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A desgraça do avôzinho…

Embora estivesse à espera de uma derrota eleitoral de Mário Soares nas urnas, não contava que a população Portuguesa o castigasse tanto como parece resultar do barómetro DN/Marktest. É o resvalar de uma figura que, bem ou mal, marcou a vida política Portuguesa. A dúvida que me assalta é se apoiará Alegre numa eventual 2ª volta…

Impressões Autárquicas V

A coragem de Rio
Rui Rio tem sido alvo da ira dos populares em algumas visitas a locais potencialmente difíceis para políticos. Os bairros populares são espaços onde Rio teve uma intervenção bastante dura durante o seu mandato para impor alguma ordem e respeito pelos valores primordiais de vida em comunidade. Rio tem tido a coragem de visitar estes espaços, sem medo do que lhe poderia acontecer. Agora, quem faz política, sabe bem que este “levantamento” popular contra Rio só pode ser empolado pela oposição. Não acredito que Francisco Assis, que já provou a sua honestidade, esteja por trás destes insultos e tentativas de agressão. Agora o PS e alguns dos velhos correligionários de Orlando Gaspar…

O ridículo do Major
Para os habitantes de Gondomar, não poderia haver pior publicidade que a campanha do Major Valentim Loureiro. Depois dos seus ataques infames contra o Dr. Marques Mendes, depois dos seus discursos populistas e demagógicos e sua forma de fazer política terceiro mundista, agora foi a vez anda nas escolas dos 1º ciclo a ter afirmações destas:

"É preciso dizer aos paizinhos que quem quiser votar em mim tem que pôr o voto na cruz do fim, na última do boletim. Desta vez não é no PSD. Mas devem dizer principalmente aos avós. Ainda há gente em Gondomar que não sabe ler nem escrever e agora não é para votar nas setinhas nem nas chaminés. É nos dois pauzinhos, no Valentim."

Esta é a forma deste senhor fazer política. Até já arranjou desculpas para dizer que o PSD vai ter muitos votos que eram dele, pois as pessoas devem ser ignorantes e ainda pensam que é o “partido da setinha”. Infelizmente, parece que dia 9 de Outubro vai ser uma data que ficará na história da nossa democracia como o dia em que os corruptos venceram…

Eles querem controlar tudo...

O Partido Socialista continua empenhado em controlar tudo e todos. Artur Portela, membro da Alta Autoridade para a Comunicação Social(AACS) demitiu-se depois de alegadas pressões do Ministro Santos Silva sobre o Presidente da AACS. Este governo continua apostado em provar a toda a gente que afinal é tudo aquilo que tinha denunciado no governo anterior. A diferença é que tem uma comunicação social dócil e simpática, uma opinião publicada domesticada, a oposição pouco tem feito para denunciar o escândalo que tem sido este governo, e o Presidente de República, bem, esse já nem existe. É mais uma vez o discurso gasto do "se estivéssemos nós no governo", mas a verdade é que o tratamento dado às trapalhadas deste governo é demasiado díspar para conseguir estar calado. Santana Lopes, se tivesse governado da forma como Sócrates o tem feito, nem um mês teria durado.

Impressões Autárquicas IV

Braga
Mesquita Machado hoje deve ter acordado mal disposto. O Diário do Minho, jornal local ligado à Igreja, mas nem por isso opositor ao dinossauro autárquico, publicou uma sondagem da IPOM, que coloca o candidato da coligação PSD/PP/PPM a apenas 3% da candidatura do PS. Assim, Mesquita Machado aparece com 34,9%, Ricardo Rio com 31,9% e com 16% de indecisos. Nesta fase adiantada da campanha, poderá significar que Mesquita Machado finalmente vai estar em perigo? Braga, para quem a conhece é o paraíso dos construtores civis e de outras situações menos claras. A ser credível, esta sondagem pode significar que o poder de 30 anos de Mesquita Machado à frente da CM de Braga estará a chegar ao fim... O que só pode nos fazer sorrir...

Impressões Autárquicas III

Sintra
Fernando Seara parece estar a inverter as sondagens que lhe davam desvantagem em relação a Soares Jr. Na sondagem do Expresso do fim de semana, Seara aparece 4% à frente do seu adversário. Neste concelho, seria importante derrotar o clã Soares, que tanto mal já fez a este país. É tempo de correr com a família Soares para sempre do panorama político

Oeiras
Começa a tornar-se claro que o grupo dos 4 vai vencer as eleições. Isaltino aparece mais destacado à frende de Teresa Zambujo, com 5% de vantagem. Ainda se pode ter esperança que o povo de Oeiras tenha a coragem de derrotar Isaltino. Infelizmente, parece ser o único concelho destes 4 em que tal é possível.

Gondomar
Na passada sexta feira, veio a público uma carta enviada a Gonçalves Pereira pelos 12 candidatos do PSD/PP às Juntas de Freguesia, a pedir-lhe para não fazer campanha com eles, e a dizerem que não iriam fazer campanha com o candidato do PSD/PP. Já sabemos que o PSD está completamente dividido em Gondomar, entre aqueles que são fiéis (poucos) e aqueles que estão a apoiar descaradamente o Major Valentim Loureiro. Este candidato independente, que disse que não ia fazer pré campanha, tem andado numa roda viva pelo concelho, sempre acompanhado pelos presidentes de junta do PSD, a apelar ao voto descaradamente. Os Presidentes de Junta, que apenas são do PSD pela conjuntura (alguns já foram do PS), todos têm medo do Major, ou lhe devem favores. Dentro deste contexto, é uma vergonha o que andam a fazer ao PSD. Por um lado são candidatos deste partido, por outro lado, apoiam uma candidatura independente. Pelo menos, em Oeiras, as pessoas tiveram coragem e apresentaram-se em listas independentes. Aqui deveria ter sido da mesma forma. Ser candidato do PSD e ser contra a candidatura do PSD demonstra bem o carácter destas pessoas.

O triste poeta

Manuel Alegre lá se decidiu em avançar. Ainda não se sabe bem quem serão os seus apoios, nem se terá capacidade de resposta numa campanha desta envergadura, mas vai a votos. Motivado pela sondagem da semana passada, e que tinha 13% das intenções de voto, a apenas 5% do seu antigo amigo Soares, Alegre aposta tudo numa divisão do PS para conseguir ultrapassar Soares. Dentro do PS, pelo que se tem visto, os seus apoios serão diminutos. Uma maioria substancial dos que o apoiaram na corrida à liderança do PS, já se estão a desmarcar dele e apoiar Soares (Alberto Martins, João Cravinho, Maria de Belém, Manuel Maria Carrilho, entre outros), e duvido que sejam muitos a ir contra a candidatura oficial do PS. Alegre não é Salgado Zenha, e por isso, não conseguirá dividir o PS da mesma forma. Depois, os motivos da sua candidatura são os mesmos dos outros candidatos da esquerda (derrotar Cavaco Silva). Será que nenhum tem objectivo de fazer alguma coisa por Portugal?Enfim, este triste poeta corre o sério risco de ser a chacota destas eleições presidenciais, que ameaçam transformar-se verdadeiramente num passeio para Cavaco Silva...e ainda bem!!!

Teorias da Conspiração???

Segundo o Publico, Fátima Felgueiras preparou o seu regresso com o PS, partido do qual nunca chegou a ser expulsa. Ficamos também a saber que Felgueiras sabe que José Sócrates sabe que ela é inocente. Jorge Coelho que em 2001 a tinha apoiado entusiasticamente, agora refere que é apenas um caso de justiça, não tecendo mais comentários. Depois há as alegações que todo este show mediático e a preparação do lançamento da sua campanha estava já preparada, temos que supor que Felgueiras já sabia o que lhe ia acontecer... Será que a justiça foi utilizada pelo PS, para salvaguardar a sua posição? Será que Felgueiras ameaçou Sócrates de contar tudo o que sabe e transformar o PS num PT português? Será que o actual Governo tudo fará para salvar Felgueiras da condenação? Ou será que estou a delirar?

Impressões autárquicas II

Nojo
Foi o que senti ao ver a conferência de imprensa de Fátima Felgueiras, com a arrogância e o populismo demagógico característico dos pequenos ditadores. Esta senhora, que demonstra prepotência e desprezo pela justiça e pela ética, regressa a Portugal, depois de ter estado dois anos e meio fugida da justiça, e nada lhe acontece. Não sou jurista, e todos os advogados que tive a oportunidade de falar, deram razão à sua libertação, à luz da lei portuguesa. O que questiono, é a justiça desta acção. Felgueiras fugiu do país, para não ser presa. Será que não há forma de punir quem foge? Será que a partir de agora, as pessoas podem fugir livremente, para regressar quando não houver perigo de terem prisão preventiva?

A reeleição dos 4
A questão que neste momento me preocupa, é a sua mais que provável reeleição dos 4 com o voto popular. As pessoas estão sempre a lamentar-se que os políticos não prestam, que são todos corruptos. Esta é a ideia corrente da generalidade da população. Quando surgem casos destes, onde apesar de ainda não haver condenação, existem fortes indícios de corrupção, as pessoas apoiam e votam neles. No próximo dia 9 de Outubro, com a mais que provável eleição dos 4, a democracia portuguesa vai dar mais um passo no sentido do descrédito total.

A responsabilidade dos partidos
Neste processo de construção de pequenos ditadores locais, os partidos tem responsabilidades, pois foram apoiando ao longo dos anos estes políticos, apesar dos sinais evidentes de corrupção. E o poder corrupto não se limita a estes 4 concelhos, pois todos conhecemos histórias de outros municípios onde os interesses pessoais vigoram acima do interesse geral da população. Os partidos continuam a apoiar estes políticos, apesar de saberem o que se passa no terreno. O PS, apoiou Fátima Felgueiras em 2001, quando já havia fortes indícios... Apenas lhe retirou apoio, quando ela fugiu para o Brasil. Melhor tem estado Marques Mendes, que teve a coragem de afastar Isaltino e Valentim. Mas não chega afastar estes, teria que haver uma limpeza muito maior...

Impressões autárquicas I

Durante os próximos tempos irei colocando aqui as minhas impressões sobre as eleições autárquicas, questionando, apoiando e criticando diversos aspectos desta campanha. Como não me escondo e já por várias vezes o tenho dito aqui, sou militante do PSD, não significando isso que apoie cegamente o partido nem todas as suas opções. A filiação partidária nunca se intrometeu na minha liberdade de pensamento, e como tal, consigo ter uma visão bastante critica da actual situação política de Portugal. O pessimismo cada vez maior que sinto pelo futuro de Portugal, tem raízes profundas no sistema político em que vivemos, e o PSD, como partido de poder, tem muitas responsabilidades no mal que foi feito nos últimos 30 anos. Nestas próximas eleições autárquicas, muito mais saber quem as vai ganhar, o que me preocupa é a forma como a democracia vai sair delas. Felgueiras, Gondomar, Amarante e Oeiras são quatro concelhos que irão marcar decisivamente estas eleições. É evidente que o desfecho de eleições como Lisboa, Porto, Sintra, Faro, Matosinhos, Gaia, Coimbra, tem um interesse especial, pois afectam uma grande parte da população portuguesa. Por outro lado, Braga, cidade esquecida pelo PSD, onde apresenta um candidato local com pouca expressão mas de grande qualidade, tem para mim um interesse renovado, apesar de ter a consciência que Mesquita Machado tudo controla, como um bom ditador local. Até ao dia 9 de Outubro, muito se vai passar, e espero que tudo os portugueses tenham a sapiência que nem sempre têm demonstrado..

O regresso

Fátima Felgueiras fugiu à justiça para o Brasil. Agora regressa a Portugal para tentar ganhar as eleições em Felgueiras. Foi presa, mas invoca imunidade por ser candidata às eleições autárquicas. Segundo as sondagens, mesmo sem ter anunciado que é candidata, tem sérias hipóteses de ganhar. É este o país que temos, onde Felgueiras, Ferreira Torres, Valentim Loureiro e Isaltino Morais são premiados pelas aldrabices nas urnas. Como querem os portugueses evoluir?

A pré campanha de Soares

Bem ao estilo do seus mandatos como Presidente da República, Mário Soares já começou a sua campanha no estrangeiro. Depois de ter estado em Paris, agora vai ao Brasil contactar com emigrantes e assim conquistar mais votos. Segundo alguns círculos, a seguir irá às Seychelles, onde há uma comunidade portuguesa de 10 pessoas, seguindo directamente para a Phuket, onde moram 2 portugueses. Para finalizar esta pré campanha no estrangeiro, Soares vai efectuar uma breve visita ao Hawai, onde se consta que moram 5 portugueses...

Não cuidando de discutir as questões legais ou de natureza constitucional relativamente ao seu direito à manifestação, parece-me que os militares não têm razão nos seus protestos.
Fui oficial do exército durante um par de anos. A servir a pátria me chamaram em 2002 para assessor do Oficial de Justiça do Estado Maior do Exército. O que lá vi, e o que camaradas meus me contam sobre outros aquartelamentos militares, leva-me hoje a olhar com descrédito para a instituição militar. Maioritariamente os militares, e também pessoal civil, são pessoas desmotivadas, que estão meramente preocupadas com o seu tempo de serviço. A maioria das pessoas apenas lá estavam porque “é um emprego seguro” e que ainda permitia usufruir de alguns benefícios.
Ao visitar os diversos quartéis da área de Lisboa permiti-me observar que todos, Oficiais, Sargentos, Praças e até os civis, se arrastam nas suas “pouco claras” funções.
Depois, é claro, existe uma minoria. Uma minoria que têm aspirações na carreira, que pretende participar em missões no estrangeiro (onde se ganha principescamente) ou que pura e simplesmente acredita ainda na instituição militar. Mas não deixa de ser minoria.
É por isso que não consigo apoiar o protesto dos militares.

10º Aniversário

Há 10 anos que esta prestigiante revista, dirigida por William Kristol, marca o panorama político norte americano. É evidente que este projecto, pelo que tenho oportunidade de seguir apenas via online, onde apenas temos acesso aos artigos de opinião, é claramente uma revista definida ideologicamente, sem margem para equívocos. Os neoconservadores americanos conseguiram edificar uma revista de qualidade, alinada ideologicamente e que consegue marcar posições bem definidas, como se viu na recente guerra do Iraque ou nas eleições americanas. Em Portugal, temos poucos projectos credíveis ideologicamente alinhados. O que existe é uma comunicação social de esquerda, disfarçada de independente, que vai construindo uma realidade desconexa, que se confunde completamente com a ideologia vigente na classe que a produz. Exemplos deste domínio ideológico são inúmeros, como têm vindo a ser denunciados na blogosfera. Felizmente existem muitos e bons blogs em Portugal, onde temos a oportunidade de analisar de forma objectiva a forma como os media tratam as relações políticas no mundo.
A Weekly Standard está de parabéns por tudo o que tem alcançado.

As eleições na Alemanha

Em primeiro lugar tenho que dizer claramente que os vencedores destas eleições foram os conservadores da CDU/CSU, pois foram o partido mais votado, e com mais deputados eleitos. Isto parece-me claro, não entendo o actual Chanceler ao defender que deve ser ele a governar a Alemanha. Quem tem mais deputados é que vence. A democracia funciona assim.
Esperava-se muito mais da CDU, mesmo atendendo às sondagens que vinham a ser publicadas. Felizmente o que conta são os votos das pessoas e não as sondagens, e como tal, apesar de curta, a vitória dos Conservadores alemães parece-me incontestável. Se eles vão conseguir formar governo, isso é diferente. O FDP obteve um excelente resultado, ficando agora como terceira força política da Alemanha. Ou seja, as forças de direita ficaram em 1º e 3º lugar, à frente do SPD e dos Verdes, o que me parece uma clara derrota da esquerda. Surpreendente ou talvez não foi o excelente resultado dos neo comunistas de Oskar Lafontaine, um partido que renegado pelas outros partidos.
Neste momento, parece-me que Angela Merkel tem que ser considerada "culpada" por esta vitória não ter sido mais expressiva, o que demonstra que talvez não fosse a mais indicada para o cargo. Edmund Stoiber sempre me pareceu um candidato melhor preparado e com mais carisma para ocupar a chefia da CDU/CSU. Mas vamos ver o que o futuro da Alemanha nos reserva...

O cintilante Carrilho

Infelizmente não tive a oportunidade de ver o "debate" do filósofo Carrilho contra Carmona Rodrigues. Pelo pouco que vi e li nas noticias, espero que Carrilho tenha uma derrota histórica. A arrogância em política não pode ser premiada. A forma como atacou Carmona mostra a forma como Carrilho está na política. O homem que financiou a peso de ouro a sua actual esposa para um programa cultural ridículo na TSF, ainda tem a lata de acusar os outros de corrupção e despesismo. O homem que se serviu da cultura para se auto promover e criar uma teia de interesses neste sector subsídio dependente, quer agora governar Lisboa. Contudo ainda não tem programa eleitoral, e tem baseado a sua campanha apenas em ataques pessoais a Carmona e Santana ou então na sua família
perfeita... Nada me dará mais gozo que ver a sua derrota no próximo dia 9 de Outubro...

Impressionante

O Independente Major Valentim Loureiro diz que vai recorrer para o Tribunal Constitucional por ter deixado de ser militante do PSD. Para este político, as regras e os estatutos não contam para nada, apenas o que ele defende é que está correcto, bem ao feitio dos ditadores. O Major tem uma vida repleta de expulsões e histórias mal contadas. Neste caso, não há que ter dúvidas: Candidatou-se contra o seu próprio partido, tem que sair do PSD. Qual é a dúvida? Já em 1986, ele contrariou a lógica do PSD e apoiou Mário Soares contra Freitas do Amaral. Ao contrário de Helena Roseta, que hoje está no PS, o Major continuou militante do PSD. Teria sido melhor seguir os passos de Roseta e ter-se filiado no PS. O que não me admiraria que acontecesse agora, pois até anda a defender José Sócrates muitas vezes...
Sr. Major, saiba sair do partido a bem...e leve consigo todos os seus apoiantes do PSD em Gondomar...

A dita estratégia

Mário Soares, segundo foi dito, vai mudar a sua estratégia de campanha em relação às presidenciais, pois parece não estar contente com os actuais resultados. Quando o produto que se está a vender não presta, não chega ter a melhor estratégia. Soares já não é fixe, é um candidato velho, gasto pelas guerras que travou e sem capacidade de atracção. É um produto fora de prazo, já ninguém lhe pega. Nos próximos meses, vamos assistir a uma longa agonia deste velho político português...

A crise de Nova Orleães

Não interessa neste momento debater a culpa do Governo Federal Americano no tratamento que deu ao furacão Katrina. Bush já admitiu as falhas, e depois do relatório independente que certamente se efectuará, ficaremos a saber mais do que correu mal. Ao contrário da Europa, nos Estados Unidos fazem-se comissões independentes para analisar as situações menos positivas, e apurar responsabilidades. Mais, os políticos tem a coragem de vir a público assumir o que de menos correcto fizeram.


Aqui na Europa, e principalmente em Portugal, mais uma vez, assistimos ao coro dos anti americanos a protestar contra os EUA e George Bush. Certamente muitos ficaram contentes com a desgraça dos cidadãos americanos, pois o governo não soube dar resposta. A maior potência mundial é incapaz de reagir a uma catástrofe destas, só sabem fazer a guerra, como muitos pensaram e disseram. Ver e ouvir os fóruns sobre esta desgraça, foi angustiante, pois era um desfilar de (muitos ignorantes, outros nem tanto) criticas à super potência com os normais apupos anti americanos. Isto tudo com a normal cobertura dos media portugueses, sempre abertos a ouvir as criticas da "rua", principalmente contra os americanos.

O que realmente me assusta nisto tudo é verificar que este sentimento, consegue cegar as pessoas ao ponto de esquecer a verdadeira tragédia humana que aconteceu, focando apenas a sua atenção nas criticas ao sistema americano. Esta gente, a mesma que usou o "mas" no 11 de Setembro, não tem moral, eles não pensam nas vitimas ou no sofrimento humano, apenas se concentram no seu ódio contra os Estados Unidos, esse país responsável pelo fim da suas experiências totalitárias. Antes, tinham um regime, um sistema para defender, agora, como foram derrotados pelo curso da história, apontam as baterias contra o maior garante da democracia no mundo.

Os boys continuam...

O Governo continua a premiar os seus bons seguidores. Guilherme Oliveira Martins, actual deputado do PS e ex. Ministro dos Governos de Guterres foi nomeado para liderar o Tribunal de Contas, um órgão por excelência de fiscalização das contas públicas. Num organismo onde a independência é fundamental para o seu bom funcionamento, a nomeação de um homem do aparelho é assustadora a nossa democracia. O que virá a seguir?


Quando Carlos Tavares, antigo ministro da Economia no governo de Durão Barroso, foi nomeado para presidente da CMVM pelo executivo socialista, suspeitei logo que seria uma medida para contrabalançar futuras (e passadas) nomeações de pessoas ligadas ao Governo para altos cargos (Tal como a manutenção de Celeste Cardona na CGD serviu para abafar a nomeação de Armando Vara). Não me enganei!
A nomeação de Oliveira Martins (actual vice – presidente da bancada parlamentar socialista e ex – ministro de Guterres) para presidente do Tribunal de Contas é a todos os títulos descarada tentativa de partidarizar um órgão que sempre serviu (bem ou mal) para fiscalizar a actividade Governativa e não só.

Embora seja ainda cedo, e se trate de uma mera sondagem, é sempre uma agradável notícia a que nos é deixada pela sondagem da Universidade Católica para o PÚBLICO, a RTP e a Antena1.
Parece que a candidatura de Mário Soares, provocada pela ausência de outros candidatos credíveis no PS, e por isso uma candidatura artificial e partidária, está a ter o mérito que devia.


Por alguma razão a figura do Presidente da Republica, em Portugal, está sempre no lugar cimeiro da popularidade. Não há figura alguma que, ocupando aquele cargo, não se glorifique. Porque será?
Para o percebermos basta atentar nas declarações que Jorge Sampaio hoje produziu. Devemos preocupar-nos sempre em dignificar a função pública, não confundindo a necessidade de sacrifícios com a facilidade que consiste em apontar o dedo a um determinado grupo de cidadãos, disse o nosso Presidente.
Estas declarações vêm na sequência de orientações, pelo Presidente da Republica defendidas, no sentido de contenção das despesas públicas. Ora bem, por um lado defende o combate ao (famoso) défice, e por outro defende as pretensões dos funcionários públicos. No fundo defende a felicidade dos Portugueses.
O problema é executar esta tarefa. É, na prática, aplicar e gerir as medidas estruturais que o nosso País necessita. E isso os Presidentes da Republica não o fazem, nem o farão.

Nova Orleães

Chegam-nos imagens de da terrível devastação que assolou o sul dos EUA, uma super – potência como muitos não se cansam de, ironicamente, referir.
Nestes dias que passam os comentários que tenho ouvido vão todos no sentido de demonstrar que o gigante americano afinal tem pés de barro. Que não consegue resolver esta catástrofe interna.
Eu, por outro lado, interrogo-me: se isto tivesse acontecido num qualquer país Europeu como estaria esse país hoje…

Debate de Gondomar


O Major Valentim Loureiro, bem ao seu estilo petulante e arrogante, veio defender o indefensável neste debate da SIC Noticias. Quem vive em Gondomar sabe bem que o seu trabalho em prol do concelho foi quase nulo, pois nunca por lá andou. Gondomar continua o concelho mais atrasado da área metropolitana do Porto, com taxas de desemprego elevadíssimas, com acessibilidades reduzidas, sendo apenas um mero dormitório da cidade do Porto, sem capacidade de atracção de investimento, e com um boa parte do concelho extremamente pobre, ao nível de algumas zonas rurais do interior do país. Ao seu estilo de ditador, e com José Luís Oliveira, seu número dois e também arguido do processo Apito Dourado, geriu a Câmara como um centro de negócios imobiliários, de duvidosos interesses, apostando num caos urbanístico, bem ao jeito do que Paulo Morais recentemente denunciou. Neste debate foi tudo aquilo que estamos habituados, mentiroso, caluniador, arrogante, e mal educado. Portou-se ao nível de Avelino Ferreira Torres, mostrando o seu carácter verdadeiramente demagógico e populista. Espero que os Gondomarenses tenham a sensibilidade de não ir atrás do show off, e escolher a única candidatura da credibilidade e de trabalho, a coligação do PSD/PP. Bem sei que será uma tarefa colossal, mas Gonçalves Pereira demonstrou ter estofo para enfrentar o Major Valentão.

Os apoiantes de Soares....

A corte de Soares vem relembrando que existe uma grande diferença entre os apoiantes de Cavaco (empresários e homens de sucesso) e os apoiantes de Soares (gente da cultura, das artes e dos mais variados quadrantes da sociedade portuguesa). Um dos seus apoiantes destes sectores, o ridículo Castelo Branco, defendeu na apresentação da candidatura de Soares mais argumento para não votarem em Cavaco. Segundo o DN, "Faça muito por este País, que precisa muito de si. Não deixe ir [para Belém] a Maria Cavaco, qu'horror!". São estes os apoios de Mário Soares...

Depois de Soares...

... E de Jerónimo e provavelmente de Louçã, será que ainda haverá alguém da direita que não irá apoiar Cavaco, como em 1996? Será que em eleições deste tipo, alguém que se diz ideologicamente de direita, ou pelo menos desta área política, terá legitimidade para ficar de fora? Relembro a tradição americana, onde quase toda a gente toma sempre partido, mesmo que inicialmente não tenha sido esse o seu candidato. Em 2000, William Kristol apoiava John Mccain, e depois apoiou Bush, e tantos outros neoconservadores, que não sendo apoiantes de Bush desde a primeira hora, tomaram o lado do candidato republicano. Em Portugal, existe muito boa gente que se costuma colocar de fora nestas questões, apenas porque não gostam do candidato. Cavaco tem muitos anti corpos na direita portuguesa, mas nestas eleições terá que ter toda a gente do seu lado, sob o perigo do radicalismo de esquerda (todos os candidatos da esquerda são radicais) ganhar as eleições presidenciais. Gostaria de saber as posições de alguns destes senhores, que tem evidenciado um perigoso afastamento ideológico em relação a estas eleições: O Acidental, Blasfémias, Insurgente, entre outros...



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