política à portuguesa
1 Comments Published by Nuno Gouveia on quinta-feira, novembro 30, 2006 at 15:18.Foi com estas palavras que Narciso Miranda e Valentim Loureiro, esses ícones da transparência e honestidade democrática, reagiram às vis e infundadas acusações do Tribunal de Contas….realmente, este Tribunal, além de incompetente, é injusto para com quem serve a causa pública por devoção!!!
Curiosamente, esta suspensão acontece numa época em que Bento XVI se encontra na Turquia e parece ter dado o seu apoio ao Primeiro Ministro Recep Erdogan para a adesão da Turquia.
artes & espectáculos
0 Comments Published by Nuno Gouveia on terça-feira, novembro 28, 2006 at 15:00.Uma das mais interessantes estreias deste ano. A acompanhar!!!
política à portuguesa
0 Comments Published by Nuno Gouveia on segunda-feira, novembro 27, 2006 at 14:14.artes & espectáculos
0 Comments Published by Nuno Gouveia on sexta-feira, novembro 24, 2006 at 22:25.mundo em movimento
0 Comments Published by Nuno Gouveia on quarta-feira, novembro 22, 2006 at 23:34.Do lado democrata, a nova estrela da política americana, Barack Obama, continua a granjear apoios pelo país. Na segunda feira, Obama pediu uma retirada progressiva no Iraque, criticando o Presidente Bush por ter levado os EUA para uma guerra que, segundo as suas palavras: "would require an occupation of undetermined length, at undetermined cost, with undetermined consequences." O Senador do Illiniois está neste momento a promover o seu livro pelos Estados Unidos, "The Audacity of Hope: Thoughts on Reclaiming the American Dream." A revista TIME colocou-o na primeira página com o título "Why Barack Obama Could Be The Next President." Portanto, poderá estar neste homem o primeiro grande obstáculo à Senadora Clinton para chegar à Casa Branca. (claro que para grande parte da Europa, ela já terá ganho as eleições de 2008)
Sondagens
Na ultima sondagem publicada, a senadora Clinton liderava as intenções de voto para a nomeação democrata com 33%, seguida de Obama por 15% e Jonh Edwards por 14%. No lado Republicano, Guiliani liderava com 33%, Mccain seguía de perto com 30% e com 9% apareciam Newt Gingrich e Mitt Romney. Num hipotético confronto, Mccain vencia Clinton com 48%-43%, e surgia um empate entre Clinton e Guiliani, ambos com 46%.
política à portuguesa
0 Comments Published by Nuno Gouveia on segunda-feira, novembro 20, 2006 at 14:11.Foi confrangedor assistir à pseudo – greve dos estudantes do secundário frente ao Ministério da educação…e faltando às aulas um pouco por todo o País.
Os culpados não são eles…que não têm idade para ter juízo…mas nós que fazemos greves um pouco por todo o lado…e por qualquer coisita!
Embora compreenda a insatisfação dos defensores oficiosos, não posso aceitar que estes recorram à greve como forma de retaliação para com o Governo.
O defensor oficioso tem a nobre tarefa de defender, juridicamente, aquele que não tem meios económicos para contratar um Advogado. Colocar isso em causa é negar a nobreza da minha profissão, a Advocacia.
política à portuguesa
0 Comments Published by Nuno Gouveia on terça-feira, novembro 14, 2006 at 12:05.Rui Rio agiu bem ao cortar com os subsídios camarários a fundo perdido. As organizações culturais têm que se adaptar aos novos tempos. A resposta deve estar na sociedade e não no estado. Se os políticos fossem todos como Rui Rio, teríamos certamente um país mais evoluído, mais rico e mais culto. Infelizmente, os nossos políticos só se interessam por ganhar eleições e manterem-se no poder. É por causa destes valores que temos um país de autarcas dinossauros, com histórias de corrupção e de degradação dos dinheiros públicos.
política à portuguesa
0 Comments Published by Nuno Gouveia on segunda-feira, novembro 13, 2006 at 18:59.Realizou-se no passado dia 11 e 12 de Novembro o encontro internacional de ditadores de esquerda. Aqueles que se afirmam, de forma algo patética, “lutadores da liberdade”.
É curioso confrontar a lista de participantes nesse certame com a lista publicada pelos Repórteres sem fronteiras acerca da censura e opressão sofrida por quem utiliza a internet como meio de expressão.
Na lista de “inimigos” da expressão cibernauta surgem o Vietname, China, Cuba, Coreia do Norte, entre outros. Curiosamente todos eles participantes no encontro de ditaduras de esquerda.
P.S. O Partido Comunista da Coreia do Norte, embora não tenha participado, só não o fez porque não quis, pois, nas palavras de dirigentes comunistas, seria bem vindo.
política à portuguesa
0 Comments Published by Nuno Gouveia on sexta-feira, novembro 10, 2006 at 22:47.O mesmo de sempre...
Outra coisa estranha nas greves é sempre os números. O governo diz que foram 10%, os sindicatos 80%. Será que é tão difícil saber quantos funcionários públicos aderiram à greve? Suspeito que não sejam dados concretos, apenas desejos irrealizáveis dos dois lados.
Já que estamos numa de futebol, não posso deixar de assinalar uma contradição no discurso de alguns dos actuais Governantes. Há poucos anos defendiam as virtualidades de trazer para o nosso País o Euro – 2004. Diziam que era um investimento, que se pagava a si próprio, bla, bla, bla…
Actualmente, e num momento em que temos as infra – estruturas montadas, afirmam que a hipótese de trazer o Mundial – 2018 é impraticável devido ao elevado custo.
Das duas uma: ou mentiram descaradamente no passado, ou recorrem à demagogia e populismo agora…
Quando ouço falar da convocação de uma greve para uma sexta – feira fica-me sempre a sensação de fim-de-semana prolongado. Não que os trabalhadores não possam fazer greves à sexta – feira. É um direito que lhes assiste! Mas é bem verdade que as greves à sexta-feira dão azo a utilizações abusivas por parte de trabalhadores que apenas pretendem passar mais uns dias em casa sem que tenham falta injustificada.
mundo em movimento
0 Comments Published by Nuno Gouveia on quinta-feira, novembro 09, 2006 at 15:27.Mas, para que não haja dúvidas, esta foi uma derrota, apesar de não ter sido a hecatombe esperada, do Presidente Bush e do Partido Republicano. Os motivos apontados pelos eleitores foram a guerra no Iraque e os escândalos de corrupção que atingiram o GOP. Quem conhece a política norte americana (os media portugueses, com algumas excepções, revelam uma ignorância gritante), independentemente das suas convicções, têm de concordar que o trabalho que tinha vindo a ser feito pelo Congresso não estava a satisfazer os americanos. E estas eleições foram também uma resposta do povo americano. Mas George W. Bush também foi derrotado nestas eleições, não tivesse sido um dos visados no voto de protesto.
Na Europa existe uma clique que berra incessantemente pelo regresso da boa América... Enfim, esses revelam total desconhecimento do que é o Partido Democrata. Ainda ontem, quando acompanhava uma televisão americana, um dos pontos de concórdia entre os comentadores é que esta foi um vitória dos democratas centristas e moderados. Muitos dos candidatos que ganharam são da ala moderada, tendo discursos muito próximos dos Republicanos. Veja-se o exemplo do candidato radical anti-guerra democrata, Ned Lamont, que tinha conseguído afastar Joe Lieberman nas eleições primárias do Connecticut, mas que perdeu para este ontem.
As críticas que fez ao muro para separa o México são justas e correctas. Ser aliado não é dizer que sim a tudo, é também saber apontar erros e falhas. Mas, no essencial e no global, o que interessa é a visão comum que a sociedade europeia tem com os Estados Unidos. E isso, José Sócrates parece estar de acordo.
Podemos não gostar de José Sócrates, do seu governo ou de algumas políticas mentirosas que tem empreendido, mas em matéria de política externa, este governo tem estado à altura.
Numa altura em que é “politicamente correcto” bater no Governo (nem que seja para criticar a sua, exagerada, propaganda) surgem boas notícias. As novas regras sobre a disponibilização das quantias depositadas através de cheque e os arredondamentos bancários nos empréstimos à habitação. Isto sim, é propaganda...mas positiva.
Com efeito os Bancos desde há muito nos habituaram que para sacar dos bolsos do consumidor não há melhor que eles.
Tudo se paga, até o não ter um mínimo de dinheiro na conta (veja-se lá, até para se ser teso é preciso pagar!!!)
O Governo com estas novas regras vai tentar por alguma ordem na casa…e muito bem.
As eleições … de 2008
O mais interessante na política americana será o início da corrida pelas eleições de 2008. A dois anos das eleições, começaram as movimentações, os nomes a surgir e a preparação para as eleições primárias.
Do lado republicano, dois nomes surgem à cabeça para liderar o partido em 2008: Rudolph Guiliani, o moderado ex Mayor de Nova Iorque, e John Mccain, considerado a alma do partido. Mas outros nomes aparecem como nomeáveis, como o Senador da Virgínia, George Allen ou o Governador de Massachusetts, Mitt Romney. No caso do Senador da Virgínia, as suas esperanças podem acabar hoje se não conseguir ser reeleito. Outros candidatos com hipóteses de ganhar e menos prováveis, seriam a Secretária de Estado, Condoleezza Rice, o Governador de Nova Iorque, George Pataki, ou o líder da maioria do Senado, Bill Frist.
No partido democrata, as coisas parecem menos dividas, com Hillary Clinton a liderar as preferências. Mas em política nada é assim tão simples. E há outros nomes que poderão surgir na corrida, como o Senador John Edwards, o Senador do Delaware, Joe Biden ou o Governador do Novo México, Bill Richardson. Barack Obama, Senador de Illinois poderá ser uma surpresa em 2008. Este poderá ser o primeiro negro a chegar a presidente dos Estados Unidos. Lembro-me de um discurso verdadeiramente arrebatador na Convenção de 2004, que o catapultou para o imaginário de muitos democratas americanos, e não só.
Estes são só alguns nomes, e surgirão outros. Mas, manhã, independentemente de quem ganhe as eleições legislativas, começa verdadeiramente a corrida para a sucessão de George W. Bush.
Sobre as reacções negativas:
A AI refere que o julgamento de Sadam pode não ter sido o mais justo. Não contesto, pois não tenho conhecimento dos factos. Mas terá sido certamente mais justo este julgamento, do que as milhares de condenações à morte que o regime de Sadam implementou no Iraque. Sadam Hussein e os seus seguidores tiveram desta justiça iraquiana o que sempre negaram aos seus opositores.
Por fim, e fazendo uma comparação, gostava de saber a opinião dos que agora criticam esta condenação à morte sobre os julgamentos de Nuremberga ou de Tóquio.
Excelente crónica de João Miguel Tavares, hoje no DN. Aqui deixo algumas passagens:
"E nós por cá? Bom, por cá a grande luta de audiências do momento é entre uma rapariga pobrezinha que usa roupa colorida e fala com árvores e uma rapariga tristonha que se disfarça de freira para fugir à polícia. Nós, que somos tantas vezes alertados para o perigo imperialista da cultura americana, andamos a chafurdar em formatos de origem venezuelana, com a sofisticação própria do Terceiro Mundo..."
"...Enquanto lá fora se multiplicam as séries obrigatórias, por cá enche-se o horário nobre com produção portuguesa de quinta categoria, enquanto o verdadeiro talento mirra por pura e simplesmente não ter espaço para se desenvolver. O problema não está na televisão, que oferece muito de bom - o problema, infelizmente, está em nós. Diz-me que programas vês e eu dir-te-ei quem és."
Contam-se pelos dedos de uma mão só, as pessoas que têm acesso à comunicação social de primeira linha e que falam dos mecanismos de controlo e manipulação da comunicação social pelo governo socialista. É uma matéria tabu, que suscita logo um ambiente de grande hostilidade, com exigência probatórias imediatas. Não acho mal as exigências probatórias, dado que penso não faltarem provas, sendo às vezes serem tão evidentes que a sua exigência já é suspeita. Só tenho pena que não tenham sido pedidas com a mesma convicção antes do período actual de governação. Mais: intriga-me que aqui os jornalistas que se indignam, muitos deles em posições de relevo em órgãos de comunicação estatais, alguns em posições de chefia, tenham nesta matéria a atitude exactamente contrária à que tomam face a todas as coisas, onde acham sempre que não há fumo sem fogo por regra geral, e onde exercitam abundantes doses de cinismo. Aqui, ficam ingénuos em absoluto, nesta matéria não são certamente o “ninho de víboras” com que são descritos no mundo anglo-saxónico.Veja-se um dos exemplos mais que evidentes, referido por Eduardo Cintra Torres na série que está a escrever para o Público, e que tanta hostilidade suscita contra o seu autor, que está a provar uma medicina que já conheço há muitos anos. Trata-se da tentativa de controlo da agenda comunicacional através da sobreposição de pseudo-factos, declarações, conferências de imprensa, manobras de diversão, criados do nada para esconderem ou minimizarem os factos que são incómodos para o governo. O Primeiro-ministro Sócrates não faz isto dia-sim-dia-não, faz isto dia-sim-dia-sim, com sucesso garantido. Exemplo: no dia da manifestação da CGTP com setenta mil pessoas na rua, Sócrates fez mais uma das suas deslocações a um palco controlado (é interessante ver como utiliza muitas vezes o grupo parlamentar do PS como “palco controlado”) para responder aos manifestantes a solo, sem contraditório. Nos noticiários o facto e o pseudo-facto equivaliam-se e mesmo que não se queira chamar às declarações de Sócrates pseudo-facto, elas não tinham o interesse jornalístico que justificasse um tratamento quase simétrico. Isto acontece, quase sempre com Sócrates a solo em palcos controlados, dia-sim-dia-sim.É evidente que não só os governos socialistas que aplicam estas técnicas, os do PSD e do CDS fizeram o mesmo, mas com muito menor eficácia porque há diferenças fundamentais e que têm a ver com o facto de a comunidade jornalística se comportar por regra de forma muito adversarial com governos “de direita”, como agora se diz. Provas? Provas, pergunto eu? E que tal pensarmos nisto: sabedores das tácticas de ocultação do Primeiro-ministro e de alguns membros do governo mais sábios como o Ministro António Costa, que fazem os jornalistas para manterem a informação crítica a fluir, que fazem as redacções para darem o devido valor (o de notas de quatro ou cinco linhas como fazem os jornais anglo-saxónicos) a actos que eles sabem serem de contra-informação, sem conteúdo jornalístico, não dando o benefício ao infractor? Nada, quase nada. Ao aceitarem as regras do Primeiro-ministro e do governo, aceitam a governamentalização e o controlo político. E não adianta dizerem, como já vi escrito, que não há problema nenhum em que o governo tenha investido tanto em “relações públicas” e em assessorias de imprensa que são “boas”, sem perceberem que esta frase é mortífera para a profissão de jornalista e auto-condenatória. Há quanto tempo se recordam de uma genuína pergunta e de uma genuína resposta do engenheiro Sócrates, fora do mundo da propaganda? Não me lembro.