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Concordo em absoluto

Luís Naves, no Corta-Fitas
Houve forte comoção em torno da ideia de controlar a política parlamentar do PSD através de uma agência de comunicação. Alguns políticos desse partido ficaram indignados, mas a divisão que fizeram entre política de ideias e política de plástico não faz sentido, pois a primeira não passa de quimera.

Qualquer eleição num país industrializado (veja-se a campanha nos EUA) é cuidadosamente controlada por spin doctors. Nenhum candidato se atreve a falar aos media sem esse controlo. Aliás, todos os desastres ocorrem em declarações ou gestos instintivos. Há inúmeros exemplos, dos gritos de Howard Dean ao mais recente ataque de Bill Clinton a Obama na Carolina do Sul, erro que pode ter custado a Presidência a Hillary.

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A remodelação

O Primeiro Ministro foi comedido. Despediu dois Ministros, por sinal, dos mais impopulares e incompetentes do Governo. Mas se esse foi o critério utilizado, qual a razão de Mário Lino e Manuel Pinho continuarem em funções?
Sobre os novos ministros. Quem são? Alguém os conhece?

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A Guantanomologia

Por Helena Matos, no Blasfémias:

A incapacidade de aceitar que se está em guerra leva a que não se saiba o que fazer com muitos dos detidos do Afeganistão, Iraque, Paquistão… acusados de terrorismo. Como não constituem exércitos no sentido ocidental do termo estas almas são combatentes quando estão livres. Assim que são detidos passam à condição de pobres vítimas civis da prepotência dos EUA. E logo Guantanamo seu destino inicial se tornou num símbolo da opressão ocidental sobre os insurgentes, combatentes, activistas e outros termos que eufemisticamente os designam.

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Hillary Clinton e Tom Cruise

Eleições Americanas - O que significará a vitória de Obama?

Barack Obama venceu na Carolina do Sul. A surpresa não foi a sua vitória, que já era esperada, mas os 28% que o separaram de Hillary Clinton. As sondagens indicavam que Obama tinha uma vantagem considerável, mas que esta estaria a diminuir nos últimos dias. A própria candidatura do Senador do Illinois deve ter ficado surpreendida com os números da votação. Para terminar um dia de sonho, Obama protagonizou mais um grande discurso nesta campanha.

Bill Clinton foi um dos derrotados da Carolina do Sul. Mesmo a fazer fé na teoria de Dick Morris, na qual este alude que Clinton terá forçado a barra para encostar Obama à comunidade afro-americana, a sua estratégia não resultou. A campanha negativa que protagonizou prejudicou a sua esposa, e há neste momento nos Estados Unidos uma corrente de opinião a criticar o que chamam o marido desesperado. Hillary Clinton terá que repensar no que fará com Bill Clinton, que poderá ser transformado num obstáculo à sua nomeação.

Nas quatro primárias já realizadas, Obama venceu no Iowa (10% de vantagem) e na Carolina do Sul (28%). Hillary ganhou no New Hampshire (3%) e Nevada (6%). Nesta contagem directa, Obama está à frente nos delegados (apesar de Hillary ter mais devido a um apoio superior dos super-delegados) e em número de votos. Isto coloca o Senador do Illinois como favorito? Nem pensar. No próximo dia 5 de Fevereiro, 22 estados vão a votos, na famosa Super Terça-Feira. E nas sondagens conhecidas, Hillary Clinton vai à frente em 17 estados, e Obama apenas no Illinois e na Geórgia lidera as sondagens. Claro que a vitória na Carolina do Sul poder mudar tudo.

Estes inquéritos de opinião são todos anteriores à Carolina do Sul, portanto antes da vitória esmagadora de Barack Obama. Os próximos dez dias vão ser decisivos. Hillary e Obama têm os recursos financeiros necessários para competirem nos 22 estados. Apesar da ligeira vantagem de Hillary em termos de máquina eleitoral, o entusiasmo que Obama está a captar no eleitorado americano pode ser decisivo. O efeito John Kennedy pode surtir efeito numa época que os americanos desejam mudança na sua vida política.

Para Barack Obama ganhar a nomeação, terá que conquistar a base democrata, que será essencial na Super Terça-Feira. O endorsement de Ted Kennedy, muito respeitado no Partido Democrata, poderá ajudá-lo nesta batalha. Mas o tempo é curto para Obama. A vitória nas primárias nunca será fácil e especula-se que este processo não termine a 5 de Fevereiro. Considera-se que se nenhum dos lados tiver uma vantagem considerável de delegados, o processo vai continuar pelo resto das primárias. E teremos o mais espectacular processo de nomeação de sempre. E talvez nos dois partidos!

* Publicado no Eleições Americanas de 2008

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Eleições Americanas - GOP race for Florida

Amanhã realiza-se a importante primária da Florida. Se para os Democratas pouco contará (o DNC, tal como tinha feito no Michigan, retirou capacidade à Florida de eleger delegados), no campo Republicano, poderá ser fundamental para o desfecho das primárias. John Mccain e Mitt Romney estão literalmente empatados na luta pela vitória. O resultado final é imprevisível.

O último fim-de-semana foi bastante duro entre estes candidatos. John Mccain acusou Mitt Romney de defender um calendário de retirada do Iraque. Esta critica resulta de uma entrevista que Romney deu a Tim Russert ano passado, onde admitiu que poderia planear um calendário de retirada em segredo com o Governo do Iraque. Apesar de Romney sempre ter defendido a estratégia adoptada pelo Presidente Bush, esta critica ocorre quando o tema quente da campanha era a economia. Mitt Romney desmentiu que alguma vez tivesse defendido uma retirada do Iraque e que Mccain estava a usar as suas palavras fora do contexto. Também disse que Mccain apenas tentou mudar o enfoque desta campanha, pois Romney é mais forte na economia.

O vencedor de amanhã ganhará um impulso considerável para a Super Terça-Feira. John Mccain surge com vantagem considerável nas sondagens, onde apenas é ameaçado nos estados do Sul por Mike Huckabee. Caso Mccain vença, poderá arrumar com a questão a 5 de Fevereiro. Mas se Romney derrotar Mccain, a confusão ficará instalada. E a possibilidade de continuarmos com as primárias depois de Fevereiro será uma hipótese bem realista.

Por fim, uma nota para Rudy Giuliani. É quase certo que a sua campanha ficará na história como uma das piores de sempre. Liderou as sondagens durante mais de um ano. Ao guardar-se para a Florida, teve derrotas humilhantes em seis eleições durante o mês de Janeiro. Sairá desta corrida enxovalhado por uma estratégia suicida. Mas Rudy Giuliani é católico. Como tal, acredita em milagres. E por isso, continua a dizer que continua a dizer que acredita que vai vencer na Florida. Amanhã saberemos.

* Publicado no Eleições Americanas de 2008



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As coisas não estão a corrrer bem

Uma das razões de contratar profissionais de comunicação é dotar a empresa/organização/partido de mais eficácia na transmissão da mensagem. O que está a acontecer entre o PSD e a Cunha Vaz é um péssimo exemplo do que não deve ser feito em comunicação.

Concordo em absoluto com este post do Goodnight Moon:

O partido social democrata contratou a empresa de comunicação Cunha Vaz & Associados para dar uns retoques (valentes) na sua imagem. Desde o início que alguns detalhes da associação entre a empresa e o PSD têm sido comentados nos blogues e na comunicação social. Das duas, uma:

A Cunha Vaz & Associados é péssima e não consegue promover no seu cliente a discrição recomendada neste tipo de ligações. Hipoteticamante falando, repito, hipoteticamente falando, qual seria o meu interesse em vestir uma camisa para promover a minha imagem de tipo decente e, ao mesmo tempo, dizer que tinha sido a minha mãe a comprá-la?;

Ou então, a Cunha Vaz & Associados é muito boa a promover a sua imagem e está, pura e simplesmente, a borrifar-se para o seu cliente, o PSD. No mundo dos negócios, há poucas coisas melhores do que publicidade gratuita.

Sobre este assunto, seguir os pertinentes comentários de LPM no Lugares Comuns e as suas Mordidelas Silenciosas.


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A queda de Prodi

O Governo Italiano lá caiu. Romano Prodi não resistiu a mais uma brecha na sua coligação, desta vez aberta pelas forças centristas. O mais provável cenário é a Itália ir a votos brevemente. O que significará o regresso de Silvio Berlusconi ao poder. As sondagens neste momento dão-lhe uma vantagem de 10% sobre as forças da esquerda.
Apenas uma pergunta: Não há outro político em Itália que possa governar à direita? Será que temos sempre de levar com Berlusconi?

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What Would Reagan Do?

Nos tempos perigosos em que vivemos, é importante ouvir este discurso de Ronald Reagan, proferido em 1964, na Convenção Republicana que nomeou Barry Goldwater. Há discursos imortais, e este foi um deles. (Descobri este vídeo aqui)

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Elogios improváveis

De Pacheco Pereira ao CDS/PP:
Muito instrutivo, muito instrutivo, o debate parlamentar sobre a unidose dos medicamentos. O PP tem vindo a acertar na agenda, com Diogo Feio a ser um muito capaz líder parlamentar. O PP levantou a questão com notória incomodidade do PS cuja resposta foi de uma completa indigência mental. O PSD pronunciou o cada vez mais habitual "nim". Esta questão é particularmente interessante porque, se há lobby em Portugal, com grande presença na Assembleia e nos partidos, é o das farmácias e da indústria de medicamentos. Se se quiser estudar os lobbies e o poder político em Portugal este é dos mais activos e dos mais antigos.

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Discrição

Em Portugal o trabalho das agências de comunicação no campo político só recentemente chegou ao escaparate do espaço mediático, e nem sempre pelas boas razões. O livro de Manuel Maria Carrilho expôs alguns dos piores momentos do trabalho de conselho em comunicação nos meios políticos. Apesar de conter inverdades, imprecisões e fazer parte de um plano de vingança, Carrilho teve a virtude de trazer para o espaço público a discussão sobre a influência dos profissionais de comunicação na vida política portuguesa.

A profissionalização na comunicação política reveste-se de extrema importância para a qualidade da nossa democracia. Uma comunicação política de qualidade e sustentada é um garante que os nossos políticos conseguirão gerir melhor a “coisa pública”. Por isso fiquei satisfeito que o novo líder do PSD tenha recorrido ao trabalho de profissionais, neste caso, a Cunha e Vaz, para agenciar a comunicação do partido. Defendo intransigentemente que devem ser os profissionais a reger este aspecto importante da vida dos partidos. Luís Filipe Menezes deu um passo em frente.

Um dos aspectos que os assessores de comunicação devem certificar-se é que o seu trabalho é discreto e imaculado de polémicas. Deve ser na sombra que estes profissionais devem agir. Não por questões de segredo, mas porque quem deve ser promovido são os clientes. Ao contrário dos Estados Unidos, na nossa cultura mediática, os assessores de comunicação não têm lugar nos programas de televisão ou nas notícias. Eu talvez prefira o sistema americano, onde podemos conhecer de viva voz as opiniões dos que delineiam a estratégia por trás dos candidatos.

Mas a reserva e a discrição é uma componente essencial para o trabalho destes profissionais em Portugal. Por isso tenho algumas dúvidas se o PSD e a Cunha Vaz estão a conduzir este processo da melhor maneira. São várias as notícias, nem sempre neutras ou positivas, sobre esta relação simbiótica entre Cunha Vaz e o PSD. Esta notícia de hoje no Expresso é mais um sintoma disto mesmo, onde é revelado um mal-estar entre Santana Lopes e Ribau Esteves sobre o papel da Cunha Vaz na Assembleia da República. Nem sempre é possível impedir que este tipo de notícias seja publicado na imprensa. É um sinal que o trabalho da agência tem resistências internas. O que poderá prejudicar a eficácia do trabalho dos assessores de comunicação.

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Gestão de expectativas

Ontem o Engº Sócrates andou a fazer aquilo que se chama a gestão das expectativas. A ideia é um bocado infantil, mas faz parte da cultura política portuguesa. Acredita-se que se o Primeiro-Ministro disser que a economia vai bem, então os agentes económicos investem e produzem e a economia ficará mesmo bem. A gestão das expectativas já em si mesmo uma ideia estúpida, mas é ainda mais estúpida quando praticada por um político que já mentiu várias vezes e cuja credibilidade é nula.
João Miranda, Blasfémias

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Nomeações

Nos últimos anos deixei de olhar com atenção para os Óscares. Mas os principais candidatos deste ano, "There Will Be Blood", de Paul Thomas Anderson e "No Country for Old Men", de Ethal e Joel Cohen, deixam-me bastante curioso. Estes dois realizadores têm escrito belas páginas do cinema nos últimos anos. Talvez Hollywood se possa reencontrar em ano de greve dos guionistas.

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Novos Blogues na lista

Fiz um update na lista de blogues. Todos na área da comunicação.
Da Universidade de Trás os Montes e Alto Douro chega-nos o Comunicamos. É uma rede de blogues , escritos por docentes e investigadores do Departamento de Ciências da Comunicação da UTAD.
Do mundo da comunicação, acrescento também os blogues profissionais de duas agências de referência: do fundo da Comunicação, da Youngnetwork e Lugares Comuns, da LPM.
Por fim o Ponto Média, um dos blogues mais antigos portugueses dedicados aos media. Da responsabilidade de António Granado.

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As "eleições" em Cuba

A anedota de chamar eleições ao que se está a passar em Cuba só poderia ser levada a sério em Portugal. Numa ditadura onde o Partido Comunista exerce o poder ininterruptamente há 49 anos, e o líder é o mesmo, chamar eleições a uma farsa que apenas pretende distrair os “comunistas” e anti-fascistas de todo mundo, é insultar o próprio conceito do termo.

Leio artigos na imprensa portuguesa que tratam este acto ilusório como se tratasse de umas eleições democráticas. Afirmam até que o futuro de Fidel irá decidir-se nestas eleições. Como se alguma vez o futuro de Cuba tenha sido decidido num processo eleitoral. Um embuste como este merecia ser descredibilizado. E até insultado! Infelizmente, alguma esquerda continua a pactuar com este tipo de situações. E os jornalistas parecem padecer da mesma doença. O que lhes só fica mal.

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O Inverno do PSD

No início dos anos noventa António Guterres convidou-me para um cargo em Bruxelas. Perante algumas reticências que lhe estava a colocar respondeu-me com o fundo da questão«Medeiros, repara que é o melhor cargo que eu, como líder da Oposição, posso oferecer a alguém».O resto da história já não interessa.
Quando vejo o frenesim de Luis Filipe Menezes a reivindicar lugares para os lá de casa lembro-me desta lição de vida.Ele quer entrar no« bargaining» das Obras Públicas, conseguir um presidente para a CGD, remar contra os caprichosos critérios jornalísticos de promoção televisiva e, esquecido dos serviços prestados pela RTP a Santana Lopes, pretende encher a pantalha de ortodoxos saídos das directas do PSD. Mas este último é um caminho perigoso, meu caro Filipe Menezes.Olhe que ainda lhe arranjam um sucessor na RTP1...
José Medeiros Ferreira, no Bicho Carpinteiro

Os ensinamentos de José Medeiros Ferreira. Não deixa de ter alguma razão. Os últimos dias de Luís Filipe Menezes não têm sido brilhantes. Os seus assessores não estão a fazer o seu trabalho Quem esteve atento às suas recentes declarações claramente fica com a sensação que o líder do PSD pretende encher o aparelho de estado, as empresas e a comunicação social de indefectíveis da sua confiança. E isso não é favoravel a quem tem a ambição de ser Primeiro Ministro.

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TV´s Privadas

É importante dizer que a programação das televisões privadas, bem como a composição dos seus programas de análise política apenas deve depender da vontade dos próprios. Sem pressões políticas.

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As teorias higienistas deste governo

O Governo quer obrigar os portugueses a terem comportamentos saudáveis. Seguindo a moda politicamente correcta dos burocratas de Bruxelas, os nossos governantes querem impedir que as pessoas, claramente ingénuas e burras, tenham comportamentos nocivos para a sua saúde. A liberdade de transgredir fica assim comprometida (sobre este tema, ler o excelente artigo de António Pires de Lima esta semana no Expresso) com esta perseguição higiénica do governo.

A diminuição do IVA nos ginásios para 5% este ano foi o mais recente passo no sentido de uma sociedade saudável e limpa de vícios. A medida, generosa por certo para os donos dos estabelecimentos comerciais em questão, visa, segundo os nossos diligentes governantes, aumentar a frequência dos portugueses nos luxuosos Health Clubs.

Eu sou, geralmente, completamente a favor da baixa de impostos. A carga fiscal em Portugal é demasiado alta para o que o Estado nos oferece. Continuo a acreditar num estado mínimo, com impostos reduzidos. Sou daqueles loucos que pensa que devem ser as pessoas e não o estado a gerir o seu dinheiro.

Mas é ridículo baixar os impostos num mercado em que os utilizadores são da classe média/alta. Mais. É lamentável que um produto de luxo, os ginásios, seja taxado ao nível dos bens de necessidade. Será que eles acreditam que por este facto, os cidadãos de menores rendimentos vão passar a ir aos Health Clubs? Definitivamente, as preocupações destes socialistas estão muito afastadas do sentimento comum da população. “Out of touch!"

Sobre este assunto:

Esta é anedota, de certezinha…, no Farmácia Central

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O Público na Macworld

Nome do blogue criado pelo João Pedro Pereira, jornalista do Publico, sobre a importante Macworld 2008. Para conhecer as novidades da Apple para este ano.

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Sobre os "puristas"...

Desde que entrou em vigor a nova lei do tabaco temos assistido a um debate verdadeiramente lamentável. De um lado, os radicais anti-tabagistas que querem erradicar da sociedade um dos prazeres individuais. Do outro, os fumadores compulsivos, que não conseguem compreender uma lei, que apesar de ser radical em muitos aspectos, também terá os seus pontos positivos. Esta questão exigia moderação, algo que não existiu.

FJV, no Origem das Espécies:
Evidentemente que o disparate tomou proporções anedóticas. Invocar o nazismo, o fascismo e a limpeza étnica para falar das medidas anti-tabaco não lembra ao diabo. Ou lembra, sim, mas lembra mal. É assim que se perdem as batalhas, indo a combate sem armas. Nazismo, fascismo ou limpeza étnica são coisas graves, arrastam consigo o peso de uma tragédia que ninguém pode pedir emprestada para combates circunstanciais. Pobres almas que não distinguem entre direitos individuais e preferências individuais, entre o direito à escolha e os hábitos pessoais.



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Comentários...

Não me incomoda que as pessoas que façam comentários neste blogue e não explicitem o seu nome. Mas ultimamente os meus posts era "invadidos" por comentários que pouco ou nada tinham a ver com o post em questão. Assim sendo, a partir de hoje, as pessoas que quiserem fazer comentários têm de estar registados.

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Sobre o BCP

CAA, no Blasfémias

A lista vencedora teve 283 votos que representam 97,76%. A lista de Miguel Cadilhe obteve 560 votos que só representam 2,14%.
Para quem esteve hoje na Alfândega do Porto alguns factos ficaram excessivamente claros:
  1. Existiu uma divisão evidente entre os pequenos accionistas e os que detêm a maioria do capital do banco;
  2. Miguel Cadilhe deu a cara, enfrentou os seus opositores sabendo que ia perder por muitos, denunciou a anexação e desafiou o conluio - teve momentos de quase-apoteose que lhe garantiriam a vitória se a regra fosse 'um homem um voto' e se a lista do Governo não tivesse cozinhado tudo muito bem;
  3. Desenganem-se aqueles que julgarem que Miguel Cadilhe sofreu uma derrota hoje à tarde - bastava ver a reacção efusiva dos seus apoiantes no final para se perceber que, nas suas palavras, "há derrotas que são vitórias";
  4. O BCP nunca mais será um banco em que os pequenos accionistas contem para alguma coisa - a partir de hoje, o BCP é uma coisa muito diferente de tudo o que conheciamos.

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Portela + 1

O governo recuou na Ota e apontou para Alcochete. O país rejubila pela alteração da localidade de construção. José Sócrates, pressionado por Cavaco Silva, pelo PSD, pelos empresários e por uma sociedade civil emergente, decidiu que a opção da Ota era inviável. Mas para não colocar em causa os “investimentos” já anunciados, decidiu-se por Alcochete, uma solução que é mais barata. Mas recusou-se a estudar a possibilidade de manter a Portela e a construir um aeroporto para Low Costs. Gostava de saber se esta opção não é viável e quais as razões. Com tanto dinheiro dispendido em estudos nos últimos 30 anos, não haveria mais uns euros para estudar a solução Portela +1?

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Alterações

A plataforma Blogger portou-se mal e o Blasfémias mudou de endereço. Podem aceder através http://ablasfemia.blogspot.com.

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Num país a sério ...

O Ministro Mário Lino teria a dignidade de se demitir, depois do governo ter avançado para construção do novo aeroporto em Alcochete.
O Ministro Alberto Costa, depois de ter sancionado a negociata que vem na página 5 do Público, pelo menos seria chamado a dar explicações ao Parlamento. Se as justificações não fossem plausíveis, a rua seria o seu caminho. E talvez os tribunais tivessem que actuar.

Mas em Portugal, nada disto interessa. Somos um país faz de conta!

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Primeiro Ministro Mentiroso

A confirmação que o governo não vai promover o referendo ao Tratado de Lisboa deveria envergonhar a classe política portuguesa. Mais uma vez este Primeiro-ministro faz o contrário do que prometeu na campanha eleitoral. Mais uma vez mente descaradamente aos portugueses. Tem sido assim em muitas áreas da governação. Fazer o contrário do que prometeu.

Os milhares de desempregados em 2005 que votaram no PS ainda estão à espera dos 150 mil empregos criados pela imaginação de José Sócrates. Quando compramos um produto, ainda acreditamos que vamos encontrar o IVA pelo menos a 19%. Há gente que ainda devaneia com as Scuts grátis. As pessoas do interior ainda vão, pelos menos em sonhos, às urgências da sua localidade. No país que José Sócrates prometeu em 2005, também iríamos às urnas votar a favor ou contra o novo tratado europeu. Infelizmente, tal como as suas promessas, este referendo também passou para o campo da fantasia. Resta aos portugueses responderam a tanta mentira nas urnas em 2009.

Pena é que o PSD não tenha aproveitado mais esta mentira de José Sócrates. Afinal, esta também foi uma promessa eleitoral do PSD. Nenhum dos dois maiores partidos sai incólume desta situação. E quem perde é uma construção europeia suportada pelos cidadãos. A opção de continuar sem ouvir as pessoas ainda vai trazer muitos amargos de boca.

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Actualidades

Nos últimos tempos, este blogue tem estado parado. As primárias americanas estão ao rubro e o blogue, a tese e as leituras têm-me ocupado o tempo quase todo. Ainda hoje publicarei aqui uma visão pessoal sobre estas primárias.
Tenho também seguido atentamente, dentro do possível, a politica nacional. Ao que tenho lido, José Sócrates prepara-se para anunciar mais um incumprimento de uma promessa eleitoral: a não realização do referendo ao tratado europeu. Gostava de acreditar que os nossos políticos são honestos e íntegros. Infelizmente, continuamos a ser liderados por esta "gente" sem escrúpulos, que faz tudo para ganhar eleições, menos dizer a verdade.

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Regresso

Paulo Gorjão regressou à blogosfera, através do excelente Cachimbo de Magritte. Um bom inicio de 2008!

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Cancelamento do Dakar

A organização do Lisboa Dakar decidiu cancelar o Rally devido a ameaças da Al-Qaeda. Há coisas que não percebo. A organização deveria ter pedido a Mário Soares para negociar com os terroristas uma passagem livre. O antigo Presidente da República tem-se divertido nos últimos anos a desculpar estes terroristas. Podiam fazer-lhe este favor.

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A lei do tabaco

A nova vaga higiénica que os governos europeus estão a implementar ganhou novos contornos com a entrada em vigor da lei anti-tabaco em Portugal. Num país habituado a não respeitar a liberdade individual, já era de esperar este comportamento mesquinho que tenho assistido. Até concordo pessoalmente com a nova lei do tabaco, já que gosto de estar num café ou restaurante sem ser incomodado pelo fumo do tabaco.

Mas o português é bufo. O Zé Povinho não suporta os exageros dos outros. O velho conservadorismo salazarento ataca quando surge a oportunidade. Ontem tive a infeliz ideia de ver o fórum da SIC notícias sobre a actual lei. Os do costume “berraram” contra os fumadores, logo avisando que vão chamar a ASAE e a polícia se virem alguém a fumar. A partir de agora, fumar é crime. A saúde da população acima de tudo. Depois de vencido o tabaco, os higienistas do século XXI vão proibir a abertura de Macdonalds em espaços frequentados por crianças, impor actividades físicas obrigatórias aos adultos, e claro, vão começar a atacar o consumo do álcool. Daqui a uns anos, ainda vamos ter saudades destes comportamentos miseráveis de beber uns copos, comer uns hambúrgueres ou fumar uma cigarrilha. A brigada higiénica não irá permitir.

Declaração de Interesses: Sou ex fumador.

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Iowa - o que está em jogo

Texto originalmente publicado no Eleições Americanas de 2008

John Edwards viveu praticamente os últimos 3 anos em campanha no Iowa. Se não vencer aqui, ou ficar num forte segundo lugar, provavelmente irá retirar-se da corrida. Muito atrás de Obama ou Hillary no resto do país, a sua única hipótese recai em ganhar inspiração no Iowa. E mesmo que vença no Iowa terá que sair-se bem no New Hamsphire na próxima semana. A sua tarefa não é impossível, mas para se concretizar, tem de começar a ganhar.

Hillary Clinton liderou durante bastante tempo as sondagens no Iowa. Até há um mês atrás pouca gente duvidaria que este seria um passeio para a sua candidatura. Nas últimas semanas caiu nas sondagens e perdeu apoio popular noutros estados. Se perder no Iowa, muito provavelmente irá perder o New Hampshire. E nesse caso, a sua candidatura ficará em perigo. Mas se conseguir vencer no Iowa, duvido que não seja a nomeada Democrata.

Barack Obama é o candidato que mais tem entusiasmado o eleitorado americano. Esteve sempre atrás de Hillary até há bem pouco tempo. Caso consiga vencer no Iowa, ou até ficar em segundo lugar, atrás de John Edwards, poderá conseguir chegar à convenção como candidato democrata. O aparecimento de Oprah Winphrey em Dezembro revelou-se fundamental para dar um fôlego à campanha de Obama. Amanhã veremos se foi suficiente.

Até há dois meses atrás ninguém sabia quem era Mike Huckabee. Nem aparecia nas sondagens, e não existia. Mas o GOP não tinha ainda um candidato apoiado pela direita religiosa, e nem Mitt Romney ou Fred Thompson conseguiram ocupar essa vaga. Caso Mike Huckabee consiga vencer no Iowa, poderá ter uma hipótese na nomeação republicana. Se ganhar no Iowa, Huckabee arrumará Romney e poderá alcançar um bom resultado no New Hampshire. Depois até pode obter vitórias no Michigan e na Carolina do Sul. Mas se o resultado não for esse, muito provavelmente estará arrumado antes do final do mês de Janeiro.

Mitt Romney investiu todo o seu esforço no Iowa e New Hampshire, tendo gasto milhões de dólares da sua própria fortuna pessoal. Caso amanhã não tenha uma vitória, provavelmente irá perder o New Hampshire para John Mccain. Se isso acontecer, as esperanças presidenciais de Mitt estarão terminadas. Mas se derrotar Huckabee, poderá iniciar um percurso rumo à nomeação.

Os restantes candidatos têm de se manter vivos no Iowa. Ainda não será desta que alguém ficará afastado no GOP. Mas para John Mccain seria importantíssimo ficar em terceiro lugar. Fred Thompson, que tem realizado uma péssima campanha, irá continuar, pelo menos até à Carolina do Sul. E ainda espera um milagre. Rudy Giuliani já se retirou há muito do Iowa. Mas um sexto lugar, atrás de Ron Paul, seria terrível para as suas aspirações.

Previsão pessoal:

Democratas:

Barack Obama

John Edwards

Hillary Clinton

Bill Richardson

Joe Biden

Republicanos:

Mike Huckabee

Mitt Romney

John Mccain

Fred Thompson

Rudy Giuliani

Ron Paul



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