Este tipo de comportamento da extrema esquerda, certamente não causará espanto em muitos de nós, que alertamos para o perigo dos movimentos extremistas na sociedade portuguesa, sejam eles de direita ou de esquerda. Há, claro, alguns que preferem dizer que só a extrema direita é perigosa. Tapam os olhos a estes comportamentos inadmissíveis. A "racaille" da sociedade portuguesa está nos extremos...
política à portuguesa
0 Comments Published by Nuno Gouveia on quinta-feira, abril 26, 2007 at 16:30.A longa carreira de Pina Moura, iniciada como delfim de Álvaro Cunhal no PCP, não se esgota agora. Segundo ele próprio afirmou, vai para a Prisa, para prosseguir um projecto político. E continuará a ser útil ao PS, como este lhe foi útil na sua carreira empresarial.
Se o PM considera que Pina Moura é um exemplo de ética, ninguém se pode admirar. Afinal, quem andou anos a responder a um título que não era seu, não tem autoridade moral para falar de ética.
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0 Comments Published by Nuno Gouveia on quarta-feira, abril 25, 2007 at 17:55.Bem haja Yeltsin. Paz à sua alma!!!
O PSD será um partido mais forte se tiver um parceiro sério à sua direita. Se as coisas correram mal no último governo do PSD, a culpa não foi do parceiro de coligação. Para chegar ao poder em 2009, muito terá que mudar no partido, e se calhar, de liderança.
Mas a sua campanha eleitoral foi uma grande desilusão, mostrando que a condição de mulher bonita será talvez o seu grande atributo nesta campanha. Revelou ser uma política medíocre, que concorre para manter o status quo que provocou o declínio da França. Provavelmente irá passar à segunda volta, mas não acredito que vá chegar ao Eliseu. Se vencer as eleições, a França irá continuar no longo caminho da agonia económica e social. E isso é mau para toda a Europa.
Dito isto: há dois aspectos dos quais discordo profundamente da sociedade americana: a pena de morte e a política de controlo de armas. Neste último item, considero o Partido Republicano e a NRA, como maiores culpados pela forma como o negócio das armas prolifera nos Estados Unidos. Rudolph Giuliani é voz divergente no GOP sobre esta matéria, defendendo o controlo na venda de armas aos cidadãos.
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0 Comments Published by Nuno Gouveia on segunda-feira, abril 16, 2007 at 22:58.Este artigo do The Economist resume-se bem nesta passagem:
"LOOK at any table of European economic data and Portugal stands out. GDP growth last year, at 1.3%, was the lowest not just in the European Union but in all of Europe. Since 2000 the Czech Republic, Greece, Malta and Slovenia have all overtaken Portugal in terms of GDP per head. And Portuguese GDP per head has fallen from just over 80% of the EU 25 average in 1999 to just over 70% last year."
Entretanto, a conceituada revista The Economist deu o seu apoio à eleição de Sarkozy:
"He is an outsider, born to an aristocratic Hungarian émigré father; he openly admires America; he is enthusiastic about the economic renaissance of Britain. He plans an early legislative blitz to take on hitherto untouchable issues such as labour-market liberalisation, cutting corporate and income taxes and trimming public-sector pensions"
Mas o que teria feito Jorge Sampaio, se fosse ele o Presidente da República? Teria convocado ao palácio de Belém os directores da SIC, RR e Expresso, como fez no caso das alegadas pressões sobre Marcelo Rebelo de Sousa por parte de Rui Gomes da Silva? Teria demitido o PM por falta de condições políticas para governar? São perguntas que ficam...
José Sócrates quando é entrevistado escolhe meticulosamente as palavras para ocultar a verdade sem que possa ser acusado de mentir. Por exemplo, quando lhe perguntaram quando tinha conhecido António José Morais respondeu que o tinha conhecido quando ele lhe deu aulas. Quando ele deu esta resposta estavamos todos convencidos que António José Morais tinha sido professor de Sócrates num único ano lectivo e na Independente. Só que pelos vistos António José Morais já tinha dado aulas a Sócrates no ISEL. Ou seja, a resposta de Sócrates dava a entender que tinha conhecido António José Morais na Independente quando na realidade isso aconteceu no ISEL.
A partir de agora existe uma versão oficial, sem intermediários, narrada pelo próprio José Sócrates. Naturalmente, qualquer discrepância que possa vir a ser detectada terá um impacto político muito maior, na medida em que afectará a versão que José Sócrates, ele próprio, veiculou. A partir de agora, sim, é a doer nos 3C.
A Odete Santos, por muito valor pessoal e profissional que pode ter (e eu não o nego), sempre foi uma pessoa que gerou polémica pela sua ortodoxia comunista e pelas posições radicais que defende. Eu não fico com saudades da deputada Odete Santos.
"O comunismo é um sistema muito avançado, que até hoje nunca existiu e demorará muitos anos a realizar. Existiram, isso sim, algumas formas de sociedade socialista."
"Dos governos provisórios foi Vasco Gonçalves. Dos governos constitucionais, apostaria na Maria de Lurdes Pintasilgo, que teve algumas medidas positivas na área social."
"Há até pessoas casadas com militantes de outros partidos. Acho isso muito complicado. Comigo não seria possível."
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0 Comments Published by Nuno Gouveia on quinta-feira, abril 12, 2007 at 14:35.Não se pode dizer que tenha ficado desiludido com a entrevista do Primeiro Ministro. Estava à espera de uma entrevista onde José Sócrates aparecia como vitima de uma campanha orquestrada, cheia de insinuações e calúnias. O PM não respondeu às dúvidas legitimas, e parece-me que o assunto nunca ficará esclarecido. Não acreditando que o assunto vá morrer por aqui, parece-me no entanto que a credibilidade do Primeiro Ministro ficou ferida de morte. E mais, algumas respostas foram claramente insuficientes, como a razão da escolha da Universidade Independente (prestigio em 1995?, por ser perto do ISEL? regime pós laboral?), o seu desconhecimento em relação ao professor, as trapalhadas do certificado de habilitações do ISEL, o Inglês Técnico leccionado pelo Reitor Luís Arouca, etc...
José Sócrates também não respondeu de forma convincente sobre a verdadeira razão de ter usado de forma ilegítima o titulo de Engenheiro, pois a teoria da cortesia social não satisfaz.
A partir deste momento temos um Primeiro Ministro cuja credibilidade deixa muito a desejar. E é pena que assim o seja, pois Portugal merecia melhores políticos. Infelizmente, há muitos anos que vivemos no pântano.
Se este caso se tivesse passado com Santana Lopes, há muito tínhamos eleições marcadas...
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0 Comments Published by Nuno Gouveia on quarta-feira, abril 11, 2007 at 14:43.Esta noticia envergonha os tribunais portugueses. Se este caso fizesse jurisprudência (o que não acredito), a partir daqui só teríamos noticias que abordassem os aspectos positivos da sociedade e das instituições. A liberdade de imprensa estaria ameaçada!
Depois de ter tentado silenciar a comunicação social, o PM sente-se obrigado a dar explicações públicas. Mas, segundo avançam os jornais, não vai dar explicações nenhumas. Apenas vai mostrar diplomas (o que não acrescenta nada) e vai atacar a "infame" campanha de calúnias de quem tem sido alvo. Se for este o caso, mais vale estar calado.
Aguardo com alguma expectativa sobre o que o PM vai dizer sobre as noticias que levantam, justamente, dúvidas sobre o seu currículo académico. E relembre-se, que o seu currículo oficial já foi alterado duas vezes depois desta polémica surgir.
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3 Comments Published by Nuno Gouveia on quinta-feira, abril 05, 2007 at 12:37.O jornal Público afirma hoje que em 1996 não houve nenhum diplomado em Engenharia Civil pela Universidade Independente. José Sócrates, que tão bem tem gerido a sua imagem pública, deveria saber que em gestão de crise, o mais correcto é falar rapidamente à imprensa. Antes, ele terá usado a estratégia de tentar silenciar os media através de pressões. Como isso não resultou, deverá explicar-se. Se verificar-se que mentiu, ocultou ou foi conivente com uma situação menos clara no término da sua licenciatura, deverá demitir-se.
Não aceito que o meu país tenha um Primeiro Ministro que falsificou a sua licenciatura.
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4 Comments Published by Nuno Gouveia on quarta-feira, abril 04, 2007 at 15:46.Mais uma vez reafirmo. O grave não é os assessores ou o PM telefonar para jornalistas para tentar condicionar o trabalho deles. O grave é que estes telefonemas ternham o efeito desejado. O lamentável desta história é verificar que uma boa parte dos media portugueses são permeáveis a estas pressões.
Economista Poeta
Nicolau Santos, Director Adjunto do Expresso, escreveu um artigo no seu blogue, no dia 22 de Março, a atacar o Público e o seu director em particular, pela notícia sobre a licenciatura de José Sócrates. Nesse texto lança suspeitas às motivações do Público e ataca a suposta falta de credibilidade do jornal, terminando com "este jornalismo não honra o seu primeiro director, Vicente Jorge Silva, nem todos aqueles que de algum modo contribuíram para fazer do 'Público' um jornal de referência."
No passado fim-de-semana o jornal do qual Nicolau Santos é Director Adjunto chamou à primeira página a mesma noticia que o Público tinha publicado. Ao que parece, José Manuel Fernandes escreveu um editorial sobre o assunto (que eu não li). O paladino do jornalismo sério e de referência, afinal demonstrou que a honestidade intelectual não deve ser o seu forte. Não se retratou perante o que tinha dito da notícia do Público, não admitiu nem sequer um pouco de vergonha pelo que tinha escrito no dia 22 de Março, como ainda escreveu um artigo lamentável no mesmo blogue. Até podia ter ficado ofendido pelo editorial, mas deveria ter-se retratado pelo que escreveu antes. E se continua a pensar que fazer investigação ao passado académico do Primeiro-ministro é jornalismo "rasca", então já não devia estar no Expresso. Não acredito que queira continuar a trabalhar num jornal que pratica esse tipo de jornalismo, como diria o Ministro da Propaganda, "jornalismo de sarjeta".
Hugo Chavez continua na procura do "homem novo". A imposição de uma lei seca para as férias da Páscoa é mais um passo nesse sentido.
Segundo o Ministro responsável, «os que protestam pela implementação da Lei Seca são os mesmos de sempre, a Associação das Casas de Bebidas e os comerciantes, o bendito capitalismo que temos incrustado na alma. Mas o povo está tranquilo, acolheu a decisão»