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A Função Pública quer dar-nos música

A nossa função pouco pública acha que somos todos parvos!!! E somos mesmo, por termos vivido todos estes anos aguentando, caladinhos, o crescendo das regalias completamente injustificadas de que usufruem.
Fala-se em direitos adquiridos, defende-se que a equiparação devia ser ao contrário (o privado devia convergir com o público), e até se referem as especificidades dos vários sectores da função pública. Não sabem do que falam!
Os direitos adquiridos são válidos para as situações em que alguém já adquiriu um direito. No caso, se um determinado funcionário já adquiriu o direito à reforma, a nova regulamentação não o vai atingir. O que se passa é que os contestatários não adquiriram direito algum. Apenas têm uma mera expectativa. É diferente, muito diferente!
Sobre a equiparação do privado ao público (ao invés da equiparação do público ao privado) estou completamente de acordo. Mas só um utópico poderia defender essa equiparação (e o Cunhal já cá não está). Basta atentar na situação económica em que vive a Europa, e Portugal em particular.
O que se deve discutir é da justeza, ou não, das medidas anunciadas pelo Governo.
É um facto que Portugal está a atravessar uma profunda crise. É um facto que a função pública consome metade da riqueza do país. Mas pelos vistos, enquanto o barco vai ao fundo, a banda (função pública) quer continuar a tocar…

Durão Barroso

Há doze meses Durão Barroso foi escolhido para a presidência da Comissão Europeia. Muitos apressaram-se a afirmar que ele estava a fugir à realidade Portuguesa. Mas, pergunto eu, porquê fugir de uma crise nacional e ir enfrentar uma crise europeia?
A resposta é simples. Durão tinha a oportunidade única de ocupar um cargo fulcral da cena comunitária. Um cargo que outros Portugueses sonharam mas não almejaram atingir. Um cargo que poderia, e ainda poderá, trazer importantes benefícios a Portugal. Não se podia desperdiçar esta oportunidade.
No entanto é certo que o seu mandato não têm sido brilhante. De facto a polémica tem acompanhado o nosso ex primeiro – ministro. Desde o início que houve problemas, começando com o “comissário” Italiano (Rocco Buttiglione), não esquecendo o comissário Francês (Jacques Barrot), mas também a questão do orçamento da U.E., e, de um modo geral, a grave crise económica em que a U.E. se encontra.
Apesar de tudo entendo que Durão Barroso ainda tem espaço para recuperar uma imagem que, no meu ponto de vista, já teve melhores dias.

Abortar a contestação…

Numa altura em que a contestação às medidas governamentais de combate ao défice está ao rubro, não é de estranhar que surja a questão do Aborto. Mais, ninguém pode dizer que a questão do referendo sobre a interrupção voluntária da gravidez é um problema menor, pois não é. De facto é algo que deve ser resolvido com celeridade.
No entanto o timing em que este tema surge é perfeito para o executivo socialista. O povo, ou melhor os funcionários do Estado, estão na rua. A oposição está delirante com tantas vozes a discordantes do Governo. E o Governo o que faz? Cede as pretensões dos sindicatos? Não!!! (E ainda bem acrescentámos nós).
O Governo desvia as atenções da oposição de direita que vai passar a ter um novo inimigo. E dá uma prenda à oposição da esquerda que terá de se mostrar satisfeita com o referendo e terá de lutar, pela vitória do sim, contra a direita.
É o que podemos chamar de tentativa de abortar a contestação!

Também eu quero ser Professor

A função pública anda na rua. Protesta, dizem eles, contra as medidas anunciadas pelo Governo. Concretamente protesta contra a equiparação entre o sector privado e o sector público. Dizem os sindicatos e organizações dos vários sectores de actividade da função pública que os regimes especiais que agora vigoram têm justificação face às especificidades de cada sector.
Meus amigos, porque razão um Professor do sector público se pode reformar aos 55 ou aos 60 anos e o colega do sector privado apenas têm direito à reforma aos 65. E o trolha que anda de sol a sol a trabalhar? Esse apenas tem direito à reforma aos 65.
Dizem que os Policias e os Professores têm profissões de desgaste rápido. E nós, os meros contribuintes que trabalhámos tanto ou mais do que eles, não nos desgastámos?
A classe dos Professores é uma classe privilegiadíssima em Portugal. Saem da Faculdade e têm direito a um ano de estágio, com remuneração. Muitos deles andam pelas as escolas com horário zero. E nos longuíssimos períodos de férias escolares andam entretidos nas famosas reuniões hiper cansativas.
Caros funcionários públicos, nossos funcionários, tenham vergonha na cara e toca a trabalhar!!!

2 Anos

Este blog fez ontem 2 anos de existência. Apesar dos seus períodos de inactividade, alguns mais longos que outros, foi sempre uma expressão de liberdade individual dos seus autores. Penso que nos fez crescer como indivíduos e deu-nos um espaço de intervenção, que não teríamos sem este palco de actuação. Espero que continuemos a poder escrever livre de preconceitos e do “status” politicamente correcto, com criatividade e espírito crítico. Infelizmente, o meu computador está avariado, e neste momento não tenho forma de escrever o que desejaria nesta data. Mas prometo para breve mais comentários. Espero que o meu colega Marques Ferreira possa continuar nestes dias, a actualização quase diária dos últimos tempos.

Jorge Sampaio

Os discursos do pior Presidente da história portuguesa continuam a dar que falar... pela negativa. A maior parte das vezes que este Presidente abriu a boca no seu mandato, provocou-nos bocejos ou sorrisos. Sinceramente não há paciência para o continuar a ouvir. Felizmente, o seu mandato vai terminar dentro de alguns meses, e abre-se uma nova esperança para a Presidência da República.

Oportunidade

Tony Blair, no discurso de apresentação da presidência inglesa da UE no Parlamento Europeu, referiu mais uma vez, o óbvio. É nos tempos de crise que se pode evoluir, e neste aspecto, a UE pode aproveitar estes tempos draconianos para dar um novo salto em frente, na reforma das instituições e das políticas europeias. O que Blair não disse, mas deve ter pensado, é que também novos líderes deveriam surgir da crise, para substituir os ultrapassados Chirac e Schroeder.

Avante.. os resquicios do totalitarismo

Em tempos da morte do estalinista Cunhal, o Avante publica este artigo, que revela o carácter totalitário que o PCP detém em pleno século XXI.

Imaginem se num jornal oficial de um partido de direita fosse publicado um artigo assim, retirando apenas alguns nomes e acrescentados outros... Tenham em atenção este excerto.


No 50.º aniversário da morte de Estaline (Hitler)
Nostalgia russa (Alemã) pelos tempos do socialismo (nacional socialismo)

O 50º aniversário da morte de Estaline (Hitler) (05.03.1953) foi comemorado sem indiferença e com respeito na antiga URSS (Alemanha), mas noutros países com o habitual «grande espectáculo» que os «media» ocidentais costumam dedicar a todos os acontecimentos em que Estaline (Hitler) se distingue. Uma vez mais, vieram à baila os muitos milhões que teria mandado executar e, enfim, toda uma série de horrores a que a História, a verdadeira, não consente aval. O nome do escritor (caçador de nazis) Alexandr Solzhenitsyn (Simon Wiesenthal) oferece constante fonte de apoio a todos os especuladores na matéria. A sua afirmação de que os «excessos» de Estaline (Hitler) teriam conduzido milhões de pessoas à morte, serve-lhes às mil maravilhas. Mas parece que as coisas não foram bem assim...

Certamente teriamos muitos artigos inflamados, entrevistas na televisão, editoriais a pedir cabeças, e ate manifestações nas ruas...

Complicador…

Muitos de nós, a respeito das mais variadas coisas, tem um fetiche por complicar o que é simples. É o que acontece com os defensores de Álvaro Cunhal.
É, ou não, verdade que Álvaro Cunhal defendeu, desde sempre, até à sua morte regimes totalitários que abominavam a liberdade de expressão e reprimiam os ideais da democracia?
É, ou não, verdade que Álvaro Cunhal pretendeu por em prática em Portugal um sistema político igual ao que vigorou na União Soviética, e que actualmente é, pacificamente, considerado como não democrático?
Se responderam com sinceridade às questões anteriormente formuladas penso não haver mais nada a esclarecer….
Quem quiser complicar vai relembrar a luta a Salazar ou que Hitler foi pior…!!!! Os erros de uns ou as virtudes de alguém não podem servir para branquear os seus pecados.

Autoridade

João Pedro Henriques refere a questão da autoridade. Uma matéria muito interessante, sobre a qual quero deixar uma reflexão. Seguindo a lógica deste raciocínio, nem toda a gente tem autoridade para criticar os erros do passado. Se calhar, eu por ser de direita, não tenho autoridade para criticar o nazismo ou o fascismo, tal como quem é de esquerda não pode criticar a Stasi ou a Securitate, pois são seus “descendentes” políticos. Os erros do passado devem ser expostos e criticados, independentemente da nossa ideologia. Salazar e Pinochet fazem parte do enorme leque de ditadores que condeno, juntamente com Ceausescu e Pol Pot. A Álvaro Cunhal, devemos criticar as suas tentativas totalitárias.
Mesmo que grande parte da esquerda não o faça, espero que JPH se sinta com autoridade para denunciar o regime totalitário de Cuba. É que muitos dos que pensam como ele, não o fazem, glorificando o ditador Fidel Castro.

Tony Blair



O Primeiro-ministro Britânico é simplesmente o mais brilhante político desta geração. Quem se lembra dos finais dos anos 90, quando a Terceira Via de Anthony Giddens era um dos conceitos políticos mais odiados pela direita, precisamente por ser o caminho da esquerda se modernizar e tomar de assalto o poder, disfarçando as suas diferenças ideológicas e esquecendo os velhos dogmas. Políticos como António Guterres, Gerhard Shroeder ou Tony Blair assumiam uma nova forma de governar, onde as sondagens eram mais importantes que as ideologias, os assessores técnicos foram substituídos pelos assessores de imagem. Lembro-me perfeitamente de ter “vilipendiado” esta nova forma de fazer política, e que tão maus resultados ofereceu a Portugal.

Mas depois ficamos a conhecer o verdadeiro Tony Blair, o político que continuou o legado das reformas liberais de Margaret Tacther, que conduziu o Reino Unido a uma posição mais europeísta, sem no entanto capitular perante o Federalismo. Foi o homem que esteve ao lado da liberdade e da democracia, apoiando os Estados Unidos nas intervenções mais importantes no pós guerra fria, não cedendo à opinião pública, nacional e internacional. Na luta contra o terrorismo, não esteve ao lado daqueles que pensam que se pode negociar com terroristas, cujos objectivos passam pela destruição do nosso modo de vida ocidental. Neste último Conselho Europeu derrotou, com inegável capacidade de negociação, o federalismo europeu, e os Governos que continuam a pensar a União Europeia, como uma forma de estender o domínio da França. Pedem sacrifícios ao Reino Unido, mas continuam a defender esta maldita PAC.
A coerência, a honestidade intelectual, a coragem politica e a visão histórica de Blair têm de ser defendidas e elogiadas. Apesar de não ser do espectro político em que me situo, é talvez aquele político europeu que daqui a 20 anos será uma das minhas referências.

Numa era de líderes cinzentos e sem sentido de história, Tony Blair aparece como um espécie de oásis no meio do deserto. E sinceramente, angustiante é olhar em redor e não ver ninguém…


A liberdade de imprensa à esquerda

Que a esquerda tem um tratamento favorável, já todos sabemos. Nos últimos dias tivemos a oportunidade de observar dois excelentes casos. Primeiro, o filósofo e marido de Bárbara Guimarães, o Dr. Carrilho, chamou aos jornalistas de "débeis mentais", e depois, o Secretário de Estado Simões, mandou retirar uma edição inteira de um jornal local, pela simples razão que não aprovou o que tinha sido escrito em relação a uma entrevista sua. Reacções da imprensa: Poucas ou nenhumas. Onde andará o senhor Maia do Sindicado dos Jornalistas? Certamente ainda a chorar a morte desse paladino da liberdade de imprensa, que foi o Dr. Cunhal...

Principais indicadores…

Muitas vezes somos assolados pelos terríveis indicadores estatísticos, sejam eles sobre o PIB, desemprego, consumo, criminalidade, etc… Geralmente os tais indicadores são um factor de desmotivação da população, pois apresentam, quase sempre, conclusões negativas. Mas a mim não são esses que me preocupam.
O que é preocupante é termos no Top de vendas musicais um grupo de rapazes para os quais os Rolling Stones é um tipo de granito ou os U2 são um submarino alemão.
O que é desmotivador é que o programa mais visto da TV consiste numa apresentadora pindérica a contracenar com uma peúga e um burro.
O que fere a alma é ver cada vez mais viaturas com luzes florescentes no chassis ou nos pára – brisas, e confirmar que os seus proprietários sentem orgulho nisso.
Nós, Portugueses, somos pequeninos, muito pequeninos. Não merecemos melhor sorte daquela que temos. Até ao evoluir das mentalidades sempre seremos pobrezinhos.

Inacreditável

Que País é este em que o Presidente da Republica tem de perguntar a um embaixador estrangeiro se é seguro deslocar-se a um bairro social?

Naomi Wats

E um bom fim de semana a todos...

ÀS VEZES ATÉ DÁ PARA RIR...
Hoje em dia todos têm uma história para contar às câmaras de TV, aos jornais ou simplesmente aos amigos, sobre algum episódio vivido com esse grande Português, Álvaro Cunhal. Resolvi por isso tornar público um que me foi confidenciado por alguém cujo nome, por razões de segurança, não vou poder revelar.
Certo dia Álvaro Cunhal foi a Cuba. Não…não pensem que foi abastecido dos célebres sabonetes ou outra moeda de troca para conseguir atrair meninas cubanas. Como era seu timbre foi lá numa visita ao seu amigo Fidel Castro.
No entanto Cunhal, que sempre tivera em mente a prosperidade de Cuba e a grandeza desse regime magnífico, ficou surpreendido pelo facto de todos os cubanos com que se cruzava, usarem sapatos rotos e velhos. Estupefacto com essa desgraça indagou o seu amigo Fidel:
-Camarada, meu guerreiro da liberdade, da paz e prosperidade, porque razão tanta gente anda com os sapatos rotos?
-Caro Cunhal, tu no sabes que esso és normal. Apuesto que en tu pais tambien toda la gente anda com los sapatos rotos!
- Não Fidel, em Portugal, embora exista uma política de direita, contra os trabalhadores e a favor do grande capital, ninguém anda com os sapatos rotos. Mais, se quando lá fores fazer um grande comício pela liberdade, pelo PCP apoiado é claro, encontrares alguém na rua com sapatos rotos até lhe podes dar um tiro que eu assumo a responsabilidade!
- Apostado, meu grande amigo!!!
E assim foi, Fidel deslocou-se a Portugal uns meses após, para transmitir a sua experiência de libertação dos oprimidos, indo a Matosinhos para um comício onde até o ícone da democracia Portuguesa, Narciso Miranda, estaria presente.
Chegado a Portugal, e ainda no Aeroporto, Fidel avistou na própria gare das chegadas um tipo com os sapatos rotos. Não perdeu tempo! Sacou da sua pistola de fabrico soviético e descarregou o carregador no pobre homem.
No dia seguinte o título dos jornais dizia: Maluco barbudo assassina embaixador de Cuba em Portugal!!!

Os intolerantes

Sobre um post intolerante do Glória Fácil, não posso deixar de emitir a minha opinião. Eu, que tenho 27 anos, não tenho que pedir desculpa por não ter lutado contra o totalitarismo de Cunhal, e muito menos contra o Estado Novo. Sou daqueles que critico o papel histórico que Álvaro Cunhal desempenhou, apoiando sucessivamente regimes ditatoriais e totalitários, e tentando impor em Portugal uma democracia popular, bem ao jeito do que ele defendia. A blogosfera serve para a expressão mais pura da liberdade, de escrevermos genuinamente o que pensamos. Essa, das responsabilidades pelo passado, certamente passa ao lado daqueles que hoje discordam do pensamento político da esquerda portuguesa. Criticar Cunhal, mesmo na hora da sua morte, revela liberdade de pensamento, coisa esta que não teria se a "vontade" dele tivesse vingado.

Notas de um dia de luto nacional


O Presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, veio a público afirmar o que há muito já se sabia. Vai haver uma pausa no processo de ratificação do Tratado Constitucional Europeu. O Governo português vai mais uma vez atrás da Europa e só vai suspender o referendo quando o directório europeu assim o decidir. Por outro lado, já admitem para o processo, mas apenas se os outros assim o entender. É uma cegueira que até mete pena...

O dia de luto e o funeral do Álvaro Cunhal inundou, como seria de esperar, o dia televisivo. Ouvi frases que mostram claramente o desconhecimento total de quem foi Álvaro Cunhal: Foi um homem que lutou pela liberdade, amigo do povo, que ajudou a melhorar o nível de vida dos portugueses, que foi o maior político da nossa época, sem ele não viveríamos como hoje... Enfim, argumentos de quem desconhece, ou não quer lembrar-se, o estalinista que ele foi toda a vida. Estou mesmo farto desta bajulação a um homem que amava tudo menos a liberdade e a democracia.

Está marcada para sábado, em Lisboa, uma manifestação contra a insegurança, convocada por uma sombria Frente Nacional. Depois dos sinais de insegurança, o racismo e a xenofobia aumentam. Apesar de pensar que não estão criadas as condições para Portugal ter um movimento de extrema-direita que consiga ter algum peso real na sociedade portuguesa. Mas temos que estar atentos e denunciar a tentativa destes selvagens.

BASTA DE HIPOCRISIAS E CONTRADIÇÕES

A morte de uma pessoa é sempre um momento triste, sobretudo para aqueles mais chegados ao falecido.
No entanto, mesmo na morte, não podemos deixar de dizer o que pensámos, e sobretudo não podemos contrariar todos os princípios que defendemos desde sempre.
Morreu Álvaro Cunhal. É um momento de pesar para a sua família e amigos. Todos devemos respeitar a sua dor e sofrimento. Mas fiquemos por aí!
É impensável a verdadeira propaganda que se tem efectuado, através dos meios de comunicação social, mesmo por aqueles que sempre criticaram o PCP.
Por isso proponho que se faça um juízo de prognose póstuma ex ante, isto é, uma previsão do que teria acontecido a Portugal na hipótese de Álvaro Cunhal ter conseguido implantar em Portugal as suas ideias.
Provavelmente, daqui para o futuro, iríamos festejar mais o 13 de Junho, do que o 25 de Abril!!!
É que Álvaro Cunhal queria subjugar Portugal a uma ditadura Comunista. Não haja dúvida alguma! Este homem defendia a ditadura Soviética, mesmo após a sua queda. Este homem defendeu, até ao seu último suspiro, a ditadura cubana.
Portugal, pela mão de Álvaro Cunhal, teria pertencido ao leque de países com uma ditadura Comunista. Não haveria liberdade de expressão nem eleições livres. Haveria sim prisões políticas, como acontece no regime Cubano.
O 13 de Junho seria para todo o sempre recordado como o dia da morte do ditador.

P.S. Porque razão tem o PCP tanto orgulho em mostrar a coroa de flores assinada pessoalmente pelo ditador cubano???

La Piovra

Recentemente, tive a oportunidade de rever a saga do incansável Comissário Corrado Cattani, na sua infatigável luta contra a máfia italiana. La Piovra, arrasta-nos por dentro dos meandros da corrupção e da luta contra o crime organizado italiano. Ao longo das 4 series em que Cattani é o protagonista, tudo se passa, desde morte, corrupção, violência até paixão e amor. A primeira vez que vi estas séries, era ainda muito novo, e não me apercebia dos seus pormenores fabulosos. É algo de extraordinário poder ver durante muitas horas o horror de quem tudo perde, mas que não desiste de lutar contra o mal enraizado e organizado da máfia italiana. Corrado Cattani é, sem dúvida, um dos meus heróis da ficção.

Com uma excelente banda sonora de Ennio Morricone, e brilhantes desempenhos de Michele Plácido (Corrado Cattani), Remo Girone (Tano Caridi), Guiliana de Sio (Guilia Antinari), Patricia Millardet (Sílvia Conti), entre outros, esta é sem dúvida uma das melhores séries do género, e que muito nos ensina. Tive nitidamente a sensação que nem tudo é ficção, pois podemos rever nela muitos procedimentos da vida política e empresarial do mundo de hoje. Em Portugal, já estão disponíveis em DVD as 3 primeiras séries.

Liberdade

Portugal é um país livre e democrático, apenas porque Álvaro Cunhal e o PCP foram derrotados no PREC. Contudo, hoje é dia de luto nacional pela morte de um dos maiores inimigos da democracia portuguesa. Dá que pensar...

A morte de Cunhal... novamente

Parece que toda a gente esqueceu quem foi este homem. As referências lidas e ouvidas na imprensa foram toda elogiosas à tenacidade, à frontalidade, às suas fortes convicções, à coerência, enfim a todo um leque de características que poderiam ser atribuídas a muitos outros ditadores e lunáticos do século XX. A diferença é que Álvaro Cunhal, felizmente, nunca conseguiu chegar ao poder para impor as suas ideias. Se Álvaro Cunhal tivesse sido o timoneiro de Portugal em 1975, de certeza, que alguns dos que hoje o elogiam, não estariam vivos para contar a história. Mas enfim, temos que aturar este nacional porreirismo que o país padece. Felizmente que na blogosfera, respira-se um clima de liberdade inquestionável, que nos permite ler outras opiniões que não as do politicamente correcto. Aqui deixo o meu louvor a todos aqueles que exprimiram o que realmente sentem.

A morte

O desaparecimento de Álvaro Cunhal e Vasco Gonçalves não me leva a ter sentimentos benévolos. A morte é sempre uma tragédia pessoal para os entes queridos, e como tal, deve ser respeitada e lamentada.

Mas não posso deixar de lamentar os comentários hipócritas daqueles que sempre detestaram as ideias políticas destes senhores. O passado político de Álvaro Cunhal, apesar de ter lutado contra a ditadura do Estado Novo, ficou decisivamente marcado pelo regime ditatorial que tentou impor no Portugal pós 25 de Abril. Se as suas ideias tivessem vingado, Portugal teria vivido em sem liberdade por muito mais tempo. Vasco Gonçalves representa tudo o que de mau aconteceu no período do PREC em Portugal, com os prejuízos que se conhecem hoje em dia.

Isto também tem que ser lembrado nesta hora…

O último adeus de um Grande Português

Foi com um sentimento de revolta que, ao ler as notícias na manhã de hoje, recebi a notícia da morte de uma figura impar em Portugal.
De facto a morte de Eugénio de Andrade é algo que nos choca a todos. À sua família e amigos os mais sentidos pêsames.

Natalie Portman

E um bom fim de semana a todos...

Dia de Portugal, dia de medalhas

Hoje, em Guimarães, o nosso Presidente condecorou mais 59 ilustres personalidades da sociedade portuguesa. Já estamos habituados a esta trapalhada toda de medalhas e embustes. Entre as personalidades portuguesas mais conhecidas, devem ser poucas as que ainda não tem condecorações.
Este ano, entre alguns políticos, mais ou menos relevantes, aparecem ainda os nomes de Catarina Furtado (que serviço relevante prestou ao Estado? Se ainda ao menos tivesse mostrado o seu belo corpo…) Nicolau Breyner, João Botelho e Leonor Pinhão (estes porque o Benfica foi campeão), Luís Represas (deve ser pelo seu apoio à democracia cubana), entre outros menos famosos. E claro, o Presidente não se esqueceu de condecorar dois médicos de Guimarães, José Cotter e Jorge Cotter, que por acaso são primos de… Jorge Sampaio.
O mais grave destas condecorações é que ninguém percebe o critério com que são atribuídas. Quando é que alguém vai acabar com esta treta das condecorações? Espero que o próximo Presidente da República coloque alguma ordem nisto e contemple apenas quem merece realmente.

Sondagem

A sondagem publicada hoje no Expresso sobre o Tratado Constitucional Europeu é um excelente indicador do que poderá ser a votação num hipotético referendo. Fundamentalmente mostra que a vontade política do Bloco Central português pode não ser coincidente com a dos portugueses. Apesar do desconhecimento quase total que revelam, os portugueses parecem ter muitas dúvidas sobre este passo da construção europeia.
Este empate técnico poderá amedrontar os dirigentes portugueses e levá-los a cancelar o referendo. O que seria uma boa noticia, apesar do motivo não ser o melhor...

Uma nova forma de estar na política

Há muito tempo que me bato por uma mudança das estruturas democráticas Portuguesas, nomeadamente pela mudança do sistema político – eleitoral, sem que no entanto se tenha feito algo nesse sentido.
Todavia, recentemente, parece haver vontade de mudança. Refiro-me aos recentes acontecimentos em torno das declarações do Presidente da Região autónoma da Madeira.
De facto, e inspirando-se no Futebol, os políticos que se pronunciam sobre a questão utilizam linguagem que cativa a população.
Primeiro o Presidente da Região autónoma acusa as mães do jornalistas, que ousam criticá –lo, de praticarem a profissão mais velha do mundo.
Em seguida o nosso Presidente da Republica diz que há muito tempo desistiu de se pronunciar sobre as afirmações de A.J.J. Isto é, praticamente chamou inimputável ao mesmo.
Mais tarde no Parlamento regional a bancada do PSD aplaude de pé as primeiras afirmações!!!
Na sequência o responsável pelo PCP na Madeira chamou alcoólico a A.J.J.
Pois é, a continuar assim não tenho dúvidas que a política, e os políticos, vão conseguir cativar as atenções dos Portugueses. Está resolvido o nosso Problema.

Novos Sons II
Athlete




Os britânicos Athlete são uma das mais interessantes bandas do momento, com dois álbuns em carteira. O primeiro, lançado em 2003 “Vehicles & Animals” conseguiu apreender a atenção da crítica e vendeu cerca de 250 mil exemplares.
Mas o álbum que me prendeu a atenção, foi sem dúvida o segundo, lançado este ano. “Tourist” é um álbum sentimental e introspectivo, que nos impõe mergulhar nas profundezas da alma humana. O primeiro single, “Wires”, é um tema calmo, mas com uma sonoridade que os aproxima daquelas bandas do início dos anos 90 que tanto me fez vibrar. “Half Light” é talvez o melhor tema do álbum, onde há uma mistura explosiva entre a melodia da voz com a agressividade da guitarra. Contudo, esta é uma banda melancólica para gente que gosta deste tipo de som. Por isso quem quer saltar e dançar, então é melhor nem ouvir.
Ninguém pense que os Athlete vão-se transformar numa banda de massas, mas estão lentamente a trilhar o seu caminho, e este Verão vão actuar em grande palcos europeus: no Glastonbury em Inglaterra, no Roskilde na Dinamarca, no Lowlands na Holanda, no Festival de Benicassim, em Espanha, além de tocarem em alguns concertos da Tour Europeia dos U2. Portugal também vai ter a oportunidade de os receber, no Festival Sudoeste, no próximo dia 7 de Agosto. Infelizmente, não irei certamente assistir à sua performance, pois detesto festivais e todo o ambiente criado no seu seio.

A insistência no referendo e no Tratado

Já toda a gente percebeu que o referendo português será pouco mais do que inútil, mas os responsáveis políticos portugueses continuam a insistir nesta ideia. Se realmente houver referendo, então a minha posição passa do talvez, para um rotundo Não a este Tratado Constitucional. Apesar de ter sido sempre favorável à construção europeia, nunca fui federalista. O discurso de Mário Soares, o federalista de serviço português, sempre me meteu medo. Não quero viver nos Estados Unidos da Europa, mas sim numa Europa de Estados e Nações independentes. Por isso é que talvez nunca tivesse votado sim a esta Constituição, apesar de não a conhecer como devia.

Depois da morte anunciada do Tratado Constitucional, os dirigentes políticos europeus seguem a rota suicidária de ir contra os europeus. A verdade é que se houvesse referendos nos 25 países, o não seria bem superior do que o esperado. Não seriam só a França e a Holanda a recusar esta constituição em referendo, pois em muitos países que já a ratificaram, o não também sairia vencedor. Este é um tempo de reflexão e de oportunidade, e não de continuar a apoiar o insustentável. Estamos todos à espera que no próximo Conselho Europeu, haja alguma dignidade e que se suspenda a ratificação do Tratado Constitucional.
É isto que desejo, se bem que temo que o resultado seja o inverso.

Freitas do Amaral foi contra a opinião do Governo e defendeu o início de uma nova era na Europa. Se fez bem, é evidente que um Ministro dos Negócios Estrangeiros não pode ter opiniões pessoais, ainda por cima quando estão em contradição com o seu próprio Governo. Mas o importante é demandar por soluções e novas formas de liderar o processo europeu. É nisto que os políticos se devem concentrar no futuro.

Numa coisa o Alberto tem razão

Mais uma vez o monarca Madeirense, Alberto João Jardim, fez uma das suas alegres aparições. A culpa é da TAP, que durante a viagem da Madeira para o continente insiste em tratar bem demais o Presidente.
Desta vez nem as mães dos jornalistas escaparam, sendo equiparadas às funcionárias das casas de alterne ou similares. Não me interpretem mal. Muitas vezes eu também penso o que ele disse, mas aí não digo o que penso!
Mas numa coisa o João Jardim tem razão. O PSD tem um líder fraco. Se fosse um líder com força corria com ele de imediato. Já são macacadas a mais!

A crise de liderança europeia

Hoje, o DN tem um artigo que refere a crise de lideranças na França, Inglaterra, Itália e Alemanha. Pois bem, é em períodos de crise que se podem levantar lideranças fortes e carismáticas. O problema é que se na França e na Alemanha, o que poderá vir será certamente melhor que o actual e na Inglaterra o estilo não mudará muito, na Itália o cenário poderá ficar ainda mais negro. Mas vamos por partes...

Na França, há muito que Chirac não é a melhor solução para responder aos desafios do século XXI. Em 2007 teremos uma nova liderança, e neste momento, o candidato melhor posicionado, Nicolas Sarkosy é uma lufada de esperança para a actual Europa. As suas ideias são conhecidas, e com ele não teremos a liderança cinzenta e obscura de Chirac.

Na Alemanha, e com eleições marcadas ainda para este ano, as perspectivas não poderiam ser as melhores, com a possível e mais que certa vitória de Angela Merkel.
A candidata da CDU já afirmou que o eixo Franco-alemão deve deixar de tentar dominar a União Europeia e voltar a restabelecer as boas relações com os Estados Unidos.

Na Inglaterra, apesar dos maus ventos que sopram na liderança de Tony Blair, acredito que mesmo que este seja substituído por Gordon Brown, as directivas das suas políticas não se modificarão na substância. Neste momento, Blair é talvez o único dirigente político europeu que ficará na história, e por isso, o seu afastamento será negativo para o mundo.

Na Itália, o possível afastamento de Berlusconi não afectará de modo algum a Europa, pois a sua chefia do governo Italiano nunca passou de uma liderança polémica e demasiado ligado ao poder económico do seu império. O seu substituto, esse sim, poderá contribuir para o afunilamento de uma política errada que tem sido seguida pela actual geração de políticos europeus. Era melhor alguém que não estivesse ligado a este período cinzento da vida política europeia.

Novos Sons
Thirteen Senses






Apesar deste blog ser mais de índole político, vou começar uma nova rubrica ligada ao mundo da música. Apesar de não ser um especialista, ultimamente em virtude do meu trabalho profissional, tenho vindo a conhecer muitas bandas novas e de qualidade. Brevemente, espero também poder colocar o som no post musical.

Esta semana, a minha banda escolhida são os ingleses Thirteen Senses, uma banda que não tem merecido a atenção que merecia em Portugal. Prova disso é a sua presença em alguns dos festivais mais carismáticos, como o T in the Park, o V Festival e ainda Glastonbury. A banda tem sido ainda uma aposta segura da XFM e da Virgin Rádio, bem como da crítica especializada inglesa como o New Musical Express.


O álbum de estreia, "Invitation" foi editado em Setembro de 2004, e foi aclamado pela critica especializada. São uma banda britânica, ao estilo dos Coldplay e dos Keane, mas onde o piano é mais importante que a guitarra, e a fantástica voz de Will South marca decisivamente a cadência musical. A música dos Thirteen Senses é uma fonte poderosa de melodias que promovem indubitavelmente a introspecção pessoal, apelando aos nossos sentimentos mais profundos.

Já conhecia o álbum desde Janeiro, mas ao princípio não me despertou grande interesse, excepção feita ao single de estreia, "Thru the glass". Mas recentemente tenho ouvido incessantemente o álbum, que me conquistou completamente. Neste momento, não consigo passar um dia sem ouvir Thirteen Senses. Aconselho vivamente as faixas “The Salt Wound Routine”, “Into the Fire” e “Do no wrong”, sem bem que talvez seja injusto destacar qualquer musica.

Referendo: para quê?
Tal como o ex-primeiro-ministro, Aníbal Cavaco Silva, entendo que o referendo sobre o Tratado Constitucional Europeu devia ser adiado.
Desde logo porque a realização simultânea do referendo e eleições autárquicas não beneficiará a discussão europeia. Isso é indiscutível!
Mas também, como refere Cavaco, porque é necessário fazer uma pausa e reflectir. A continuação dos referendos poderá fragilizar ainda mais o projecto da União Europeia.
Com efeito não se percebe a utilidade de um eventual voto em Portugal. Pois se a França e Holanda já votaram não (e com certeza que mais votarão), é óbvio que o Tratado irá sofrer, no mínimo, algumas modificações. Nem que seja para justificar outro referendo nesses países.
Ora, e depois? Faz-se outro referendo em Portugal? Ou presume-se que os Portugueses disseram sim a qualquer Tratado?

Que rico exemplo…

Foi com indignação que vários quadrantes políticos receberam a notícia da acumulação, por A. J. Jardim, de uma choruda pensão e do seu salário enquanto Presidente do Governo Regional da Madeira. Um deputado do PS, Vitalino Canas, inclusivamente referiu que nesta altura os políticos deviam dar o exemplo.
Pois é, o que Vitalino não estava à espera era que no dia seguinte se soubesse da situação, em tudo semelhante, em que se encontra o nosso Ministro das Finanças.
Por minha parte entendo que os políticos estão mal pagos. No entanto esse défice no salário não devia ser compensado com ajudas, subsídios ou outros regimes especiais, que só provoca desconfiança popular.

O Fim

Com o não da Holanda, a moribunda constituição europeia teve a sua estocada final. Já ninguém acredita que haja salvação possível para o tratado. Agora, em vez de andar-se a perder tempo com referendos inúteis e debates sem sentido, deve-se é começar a procurar alternativas para uma União Europeia mais eficaz, mais próxima dos cidadãos. A verdade é que em três referendos, o não ganhou em dois, e os políticos não podem continuar a agir como se a opinião das populações não contasse. Venha o debate sobre o futuro da Europa e que não se cometa tantos erros como neste processo. Se os políticos continuarem a insistir neste suicídio político de salvar o actual tratado constitucional, a crise poderá ser muito maior e poderá significar o velho sonho de uma Europa unida. É altura de surgirem novos protagonistas com novas ideias...



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