Suécia e da Dinamarca) ainda se encontrar estagnada. Segundo a opinião de vários economistas e seguindo também os dados apresentados pelos indicadores económicos mundiais, a melhor forma de acelerar a recuperação da economia europeia seria através de uma diminuição do valor do Euro. Esta acção (que poderia ser apenas realizada pelo Banco Central Europeu) provocaria um aumento imediato das exportações na Zona Euro, e consequentemente um relançamento da produção e também da confiança dos consumidores.
O que tem que ser aqui explicado, é que a moeda é um bem como outro qualquer, e que está naturalmente sujeito à lei da oferta e da procura, isto é, quanto maior for a procura de Euros no mercado mundial, maior será o seu valor em relação às outras moedas. Ao invés, o Banco Central Europeu pode aumentar a quantidade de Euros existentes no mercado (através da sua criação) provocando assim uma maior oferta de moeda e logicamente uma depreciação do valor da moeda europeia.
No entanto, e relembrando as palavras do Sr. Trichet (Presidente do Banco Central Europeu), após uma recente reunião com os Ministros das Finanças dos Países da Zona Euro, onde afirmou que “o que procuramos actualmente é uma estabilidade do Euro”, fico um pouco preocupado pois desta forma a recuperação económica da Europa será mais lenta do que o previsto.
O que temos que compreender é que nesta altura uma alta do Euro é prejudicial para o relançamento da nossa economia.
No entanto, e se olharmos para o outro lado do Atlântico, vemos que a estratégia adoptada pelo Sr. Bush e pelo Sr. Greenspan (Presidente da Reserva Federal Americana) é exactamente oposta ao plano europeu.
Os Estados Unidos encontram-se actualmente em graves dificuldades para pôr a sua economia em marcha, pois deparam-se com uma enorme taxa de desemprego e com um défice orçamental avultadíssimo (em muito agravado pelas políticas do Sr. Bush).
É por este facto, e por se encontrar certamente em período eleitoral, que o actual Presidente dos Estados Unidos se vê “obrigado” a uma única solução, depreciar o valor do dólar, tornando a sua economia mais apelativa, aumentando as exportações e consequentemente a produtividade, no fundo, criando mais emprego e melhores condições de vida para os seus concidadãos.
Será que os nossos líderes estão conscientes daquilo que estão a fazer?
É uma reflexão interessante, e que deixo à vossa consideração.

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A lenta agonia …
Desde à uns tempos para cá temos assistido ao degradamento ideológico e, sobretudo eleitoral, por parte do PCP. Ontem à noite mais uma machadada foi dada na vida deste partido. Em entrevista à SIC Noticias, Carlos Carvalhas, em resposta a um pedido de comentário sobre o fuzilamento de duas pessoas em Cuba, responde que “Cuba tem um embargo económico asfixiante por parte dos EUA, temos que estar solidários por oposição à política do Sr. Bush”.
O que revela este comentário?
Desde logo a confirmação da sagacidade e inteligência dos criadores das “Produções Fictícias”, pois fica a ideia que qualquer que fosse a pergunta a resposta estava gravada na mente de CC. É a teoria da “cassete”, bastante marcante no discurso de qualquer Comunista que se preze.
Em segundo demonstra igualmente a total falta de sensibilidade, por parte do PCP, em lidar com os aspectos negativos dos países sujeitos a regimes próximos dos defendidos pelo partido, por mais desumanos e anti – democráticos que estes sejam.
Por ultimo, e em coerência com todo o seu passado, revela a completa inabilidade deste líder. De facto, CC, é uma personalidade fraca, sem carisma algum, não tendo autoridade para controlar o partido internamente (mas para isso está lá Manuel Tiago), nem capacidade para comunicar com a sociedade Portuguesa (e para isso o PCP têm poucos militantes, não sendo AC, certamente, um deles).
A situação do PCP, tal como está, é parecida com a cena final do filme “Titanic”. Embateu no Iceberg, já se salta do navio (os que saltam e os que são atirados), mas a banda (CC e Álvaro Cunhal, entre outros) continua a tocar. E é sempre a mesma melodia…

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O Estado e a Igreja

Em França, nos dias de hoje, um dos assuntos que tem despertado muita atenção por parte dos média e consequentemente por parte da opinião pública em geral, é o facto da entrada em vigor da nova lei que vem proibir o uso de símbolos religiosos “demasiado vistosos” nas escolas francesas.
Este é sem sombra de dúvida um assunto actual, e que vem por em causa o papel do Estado como último garante da liberdade religiosa, assim como a separação definitiva do Estado e da Igreja.
Actualmente, face à globalização e à constante migração com que nos deparamos, um país cujas suas premissas são a liberdade e a defesa dos direitos humanos, não pode fechar os olhos à multiplicidade de culturas, de raças e de religiões dos seus habitantes.
Os países europeus, devido sobretudo ao seu enorme desenvolvimento social e económico, têm sido, ao longo destes últimos anos, um grande pólo de atracção para inúmeras pessoas que procuram melhores condições de vida, mas também porque estas vêem nos países ocidentais um exemplo de liberdade e de respeito pelos direitos dos cidadãos.
É com base neste pensamento que acredito que o papel do Estado na nossa sociedade, no que respeita à liberdade religiosa, é o de proporcionar uma escolha imparcial a todos os seus cidadãos, assim como de garantir a coexistência das várias correntes religiosas.
Quando falo do papel do estado, não me esqueço certamente do importantíssimo papel que este tem na educação dos seus membros. Só que no que concerne a este assunto, há que diferenciar a educação no seio do estado e a educação no seio da família, e consequentemente a distinção entre moral e religião.
Um cidadão, mesmo sendo ateu ou descrente em Deus, tem todas as capacidades para distinguir aquilo que é civicamente correcto do que é civicamente incorrecto (moral vs imoral), e é neste contexto que o Estado deve intervir, isto é, assegurando uma adequada e correcta educação de todos os seus cidadãos, tendo como preceito os valores de um Estado de Direito.
Desta forma, cabe única e exclusivamente à família decidir qual a vertente religiosa que os seus membros devem seguir, devendo o Estado abster-se de qualquer tipo de orientação neste campo.
Com este tipo de intervenção, o Estado não só garante uma total liberdade religiosa a todos os seus membros, como acaba definitivamente de com a ténue ligação que ainda mantém com a Igreja Católica, permitindo assim uma total equidade entre todas as religiões.

New Hampshire

Dia de grande decisões para Dean, Lieberman e Clark. As eleições de hoje neste pequeno estado podem revelar-se fundamentais para o futuro desta corrida presidencial para estes três homens. Se Kerry e Edwards, depois dos bons resultados do Iowa, até podem ter maus resultados hoje, como a a derrota de Kerry oum mau resultado para Edwards. Estes resultados permitem a estes candidatos manterem-se na luta pela nomeação. Agora para os outros candidatos, um mau resultado poderá significar o seu afastamento.

Para Lieberman manter-se tem de fazer o que ele tem sempre dito nas suas entrevistas: fazer melhor que o esperado... ou seja, ficar em terceiro lugar, acima dos 10%. Outro resultado que não este significará o afastamento do candidato mais à direita do Partido Democrata.
O General Clark, que começou a campanha com expectativas elevadas, esperando ser o candidato dos moderados contra Dean, viu-se ultrapassado por Kerry e espera agora obter um bom resultado, acima dos 15% para continuar a lutar pela nomeação. Não será nada fácil, pelo que as sondagens dizem.
Howard Dean, o favorito durante todo o ano passado, está agora com dificuldades para se manter. A dar crédito às sondagens, muito dificilmente ficará em primeiro. Um segundo lugar bem acima dos 20% poderá ser um bom resultado no actual panorama e dar-lhe força para continuar. Mas as coisas não estão nada fáceis, para quem até é apoiado por Al Gore e Jimmy Carter...





PS...Não acerta mesmo uma
A mais recente campanha de propaganda política efectuada pela concelhia de Lisboa, patrocinada pelo Secretário-geral do PS vem dar razão àqueles que falam de inabilidade de Ferro Rodrigues para a vida política. Mesmo aqueles que duvidam da capacidade presidencial de Santana Lopes tem de concordar que os cartazes colocados em Lisboa são um bom inicio de campanha para PSL. Em primeiro lugar, o PS esquece-se que governou a câmara de Lisboa entre 1989 e 2001 e todos os problemas que referem (e que sem dúvida subsistem em Lisboa) são na esmagadora maioria responsabilidade deles próprios... Depois dar esta importância a Santana Lopes numa campanha desta envergadura é mostrar a Lisboa e ao país que realmente o PS teme a sua capacidade eleitoral... E que efeitos esperam obter? Desgastar a imagem de PSL? De certeza que o resultado será o inverso, e PSL já afirmou mesmo que gostaria de ver esta campanha alargada a todo o território nacional... E Ferro Rodrigues? O que faz no meio disto tudo? Apoia sem reservas, enaltecendo a visão dos seus camaradas de partido? Mas quem terá sido o génio deste projecto? Cá para mim foi alguém ligado a PSL....

Mais Um...

Dentro do ãmbito da reforma em curso neste blog, efectuei mais uma contratação para, outro amigo meu do Porto, Marques Ferreira. Estando ele a iniciar a carreira de Advogado, espero que seja um contributo válido para o Blog, nomeadamente em áreas que conhece bem, como a justiça e a política interna.

Finalizado que está o leque de autores do Virtualidades renovado, espero que os posts começem a surgir com naturalidade e que consigam transparecer algo de novo para a blogosfera...

Este é o meu baptismo na Blogosfera, e para começar nada melhor que lançar umas farpas à classe mais poderosa e intocável do nosso país: Os Jornalistas

Artigo 371º
Violação de segredo de justiça
“Quem ilegitimamente der conhecimento, no todo ou em parte, do teor de acto de processo penal que se encontre coberto por segredo de justiça, ou a cujo decurso não for permitida a assistência do público em geral, é punido…”

Da leitura deste preceito legal resulta claríssimo que a obrigação de segredo de justiça abarca, entre outros, os jornalistas que cobrem as questões judiciais. Daí a interrogação: Porque razão estão os jornalistas, na prática, imunes a este preceito?
Na resposta a esta pergunta pode desde já afirmar-se que não conheço algum caso de condenação por violação do segredo de justiça. Mas todavia penso que no campo jornalístico a questão ganha relevo por duas razões:
• Primeiro porque através da imprensa a gravidade das violações ao segredo de justiça é multiplicada,
• e segundo porque esta classe entende, em muitos casos, não estar abrangida pelo preceito
Vital Moreira – Jornal Publico de 20 de Janeiro de 2004 – defende uma revisão da Lei com a diminuição dos tempos de segredo de justiça e com a possibilidade de a autoridade competente definir em concreto as matérias sujeitas a segredo de justiça.
Na minha opinião tais modificações não vão permitir, de per si, a melhor aplicação do instituto do segredo de justiça, pois o que se passa actualmente é a violação deste instituto ab initio, não se compreendendo como a diminuição dos tempos iria modificar algo. De igual modo as violações a que assistimos são praticamente totais. Quer isto dizer que não é através da selecção das matérias sujeitas a segredo que se vai melhorar significativamente a defesa do segredo de justiça. Embora reconheça o mérito de tais medidas.
Por isso, e na linha do que defendeu o PR na abertura do ano judicial, entendo que se deve começar a aplicar os mecanismos que existem na Lei, nomeadamente a punição dos infractores, sejam ou não jornalistas.

Blank

Homenagem


Novo Link
Só ha pouco tempo tive conhecimento do A nicotina do sonho, apesar de já existir há algum tempo. Com grafismo interessante(diferente) e boas palavras, passou a constar dos meus links. Não sei porquê, mas fiquei atraído pela simplicidade deste blog...

Mudanças

Após quase sete meses de presença na blogosfera, decidi alargar este blog a mais intervenientes, transformando este espaço de debate de ideias mais alargado. A primeira contratação é um grande amigo meu, Nuno Caetano, que neste momento está a trabalhar em França, Chamonix, e prepara-se para dar uma visão especial daquele país, que muitos de nós consideram "de merde". Mas as suas ideias políticas, um pouco diferentes das minhas também estarão aqui em discussão. Além de outros gostos especiais dentro do âmbito dos desportos de Aventura, os seus gostos literários e musicais, dentro de um leque alargado de temas. Aqui toda a gente pode escrever sobre o que lhe apetece, não existe censura nem limites à liberdade. Não existe linha editorial, a liberdade de escrever é total.
A ideia de transformar este blog num espaço de diferentes interveniente é reforçar uma visão do mundo de uma nova geração de licenciados em Portugal, que apesar das dificuldades, continuam a viver e a lutar pelos seus ideais e convicções. Ao longo de quase sete meses estive sozinho neste blog, umas vezes mais activo, outras, como ultimamente, mais calado. Mas com a entrada de mais um elemento, espero sinceramente trazer mais qualidade ao blog....

Homenagem


Numa época onde as grandes personalidades da política parecem ausentes, José Maria Aznar prepara-se para retirar da vida política. Este simples facto, por si só merece desde já a minha homenagem por tudo aquilo que fez, não só pela Espanha e União Europeia, mas também pela sua luta incessante em busca de um mundo melhor. Na retirada, Aznar mostra-se diferente dos outros, sai porque sempre foi assim que o desejou: cumprir dois mandatos e dar lugar a outros. Ao contrário daqueles que tentam eternizar-se no poder e que só saem porque agastados com escândalos e anos de poder são afastados pelo voto das urnas, Aznar sai por sua vontade própria, quando tudo parecia fácil para ganhar mais um mandato. O fortalecimento da Espanha num novo contexto internacional deste inicio de século só foi possível devido a tenacidade e sabedoria que Aznar demonstrou ao longo destes últimos oito anos. Aznar conseguiu contrabalançar o poder da velha Europa na União Europeia, foi um dos rostos da aliança transatlântica, sendo um dos maiores aliados na guerra contra o terrorismo dos Estados Unidos. È hoje um dos políticos mais respeitados, indubitavelmente pela coragem demonstrada nos momentos difíceis, como ainda há pouco se viu na morte dos agentes secretos espanhóis no Iraque. No plano interno conseguiu estancar o terrorismo da ETA, combateu eficazmente a corrupção, equilibrou as contas públicas, fez crescer a economia, dentro de uma série de reformas de sucesso que implementou em Espanha. Aliás a força da economia espanhola é bem visível aqui em Portugal…

Em Março a Europa vai perder um excelente líder, facto raro nos dias que correm... Esperemos que a sua sucessão tenha alguma da sapiência que Aznar demonstrou....

A Conquista do Espaço

O anúncio do Presidente Bush sobre a renovada exploração espacial a ser empreendida pelos Estados Unidos é uma excelente noticia para a humanidade. Isto indica que vamos recomeçar a procurar outras formas de vida e a exploração do sistema solar. Sabendo dos imensos custos que implica colocar uma missão permanente na Lua, para não falar das missões tripuladas a Marte, será necessário haver uma comparticipação financeira e tecnológica das restantes potências. A União Europeia e a Rússia já reagiram dando sinais positivos a este primeiro passo americano. A exploração espacial não deve ser responsabilidade de um só país, mas sim da humanidade e todos os países têm o dever e a obrigação de colaborar dentro das suas possibilidades. Os custos deste projecto ultrapassam em muito as actuais capacidades financeiras dos EUA e se o mundo fosse um local pacífico e sem extremistas, já há muito poderíamos ter empreendido missões mais arriscadas no espaço. No contexto actual, temos de nos contentar com prazos alargados e ainda difusos...
Mas a disponibilidade de George W Bush em iniciar este projecto vem mais uma vez ao encontro da política arrojada que tem vindo a implementar no mundo... Infelizmente alguns ainda preferem governantes como Chirac ou Schroeder, que pouco fazem para mudar o mundo perigoso e intolerante que vivemos...


Primeiros resultados

Após os resultados de IOWA, prevê-se uma longa corrida pela nomeação presidencial. As vitórias de John Kerry e Jonh Edwards, a semi derrota de Howard Dean, contribuiram imenso para a luta que vamos assitir nas próximas semanas entre estes e o General Wesley Clark. Derrotado e desde já afastado está Dick Gephardt.....

Vencedor



Derrotado

Iowa 2004

Hoje é o dia de arranque das primárias americanas para a corrida presidencial no Partido Democrata. Com as eleições no Caucasus do IOWA inicia-se o processo eleitoral na mais forte democracia do mundo. E tudo esta em aberto, prevendo-se uma das primárias mais emocionantes dos úlimos anos. Apesar de terem sido já 10 os candidatos, com a desistência de Bob Graham e Carol Moseley Braun, esta apoiando Howard Dean, apenas restam oito possíveis nomes. Se Al Sharpton e Dennis Kucinich estão desde o início afastados da nomeação, com as recentes sondagens, outros cinco candidatos podem ainda aspirar a chegar ao confronto final com George W Bush. John Kerry, o herói de guerra do Vietname surge neste momento à frente nas sondagens do Iowa, sendo seguido de perto por John Edwards, Dean e Gephardt. O General Wesley Clark desistiu de fazer campanha do Iowa, apostando tudo no New Hampshire. Mas o grande derrotado é desde já Joe Liebberman, que aparentemente está completamente fora da corrida, depois da sua boa prestação nas eleições de 2000, como Vice-presidente de Al Gore. Dick Gephardt aposta tudo numa vitória neste Estado, tentando repetir a sua vitória nas primárias de 1988, que depois viria a perder a nomeação para Michael Dukakis. Uma derrota deste Estado poderá significar desde já o seu afastamento da corrida. Howard Dean, o ainda favorito à nomeação, poderá perder algum favoritismo senão ganhar, apesar de ainda ontem ter obtido um apoio quase declarado do Ex. Presidente Jimmy Carter. John Edwards e Jonh Kerry, ressurgiram nas últimas semanas e parece que já conseguiram colocar-se no mapa, quando ainda há duas semanas ninguém falava deles.
Aguardo com expectativas o nome do opositor de Bush nas eleições de Novembro. Pelo que tenho visto, os mais fáceis de derrotar parecem-me os candidatos da esquerda como Howard Dean, tendo algum receio pelo carisma pessoal que parece emanar de Jonh Edwards, que aliás tem sido o que mais me tem agradado do lado Democrata.

Ontem pude ver uma entrevista de Rudolph Guiliani sobre as eleições presidenciais e foi com agrado que verifiquei que está em excelente forma. Aliás, para 2008 seria uma excelente escolha para candidato do Partido Republicano para suceder a George W. Bush.

Forúm Mundial das vaidades

Mais um passeio dos que defendem os desgraçados e oprimidos da humanidade... Portugal volta a marcar presença através do líder incontestado do Fórum Social Português, os seus "amigos" do PCP e o resto das esquerdas. Já não há paciência para estas ideias retrógradas derrotadas pela história.•Mas uma dúvida assalta-me o espírito. O que vai fazer a este fórum o líder da Internacional Socialista, o ilustre candidato a presidente da República de Portugal, da qual fazem parte Tony Blair e Gerhard Schroeder? Será que a IS vai-se declarar contra a globalização?

A JSD e Jorge Nuno de Sá

Sendo militante da JSD há muitos anos, e apesar de nunca ter exercido cargos de relevo na estrutura de juventude partidária do PSD, sinto-me bastante apreensivo pela actual situação da liderança e a sua total incapacidade de apresentar à juventude portuguesa um rosto que enfrente os tempos draconianos que atravessa e dê esperança de um futuro melhor. As juventudes partidárias muitas vezes desempenham o papel de meros porta vozes dos seniores, não tendo qualquer relevância para a discussão política, apenas discutindo lugares e posições nas listas. Mas já tivemos casos em que os líderes encararam o cargo de presidente da Jota como algo completamente diferente da subserviência ao partido, conseguindo apresentar projectos e ideias mobilizadoras, granjeando imensa popularidade. Lembro-me de Pedro Duarte, que ao longo dos mandatos que cumpriu à frente dos destinos da JSD conseguiu ser uma referência para muitos jovens que viviam com dificuldades.
O actual presidente da JSD, Jorge Nuno de Sá, provavelmente desconhecido para a maior parte dos portugueses, não pela irrelevância do cargo que ocupa, mas sim pela sua incapacidade de mostrar-se activamente empenhado como o porta voz dos jovens, tem sido uma enorme desilusão. Ao longo de quase dois anos à frente dos destinos da JSD não se conhecem quase ideias nenhumas sobre os vários problemas que actualmente afectam os jovens.
Para dar uma pequena ideia, não se conhece nenhuma reflexão sobre o fim do crédito bonificado jovem e a tão falada proposta para criar mais benefícios para o arrendamento jovem, que ficou na gaveta. As taxas de desemprego altíssimas que afectam primordialmente a juventude, especialmente muitos recém licenciados, não têm sido uma preocupação do seu mandato, sendo quase inexistente na opinião pública o que a JSD defende para combater este flagelo dos tempos modernos. A questão do aumento das propinas causou um imenso mal estar dentro da JSD, pois apesar de sempre se ter manifestado a favor destas no Ensino Superior, tem estado calada e ausente do debate com as associações de estudantes, não intervindo a favor do governo e explicando o porquê desta atitude. Sobre os problemas estruturais que afectam o ensino superior não existe nenhuma posição ou proposta da JSD conhecida que tenham sido incluídas nas reformas do governo. Sobre a continuada falta de investimento no fomento da prática desportiva em Portugal, a JSD assobia para o lado e faz de conta que não é nada com ela, continuado a fazer o jogo do desporto de alta competição, principalmente do futebol, esquecendo a promoção e o aumento da qualidade de vida dos jovens.
Se a JSD se esquece dos problemas fundamentais, o mesmo não tem acontecido com os problemas das minorias e marginais da sociedade portuguesa. Se atentarmos às recentes posições públicas do Jorge Nuno, verificamos que está muito preocupado com a droga e com o aborto. Sabemos que as propostas sobre estes temas, ainda por cima se forem fracturantes e contra a posição oficial do partido, podem trazer visibilidade ao líder e ganhar tempo de antena, até talvez ganhar adeptos nas faixas minoritárias da juventude. Mas o que interessa à maior parte dos jovens será o problema da droga nas cadeias, ou a questão do Aborto? Não coloco em causa os temas em questão, mas pela recente entrevista dada por Jorge Nuno, verificamos que estas são as únicas preocupações da JSD. È impensável que numa entrevista relativamente longa, as referências sejam apenas a estes dois temas, esquecendo todos os outros. Quando não se tem percepção da realidade é mais fácil recorrer ao óbvio, quando não se conhece os problemas é mais atractivo chocar e ser diferente, quando não se consegue mobilizar o governo, é mais fácil ir contra ele. Esta tem sido a postura da JSD, estando hoje mais perto de um Bloco de Esquerda, nas suas posições públicas, do que do PSD. A JSD comporta-se como se não fizesse parte do partido do Governo, não influenciando positivamente a sua acção em favor dos jovens, mas sim apelando a um radicalismo acessível e ridículo, que nada abona seu proveito. Na Secretaria de Estado da Juventude, a intervenção da JSD tem sido nula, e alguns dos projectos positivos nada tem a ver com iniciativas da estrutura. Esperemos que Jorge Nuno ainda vá a tempo de sair e dar lugar a quem tenha ideias e projectos dentro da JSD. A sua total inoperância de liderar um projecto mobilizador para a juventude portuguesa tem de ter consequências políticas. Este fim-de-semana há um congresso da JSD. Infelizmente não é electivo, e portanto será presidente da JSD pelo menos até Setembro deste ano. Espero que até o final do ano surjam alternativas internas capazes de transformar esta juventude partidária numa organização forte e capaz de funcionar junto do governo como a alma da juventude portuguesa. Se tal não acontecer, corremos o risco de ver a JSD ainda mais irrelevante para o PSD e para a sociedade portuguesa, como se encontra neste momento...

Maus tempos

Este no inicio de ano tem sido bastante complicado e daí a minha quase ausência da blogosfera... Com tantos temas interessantes para debater, gostaria de estar activo e assim poder dar escrita à minha indignação relativamente a muitos assuntos...

Mas para não cair no esquecimento, vou escrever algo sobre o líder da JSD e a sua prestação enquanto líder daquela estrutura, da qual eu faço parte, apesar de somente no cartão de militante...

Boa Sorte!
Daqui manifesto os desejos de boa sorte a Manuel Falcão para a dificil tarefa de liderar o novo projecto audiovisual do panorama televisivo nacional. Em regime de sinal aberto, o ano de 2004 ficou indubitavelmente marcado pelo abismo verdadeiramente assustador em que cairam as televisões portuguesas, privando milhões de pessoas que ainda não têm acesso ao Cabo, da oportunidade de assistirem a programas de qualidade. Por isso, é fundamental o sucesso da nova A Dois.

Piores do Ano 2003

Personalidade
- Jacques Chirac
- Sadam Hussein
- Yasser Arafat

- Ferro Rodrigues
- Carlos Cruz
- Herman José

Facto
- Terrorismo Internacional
- Conflito Israelo-Àrabe
- Crise Económica

- O PS
- Televisão Generalista Portuguesa
- Incêndios

Desporto
- Kelly White
- Rivaldo
- Selecção Nacional

Cinema
- Hulk
- Matrix Revolutions
- Open Range



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