Ensino Superior Privado
No seguimento de um convite do Catalaxia para intervir no debate sobre o Ensino Superior, gostaria de dizer que a minha formação académica foi realizada numa Universidade Pública e nunca lidei de perto com o Ensino Superior Privado.
O historial apresentado pelo Catálaxia está bem explícito e não apresenta discussão. Se devemos ou não incluir o ensino concordatário neste sub sistema, concordo que não pois tem um regime específico, tendo fontes de financiamento que ultrapassam em muito o ensino privado; basta observar o ensino da Universidade Católica em Viseu, que é praticamente público.
O que hoje ameaça essencialmente a maioria das instituições do ensino superior privado, a falta de alunos, começa também a causar problemas nas Universidade Públicas; basta ler os resultados do acesso ao ensino superior para verificar que algumas universidades públicas passam pelas mesmas dificuldades. Se bem que em menor escala, este ano o número de candidatos foi menor que as vagas, causando a muitas instituições públicas dificuldades de financiamento, pois o dinheiro que recebem do orçamento de estado advém do número de alunos matriculados. A fórmula do orçamento padrão para as universidades terá de ser revista, pois existe em função de quantidade e não de qualidade do ensino praticado. Quando vemos o CRUP a queixar-se da diminuição das vagas, eles não o fazem por penas dos alunos, mas sim pela diminuição que representa no orçamento. E abrem vagas ad hoc para transferências, para reingressos (a titulo de exemplo soube hoje que numa Universidade pública ano passado um curso que tinha cerca de 60 vagas de numeros clausus, teve cerca de 90 entradas).
A questão fundamental que se deve debater deve ser a qualidade. E a falta desta afecta tanto privadas como públicas. È verdade que a partir de uma dada altura, começou a diferenciar-se a qualidade no ensino superior mediante se era público ou privado. Mas também não faltam exemplos de mau ensino público, sendo obviamente do conhecimento geral a fraca qualidade pedagógica de muitos cursos em universidades públicas. O problema da qualidade surge porque não houve cuidado na abertura de novos estabelecimentos, e a massificação do ensino não foi acompanhada pela qualidade do pessoal docente, e foram-se instalando os círculos de amigos nas universidades, os programas feitos em função dos gostos ou necessidades pessoais dos responsáveis, o aumento de alunos sem condições físicas para os receber e a diminuição da exigência para com os alunos.
Por outro lado, como não foram levadas em linha de conta as previsões demográficas; há dez anos era já óbvio que o número de candidatos ao ensino superior iria diminuir, continuou-se a licenciar cursos e institutos, a aumentar o número de vagas, criando a ilusão que haveria espaço para todos. O Ensino superior privado é a primeira vitima natural desta crise de candidatos, pois se durante tantos anos abriu cursos e vagas para receber os excedentes do público (não tenhamos ilusões, o critério financeiro é o responsável pela escolha entre público e privado), agora que quase não há excedentes, a sua afirmação terá que passar pela excelência e pela diferença no ensino. Evidentemente muito terá que mudar na estrutura do ensino superior em Portugal, e não sei se estaremos no caminho certo.
Este ministro tomou algumas medidas correctas, mas tímidas, e foi pouco além dos anteriores. Fechar vagas e cursos sem futuro é o primeiro passo, mas terá que se ir muito mais longe. Em primeiro lugar, enquanto não houver acomodação por parte do Ensino Superior ao mercado de trabalho, então continuaremos a ter a menor taxa de licenciados e a maior taxa de desemprego entre licenciados. A título de exemplo, se o mercado de trabalho não consegue absorver licenciados em Educação Física, porque continuam a abrir vagas no FCDEF ou no ISMAI? Os responsáveis pelas instituições têm de perceber que elas servem para dar formação superior aos estudantes e prepará-los para a inserção no mercado de trabalho. Se não existe capacidade de absorção por parte do mercado, porque formar pessoas nessa área? O ensino privado nesta questão não está isento de culpas, pois continua a proporcionar escolhas em áreas que não servem os interesses dos estudantes. Uma boa solução para o privado pode ser complementar o público com ofertas em áreas que não estão preenchidas. Um bom exemplo que conheço é o ISAVE, que abriu ano passado no Minho, exclusivamente virado para a área da Saúde, que tem óbvias carências de profissionais; este estabelecimento do ensino privado não terá de certeza dificuldades em sobreviver, tendo tido nos dois primeiros anos de funcionamento taxas de ocupação de 100%. Sou um defensor da autonomia do ensino, mas as suas posições têm de ser coerentes e funcionais, não podemos enganar os alunos com cursos da moda, e depois mandá-los para o desemprego. Mas estes erros não são exclusivos do privado, e existe em muitas universidades portuguesas cursos apenas satisfazer o ego de alguns professores. Penso que à pergunta final que o cataláxia faz, em parte a resposta está na falta de conformidade que os cursos têm com o mercado de trabalho. Se precisamos de 1000 médicos e 10 professores, porquê formar 1000 professores e 10 médicos?
O Bloguitica, que propõe que a salvação do ensino superior privado poderá passar pela revisão do modelo de ensino público que está a decorrer em Portugal. Concordo que algumas medidas que estão a ser implementadas aproximem o valor das propinas entre público e privado, mas ainda de uma forma muito tímida... Enquanto um aluno poderá pagar 852 euros numa universidade pública, no privado nunca pagará menos 4 mil euros e além do mais não penso que poderá haver mais aumentos nos próximos anos... A transformação estrutural do ensino superior não será feita nesta geração, pois o pensamento estatista ainda domina os políticos portugueses. Não tenho dúvidas que este tipo de ensino está em agonia, mas duvido que haja alterações de fundo nos próximos anos. O mais justo seria haver dois sub sistemas em pé de igualdade e com as mesmas condições, nomeadamente ao nível do apoio financeiro aos estudantes, o que sem dúvida iria desagravar as dificuldades que o privado tem neste momento, mas não, o estado considera que só os que estão no público é que podem ser carenciados, enquanto os do privado não tem acesso a uma acção social digna. A aproximação gradual do valor das propinas poderá salvar o ensino superior privado, mas só se houvesse critérios idênticos de apoio social no Ensino Superior Público e Privado, e aí tenho a certeza que muitos jovens que optariam devido a critérios de qualidade. Poderia concordar propinas mais elevadas, desde que houvesse discriminação em função dos rendimentos familiares, pois não podemos retirar dos mais desfavorecidos a possibilidade de estudar no ensino superior.
No seguimento de um convite do Catalaxia para intervir no debate sobre o Ensino Superior, gostaria de dizer que a minha formação académica foi realizada numa Universidade Pública e nunca lidei de perto com o Ensino Superior Privado.
O historial apresentado pelo Catálaxia está bem explícito e não apresenta discussão. Se devemos ou não incluir o ensino concordatário neste sub sistema, concordo que não pois tem um regime específico, tendo fontes de financiamento que ultrapassam em muito o ensino privado; basta observar o ensino da Universidade Católica em Viseu, que é praticamente público.
O que hoje ameaça essencialmente a maioria das instituições do ensino superior privado, a falta de alunos, começa também a causar problemas nas Universidade Públicas; basta ler os resultados do acesso ao ensino superior para verificar que algumas universidades públicas passam pelas mesmas dificuldades. Se bem que em menor escala, este ano o número de candidatos foi menor que as vagas, causando a muitas instituições públicas dificuldades de financiamento, pois o dinheiro que recebem do orçamento de estado advém do número de alunos matriculados. A fórmula do orçamento padrão para as universidades terá de ser revista, pois existe em função de quantidade e não de qualidade do ensino praticado. Quando vemos o CRUP a queixar-se da diminuição das vagas, eles não o fazem por penas dos alunos, mas sim pela diminuição que representa no orçamento. E abrem vagas ad hoc para transferências, para reingressos (a titulo de exemplo soube hoje que numa Universidade pública ano passado um curso que tinha cerca de 60 vagas de numeros clausus, teve cerca de 90 entradas).
A questão fundamental que se deve debater deve ser a qualidade. E a falta desta afecta tanto privadas como públicas. È verdade que a partir de uma dada altura, começou a diferenciar-se a qualidade no ensino superior mediante se era público ou privado. Mas também não faltam exemplos de mau ensino público, sendo obviamente do conhecimento geral a fraca qualidade pedagógica de muitos cursos em universidades públicas. O problema da qualidade surge porque não houve cuidado na abertura de novos estabelecimentos, e a massificação do ensino não foi acompanhada pela qualidade do pessoal docente, e foram-se instalando os círculos de amigos nas universidades, os programas feitos em função dos gostos ou necessidades pessoais dos responsáveis, o aumento de alunos sem condições físicas para os receber e a diminuição da exigência para com os alunos.
Por outro lado, como não foram levadas em linha de conta as previsões demográficas; há dez anos era já óbvio que o número de candidatos ao ensino superior iria diminuir, continuou-se a licenciar cursos e institutos, a aumentar o número de vagas, criando a ilusão que haveria espaço para todos. O Ensino superior privado é a primeira vitima natural desta crise de candidatos, pois se durante tantos anos abriu cursos e vagas para receber os excedentes do público (não tenhamos ilusões, o critério financeiro é o responsável pela escolha entre público e privado), agora que quase não há excedentes, a sua afirmação terá que passar pela excelência e pela diferença no ensino. Evidentemente muito terá que mudar na estrutura do ensino superior em Portugal, e não sei se estaremos no caminho certo.
Este ministro tomou algumas medidas correctas, mas tímidas, e foi pouco além dos anteriores. Fechar vagas e cursos sem futuro é o primeiro passo, mas terá que se ir muito mais longe. Em primeiro lugar, enquanto não houver acomodação por parte do Ensino Superior ao mercado de trabalho, então continuaremos a ter a menor taxa de licenciados e a maior taxa de desemprego entre licenciados. A título de exemplo, se o mercado de trabalho não consegue absorver licenciados em Educação Física, porque continuam a abrir vagas no FCDEF ou no ISMAI? Os responsáveis pelas instituições têm de perceber que elas servem para dar formação superior aos estudantes e prepará-los para a inserção no mercado de trabalho. Se não existe capacidade de absorção por parte do mercado, porque formar pessoas nessa área? O ensino privado nesta questão não está isento de culpas, pois continua a proporcionar escolhas em áreas que não servem os interesses dos estudantes. Uma boa solução para o privado pode ser complementar o público com ofertas em áreas que não estão preenchidas. Um bom exemplo que conheço é o ISAVE, que abriu ano passado no Minho, exclusivamente virado para a área da Saúde, que tem óbvias carências de profissionais; este estabelecimento do ensino privado não terá de certeza dificuldades em sobreviver, tendo tido nos dois primeiros anos de funcionamento taxas de ocupação de 100%. Sou um defensor da autonomia do ensino, mas as suas posições têm de ser coerentes e funcionais, não podemos enganar os alunos com cursos da moda, e depois mandá-los para o desemprego. Mas estes erros não são exclusivos do privado, e existe em muitas universidades portuguesas cursos apenas satisfazer o ego de alguns professores. Penso que à pergunta final que o cataláxia faz, em parte a resposta está na falta de conformidade que os cursos têm com o mercado de trabalho. Se precisamos de 1000 médicos e 10 professores, porquê formar 1000 professores e 10 médicos?
O Bloguitica, que propõe que a salvação do ensino superior privado poderá passar pela revisão do modelo de ensino público que está a decorrer em Portugal. Concordo que algumas medidas que estão a ser implementadas aproximem o valor das propinas entre público e privado, mas ainda de uma forma muito tímida... Enquanto um aluno poderá pagar 852 euros numa universidade pública, no privado nunca pagará menos 4 mil euros e além do mais não penso que poderá haver mais aumentos nos próximos anos... A transformação estrutural do ensino superior não será feita nesta geração, pois o pensamento estatista ainda domina os políticos portugueses. Não tenho dúvidas que este tipo de ensino está em agonia, mas duvido que haja alterações de fundo nos próximos anos. O mais justo seria haver dois sub sistemas em pé de igualdade e com as mesmas condições, nomeadamente ao nível do apoio financeiro aos estudantes, o que sem dúvida iria desagravar as dificuldades que o privado tem neste momento, mas não, o estado considera que só os que estão no público é que podem ser carenciados, enquanto os do privado não tem acesso a uma acção social digna. A aproximação gradual do valor das propinas poderá salvar o ensino superior privado, mas só se houvesse critérios idênticos de apoio social no Ensino Superior Público e Privado, e aí tenho a certeza que muitos jovens que optariam devido a critérios de qualidade. Poderia concordar propinas mais elevadas, desde que houvesse discriminação em função dos rendimentos familiares, pois não podemos retirar dos mais desfavorecidos a possibilidade de estudar no ensino superior.
Lula e Fidel
A visita de Lula a Cuba levanta uma série de considerações que mais uma vez prova que a esquerda continua a tolerar ditadores, desde que sejam do seu lado político. Lula visita Cuba, não tece nenhuma referência à violação dos direitos humanos na ilha, não recebe nem fala com a oposição, não intercede perante o seu amigo Fidel para libertar os presos políticos, não condena a ditadura e abraça amigavelmente o ditador sanguinário. Isto tudo sem que haja criticas ou condenações dos seus amigos portugueses, que tanto o elogiaram. Impressionante o apoio que o ditador mesquinho tem na esquerda mundial. Não percebo, sinceramente a deferência que "os paladinos da liberdade e da democracia" tem para este opressor do povo cubano. Imagino a contestação que levantaria uma visita de um dirigente democrático de direita, que visitasse uma ditadura de direita e tivesse o mesmo comportamento de Lula em Cuba... Ai haveria manifestações, imagino a verborreia do Dr. Louça e companhia, o Dr. Soares a dar entrevista condenando veementemente os inimigos da liberdade, enfim, os hipócritas do costume...
A visita de Lula a Cuba levanta uma série de considerações que mais uma vez prova que a esquerda continua a tolerar ditadores, desde que sejam do seu lado político. Lula visita Cuba, não tece nenhuma referência à violação dos direitos humanos na ilha, não recebe nem fala com a oposição, não intercede perante o seu amigo Fidel para libertar os presos políticos, não condena a ditadura e abraça amigavelmente o ditador sanguinário. Isto tudo sem que haja criticas ou condenações dos seus amigos portugueses, que tanto o elogiaram. Impressionante o apoio que o ditador mesquinho tem na esquerda mundial. Não percebo, sinceramente a deferência que "os paladinos da liberdade e da democracia" tem para este opressor do povo cubano. Imagino a contestação que levantaria uma visita de um dirigente democrático de direita, que visitasse uma ditadura de direita e tivesse o mesmo comportamento de Lula em Cuba... Ai haveria manifestações, imagino a verborreia do Dr. Louça e companhia, o Dr. Soares a dar entrevista condenando veementemente os inimigos da liberdade, enfim, os hipócritas do costume...
Fim de Semana
Este fim-de-semana houve mais uma marcha, desta vez contra a pedofilia, mas podia ter sido contra a guerra, contra o governo, contra a União Europeia, enfim contra qualquer coisa... A mim de certeza que não me apanham em marchas... Infelizmente quem participa nelas, muitas vezes nem sabe porque lá está... outros entram nelas só para aparecer na televisão...
O concerto de Rolling Stones desencadeou uma onda de euforia... Também não gosto nem compreendo tal... Esta banda já cá esteve algumas vezes... está certo é uma das bandas míticas do planeta, mas nunca concordo com estas unanimidades que se levantam em torno destas coisas... e também posso dizer que não tenho nenhum álbum destes senhores... a geração que marcaram não foi a minha...
O Congresso do CDS desenrolou-se na acalmia em que vive o partido de Portas, sem grandes motivos de interesse... Espera-se é que o CDS cumpra o seu papel no governo e de parceiro de coligação do PSD como o tem feito até ao momento... Estes congressos de concórdia não me agradam....
Excelente, foi a prestação de Roberto Heras ontem em Espanha, arrebatando a camisola amarela, mostrando que é um dos melhores ciclistas do pelotão internacional. Este ano, a Vuelta tem sido mais fraca que edições anteriores, mas a fantástica prestação de Nozal e Heras tem sido estimulante para os amantes do ciclismo. A segunda vitória de Roberto Heras em Espanha, aumentando ainda mais o seu já brilhante currículo na modalidade.
Este fim-de-semana houve mais uma marcha, desta vez contra a pedofilia, mas podia ter sido contra a guerra, contra o governo, contra a União Europeia, enfim contra qualquer coisa... A mim de certeza que não me apanham em marchas... Infelizmente quem participa nelas, muitas vezes nem sabe porque lá está... outros entram nelas só para aparecer na televisão...
O concerto de Rolling Stones desencadeou uma onda de euforia... Também não gosto nem compreendo tal... Esta banda já cá esteve algumas vezes... está certo é uma das bandas míticas do planeta, mas nunca concordo com estas unanimidades que se levantam em torno destas coisas... e também posso dizer que não tenho nenhum álbum destes senhores... a geração que marcaram não foi a minha...
O Congresso do CDS desenrolou-se na acalmia em que vive o partido de Portas, sem grandes motivos de interesse... Espera-se é que o CDS cumpra o seu papel no governo e de parceiro de coligação do PSD como o tem feito até ao momento... Estes congressos de concórdia não me agradam....
Excelente, foi a prestação de Roberto Heras ontem em Espanha, arrebatando a camisola amarela, mostrando que é um dos melhores ciclistas do pelotão internacional. Este ano, a Vuelta tem sido mais fraca que edições anteriores, mas a fantástica prestação de Nozal e Heras tem sido estimulante para os amantes do ciclismo. A segunda vitória de Roberto Heras em Espanha, aumentando ainda mais o seu já brilhante currículo na modalidade.
Regressos
Excelente regresso do Flor de Obsessão, um dos meus preferidos...
Também o meu regresso, após três dias ausente
Excelente regresso do Flor de Obsessão, um dos meus preferidos...
Também o meu regresso, após três dias ausente
Pol Pot (1925-1998)
Sem dúvida um dos piores carniceiros da história humana e dos mais horríveis assassinos da história da loucura utópica comunista. A sua demência arrastou um país para um dos mais rápidos genocídios de um povo. Mais um que ficou sem o julgamento que o tamanho dos seus crimes exigia, sem que a justiça fosse reposta. Estima-se que matou mais de dois milhões de pessoas, cerca de um terço da população do Camboja, em pouco mais de três anos de liderança.
Nasceu em 19 de Maio de 1925, sendo originário de uma família aristocrata com ligações à família real Cambojana. A sua infância foi passada em parte a viver com a corte da família Real, e recebeu educação católica num colégio francês. Na sua juventude foi militante da resistência comunista da Indochina à França, tendo sido liderado por Ho Chi Min. Mais tarde obtém uma bolsa de estudo para estudar em Paris, mas falha o seu término, tendo nesta altura desenvolvido gosto pelo marxismo revolucionário. Em 1949 juntou-se ao Partido Comunista Francês e transforma a organização de estudantes Khmers em marxista. Em 1951 o Partido Comunista da Indochina divide-se em três facções, Vietname, Cambodja e Laos, apesar de continuar a haver dominação por parte de Ho Chi Min. Em 1953 regressa à Indochina e vai desenvolvendo contactos dentro da organização do partido. Em 1963 com o seu grupo de estudantes de Paris, toma controlo do Partido Comunista do Cambodja, e afasta-se da liderança vietnamita. Nesta altura é eleito número três do partido, dando-lhe a possibilidade de criar forte laços dentro da estrutura. No mesmo ano, após o misterioso desaparecimento do Secretário-geral, ele é incumbido de assumir a posição de liderança no partido. Em Julho do mesmo ano, abandona Phnom Penh e parte para a fronteira com o Vietname para organizar a guerrilha na selva. Em 1966 visita a China, durante a Revolução Cultural e é recebido muito bem pela liderança revolucionária chinesa de Mao Tse Tung. Em 1967, refugiado no nordeste do país, vive no meio de uma tribo e impressiona-se pelo modo de vida simples e espiritual do povo rural, vendo no modo de vida rural a realização do ideal comunista. A insurreição armada dos Khmer Vermelhos começa e no final da década de 60 controlam já a maior parte das montanhas que fazem fronteira com o Vietname. Neste período, as forças americanas começam secretamente a bombardear as forças comunistas do Cambodja, mas sem grande sucesso. Em 1970 Nixon manda 30 mil soldados avançar dentro da fronteira do Cambodja para atacar as forças comunistas, mas é forçado a retirar passado dois meses, por imposição do Congresso. A partir desta altura, a guerrilha comunista dos Khmer Vermelhos aumenta o seu poderia militar consideravelmente, devido aos apoios norte vietnamita e chinês, aumentando rapidamente as suas forças de cinco mil para 100 mil soldados numa questão de meses. Em 1973, com o poder da guerrilha já bastante forte, os Estados Unidos aumentam os bombardeamentos às forças comunistas. Em 1974 os Khmer Vermelhos conquistam a antiga capital Odonk, destruindo a cidade e executam professores e funcionários públicos. Em 1975, com a quase totalidade do país controlado, as forças marxistas bloqueiam a capital e toma Phnom Penh em 17 de Abril. Nos próximos dias, a população da capital é forçada à força da bala a marchar para o campo, cerca de 2 milhões de pessoas. Pol Por declara o ano zero e promete purificar a sociedade do capitalismo e da cultura ocidental, em prol da transformação da sociedade num estado maoísta rural. Os estrangeiros são expulsos ou mortos, as embaixadas fechadas e o sistema monetário abolido. Mercados, escolas, jornais e religiões são proibidos e a propriedade privada é ilegalizada. As elites do governo anterior, como funcionários públicos, religiosos, militares e membros da classe média são identificados e executados sumariamente. A urbe é desertificada e as pessoas são obrigadas a ir viver para o campo nas colectividades agrícolas. As famílias são separadas, os monges budistas perseguidos e mortos e o caos social toma conta da sociedade. As crianças são educadas na nova ideologia e aprendem a trair e identificar os opositores do regime. Neste período de demência comunista, morre cerca de 1 milhão e meio de pessoas à fome, de exaustão de trabalho ou executadas nestas colectividades agrícolas. Só para dar exemplo da crueldade do regime, actos puníveis com a morte incluíam: não trabalhar o suficiente, queixar-se das condições de vida, armazenar ou roubar comida, usar jóias, prostituição, chorar a perda de entes queridos e expressar sentimentos religiosos. Cerca de 20 centros de detenção foram construídos para torturar e matar os “criminosos” do regime. No clímax revolucionário, em 1977 e 1978, uma purga lançada por Pol Pot contra os inimigos escondidos massacraram cerca de 200 mil pessoas. Em 1977 a maior parte da população já vive da produção agrícola, embora em condições de vida miseráveis. Os conflitos alastram ao longo das fronteiras com a Tailândia, Laos e Vietname, cortando relações com estes últimos no mesmo ano, ganhando o apoio militar da China, que entretanto tinha cortado relações com o Vietname. Este começa a apoiar a guerrilha anti Khmer Vermelhos, aumentando progressivamente o combate por parte da Frente Unida para a Salvação Nacional. Com a ajuda dos Vietnamitas, em Dezembro de 1978, lançam uma forte ofensiva contra Phnom Pehn, caindo em 7 de Janeiro de 1979. Os Khmer Vermelhos retiraram para a floresta, onde continuaram a guerrilha por mais de 20 anos. Nunca o mundo assistira em tão pouco tempo a um genocídio desta grandeza. Mais de dois milhões de pessoas pereceram nesta revolução marxista de Pol Pot. No mesmo ano, foi julgado e condenado à morte pelos seus crimes num tribunal do povo, mas como estava fugido, nunca viu a sentença cumprida. Em Junho de 1997, Pol Pot, manda matar o seu antigo ministro da defesa Khmer Vermelho, por suspeitar de colaboração com o governo, juntamente com a sua família. È preso pelo Comandante Militar Khmer Vermelho, julgado e condenado a prisão perpétua pelo movimento. Em 1998, morre a 15 de Abril de ataque de coração, sem nunca ter cumprido nenhum castigo pelo mal que provocou no mundo. Apenas dois líderes Khmer Vermelhos estão presos a aguardar julgamento, Ta Mok, comandante militar que prendeu Pol Pot em 1997 e Kaing Khek Iev, governador do centro de detenção de Tuol Sleng. A maior parte dos líderes estão livres e fora da alçada da justiça. E não se vê os “suspeitos do costume” reclamarem justiça, como tão bem o fizeram no caso de Pinochet. Aliás, não me lembro de ver nenhuma referência a esta calamidade nas manifestações da nossa “esquerda”.
Pol Pot não se pode comparar com Hitler, Estaline ou Mao Tse Tung em termos de números de mortes, mas sem dúvida que foi um dos regimes mais mortíferos do Século XX.
Sem dúvida um dos piores carniceiros da história humana e dos mais horríveis assassinos da história da loucura utópica comunista. A sua demência arrastou um país para um dos mais rápidos genocídios de um povo. Mais um que ficou sem o julgamento que o tamanho dos seus crimes exigia, sem que a justiça fosse reposta. Estima-se que matou mais de dois milhões de pessoas, cerca de um terço da população do Camboja, em pouco mais de três anos de liderança.
Nasceu em 19 de Maio de 1925, sendo originário de uma família aristocrata com ligações à família real Cambojana. A sua infância foi passada em parte a viver com a corte da família Real, e recebeu educação católica num colégio francês. Na sua juventude foi militante da resistência comunista da Indochina à França, tendo sido liderado por Ho Chi Min. Mais tarde obtém uma bolsa de estudo para estudar em Paris, mas falha o seu término, tendo nesta altura desenvolvido gosto pelo marxismo revolucionário. Em 1949 juntou-se ao Partido Comunista Francês e transforma a organização de estudantes Khmers em marxista. Em 1951 o Partido Comunista da Indochina divide-se em três facções, Vietname, Cambodja e Laos, apesar de continuar a haver dominação por parte de Ho Chi Min. Em 1953 regressa à Indochina e vai desenvolvendo contactos dentro da organização do partido. Em 1963 com o seu grupo de estudantes de Paris, toma controlo do Partido Comunista do Cambodja, e afasta-se da liderança vietnamita. Nesta altura é eleito número três do partido, dando-lhe a possibilidade de criar forte laços dentro da estrutura. No mesmo ano, após o misterioso desaparecimento do Secretário-geral, ele é incumbido de assumir a posição de liderança no partido. Em Julho do mesmo ano, abandona Phnom Penh e parte para a fronteira com o Vietname para organizar a guerrilha na selva. Em 1966 visita a China, durante a Revolução Cultural e é recebido muito bem pela liderança revolucionária chinesa de Mao Tse Tung. Em 1967, refugiado no nordeste do país, vive no meio de uma tribo e impressiona-se pelo modo de vida simples e espiritual do povo rural, vendo no modo de vida rural a realização do ideal comunista. A insurreição armada dos Khmer Vermelhos começa e no final da década de 60 controlam já a maior parte das montanhas que fazem fronteira com o Vietname. Neste período, as forças americanas começam secretamente a bombardear as forças comunistas do Cambodja, mas sem grande sucesso. Em 1970 Nixon manda 30 mil soldados avançar dentro da fronteira do Cambodja para atacar as forças comunistas, mas é forçado a retirar passado dois meses, por imposição do Congresso. A partir desta altura, a guerrilha comunista dos Khmer Vermelhos aumenta o seu poderia militar consideravelmente, devido aos apoios norte vietnamita e chinês, aumentando rapidamente as suas forças de cinco mil para 100 mil soldados numa questão de meses. Em 1973, com o poder da guerrilha já bastante forte, os Estados Unidos aumentam os bombardeamentos às forças comunistas. Em 1974 os Khmer Vermelhos conquistam a antiga capital Odonk, destruindo a cidade e executam professores e funcionários públicos. Em 1975, com a quase totalidade do país controlado, as forças marxistas bloqueiam a capital e toma Phnom Penh em 17 de Abril. Nos próximos dias, a população da capital é forçada à força da bala a marchar para o campo, cerca de 2 milhões de pessoas. Pol Por declara o ano zero e promete purificar a sociedade do capitalismo e da cultura ocidental, em prol da transformação da sociedade num estado maoísta rural. Os estrangeiros são expulsos ou mortos, as embaixadas fechadas e o sistema monetário abolido. Mercados, escolas, jornais e religiões são proibidos e a propriedade privada é ilegalizada. As elites do governo anterior, como funcionários públicos, religiosos, militares e membros da classe média são identificados e executados sumariamente. A urbe é desertificada e as pessoas são obrigadas a ir viver para o campo nas colectividades agrícolas. As famílias são separadas, os monges budistas perseguidos e mortos e o caos social toma conta da sociedade. As crianças são educadas na nova ideologia e aprendem a trair e identificar os opositores do regime. Neste período de demência comunista, morre cerca de 1 milhão e meio de pessoas à fome, de exaustão de trabalho ou executadas nestas colectividades agrícolas. Só para dar exemplo da crueldade do regime, actos puníveis com a morte incluíam: não trabalhar o suficiente, queixar-se das condições de vida, armazenar ou roubar comida, usar jóias, prostituição, chorar a perda de entes queridos e expressar sentimentos religiosos. Cerca de 20 centros de detenção foram construídos para torturar e matar os “criminosos” do regime. No clímax revolucionário, em 1977 e 1978, uma purga lançada por Pol Pot contra os inimigos escondidos massacraram cerca de 200 mil pessoas. Em 1977 a maior parte da população já vive da produção agrícola, embora em condições de vida miseráveis. Os conflitos alastram ao longo das fronteiras com a Tailândia, Laos e Vietname, cortando relações com estes últimos no mesmo ano, ganhando o apoio militar da China, que entretanto tinha cortado relações com o Vietname. Este começa a apoiar a guerrilha anti Khmer Vermelhos, aumentando progressivamente o combate por parte da Frente Unida para a Salvação Nacional. Com a ajuda dos Vietnamitas, em Dezembro de 1978, lançam uma forte ofensiva contra Phnom Pehn, caindo em 7 de Janeiro de 1979. Os Khmer Vermelhos retiraram para a floresta, onde continuaram a guerrilha por mais de 20 anos. Nunca o mundo assistira em tão pouco tempo a um genocídio desta grandeza. Mais de dois milhões de pessoas pereceram nesta revolução marxista de Pol Pot. No mesmo ano, foi julgado e condenado à morte pelos seus crimes num tribunal do povo, mas como estava fugido, nunca viu a sentença cumprida. Em Junho de 1997, Pol Pot, manda matar o seu antigo ministro da defesa Khmer Vermelho, por suspeitar de colaboração com o governo, juntamente com a sua família. È preso pelo Comandante Militar Khmer Vermelho, julgado e condenado a prisão perpétua pelo movimento. Em 1998, morre a 15 de Abril de ataque de coração, sem nunca ter cumprido nenhum castigo pelo mal que provocou no mundo. Apenas dois líderes Khmer Vermelhos estão presos a aguardar julgamento, Ta Mok, comandante militar que prendeu Pol Pot em 1997 e Kaing Khek Iev, governador do centro de detenção de Tuol Sleng. A maior parte dos líderes estão livres e fora da alçada da justiça. E não se vê os “suspeitos do costume” reclamarem justiça, como tão bem o fizeram no caso de Pinochet. Aliás, não me lembro de ver nenhuma referência a esta calamidade nas manifestações da nossa “esquerda”.
Pol Pot não se pode comparar com Hitler, Estaline ou Mao Tse Tung em termos de números de mortes, mas sem dúvida que foi um dos regimes mais mortíferos do Século XX.
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Igreja Católica
O Vaticano vai publicar até ao fim do ano uma lista de 37 actos que serão proibidos durante a realização das Eucaristias. Há coisas que ainda podemos concordar, como não dançar e não bater palmas, entre outras, mas há coisas que não cabem na cabeça de ninguém. Proibir ao sexo feminino auxiliar os Padres na realização das missas, ler outros textos que não os da Bíblia e dos missais e proibir a celebração conjunta, não autorizada, com ministros de outras confissões – como os protestantes – fica interdita.
A igreja católica, em vez de se modernizar e abrir ainda mais à sociedade, não, fecha-se e regride. Como Católico, fico deveras preocupado com estes recentes ataques conservadores e retrógrados aos costumes dos católicos. Este Papa, que abriu portas ao Ecumenismo e à congregação das fés cristãs, aparece agora a atacar as vitórias conquistadas durante o seu período papal. Espero que estes actos propostos pela Congregação da Doutrina da Fé não vão para a frente e que haja cada mais uma abertura da Igreja Católica, nomeadamente o aprofundamento da cooperação entre cristãos, o fim do Celibato e a abertura do Sacerdócio às mulheres. O Papa João Paulo II cumpriu e muito bem a sua função de Santo Padre, mas o próximo terá de ser mais liberal, para a Igreja Católica poder continuar a desempenhar um papel forte na vida das pessoas.
O Vaticano vai publicar até ao fim do ano uma lista de 37 actos que serão proibidos durante a realização das Eucaristias. Há coisas que ainda podemos concordar, como não dançar e não bater palmas, entre outras, mas há coisas que não cabem na cabeça de ninguém. Proibir ao sexo feminino auxiliar os Padres na realização das missas, ler outros textos que não os da Bíblia e dos missais e proibir a celebração conjunta, não autorizada, com ministros de outras confissões – como os protestantes – fica interdita.
A igreja católica, em vez de se modernizar e abrir ainda mais à sociedade, não, fecha-se e regride. Como Católico, fico deveras preocupado com estes recentes ataques conservadores e retrógrados aos costumes dos católicos. Este Papa, que abriu portas ao Ecumenismo e à congregação das fés cristãs, aparece agora a atacar as vitórias conquistadas durante o seu período papal. Espero que estes actos propostos pela Congregação da Doutrina da Fé não vão para a frente e que haja cada mais uma abertura da Igreja Católica, nomeadamente o aprofundamento da cooperação entre cristãos, o fim do Celibato e a abertura do Sacerdócio às mulheres. O Papa João Paulo II cumpriu e muito bem a sua função de Santo Padre, mas o próximo terá de ser mais liberal, para a Igreja Católica poder continuar a desempenhar um papel forte na vida das pessoas.
Sem Nome
Joaquim Fidalgo escreve hoje um artigo no Público sobre a blogosfera e o anonimato que alguns utulizam para insultar, caluniar ou lançar boatos... Definitivamente a ler
Joaquim Fidalgo escreve hoje um artigo no Público sobre a blogosfera e o anonimato que alguns utulizam para insultar, caluniar ou lançar boatos... Definitivamente a ler
Queixinhas de Ruas
O presidente da Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP), Fernando Ruas anda a queixar-se que o governo tem feito muitas críticas à actuação dos Autarcas. E bem faz o governo, pois os autarcas portugueses são dos maiores responsáveis pela vergonha em que muitas cidades portuguesas caíram.
A actuação das autarquias tem sido, em muitos casos, miserável e atentátoria ao desenvolvimento de Portugal. Escândalos de corrupção são muitos, já para não falar daqueles que todos sabemos, mas nada se prova. O caos urbanístico de muitas cidades é provocado pelas amibições desmedidas dos Presidentes e Vereadores de ganhar dinheiro com os negócios. O desenvolvimento sustentado em Portugal é algo que é muito raro existir, havendo apenas a política do betão e da construção; as construtoras civis dominam as Câmaras, gasta-se dinheiro dos contribuintes sem pensar nas consequências da sua aplicação, desbarata-se o apoio social em troca de favores políticos aos amigos. O tráfego de influências e as "amizades" domina o espectro de empregos e "arranjos e existe uma autêntica confusão entre partido e autarquia esmagadora maioria. O endividamento público é extremamente elevado, constroem-se infraestruturas desportivas sem rentibilidade nem beneficios, subsidia-se os clubes de futebol sem retorno e "dão-se" estádios de futebol sem pedir nada em troca.
Enfim existe uma serie de criticas que podiam ser feitas às autarquias sem fim, mas infelizmente este é o cenário negativo da política portuguesa, que talvez não seja muito difirente do que se passa lá fora. O que se critica é os dinossauros da política portuguesa, que se arrastam durante longos anos pelo exercicio do poder, sem haver rotatividade. Aqueles políticos que cumprem dois ou três mandatos e depois dão lugar a outros, são quase sempre os bons exemplos, mas todos aqueles que estão mais tempo no poder, já não é para beneficio público, mas sim para proveitos próprios. Por isso é que concordo com a limitação de mandatos de cargos políticos para dois mandatos, à imagem do Presidente da República, sem excepção para nenhum cargo. De certeza que o país ganhava com isso...
O presidente da Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP), Fernando Ruas anda a queixar-se que o governo tem feito muitas críticas à actuação dos Autarcas. E bem faz o governo, pois os autarcas portugueses são dos maiores responsáveis pela vergonha em que muitas cidades portuguesas caíram.
A actuação das autarquias tem sido, em muitos casos, miserável e atentátoria ao desenvolvimento de Portugal. Escândalos de corrupção são muitos, já para não falar daqueles que todos sabemos, mas nada se prova. O caos urbanístico de muitas cidades é provocado pelas amibições desmedidas dos Presidentes e Vereadores de ganhar dinheiro com os negócios. O desenvolvimento sustentado em Portugal é algo que é muito raro existir, havendo apenas a política do betão e da construção; as construtoras civis dominam as Câmaras, gasta-se dinheiro dos contribuintes sem pensar nas consequências da sua aplicação, desbarata-se o apoio social em troca de favores políticos aos amigos. O tráfego de influências e as "amizades" domina o espectro de empregos e "arranjos e existe uma autêntica confusão entre partido e autarquia esmagadora maioria. O endividamento público é extremamente elevado, constroem-se infraestruturas desportivas sem rentibilidade nem beneficios, subsidia-se os clubes de futebol sem retorno e "dão-se" estádios de futebol sem pedir nada em troca.
Enfim existe uma serie de criticas que podiam ser feitas às autarquias sem fim, mas infelizmente este é o cenário negativo da política portuguesa, que talvez não seja muito difirente do que se passa lá fora. O que se critica é os dinossauros da política portuguesa, que se arrastam durante longos anos pelo exercicio do poder, sem haver rotatividade. Aqueles políticos que cumprem dois ou três mandatos e depois dão lugar a outros, são quase sempre os bons exemplos, mas todos aqueles que estão mais tempo no poder, já não é para beneficio público, mas sim para proveitos próprios. Por isso é que concordo com a limitação de mandatos de cargos políticos para dois mandatos, à imagem do Presidente da República, sem excepção para nenhum cargo. De certeza que o país ganhava com isso...
Arnold Schwarzenegger
Escreve hoje sobre a sua política económica para o Estado da Califórnia no WSJ
I have often said that the two people who have most profoundly impacted my thinking on economics are Milton Friedman and Adam Smith. At Christmas I sometimes annoy some of my more liberal Hollywood friends by sending them a gift of Mr. Friedman's classic economic primer, "Free to Choose." What I learned from Messrs. Friedman and Smith is a lesson that every political leader should never forget: that when the heavy fist of government becomes too overbearing and intrusive, it stifles the unlimited wealth creation process of a free people operating under a free enterprise system.
Escreve hoje sobre a sua política económica para o Estado da Califórnia no WSJ
I have often said that the two people who have most profoundly impacted my thinking on economics are Milton Friedman and Adam Smith. At Christmas I sometimes annoy some of my more liberal Hollywood friends by sending them a gift of Mr. Friedman's classic economic primer, "Free to Choose." What I learned from Messrs. Friedman and Smith is a lesson that every political leader should never forget: that when the heavy fist of government becomes too overbearing and intrusive, it stifles the unlimited wealth creation process of a free people operating under a free enterprise system.
Project for New American Century
September 23, 2003
MEMORANDUM TO: OPINION LEADERS
FROM: GARY SCHMITT
SUBJECT: Lehrman on Energy and the Bush Doctrine
I want to draw your attention to a piece (“Energetic America”) by Project director Lewis E. Lehrman in the latest Weekly Standard in which he argues that a stable, low-priced energy supply is indispensable to a robust economy and, in turn, an indispensable component of a sound U.S. national security strategy.
Analyzing past economic data, Lehrman notes that the sustained economic growth of the ‘50s and ‘60s occurred when energy prices were stable or declining and, not coincidentally, during a period when the U.S. was far more energy independent than it is now. Today, Lehrman writes, “with so much of our supply coming from undependable, insecure, and unstable parts of the world, our standard of living and national security are similarly unstable and vulnerable to political upheaval.” To restore greater energy independence, Lehrman offers policy recommendations designed to generate the economic growth necessary to finance “both a rising standard of living for all Americans at home and a successful Bush Doctrine abroad
September 23, 2003
MEMORANDUM TO: OPINION LEADERS
FROM: GARY SCHMITT
SUBJECT: Lehrman on Energy and the Bush Doctrine
I want to draw your attention to a piece (“Energetic America”) by Project director Lewis E. Lehrman in the latest Weekly Standard in which he argues that a stable, low-priced energy supply is indispensable to a robust economy and, in turn, an indispensable component of a sound U.S. national security strategy.
Analyzing past economic data, Lehrman notes that the sustained economic growth of the ‘50s and ‘60s occurred when energy prices were stable or declining and, not coincidentally, during a period when the U.S. was far more energy independent than it is now. Today, Lehrman writes, “with so much of our supply coming from undependable, insecure, and unstable parts of the world, our standard of living and national security are similarly unstable and vulnerable to political upheaval.” To restore greater energy independence, Lehrman offers policy recommendations designed to generate the economic growth necessary to finance “both a rising standard of living for all Americans at home and a successful Bush Doctrine abroad
Novos desafios...velhas questões
Numa época particularmente difícil para o país, inicia-se mais um ano lectivo, onde os problemas são cada vez mais preocupantes para os estudantes. As perspectivas não são nada animadoras, e o pessimismo reinante nos espíritos da juventude afunda-se ainda mais no marasmo da nossa geração. O saudosismo é um sentimento cada vez mais presente nas mentes da juventude portuguesa, não dos tempos de infância, mas sim daquela época onde estudar no ensino superior era um privilégio e um garante de um futuro melhor. Infelizmente com a massificação do ensino superior do inicio da década de 90 veio a má qualidade de ensino, a degradação infraestrutural das instituições, o excesso do número de instituições, privadas ou públicas, o número exagerado de licenciaturas e o fim do mito do licenciado empregado.
A emergência de um novo tipo de desempregado, o de desempregado licenciado veio ensombrar a ideia de um futuro brilhante para aqueles que terminassem o ensino superior. Os milhares de professores que neste momento se encontraram no desemprego de longa duração aumentam todos os anos, e infelizmente, o Ministro da tutela defende-se dizendo honestamente que não tem solução para este problema. Mas que fazer aqueles milhares de estudantes que todos os anos vão engrossando a lista, sem que haja intervenção do estado. A liberdade no ensino superior tem de ser revista. Ou existe autonomia e vai-se até ao fim, ou então limite-se essa autonomia verdadeiramente e imponha-se regras às instituições. Este ano ouvimos falar que ia-se fechar cursos, mas apetece-me dizer que não passou de uma miserável campanha de desinformação para iludir o público que se estava a fazer algo. Se não é possível arranjar emprego para toda a gente (e compreende-se), então não se crie sistemas ilusórios que permitam criar sentimentos enganadores nas pessoas. Um estudante de Filosofia tem de saber que provavelmente quando acabar o curso não vai conseguir dar aulas. E não se pode deixar abrir cursos com 200 vagas, quando se sabe que o mercado de trabalho não os pode absorver.
A ideia de um Ensino Superior de qualidade não se coaduna com a total confusão em que este se encontra no momento. Por um lado temos um Ministro que chegou ao cargo cheio de promessas e vontade de mudar o sistema, mas passado ano e meio do seu mandato a desilusão é manifesta em todos os sectores, e preparam-se tempos difíceis para Pedro Lynce. Claro que talvez não seja assim, pois começa-se a falar insistentemente na sua demissão na provável remodelação do Governo até ao fim do ano. Mas com os estudantes a preparem a contestação a esta política, o Ministro continua a passear a sua arrogância até que o mandem embora. No futuro, este será apenas mais um que passou e nada fez para alterar o estado do Ensino Superior. A prepotência dos Ministros da Educação sempre foi enorme; vejamos o caso de Marçal Grilo, que enquanto foi Ministro apenas contribuiu para o afundar do Ensino Superior em Portugal, com uma lei do financiamento injusta e cobarde, mas que depois de ter saído ainda teve a insolência de escrever o que se deveria fazer para resolver os problemas. Ministros como Grilo, Oliveira Martins ou Santos Silva (só para referir os últimos) partilham a responsabilidade de terem cavado um fosso enorme entra o nosso país e o resto da União Europeia. Uma das razões do milagre irlandês da década de 90 passou pela aposta séria no ensino superior, evidentemente sem os dogmas e referências de alguns pensadores que exigem a total gratuitidade do ensino superior. Não podemos acreditar num sistema de qualidade livre de encargos para os seus utilizadores. Mas também não podemos colocar a responsabilidade financeira toda em cima das famílias. A qualidade e a excelência não se consegue obter somente através das verbas do orçamento de estado. As receitas próprias tem de ser uma parte importante do suporte financeiro das Universidades, e estas devem ser compensadas pelo seu sucesso ou penalizadas pelo seu insucesso. Infelizmente, o que tem acontecido é exactamente o contrário, o que prejudica aquelas universidades, como a nossa, que estão a trabalhar bem e conseguem obter receitas próprias que ajudem no financiamento. A exigência de critérios de financiamento rigorosos tem sido um campo de batalha das associações de estudantes, onde nem sempre têm razão. É evidente que quem anda para aí a cantar “não pagamos” e a utilizar o chavão “gratuitidade do ensino superior”, não é consciente da realidade actual do país ou do sistema mais justo. Quem tem um serviço deve pagar alguma coisa por ele. Mas também não concordo com este sistema onde todos pagam igual, sem que haja diferenciação através dos rendimentos familiares. O governo tem vindo a avançar com medidas do género em outros sectores, como nos abonos de família. No pagamento de propinas deveria haver segregação económica dos estudantes, pois só assim teríamos mais justiça social. E não posso concordar com este Ministro, que diz que aumenta as propinas para aumentar a qualidade de ensino, quando todos sabemos que isso não é verdade, é apenas um escape para diminuir o orçamento de estado para o sector ou compensar a falta de verbas das universidades. Ninguém acredita que o aumento de deveu a questões de qualidade.
Num futuro próximo poderemos ver se vamos ter um verdadeiro ensino superior de qualidade, ou se vamos continuar nesta degradação em que vivemos actualmente.
Numa época particularmente difícil para o país, inicia-se mais um ano lectivo, onde os problemas são cada vez mais preocupantes para os estudantes. As perspectivas não são nada animadoras, e o pessimismo reinante nos espíritos da juventude afunda-se ainda mais no marasmo da nossa geração. O saudosismo é um sentimento cada vez mais presente nas mentes da juventude portuguesa, não dos tempos de infância, mas sim daquela época onde estudar no ensino superior era um privilégio e um garante de um futuro melhor. Infelizmente com a massificação do ensino superior do inicio da década de 90 veio a má qualidade de ensino, a degradação infraestrutural das instituições, o excesso do número de instituições, privadas ou públicas, o número exagerado de licenciaturas e o fim do mito do licenciado empregado.
A emergência de um novo tipo de desempregado, o de desempregado licenciado veio ensombrar a ideia de um futuro brilhante para aqueles que terminassem o ensino superior. Os milhares de professores que neste momento se encontraram no desemprego de longa duração aumentam todos os anos, e infelizmente, o Ministro da tutela defende-se dizendo honestamente que não tem solução para este problema. Mas que fazer aqueles milhares de estudantes que todos os anos vão engrossando a lista, sem que haja intervenção do estado. A liberdade no ensino superior tem de ser revista. Ou existe autonomia e vai-se até ao fim, ou então limite-se essa autonomia verdadeiramente e imponha-se regras às instituições. Este ano ouvimos falar que ia-se fechar cursos, mas apetece-me dizer que não passou de uma miserável campanha de desinformação para iludir o público que se estava a fazer algo. Se não é possível arranjar emprego para toda a gente (e compreende-se), então não se crie sistemas ilusórios que permitam criar sentimentos enganadores nas pessoas. Um estudante de Filosofia tem de saber que provavelmente quando acabar o curso não vai conseguir dar aulas. E não se pode deixar abrir cursos com 200 vagas, quando se sabe que o mercado de trabalho não os pode absorver.
A ideia de um Ensino Superior de qualidade não se coaduna com a total confusão em que este se encontra no momento. Por um lado temos um Ministro que chegou ao cargo cheio de promessas e vontade de mudar o sistema, mas passado ano e meio do seu mandato a desilusão é manifesta em todos os sectores, e preparam-se tempos difíceis para Pedro Lynce. Claro que talvez não seja assim, pois começa-se a falar insistentemente na sua demissão na provável remodelação do Governo até ao fim do ano. Mas com os estudantes a preparem a contestação a esta política, o Ministro continua a passear a sua arrogância até que o mandem embora. No futuro, este será apenas mais um que passou e nada fez para alterar o estado do Ensino Superior. A prepotência dos Ministros da Educação sempre foi enorme; vejamos o caso de Marçal Grilo, que enquanto foi Ministro apenas contribuiu para o afundar do Ensino Superior em Portugal, com uma lei do financiamento injusta e cobarde, mas que depois de ter saído ainda teve a insolência de escrever o que se deveria fazer para resolver os problemas. Ministros como Grilo, Oliveira Martins ou Santos Silva (só para referir os últimos) partilham a responsabilidade de terem cavado um fosso enorme entra o nosso país e o resto da União Europeia. Uma das razões do milagre irlandês da década de 90 passou pela aposta séria no ensino superior, evidentemente sem os dogmas e referências de alguns pensadores que exigem a total gratuitidade do ensino superior. Não podemos acreditar num sistema de qualidade livre de encargos para os seus utilizadores. Mas também não podemos colocar a responsabilidade financeira toda em cima das famílias. A qualidade e a excelência não se consegue obter somente através das verbas do orçamento de estado. As receitas próprias tem de ser uma parte importante do suporte financeiro das Universidades, e estas devem ser compensadas pelo seu sucesso ou penalizadas pelo seu insucesso. Infelizmente, o que tem acontecido é exactamente o contrário, o que prejudica aquelas universidades, como a nossa, que estão a trabalhar bem e conseguem obter receitas próprias que ajudem no financiamento. A exigência de critérios de financiamento rigorosos tem sido um campo de batalha das associações de estudantes, onde nem sempre têm razão. É evidente que quem anda para aí a cantar “não pagamos” e a utilizar o chavão “gratuitidade do ensino superior”, não é consciente da realidade actual do país ou do sistema mais justo. Quem tem um serviço deve pagar alguma coisa por ele. Mas também não concordo com este sistema onde todos pagam igual, sem que haja diferenciação através dos rendimentos familiares. O governo tem vindo a avançar com medidas do género em outros sectores, como nos abonos de família. No pagamento de propinas deveria haver segregação económica dos estudantes, pois só assim teríamos mais justiça social. E não posso concordar com este Ministro, que diz que aumenta as propinas para aumentar a qualidade de ensino, quando todos sabemos que isso não é verdade, é apenas um escape para diminuir o orçamento de estado para o sector ou compensar a falta de verbas das universidades. Ninguém acredita que o aumento de deveu a questões de qualidade.
Num futuro próximo poderemos ver se vamos ter um verdadeiro ensino superior de qualidade, ou se vamos continuar nesta degradação em que vivemos actualmente.
Pausa
Este fim de semana estou ausente do computador...
Festas de Ponte de Lima é a causa
Este fim de semana estou ausente do computador...
Festas de Ponte de Lima é a causa
Miguel Sousa Tavares
Já concordei com muitas coisas que escreveu, mas a sua actual deriva anti Bush está sem dúvida a toldar-lhe a visão. Ele sempre foi um oposicionista...esteve sempre contra... Nunca o vi escrever ou argumentar a favor de algo positivo. Ele é um pessimista natural, mas isto não lhe permite analisar as situações objectivamente...
Já concordei com muitas coisas que escreveu, mas a sua actual deriva anti Bush está sem dúvida a toldar-lhe a visão. Ele sempre foi um oposicionista...esteve sempre contra... Nunca o vi escrever ou argumentar a favor de algo positivo. Ele é um pessimista natural, mas isto não lhe permite analisar as situações objectivamente...
Tears of the Sun
Estreia hoje o filme com a bela Monica Bellucci e Bruce Willis, em Portugal denominado Operação Especial. Apesar do título em português não ser nada bom, o filme vale a pena para ver a desgraça de Africa.
Apenas uma passagem do filme:
Um padre: "Que Deus esteja convosco"
A resposta: "Já há muito que Deus abandonou África"
Estreia hoje o filme com a bela Monica Bellucci e Bruce Willis, em Portugal denominado Operação Especial. Apesar do título em português não ser nada bom, o filme vale a pena para ver a desgraça de Africa.
Apenas uma passagem do filme:
Um padre: "Que Deus esteja convosco"
A resposta: "Já há muito que Deus abandonou África"
Moammar Al Qadhafi (1942- )
Nasceu em Junho de 1942 e governa a Líbia deste Janeiro de 1970. Na escola, Qadhafi, juntamente com um pequeno grupo de amigos, formou um núcleo de militantes revolucionários, que mais tarde tomaram o poder no país. Inspirado por Abdul Nasser do Egipto, era adepto do pan arabismo e da união do povo Árabe contra hegemonia do Ocidente. Em 1961 foi expulso da escola pelo seu activismo político, tendo entrado na academia militar em 1963, onde organizou um grupo conspirativo de militantes extremistas para tentar derrubar a monarquia pró ocidental que governava a Líbia. Em 1965 graduou-se na Academia de Benghazi sendo enviado posteriormente um ano para Inglaterra. Regressou como Comissário Oficial nos Signal Corps.
Em Setembro de 1969, o já Coronel Qadhafi e os seus seguidores efectuaram um golpe de estado sangrento em Tripoli, derrubando o Rei Idris Senussi I e tomaram conta do poder. A luta pelo poder que seguiu entre os revoltosos confirmou a ascensão ao poder de Qadhafi, em Janeiro de 1070.
O seu regime baseou-se na corrente socialista islâmica, o Nacionalismo Árabe e a chamada “democracia” popular. A sua filosofia económica permitia o controlo privado sobre o pequeno negócio, mas as grandes companhias estavam todas sob alçada do Estado. As suas políticas sociais permitiram o Estado Previdência, a liberalização da sociedade e a Educação. Este nacionalismo Pan Árabe era diferente do Partido Baas, pois encorajava a obediência restrita às leis islâmicas. O dinheiro fácil do petróleo permitiu ao regime iniciar um período de desenvolvimento com a construção de casas, hospitais e escolas.
Em 1976 publicou o seu “Green Book”, para enfatizar a sua filosofia política de um estado socialista. (Sobre este livro tenho uma história curiosa; em 1998, no Festival Mundial da Juventude, em Lisboa, conheci um Líbio que me ofereceu orgulhosamente o famoso Livro Verde de Qadhafi. Depois de ter lido algumas coisas, disse-lhe gentilmente que não concordava com quase nada do que estava escrito. O Líbio não me falou mais)
Mas o seu regime é conhecido pela brutalidade com que lida com a oposição, quer interna ou externa. Em 1980, os seus comités revolucionários levaram a cabo um plano de assassinato aos líderes oposicionistas, quer vivessem na Líbia ou não. O sentimento nacionalista Árabe foi aumentando, e tornou-se um paladino da União Árabe, tentando unir o seu país ao Egipto e à Síria, numa Federação de Repúblicas Árabes, tendo no entanto falhado o seu objectivo. Tornou-se um fervoroso adepto da causa palestiniana, apoiando todos os grupos que lutassem contra o sionismo. Devido a esta política foi.se afastando progressivamente do Egipto. Mais tarde aproximou-se da União Soviética, tendo efectuado diversos acordos de cooperação económica e militar.
O seu apoio ao terrorismo internacional levou o Ocidente a afastar-se dele, sendo acusado de diversos crimes e de ser o principal financiador o grupo Outubro Negro, responsável por diversos atentados terroristas, o mais famoso o assassinato de atletas olímpicos Israelitas em 1972. São conhecidas as ligações de Carlos “o Chacal” à Líbia e também a ligação desta com diversos atentados a interesses ocidentais. Em 1986, o Presidente Reagan teve mesmo de mandar bombardear a Líbia. Desde o atentado de Lockerbie a Líbia tem tido sanções internacionais, apenas levantadas recentemente após o acordo que permitirá a indemnização das vitimas por parte da Líbia
Nos últimos anos, este ditador tem tentado amolecer a sua imagem no ocidente, tendo abandonado o apoio declarado do terrorismo. A sua postura no mundo foi completamente revista, deixando de ser o inimigo número um do Ocidente. Mas a enormidade dos seus crimes não pode ser esquecido, e como outros, deveriam ser julgados. A sua mudança de estratégia revolucionária dos últimos não apagará os seus crimes...
Nasceu em Junho de 1942 e governa a Líbia deste Janeiro de 1970. Na escola, Qadhafi, juntamente com um pequeno grupo de amigos, formou um núcleo de militantes revolucionários, que mais tarde tomaram o poder no país. Inspirado por Abdul Nasser do Egipto, era adepto do pan arabismo e da união do povo Árabe contra hegemonia do Ocidente. Em 1961 foi expulso da escola pelo seu activismo político, tendo entrado na academia militar em 1963, onde organizou um grupo conspirativo de militantes extremistas para tentar derrubar a monarquia pró ocidental que governava a Líbia. Em 1965 graduou-se na Academia de Benghazi sendo enviado posteriormente um ano para Inglaterra. Regressou como Comissário Oficial nos Signal Corps.
Em Setembro de 1969, o já Coronel Qadhafi e os seus seguidores efectuaram um golpe de estado sangrento em Tripoli, derrubando o Rei Idris Senussi I e tomaram conta do poder. A luta pelo poder que seguiu entre os revoltosos confirmou a ascensão ao poder de Qadhafi, em Janeiro de 1070.
O seu regime baseou-se na corrente socialista islâmica, o Nacionalismo Árabe e a chamada “democracia” popular. A sua filosofia económica permitia o controlo privado sobre o pequeno negócio, mas as grandes companhias estavam todas sob alçada do Estado. As suas políticas sociais permitiram o Estado Previdência, a liberalização da sociedade e a Educação. Este nacionalismo Pan Árabe era diferente do Partido Baas, pois encorajava a obediência restrita às leis islâmicas. O dinheiro fácil do petróleo permitiu ao regime iniciar um período de desenvolvimento com a construção de casas, hospitais e escolas.
Em 1976 publicou o seu “Green Book”, para enfatizar a sua filosofia política de um estado socialista. (Sobre este livro tenho uma história curiosa; em 1998, no Festival Mundial da Juventude, em Lisboa, conheci um Líbio que me ofereceu orgulhosamente o famoso Livro Verde de Qadhafi. Depois de ter lido algumas coisas, disse-lhe gentilmente que não concordava com quase nada do que estava escrito. O Líbio não me falou mais)
Mas o seu regime é conhecido pela brutalidade com que lida com a oposição, quer interna ou externa. Em 1980, os seus comités revolucionários levaram a cabo um plano de assassinato aos líderes oposicionistas, quer vivessem na Líbia ou não. O sentimento nacionalista Árabe foi aumentando, e tornou-se um paladino da União Árabe, tentando unir o seu país ao Egipto e à Síria, numa Federação de Repúblicas Árabes, tendo no entanto falhado o seu objectivo. Tornou-se um fervoroso adepto da causa palestiniana, apoiando todos os grupos que lutassem contra o sionismo. Devido a esta política foi.se afastando progressivamente do Egipto. Mais tarde aproximou-se da União Soviética, tendo efectuado diversos acordos de cooperação económica e militar.
O seu apoio ao terrorismo internacional levou o Ocidente a afastar-se dele, sendo acusado de diversos crimes e de ser o principal financiador o grupo Outubro Negro, responsável por diversos atentados terroristas, o mais famoso o assassinato de atletas olímpicos Israelitas em 1972. São conhecidas as ligações de Carlos “o Chacal” à Líbia e também a ligação desta com diversos atentados a interesses ocidentais. Em 1986, o Presidente Reagan teve mesmo de mandar bombardear a Líbia. Desde o atentado de Lockerbie a Líbia tem tido sanções internacionais, apenas levantadas recentemente após o acordo que permitirá a indemnização das vitimas por parte da Líbia
Nos últimos anos, este ditador tem tentado amolecer a sua imagem no ocidente, tendo abandonado o apoio declarado do terrorismo. A sua postura no mundo foi completamente revista, deixando de ser o inimigo número um do Ocidente. Mas a enormidade dos seus crimes não pode ser esquecido, e como outros, deveriam ser julgados. A sua mudança de estratégia revolucionária dos últimos não apagará os seus crimes...
Colin Powel
Após ter regressado do Iraque, O secretário de Estado Americano assina hoje um artigo no Wall Street Journal
Thanks to the courage of our brave men and women in uniform, and those of our coalition partners, all that has changed. Saddam is gone. Thanks to the hard work of Ambassador L. Paul Bremer and the Coalition Provisional Authority, Iraq is being transformed. The evidence was everywhere to be seen. Streets are lined with shops selling newspapers and books with opinions of every stripe. Schools and universities are open, teaching young Iraqis the skills to live in freedom and compete in our globalizing world. Parents are forming PTAs to support these schools, and to make sure that they have a voice in their children's future. The hospitals are operating, and 95% of the health clinics are open to provide critical medical services to Iraqis of all ages.
Most important of all, Iraqis are on the road to democratic self-government. All the major cities and over 85% of the towns have councils. In Baghdad, I attended a city council meeting that was remarkable for its normalcy. I saw its members spend their time talking about what most city councils are concerned with--jobs, education and the environment. At the national level I met with an Iraqi Governing Council that has appointed ministers and is taking responsibility for national policy. In fact, while I was there, the new minister of justice announced the legal framework for a truly independent judiciary.
How long will we stay in Iraq? We will stay as long as it takes to turn full responsibility for governing Iraq over to a capable and democratically elected Iraqi administration. Only a government elected under a democratic constitution can take full responsibility and enjoy full legitimacy in the eyes of the Iraqi people and the world.
Anyone who doubts the wisdom of President Bush's course in Iraq should stand, as I did, by the side of the mass grave in Halabja, in Iraq's north. That terrible site holds the remains of 5,000 innocent men, women and children who were gassed to death by Saddam Hussein's criminal regime.
The Iraqi people must be empowered to prevent such mass murder from happening ever again. They must be given the tools and the support to build a peaceful and prosperous democracy. They deserve no less. The American people deserve no less
Após ter regressado do Iraque, O secretário de Estado Americano assina hoje um artigo no Wall Street Journal
Thanks to the courage of our brave men and women in uniform, and those of our coalition partners, all that has changed. Saddam is gone. Thanks to the hard work of Ambassador L. Paul Bremer and the Coalition Provisional Authority, Iraq is being transformed. The evidence was everywhere to be seen. Streets are lined with shops selling newspapers and books with opinions of every stripe. Schools and universities are open, teaching young Iraqis the skills to live in freedom and compete in our globalizing world. Parents are forming PTAs to support these schools, and to make sure that they have a voice in their children's future. The hospitals are operating, and 95% of the health clinics are open to provide critical medical services to Iraqis of all ages.
Most important of all, Iraqis are on the road to democratic self-government. All the major cities and over 85% of the towns have councils. In Baghdad, I attended a city council meeting that was remarkable for its normalcy. I saw its members spend their time talking about what most city councils are concerned with--jobs, education and the environment. At the national level I met with an Iraqi Governing Council that has appointed ministers and is taking responsibility for national policy. In fact, while I was there, the new minister of justice announced the legal framework for a truly independent judiciary.
How long will we stay in Iraq? We will stay as long as it takes to turn full responsibility for governing Iraq over to a capable and democratically elected Iraqi administration. Only a government elected under a democratic constitution can take full responsibility and enjoy full legitimacy in the eyes of the Iraqi people and the world.
Anyone who doubts the wisdom of President Bush's course in Iraq should stand, as I did, by the side of the mass grave in Halabja, in Iraq's north. That terrible site holds the remains of 5,000 innocent men, women and children who were gassed to death by Saddam Hussein's criminal regime.
The Iraqi people must be empowered to prevent such mass murder from happening ever again. They must be given the tools and the support to build a peaceful and prosperous democracy. They deserve no less. The American people deserve no less
F. Scott Fitzgerald
Não sou critico literário, nem tenho jeito para isso. Mas posso dizer que estou verdadeiramente maravilhado. Não posso dizer que tenha um escritor preferido, pois gosto de muitos... Mas é este o meu escritor preferido do momento, isso tenho a certeza.
Depois de ter lido "The Great Gatsby" há já alguns anos, li nos ultimos dias "Belos e Condenados" e "Terna é a noite". Não posso esperar para ler mais dele... Espero que todos sejam tão bons como estes...
Não sou critico literário, nem tenho jeito para isso. Mas posso dizer que estou verdadeiramente maravilhado. Não posso dizer que tenha um escritor preferido, pois gosto de muitos... Mas é este o meu escritor preferido do momento, isso tenho a certeza.
Depois de ter lido "The Great Gatsby" há já alguns anos, li nos ultimos dias "Belos e Condenados" e "Terna é a noite". Não posso esperar para ler mais dele... Espero que todos sejam tão bons como estes...
Nicolae Ceausescu (1918-1989)
Foi sem dúvida um dos piores ditadores comunistas que a Europa de Leste teve. Nasceu em 26 de Janeiro de 1918 em Scornicesti, na Roménia. Este fervoroso adepto de Vlad Tepes Drácula, tendo-o elevado à categoria de herói nacional, foi um membro activo da Juventude Comunista na década de 30, tendo sido preso algumas vezes pela sua actividade comunista. Foi na prisão que conheceu o futuro líder comunista, Gheorghiu Dej, Em 1944 fugiu da prisão, antes da ditadura pró nazi ter sido ocupada pelo Exército Vermelho. No mesmo ano, ascendeu à liderança da Juventude Comunista, tendo desde logo exercido bastante influência do Partido, e foi importante na tomada do poder e instalação de um regime estalinista na Roménia em 1947. Durante este período, até à morte do líder Gheorghiu Dej, ocupou vários cargos no partido e no governo, tendo atingido o segundo lugar mais alto da hierarquia do Partido Comunista Romeno. Em Março de 1965, manobrou de forma a ser nomeado Primeiro Secretário do comité central, e em Dezembro de 1967 assume a Presidência do State Council como líder supremo.
A sua liderança foi-se afastando progressivamente da órbita da URSS, tendo deixado de participar activamente no Pacto de Varsóvia, e aproximou-se da China de Mao e do Ocidente. Em 1968, Ceasescu condenou a invasão da Checoslováquia pelo Tanques Soviéticos e voltou a fazer o mesmo em relação ao Afeganistão, em 1979. Em 1984 furou o boicote comunista ao participar nos Jogos Olímpicos de Los Angeles. Chegou mesmo a proibir contactos directos entre oficiais romenos e soviéticos, obrigando todos os que estivessem casados com mulheres soviéticas a divorciarem-se delas, ou afastarem-se dos cargos que detinham. Em 1971, chegou a estar iminente uma invasão, com as forças soviéticas instaladas na fronteira da Roménia. Se em termos internacionais, este ditador teve uma postura bastante diferente da URSS, mantendo a independência, internamente liderou com mão de ferro o país, recusando qualquer liberalização ou democratização. Esta postura anti soviética proporcionou à Roménia uma deferência do Ocidente, e em 1969, esta República socialista do leste foi visitada pelo Presidente Nixon.
Ceasescu promoveu um regime verdadeiramente repressivo das liberdades e garantias do povo, tendo os tiques de um líder nacionalista comunista, com o culto pessoal e exaltação dos valores da pátria romena. O seu Partido Comunista Romeno controlava totalmente o aparelho do Estado, não possibilitando qualquer oposição. A sua economia era baseada no estatismo do comunismo ortodoxo, mantendo o aparelho produtivo completamente dependente do Estado. O seu programa de desenvolvimento económico é baseado nos princípios estalinistas de industrialização acelerada, tendo dado resultados catastróficos para o povo romeno. O PIB caiu em média 10% após o inicio do programa na década de 70, e 3% na década de 80, tendo um défice exterior astronómico, sendo no final de 1979 cerca de 10 biliões de US Dólares. A sua reforma agrária, mais uma vez inspirada em Estaline provocou a fome e a miséria nos campos.
Quando na década de 80 tentou implementar um plano de austeridade para recompor a economia, apenas aumentou o sofrimento das pessoas, causando fome e falta de abastecimento de bens essenciais às pessoas. Estima-se que morrerem cerca de 15 mil romenos por ano devido a esta crise.
As suas políticas sociais de proibição e repressão do aborto, o pagamento de taxas elevadas para quem não tem filhos, o desencorajamento do divórcio e a proibição da educação sexual transformaram o país num verdadeiro cemitério de crianças, sendo famosas as condições dos orfanatos e a miséria em que viveram milhões de crianças em toda a Roménia.
Depois da purga contra os oficiais pró soviéticos, cria a famosa e terrível Securitate, conhecida mundialmente pelos seus métodos repressivos. A total falta de liberdade de expressão tornou a Roménia num estado totalmente estalinista, tendo a Securitate suprimido toda a oposição política, bem aos métodos do NKVD de Béria. Entretanto, em 1971 já controla todo o aparelho do estado, depois das purgas efectuadas pela polícia secreta. Neste processo, a família do ditador ascende a cargos importantes na hierarquia de Estado, sendo a sua mulher, Elena, umas das figuras mais influentes no governo e alcança o segundo lugar na hierarquia do estado em 1980. Na década de 80, depois de conhecido a amplitude dos crimes, Ceasescu deixou de ter a atenção do Ocidente e o Secretário de Estado Americano, Geroge Shultz afirmou que a Roménia detinha o pior recorde em violações dos direitos humanos na Europa de Leste. Enquanto a maioria da população passava fome, a família “imperial” de Ceasescu vivia com os maiores luxos que o Ocidente podia proporcionar. Estima-se que no final do regime, cerca de 27 membros da sua família ocupavam cargos de liderança no partido e no estado.
No final dos anos 80 começa a surgir forte oposição por parte da população, aumentado ainda mais a repressão sobre a oposição.
Em Dezembro de 1989, a revolução de Timissoara iniciou o fim de Ceasescu e toda a sua loucura assassina. Acabou a vida como mereceu, condenado à morte e executado, juntamente com Elena, após um julgamento militar.
O seu legado de anos de ditadura estalinista deixara a Roménia no caos, pilhada e roubada pela família Ceasescu, milhares de mortos e os orfanatos cheios de crianças decrépitas e esfomeadas.
Foi sem dúvida um dos piores ditadores comunistas que a Europa de Leste teve. Nasceu em 26 de Janeiro de 1918 em Scornicesti, na Roménia. Este fervoroso adepto de Vlad Tepes Drácula, tendo-o elevado à categoria de herói nacional, foi um membro activo da Juventude Comunista na década de 30, tendo sido preso algumas vezes pela sua actividade comunista. Foi na prisão que conheceu o futuro líder comunista, Gheorghiu Dej, Em 1944 fugiu da prisão, antes da ditadura pró nazi ter sido ocupada pelo Exército Vermelho. No mesmo ano, ascendeu à liderança da Juventude Comunista, tendo desde logo exercido bastante influência do Partido, e foi importante na tomada do poder e instalação de um regime estalinista na Roménia em 1947. Durante este período, até à morte do líder Gheorghiu Dej, ocupou vários cargos no partido e no governo, tendo atingido o segundo lugar mais alto da hierarquia do Partido Comunista Romeno. Em Março de 1965, manobrou de forma a ser nomeado Primeiro Secretário do comité central, e em Dezembro de 1967 assume a Presidência do State Council como líder supremo.
A sua liderança foi-se afastando progressivamente da órbita da URSS, tendo deixado de participar activamente no Pacto de Varsóvia, e aproximou-se da China de Mao e do Ocidente. Em 1968, Ceasescu condenou a invasão da Checoslováquia pelo Tanques Soviéticos e voltou a fazer o mesmo em relação ao Afeganistão, em 1979. Em 1984 furou o boicote comunista ao participar nos Jogos Olímpicos de Los Angeles. Chegou mesmo a proibir contactos directos entre oficiais romenos e soviéticos, obrigando todos os que estivessem casados com mulheres soviéticas a divorciarem-se delas, ou afastarem-se dos cargos que detinham. Em 1971, chegou a estar iminente uma invasão, com as forças soviéticas instaladas na fronteira da Roménia. Se em termos internacionais, este ditador teve uma postura bastante diferente da URSS, mantendo a independência, internamente liderou com mão de ferro o país, recusando qualquer liberalização ou democratização. Esta postura anti soviética proporcionou à Roménia uma deferência do Ocidente, e em 1969, esta República socialista do leste foi visitada pelo Presidente Nixon.
Ceasescu promoveu um regime verdadeiramente repressivo das liberdades e garantias do povo, tendo os tiques de um líder nacionalista comunista, com o culto pessoal e exaltação dos valores da pátria romena. O seu Partido Comunista Romeno controlava totalmente o aparelho do Estado, não possibilitando qualquer oposição. A sua economia era baseada no estatismo do comunismo ortodoxo, mantendo o aparelho produtivo completamente dependente do Estado. O seu programa de desenvolvimento económico é baseado nos princípios estalinistas de industrialização acelerada, tendo dado resultados catastróficos para o povo romeno. O PIB caiu em média 10% após o inicio do programa na década de 70, e 3% na década de 80, tendo um défice exterior astronómico, sendo no final de 1979 cerca de 10 biliões de US Dólares. A sua reforma agrária, mais uma vez inspirada em Estaline provocou a fome e a miséria nos campos.
Quando na década de 80 tentou implementar um plano de austeridade para recompor a economia, apenas aumentou o sofrimento das pessoas, causando fome e falta de abastecimento de bens essenciais às pessoas. Estima-se que morrerem cerca de 15 mil romenos por ano devido a esta crise.
As suas políticas sociais de proibição e repressão do aborto, o pagamento de taxas elevadas para quem não tem filhos, o desencorajamento do divórcio e a proibição da educação sexual transformaram o país num verdadeiro cemitério de crianças, sendo famosas as condições dos orfanatos e a miséria em que viveram milhões de crianças em toda a Roménia.
Depois da purga contra os oficiais pró soviéticos, cria a famosa e terrível Securitate, conhecida mundialmente pelos seus métodos repressivos. A total falta de liberdade de expressão tornou a Roménia num estado totalmente estalinista, tendo a Securitate suprimido toda a oposição política, bem aos métodos do NKVD de Béria. Entretanto, em 1971 já controla todo o aparelho do estado, depois das purgas efectuadas pela polícia secreta. Neste processo, a família do ditador ascende a cargos importantes na hierarquia de Estado, sendo a sua mulher, Elena, umas das figuras mais influentes no governo e alcança o segundo lugar na hierarquia do estado em 1980. Na década de 80, depois de conhecido a amplitude dos crimes, Ceasescu deixou de ter a atenção do Ocidente e o Secretário de Estado Americano, Geroge Shultz afirmou que a Roménia detinha o pior recorde em violações dos direitos humanos na Europa de Leste. Enquanto a maioria da população passava fome, a família “imperial” de Ceasescu vivia com os maiores luxos que o Ocidente podia proporcionar. Estima-se que no final do regime, cerca de 27 membros da sua família ocupavam cargos de liderança no partido e no estado.
No final dos anos 80 começa a surgir forte oposição por parte da população, aumentado ainda mais a repressão sobre a oposição.
Em Dezembro de 1989, a revolução de Timissoara iniciou o fim de Ceasescu e toda a sua loucura assassina. Acabou a vida como mereceu, condenado à morte e executado, juntamente com Elena, após um julgamento militar.
O seu legado de anos de ditadura estalinista deixara a Roménia no caos, pilhada e roubada pela família Ceasescu, milhares de mortos e os orfanatos cheios de crianças decrépitas e esfomeadas.
Parabéns!
A estima Charlotte faz anos... deve ser uma idade gira 33...
É sem dúvida o mais mediático aniversário da Blogosfera... o outro, o de Jorge Sampaio, ficou relegado para segundo lugar...
Sinal dos tempos...
A estima Charlotte faz anos... deve ser uma idade gira 33...
É sem dúvida o mais mediático aniversário da Blogosfera... o outro, o de Jorge Sampaio, ficou relegado para segundo lugar...
Sinal dos tempos...
Enganos
Hoje ao abrir o público vi um título gordo, Cuba Livre, e olhei para o lado e vi Francisco Louça. Pensei, terá sido ele a escrever este artigo? Não, claro que não...
Hoje ao abrir o público vi um título gordo, Cuba Livre, e olhei para o lado e vi Francisco Louça. Pensei, terá sido ele a escrever este artigo? Não, claro que não...
Heróis
Quem conhece o horror das ditaduras, tem sempre a autoridade moral para defender a liberdade
Cuba Livre!
Por VÁCLAV HAVEL, Lech Walesa, Árpád Göncz, ex-Presidentes da República Checa, Polónia e Hungria
Quinta-feira, 18 de Setembro de 2003
Há exactamente um ano, o regime de Fidel Castro prendeu 75 representantes da oposição cubana. Mais de 40 coordenadores do Projecto Varela e mais de 20 jornalistas, juntamente com outros representantes de movimentos pró-democracia, foram parar à cadeia. Em julgamentos encenados, todos eles foram condenados a penas de prisão que vão dos seis aos 28 anos - apenas por terem ousado expressar uma opinião diferente da oficial.
No entanto, a voz de cubanos com um pensamento livre está a fazer-se ouvir cada vez mais alto, e é precisamente isso que mais deve preocupar Fidel Castro e o seu Governo. Apesar da omnipresença da polícia secreta e da propaganda do Governo, milhares de cubanos manifestaram já a sua coragem ao assinar o Projecto Varela, que se baseia na Constituição e pretende organizar um referendo sobre a liberdade de expressão e de associação, a libertação de presos políticos, a liberdade de imprensa e a convocação de eleições livres. Apesar disso, e no melhor dos casos, o regime cubano ignora o Projecto Varela e outras iniciativas, e no pior dos casos persegue esse tipo de iniciativas.
A última onda de confrontos, acompanhada de vários ataques antieuropeus por parte da representação política de Cuba, só pode ser considerada como uma manifestação de fragilidade e desespero. O regime está a perder fôlego da mesma forma que o perderam os líderes dos países para lá da Cortina de Ferro no final da década de 80. A oposição interna está a ficar mais forte e mesmo os raides de Março não conseguiram fazê-la ajoelhar-se. Os tempos estão a mudar, a revolução está a envelhecer juntamente com os seus líderes, o regime está nervoso. Fidel Castro sabe muito bem que virá o dia em que a revolução definhará juntamente com ele.
Ninguém sabe ao certo o que acontecerá nessa altura. No entanto, quanto mais claro ficar em Bruxelas, em Washington, no México, entre os exilados e entre os cidadãos cubanos, que a liberdade, a democracia e a prosperidade de Cuba dependem do apoio que for dado à dissidência cubana, maiores serão as possibilidades da futura transição pacífica da sociedade cubana para a democracia.
Hoje, o mundo democrático tem a obrigação de apoiar os representantes da oposição cubana independentemente do tempo que os estalinistas cubanos se mantiverem no poder. A oposição cubana deve sentir o mesmo apoio que sentiam os representantes da dissidência política na Europa, dividida até há pouco tempo. Respostas de condenação devem ser acompanhadas de medidas diplomáticas concretas procedentes da Europa, América Latina e EUA e podem ser uma forma idónea de pressão contra o regime repressivo de Havana.
Não se pode afirmar que o embargo norte-americano contra Cuba tenha produzido os frutos pretendidos, nem se pode dizer o mesmo da política europeia, que tem sido de certa forma diligente com o regime de Cuba. É preciso deixar de lado as discrepâncias transatlânticas relativas ao bloqueio a Cuba e centrar-se no apoio directo aos dissidentes e aos presos de consciência e suas famílias. A Europa deveria manifestar claramente que Fidel Castro é um ditador e que uma ditadura não pode ser um interlocutor de países democráticos até dar início a um processo de liberalização política.
Ao mesmo tempo, os países europeus deveriam criar um "fundo democrático cubano" de apoio à emergente sociedade civil cubana. Este fundo estaria pronto para ser empregue imediatamente em caso de mudanças políticas na ilha.
A recente experiência europeia de transição pacífica da ditadura para a democracia, quer se trate do exemplo de Espanha, ou posteriormente dos países da Europa Central, serviu de inspiração à oposição cubana. Precisamente por isso, a Europa, recordando as suas próprias experiências, não deveria vacilar neste momento. É a própria história da Europa que a isso obriga.
Quem conhece o horror das ditaduras, tem sempre a autoridade moral para defender a liberdade
Cuba Livre!
Por VÁCLAV HAVEL, Lech Walesa, Árpád Göncz, ex-Presidentes da República Checa, Polónia e Hungria
Quinta-feira, 18 de Setembro de 2003
Há exactamente um ano, o regime de Fidel Castro prendeu 75 representantes da oposição cubana. Mais de 40 coordenadores do Projecto Varela e mais de 20 jornalistas, juntamente com outros representantes de movimentos pró-democracia, foram parar à cadeia. Em julgamentos encenados, todos eles foram condenados a penas de prisão que vão dos seis aos 28 anos - apenas por terem ousado expressar uma opinião diferente da oficial.
No entanto, a voz de cubanos com um pensamento livre está a fazer-se ouvir cada vez mais alto, e é precisamente isso que mais deve preocupar Fidel Castro e o seu Governo. Apesar da omnipresença da polícia secreta e da propaganda do Governo, milhares de cubanos manifestaram já a sua coragem ao assinar o Projecto Varela, que se baseia na Constituição e pretende organizar um referendo sobre a liberdade de expressão e de associação, a libertação de presos políticos, a liberdade de imprensa e a convocação de eleições livres. Apesar disso, e no melhor dos casos, o regime cubano ignora o Projecto Varela e outras iniciativas, e no pior dos casos persegue esse tipo de iniciativas.
A última onda de confrontos, acompanhada de vários ataques antieuropeus por parte da representação política de Cuba, só pode ser considerada como uma manifestação de fragilidade e desespero. O regime está a perder fôlego da mesma forma que o perderam os líderes dos países para lá da Cortina de Ferro no final da década de 80. A oposição interna está a ficar mais forte e mesmo os raides de Março não conseguiram fazê-la ajoelhar-se. Os tempos estão a mudar, a revolução está a envelhecer juntamente com os seus líderes, o regime está nervoso. Fidel Castro sabe muito bem que virá o dia em que a revolução definhará juntamente com ele.
Ninguém sabe ao certo o que acontecerá nessa altura. No entanto, quanto mais claro ficar em Bruxelas, em Washington, no México, entre os exilados e entre os cidadãos cubanos, que a liberdade, a democracia e a prosperidade de Cuba dependem do apoio que for dado à dissidência cubana, maiores serão as possibilidades da futura transição pacífica da sociedade cubana para a democracia.
Hoje, o mundo democrático tem a obrigação de apoiar os representantes da oposição cubana independentemente do tempo que os estalinistas cubanos se mantiverem no poder. A oposição cubana deve sentir o mesmo apoio que sentiam os representantes da dissidência política na Europa, dividida até há pouco tempo. Respostas de condenação devem ser acompanhadas de medidas diplomáticas concretas procedentes da Europa, América Latina e EUA e podem ser uma forma idónea de pressão contra o regime repressivo de Havana.
Não se pode afirmar que o embargo norte-americano contra Cuba tenha produzido os frutos pretendidos, nem se pode dizer o mesmo da política europeia, que tem sido de certa forma diligente com o regime de Cuba. É preciso deixar de lado as discrepâncias transatlânticas relativas ao bloqueio a Cuba e centrar-se no apoio directo aos dissidentes e aos presos de consciência e suas famílias. A Europa deveria manifestar claramente que Fidel Castro é um ditador e que uma ditadura não pode ser um interlocutor de países democráticos até dar início a um processo de liberalização política.
Ao mesmo tempo, os países europeus deveriam criar um "fundo democrático cubano" de apoio à emergente sociedade civil cubana. Este fundo estaria pronto para ser empregue imediatamente em caso de mudanças políticas na ilha.
A recente experiência europeia de transição pacífica da ditadura para a democracia, quer se trate do exemplo de Espanha, ou posteriormente dos países da Europa Central, serviu de inspiração à oposição cubana. Precisamente por isso, a Europa, recordando as suas próprias experiências, não deveria vacilar neste momento. É a própria história da Europa que a isso obriga.
Ditadores do século XX
Anda na Blogosfera uma discussão sobre ditadores... Decidi dar a minha contribuição para a discussão, e nas próximas semanas irei realizar uma abordagem pormenorizada sobre alguns dos mais totalitários e assassinos ditadores do século XX. De certeza que ainda me vou lembrar de mais alguns, mas vou referenciar 20 nomes que marcaram o século passado da pior forma. Relembro as pessoas que condeno todos, sem excepção, sendo eles de direita ou esquerda... Ao contrário de uma certa esquerda, para mim os ditadores são todos iguais e merecem o desprezo pelo que fizeram. Não há bons e maus... apenas ditadores...
Nas próximas semanas abordarei estes...
Joseph Stalin
Mao Tse-tung
Adolf Hitler
Sadam Hussein
Vladimir Lenin
Tojo Hideki
Pol Pot
Yahya Khan
Josip Tito
Augusto Pinochet
Fidel Castro
Alfredo Stoessner
Francisco Franco
Mobutu Sese Seko
Kim Il Sung
Nicolae Ceausescu
Ferdinand Edralin Marcos
Benito Mussolini
Moammar Al Qadhafi
Idi Amin
Anda na Blogosfera uma discussão sobre ditadores... Decidi dar a minha contribuição para a discussão, e nas próximas semanas irei realizar uma abordagem pormenorizada sobre alguns dos mais totalitários e assassinos ditadores do século XX. De certeza que ainda me vou lembrar de mais alguns, mas vou referenciar 20 nomes que marcaram o século passado da pior forma. Relembro as pessoas que condeno todos, sem excepção, sendo eles de direita ou esquerda... Ao contrário de uma certa esquerda, para mim os ditadores são todos iguais e merecem o desprezo pelo que fizeram. Não há bons e maus... apenas ditadores...
Nas próximas semanas abordarei estes...
Joseph Stalin
Mao Tse-tung
Adolf Hitler
Sadam Hussein
Vladimir Lenin
Tojo Hideki
Pol Pot
Yahya Khan
Josip Tito
Augusto Pinochet
Fidel Castro
Alfredo Stoessner
Francisco Franco
Mobutu Sese Seko
Kim Il Sung
Nicolae Ceausescu
Ferdinand Edralin Marcos
Benito Mussolini
Moammar Al Qadhafi
Idi Amin
Project for New American Century
September 16, 2003
MEMORANDUM TO: OPINION LEADERS
FROM: DANIEL McKIVERGAN, Deputy Director
SUBJECT: Gerecht on Iraq’s Reconstruction
In the current issue of the Weekly Standard, Reuel Marc Gerecht, a resident fellow at the American Enterprise Institute and senior fellow at the Project, argues in his piece (“Premature Iraqification”*) that “creating a legitimate Iraqi government and security force can’t be done overnight.” Moreover, he writes that “Iraqification ought to be a question of degree and speed, not kind” and makes the following points:
“…Iraqification isn’t likely to solve Iraq’s most pressing problems.” If we “move too expeditiously,” the Coalition “may well repeat the great sin of modern Iraqi history by creating security forces before the political system can absorb, socialize, and politically neutralize them.”
“…[E]normous care must be taken in building Iraq’s future armed forces…. However badly the U.S. military wants to share the burden in Iraq, it would be an egregious mistake to have a functioning Iraqi army before the Iraqi people have a constitution, to which Iraqi soldiers must swear their allegiance.”
“[T]he battle for hearts and minds in Iraq is for the United States to lose, not for all-Iraqi security forces to win. The latter have an important role to play in securing their country for a freer, democratic future. But we need to be careful not to put the cart before the horse.”
“The forging of decent new political institutions should be the means by which we transfer power to the Iraqi people and neutralize the forces that want to destroy a democratic Iraq before it is born.”
September 16, 2003
MEMORANDUM TO: OPINION LEADERS
FROM: DANIEL McKIVERGAN, Deputy Director
SUBJECT: Gerecht on Iraq’s Reconstruction
In the current issue of the Weekly Standard, Reuel Marc Gerecht, a resident fellow at the American Enterprise Institute and senior fellow at the Project, argues in his piece (“Premature Iraqification”*) that “creating a legitimate Iraqi government and security force can’t be done overnight.” Moreover, he writes that “Iraqification ought to be a question of degree and speed, not kind” and makes the following points:
“…Iraqification isn’t likely to solve Iraq’s most pressing problems.” If we “move too expeditiously,” the Coalition “may well repeat the great sin of modern Iraqi history by creating security forces before the political system can absorb, socialize, and politically neutralize them.”
“…[E]normous care must be taken in building Iraq’s future armed forces…. However badly the U.S. military wants to share the burden in Iraq, it would be an egregious mistake to have a functioning Iraqi army before the Iraqi people have a constitution, to which Iraqi soldiers must swear their allegiance.”
“[T]he battle for hearts and minds in Iraq is for the United States to lose, not for all-Iraqi security forces to win. The latter have an important role to play in securing their country for a freer, democratic future. But we need to be careful not to put the cart before the horse.”
“The forging of decent new political institutions should be the means by which we transfer power to the Iraqi people and neutralize the forces that want to destroy a democratic Iraq before it is born.”
Gen. Wesley Clark
Parece mesmo confirmar-se que Weslet Clark será o décimo candidato presidencial democrata às eleições do próximo ano. Surge hoje na Imprensa americana a noticia que amanhã deverá anunciar a sua candidatura em Litle Rock..
Apesar de neste momento haver muita divisão no Partido Democrata, tenho a convicção que até ao fim da corrida ainda haverá muitas desistências... Na parte final das primárias, haverá dois blocos diferentes, onde a ala esquerdista, encabeçada por Howard Dean irá defrontar o centro do partido. E é neste campo que Wesley Clark lutará para ganhar a nomeação. Apesar de não ter experiência política, este general da reserva parece já contar com o apoio de antigos colaboradores de Bill Clinton, e granjeia da estima do Ex. presidente. A ver vamos se chegará a ser suficiente para conseguir a nomeação.
Para o caso de não avançar para a Presidência, surgem rumores que o colocam como candidato a vice-presidente por uma outra candidatura.
Parece mesmo confirmar-se que Weslet Clark será o décimo candidato presidencial democrata às eleições do próximo ano. Surge hoje na Imprensa americana a noticia que amanhã deverá anunciar a sua candidatura em Litle Rock..
Apesar de neste momento haver muita divisão no Partido Democrata, tenho a convicção que até ao fim da corrida ainda haverá muitas desistências... Na parte final das primárias, haverá dois blocos diferentes, onde a ala esquerdista, encabeçada por Howard Dean irá defrontar o centro do partido. E é neste campo que Wesley Clark lutará para ganhar a nomeação. Apesar de não ter experiência política, este general da reserva parece já contar com o apoio de antigos colaboradores de Bill Clinton, e granjeia da estima do Ex. presidente. A ver vamos se chegará a ser suficiente para conseguir a nomeação.
Para o caso de não avançar para a Presidência, surgem rumores que o colocam como candidato a vice-presidente por uma outra candidatura.
Boa Notícia?
Segundo do DN, um estudo encomendado pelo Governo à McKinsey Global Institute, defende que a economia portuguesa até 2010 será uma das mais competitivas da Europa.
Poderão ser boas noticias para Portugal, mas mantenho as minhas reservas quanto às suas previsões...
Será o pessimismo natural de quem conhece bem a existência problemática da Pátria?
Segundo do DN, um estudo encomendado pelo Governo à McKinsey Global Institute, defende que a economia portuguesa até 2010 será uma das mais competitivas da Europa.
Poderão ser boas noticias para Portugal, mas mantenho as minhas reservas quanto às suas previsões...
Será o pessimismo natural de quem conhece bem a existência problemática da Pátria?
Guiné
Africa continua perdida no meio de revoltas, guerras civis e golpes de estado. Não tenho comentários a mais este derrube de governo por força das armas. O Kumba Íalá, que também não era flor que se cheire, não vai deixar saudades, mas os próximos não deverão ser muito diferentes dele. O que fazer de um continente que não se sabe governar a si próprio? Infelizmente ainda ninguém encontrou a solução milagrosa, apenas temos de continuar a apoiar os movimentos democráticos que têm surgido, dando força para que a democracia se imponha neste continente. Sei que a democracia não resolverá os problemas todos, mas será uma boa forma de iniciar...
Uma boa noticia em África, foram as eleições em Marrocos, onde tudo correu dentro da normalidade, e os radicais islamistas foram reduzidos à sua insignificância.
Africa continua perdida no meio de revoltas, guerras civis e golpes de estado. Não tenho comentários a mais este derrube de governo por força das armas. O Kumba Íalá, que também não era flor que se cheire, não vai deixar saudades, mas os próximos não deverão ser muito diferentes dele. O que fazer de um continente que não se sabe governar a si próprio? Infelizmente ainda ninguém encontrou a solução milagrosa, apenas temos de continuar a apoiar os movimentos democráticos que têm surgido, dando força para que a democracia se imponha neste continente. Sei que a democracia não resolverá os problemas todos, mas será uma boa forma de iniciar...
Uma boa noticia em África, foram as eleições em Marrocos, onde tudo correu dentro da normalidade, e os radicais islamistas foram reduzidos à sua insignificância.
Adesão popular à União Europeia
Apesar de ser completamente favorável ao espírito da União Europeia, não gosto de passar cheques em branco. Os últimos passos da construção europeia, têm sido quase sempre nas costas do eleitorado. Foi assim com o tratado de Maastricht e foi assim no caso da introdução do Euro. Estas decisões que acarretam um imenso significado para a vida dos cidadãos, não têm conseguido mobilizar as pessoas, parecendo que são acordos de cavalheiros, que adoptam medidas que mexem com as estruturas dos diferentes países, sem ouvirem ninguém. Os últimos referendos relativos à União Económica e Monetária deram um rotundo não e na Irlanda tinha sido reprovado o Tratado de Nice. Agora surge este não da Suécia. Os responsáveis políticos precisam de reflectir o porquê do crescimento do cepticismo que cresce nas opiniões públicas. É fundamental explicar às pessoas o que se está a construir, elucidar o porquê das medidas e enunciar as vantagens para as populações.
No futuro, é importante envolver as pessoas nas decisões, realizar referendos e consultas públicas; não podemos continuar aprofundar a integração, com as costas voltadas para as pessoas. Tomando o exemplo de Portugal; nunca as pessoas foram consultadas para nada, apesar de termos uma opinião pública esmagadoramente a favor, era importante fazer um referendo, pois estes envolvem sempre campanhas e debates, que poderiam servir para dar mais informação às pessoas. Espero que em relação à Constituição Europeia haja um referendo em Portugal, para sabermos o que as pessoas pensam. Claro que irá surgir muito aproveitamento político deste referendo, mas pelo menos as pessoas irão ouvir falar e discutir a União Europeia.
Por outro lado, temos de destacar a enorme adesão popular dos novos países que vão entrar, pois os referendos têm dado vitórias esmagadoras ao Sim, como ainda hoje aconteceu na Estónia. Sem dúvida que esta adesão popular externa contrasta com a descrença crescente das pessoas dos países membros da União Europeia.
Apesar de ser completamente favorável ao espírito da União Europeia, não gosto de passar cheques em branco. Os últimos passos da construção europeia, têm sido quase sempre nas costas do eleitorado. Foi assim com o tratado de Maastricht e foi assim no caso da introdução do Euro. Estas decisões que acarretam um imenso significado para a vida dos cidadãos, não têm conseguido mobilizar as pessoas, parecendo que são acordos de cavalheiros, que adoptam medidas que mexem com as estruturas dos diferentes países, sem ouvirem ninguém. Os últimos referendos relativos à União Económica e Monetária deram um rotundo não e na Irlanda tinha sido reprovado o Tratado de Nice. Agora surge este não da Suécia. Os responsáveis políticos precisam de reflectir o porquê do crescimento do cepticismo que cresce nas opiniões públicas. É fundamental explicar às pessoas o que se está a construir, elucidar o porquê das medidas e enunciar as vantagens para as populações.
No futuro, é importante envolver as pessoas nas decisões, realizar referendos e consultas públicas; não podemos continuar aprofundar a integração, com as costas voltadas para as pessoas. Tomando o exemplo de Portugal; nunca as pessoas foram consultadas para nada, apesar de termos uma opinião pública esmagadoramente a favor, era importante fazer um referendo, pois estes envolvem sempre campanhas e debates, que poderiam servir para dar mais informação às pessoas. Espero que em relação à Constituição Europeia haja um referendo em Portugal, para sabermos o que as pessoas pensam. Claro que irá surgir muito aproveitamento político deste referendo, mas pelo menos as pessoas irão ouvir falar e discutir a União Europeia.
Por outro lado, temos de destacar a enorme adesão popular dos novos países que vão entrar, pois os referendos têm dado vitórias esmagadoras ao Sim, como ainda hoje aconteceu na Estónia. Sem dúvida que esta adesão popular externa contrasta com a descrença crescente das pessoas dos países membros da União Europeia.
Suécia
Pois é, a democracia tem destas coisas... Apesar da Europa política desejar uma coisa, as pessoas decidem o contrário...
Mais uma vitória da democracia, independentemente de não concordar com o resultado...
Espero que no resto da Europa haja mais referendos deste tipo para verificar se as pessoas estão de acordo com as decisões importantes que os governantes andam a tomar...
Pois é, a democracia tem destas coisas... Apesar da Europa política desejar uma coisa, as pessoas decidem o contrário...
Mais uma vitória da democracia, independentemente de não concordar com o resultado...
Espero que no resto da Europa haja mais referendos deste tipo para verificar se as pessoas estão de acordo com as decisões importantes que os governantes andam a tomar...
Eleições Americanas…
A pouco mais de um ano das eleições presidenciais nos Estados Unidos, é pertinente elaborar uma descrição realista da actual situação política. George Bush parte com vantagem, mas a sua eleição não é garantida. Muito do que vai acontecer no próximo ano vai ditar o seu futuro político. Economia e situação no Iraque vão ser questões fundamentais para a sua eleição, mas acima de tudo, será importante o nome que o vai defrontar.
A situação do Partido Democrata é neste momento difusa, pois têm vários candidatos, e ainda se fala insistentemente em outros dois nomes, Hillary Clinton e o General Wesley Clark, para avançarem. A senhora Clinton não deve avançar devido ao seu calculismo, esperando ser em candidata em 2008; agora vai esperar pacientemente a derrota de algum correligionário de partido.
Analisando os vários candidatos, riscamos à partida Carol Moseley Braun, Al Sharpton, Bob Graham e Dennis Kucinich, ficando com Jonh Kerry, Dick Gephardt, Joe Lieberman, Jonh Edwards e Howard Dean. Destes candidatos, as apostas apontam para este último, o mais radical e esquerdista dos favoritos. Este liberal foi um dos grandes opositores da guerra do Iraque e tem conseguido mobilizar a ala esquerda dos Estados Unidos, sendo neste momento o favorito para ganhar a nomeação presidencial.
A grande divisão que existe no Partido Democrata, pode aumentar ainda esta semana, com a esperada entrada em cena do General Clark, que poderá conseguir importantes apoios dentro do Partido. Esta semana, Bill Clinton elogiou a postura do seu antigo colaborador, antevendo-se uma luta cada vez mais cerrada.
Esta desunião poderá favorecer Bush, mas não podemos considerá-la definitiva, pois sabemos após a convenção Democrata, o partido deve-se unir em redor do candidato escolhido. Em democracia, as coisas funcionam assim, e nos EUA, normalmente após as Primárias, os partidos unem-se em torno do candidato escolhido. Se o escolhido for Dean, que neste momento foi o que conseguiu angariar mais dinheiro para a sua campanha (apesar de estar a anos luz do Presidente Bush), o cenário é francamente optimista para Bush, apesar da sua campanha bastante agressiva, apelando ao coração liberal dos eleitores, criticando a política fiscal conservadora de Bush e principalmente a sua postura perante a comunidade internacional e a Guerra do Iraque. Com Howard Dean na corrida, Bush poderá ter a vida facilitada, pois os Estados Unidos não costumam dar vitórias a candidatos esquerdistas, como o foram George Mcgovern em 1972 e Walter Mondale em 1972, esmagados nas urnas por candidatos republicanos.
Não sabendo quem vai ser o candidato opositor de Bush, a forma como evoluir a economia e a situação no Iraque vai condicionar de forma decisiva o resultado das eleições. Mas não tenhamos ilusões, a situação actual não tem nada a ver com a eleição de 1992, quando George H. Bush perdeu para Bill Clinton. Em primeiro lugar, o actual presidente é muito mais popular que o seu pai, e a sua forma de fazer política é muito mais atraente para o público, ele consegue seduzir e atrair a atenção dos eleitores de uma forma substancialmente diferente. Vejamos a forma como conduziu à vitória nas últimas eleições legislativas e a forma entusiástica como efectuou campanha. Os seus detractores enchem-no de nomes, mas não tenhamos dúvidas quanto à sua capacidade enquanto político. Depois ele tem o Partido Republicano complemente a apoiá-lo, coisa que não aconteceu com o seu pai; lembremo-nos dos conservadores de Pat Buchanon. A economia, ao contrário de 1992, começa a dar sinais positivos, esperando-se a retoma no próximo ano. A campanha eleitoral poderá a ficar marcada pelo crescimento económico, o que não será nada favorável a o candidato democrata. Depois a situação no Iraque; o Plano Bremer, exposto esta semana, está de acordo com o calendário eleitoral do Presidente Bush, e a situação no Iraque tenderá para melhorar nos próximos meses. Outro facto importante é que apesar dos problemas todos que tem passado nos últimos meses, Bush continua ainda a ser um Presidente popular no eleitorado americano.
A pouco mais de um ano das eleições presidenciais nos Estados Unidos, é pertinente elaborar uma descrição realista da actual situação política. George Bush parte com vantagem, mas a sua eleição não é garantida. Muito do que vai acontecer no próximo ano vai ditar o seu futuro político. Economia e situação no Iraque vão ser questões fundamentais para a sua eleição, mas acima de tudo, será importante o nome que o vai defrontar.
A situação do Partido Democrata é neste momento difusa, pois têm vários candidatos, e ainda se fala insistentemente em outros dois nomes, Hillary Clinton e o General Wesley Clark, para avançarem. A senhora Clinton não deve avançar devido ao seu calculismo, esperando ser em candidata em 2008; agora vai esperar pacientemente a derrota de algum correligionário de partido.
Analisando os vários candidatos, riscamos à partida Carol Moseley Braun, Al Sharpton, Bob Graham e Dennis Kucinich, ficando com Jonh Kerry, Dick Gephardt, Joe Lieberman, Jonh Edwards e Howard Dean. Destes candidatos, as apostas apontam para este último, o mais radical e esquerdista dos favoritos. Este liberal foi um dos grandes opositores da guerra do Iraque e tem conseguido mobilizar a ala esquerda dos Estados Unidos, sendo neste momento o favorito para ganhar a nomeação presidencial.
A grande divisão que existe no Partido Democrata, pode aumentar ainda esta semana, com a esperada entrada em cena do General Clark, que poderá conseguir importantes apoios dentro do Partido. Esta semana, Bill Clinton elogiou a postura do seu antigo colaborador, antevendo-se uma luta cada vez mais cerrada.
Esta desunião poderá favorecer Bush, mas não podemos considerá-la definitiva, pois sabemos após a convenção Democrata, o partido deve-se unir em redor do candidato escolhido. Em democracia, as coisas funcionam assim, e nos EUA, normalmente após as Primárias, os partidos unem-se em torno do candidato escolhido. Se o escolhido for Dean, que neste momento foi o que conseguiu angariar mais dinheiro para a sua campanha (apesar de estar a anos luz do Presidente Bush), o cenário é francamente optimista para Bush, apesar da sua campanha bastante agressiva, apelando ao coração liberal dos eleitores, criticando a política fiscal conservadora de Bush e principalmente a sua postura perante a comunidade internacional e a Guerra do Iraque. Com Howard Dean na corrida, Bush poderá ter a vida facilitada, pois os Estados Unidos não costumam dar vitórias a candidatos esquerdistas, como o foram George Mcgovern em 1972 e Walter Mondale em 1972, esmagados nas urnas por candidatos republicanos.
Não sabendo quem vai ser o candidato opositor de Bush, a forma como evoluir a economia e a situação no Iraque vai condicionar de forma decisiva o resultado das eleições. Mas não tenhamos ilusões, a situação actual não tem nada a ver com a eleição de 1992, quando George H. Bush perdeu para Bill Clinton. Em primeiro lugar, o actual presidente é muito mais popular que o seu pai, e a sua forma de fazer política é muito mais atraente para o público, ele consegue seduzir e atrair a atenção dos eleitores de uma forma substancialmente diferente. Vejamos a forma como conduziu à vitória nas últimas eleições legislativas e a forma entusiástica como efectuou campanha. Os seus detractores enchem-no de nomes, mas não tenhamos dúvidas quanto à sua capacidade enquanto político. Depois ele tem o Partido Republicano complemente a apoiá-lo, coisa que não aconteceu com o seu pai; lembremo-nos dos conservadores de Pat Buchanon. A economia, ao contrário de 1992, começa a dar sinais positivos, esperando-se a retoma no próximo ano. A campanha eleitoral poderá a ficar marcada pelo crescimento económico, o que não será nada favorável a o candidato democrata. Depois a situação no Iraque; o Plano Bremer, exposto esta semana, está de acordo com o calendário eleitoral do Presidente Bush, e a situação no Iraque tenderá para melhorar nos próximos meses. Outro facto importante é que apesar dos problemas todos que tem passado nos últimos meses, Bush continua ainda a ser um Presidente popular no eleitorado americano.
Leo Strauss...dados sobre este perigoso "extremista"
Nasceu na Alemanha em 1889 e cresceu no seio de uma familia judia ortodoxa. Cresceu com um forte sentimento de Judaismo, após ter-se apercebido da realidade do seu povo, tendo servido no éxercito alemão na Grande Guerra. Foi companheiro ou amigo de Carl Schmitt, Martin Heidegger e Alexandre Kojève, tendo sido até elogiado por Walter Benjamin, este ideólogo da esquerda melancólica dos anos 20. Em 1934 foi viver para Londres, para fugir às perseguições Nazis, até que em 1937 foi viver para os Estados Unidos, para leccionar na Universidade de Columbia, Nova Iorque. Em 1949, vai definitavamente para a Universidade de Chicago, tendo leccionado em diversas Universiadades até o fim da sua vida, em 1973. Este estudioso da filosofia e da política deixou um enorme património filosófico.
Este mês, na revista "The Public Interest", William Kristol e Steven Lenzner tentam desmistificar as ideias de Strauss, numa época em que a confusão e a ignorância invadem o debate político. Muitas das nossas brilhantes mentes da opinião pública ouvem um nome associado ao extremismo e passam a usá-lo no seu vocabulário. O debate em político em torno da Guerra do Iraque foi em grande parte contagiado por este tipo de juizos de valor, assumindo-se mentiras e meias verdades como factos indesmentíveis. Felizmente houve sempre quem soubesse os demistificar... O Artigo está no site www.thepublicinterest.com
No site www.straussian.net, estão assim definidos os seus principios filosóficos:
(1) A return to treating old books seriously, reading them slowly and with an effort to understand them as their authors did, rather than as History does.
(2) A recognition of the political nature of philosophy, that most philosophers who wrote did so wrote with a political purpose.
(3) A recognition that the greatest thinkers often wrote with both exoteric and esoteric teachings, either out of fear of persecution or a general desire to present their most important teachings to those most receptive to them. This leads to an attempt to discern the esoteric teachings of the great philosophers from the clues they left in thier writings for careful readers to find.
(4) A recognition of the dangers that historicism, relativism, eclecticism, scientism, and nihilism pose to philosophy and to Western culture generally, and an effort to steer philosophy away from these devastating influences through a return to the seminal texts of Western thought.
(5 Careful attention paid to the dialogue throughout the development of Western culture between its two points of departure: Athens and Jerusalem. The recognition that Reason and Revelation, originating from these two points respectively, are the two distinct sources of knowledge in the Western tradition, and can be used neither to support nor refute the other, since neither claims to be based on the other's terms.
(6) A constant examination of the most drastic of philosophic distinctions: that between the Ancients and the Moderns. An attempt to better understand philosophers of every age in relation to this distinction, and to learn everything that we as moderns can learn about ourselves by studying both eras.
Existem muitos seguidores de Leo Strauss, a Straussian Tradition, que conta com nomes conceituados como James W. Ceaser, Francis Fukuyama, Peter Berkowitz, Allan Bloom, Robert Faulkner, William Kristol, Andrew Sullivan e Paul Wolfowitz, só para referir alguns dos muitos nomes que se incluem nesta lista... Serão este senhores todos de extrema direita?
Nasceu na Alemanha em 1889 e cresceu no seio de uma familia judia ortodoxa. Cresceu com um forte sentimento de Judaismo, após ter-se apercebido da realidade do seu povo, tendo servido no éxercito alemão na Grande Guerra. Foi companheiro ou amigo de Carl Schmitt, Martin Heidegger e Alexandre Kojève, tendo sido até elogiado por Walter Benjamin, este ideólogo da esquerda melancólica dos anos 20. Em 1934 foi viver para Londres, para fugir às perseguições Nazis, até que em 1937 foi viver para os Estados Unidos, para leccionar na Universidade de Columbia, Nova Iorque. Em 1949, vai definitavamente para a Universidade de Chicago, tendo leccionado em diversas Universiadades até o fim da sua vida, em 1973. Este estudioso da filosofia e da política deixou um enorme património filosófico.
Este mês, na revista "The Public Interest", William Kristol e Steven Lenzner tentam desmistificar as ideias de Strauss, numa época em que a confusão e a ignorância invadem o debate político. Muitas das nossas brilhantes mentes da opinião pública ouvem um nome associado ao extremismo e passam a usá-lo no seu vocabulário. O debate em político em torno da Guerra do Iraque foi em grande parte contagiado por este tipo de juizos de valor, assumindo-se mentiras e meias verdades como factos indesmentíveis. Felizmente houve sempre quem soubesse os demistificar... O Artigo está no site www.thepublicinterest.com
No site www.straussian.net, estão assim definidos os seus principios filosóficos:
(1) A return to treating old books seriously, reading them slowly and with an effort to understand them as their authors did, rather than as History does.
(2) A recognition of the political nature of philosophy, that most philosophers who wrote did so wrote with a political purpose.
(3) A recognition that the greatest thinkers often wrote with both exoteric and esoteric teachings, either out of fear of persecution or a general desire to present their most important teachings to those most receptive to them. This leads to an attempt to discern the esoteric teachings of the great philosophers from the clues they left in thier writings for careful readers to find.
(4) A recognition of the dangers that historicism, relativism, eclecticism, scientism, and nihilism pose to philosophy and to Western culture generally, and an effort to steer philosophy away from these devastating influences through a return to the seminal texts of Western thought.
(5 Careful attention paid to the dialogue throughout the development of Western culture between its two points of departure: Athens and Jerusalem. The recognition that Reason and Revelation, originating from these two points respectively, are the two distinct sources of knowledge in the Western tradition, and can be used neither to support nor refute the other, since neither claims to be based on the other's terms.
(6) A constant examination of the most drastic of philosophic distinctions: that between the Ancients and the Moderns. An attempt to better understand philosophers of every age in relation to this distinction, and to learn everything that we as moderns can learn about ourselves by studying both eras.
Existem muitos seguidores de Leo Strauss, a Straussian Tradition, que conta com nomes conceituados como James W. Ceaser, Francis Fukuyama, Peter Berkowitz, Allan Bloom, Robert Faulkner, William Kristol, Andrew Sullivan e Paul Wolfowitz, só para referir alguns dos muitos nomes que se incluem nesta lista... Serão este senhores todos de extrema direita?
Ainda Mário Soares
Durante um dos devaneios radicais do ex presidente da Reoública, defendeu que a Casa Branca estava ao serviço da extrema direita e que os seus ideólogos eram perigosos radicais de direita, como Paul Wolfowitz, Richard Perle, Donald Rumsfeld e Strauss. Bem os primeiros três já conhecia bem (continuam com o chavão que os neoconservadores são de extrema direita, enfim já não há pachorra para discutir isto)... mas este último, não conhecia pouco dele...Leo Strauss...
Durante um dos devaneios radicais do ex presidente da Reoública, defendeu que a Casa Branca estava ao serviço da extrema direita e que os seus ideólogos eram perigosos radicais de direita, como Paul Wolfowitz, Richard Perle, Donald Rumsfeld e Strauss. Bem os primeiros três já conhecia bem (continuam com o chavão que os neoconservadores são de extrema direita, enfim já não há pachorra para discutir isto)... mas este último, não conhecia pouco dele...Leo Strauss...
Discurso de Portas
Melhor que Ferro... Pior que Durão...
Poucos comentários a fazer... Afinal não houve novidades, o que só veio reforçar a minha posição contra estes comícios de rentrée.
Apesar de tudo, concordo com quase todo o conteúdo do discurso
Melhor que Ferro... Pior que Durão...
Poucos comentários a fazer... Afinal não houve novidades, o que só veio reforçar a minha posição contra estes comícios de rentrée.
Apesar de tudo, concordo com quase todo o conteúdo do discurso
Soares, o político radical
Só ontem de madrugada é que tive a oportunidade de ver o debate entre José Pacheco Pereira e Mário Soares. Confesso que estava curioso, principalmente depois de ter lido alguns blogs. Realmente a postura de Soares é completamente angustiante para um político com o seu currículo; defender posições tão extremistas e sobretudo da configuração inteiramente simplória em que se baseava o seu discurso argumentativo é deveras lamentável. Definitivamente já devia estar reformado destes combates…
Nota-se que Soares, depois de velho tem andado a ler sociólogos neomarxistas e correntes adjacentes, que culpam a massificação e a sociedade do consumo pelas misérias de todo o mundo, proclamando assim uma nova teoria da dominação humana. Estes pensadores, que estudam a teoria, mas depois esquecem-se de analisar a praxis, enganam-se, tal como a história o tem vindo a provar. Normalmente, no campo político, os que seguem as ideias de sociólogos radicais como Habermas, Horkheimer ou Gramsci costumam ser militantes de partidos de extrema-esquerda, mas o Dr. Soares nunca fez parte desta área política. Mas os seus últimos discursos ideológicos aproximam-mo perigosamente do Bloco de Esquerda. A ver vamos se ainda não vai lá parar…
A forma como debateu com Pacheco Pereira, a argumentação anti globalização e anti americana e o vazio dos seus comentários, colocam-no desde já no baú da história....
Do Mário Soares moderado, democrático e lutador da liberdade, apenas já existe uma leve recordação
Só ontem de madrugada é que tive a oportunidade de ver o debate entre José Pacheco Pereira e Mário Soares. Confesso que estava curioso, principalmente depois de ter lido alguns blogs. Realmente a postura de Soares é completamente angustiante para um político com o seu currículo; defender posições tão extremistas e sobretudo da configuração inteiramente simplória em que se baseava o seu discurso argumentativo é deveras lamentável. Definitivamente já devia estar reformado destes combates…
Nota-se que Soares, depois de velho tem andado a ler sociólogos neomarxistas e correntes adjacentes, que culpam a massificação e a sociedade do consumo pelas misérias de todo o mundo, proclamando assim uma nova teoria da dominação humana. Estes pensadores, que estudam a teoria, mas depois esquecem-se de analisar a praxis, enganam-se, tal como a história o tem vindo a provar. Normalmente, no campo político, os que seguem as ideias de sociólogos radicais como Habermas, Horkheimer ou Gramsci costumam ser militantes de partidos de extrema-esquerda, mas o Dr. Soares nunca fez parte desta área política. Mas os seus últimos discursos ideológicos aproximam-mo perigosamente do Bloco de Esquerda. A ver vamos se ainda não vai lá parar…
A forma como debateu com Pacheco Pereira, a argumentação anti globalização e anti americana e o vazio dos seus comentários, colocam-no desde já no baú da história....
Do Mário Soares moderado, democrático e lutador da liberdade, apenas já existe uma leve recordação
Discurso Ideológico
Apesar de não ser do CDS, estou ansioso para ouvir a reacção ideológica de Paulo Portas ao esquerdista Ferro Rodrigues...
Apesar de não ser do CDS, estou ansioso para ouvir a reacção ideológica de Paulo Portas ao esquerdista Ferro Rodrigues...
Project for New American Century
September 11, 2003
MEMORANDUM TO: OPINION LEADERS
FROM: ELLEN BORK, Deputy Director
SUBJECT: U.S. Policy on Tibet
Over the past several years, Tibet has received greater and higher level attention from the United States than in the past. A special position for Tibetan affairs was created within the State Department under the Clinton Administration, and the Bush Administration filled the job with the highest ranking official yet. Nevertheless, U.S. policy has not progressed beyond a mantra-like expression of support for “the preservation of Tibet’s unique religious, cultural and linguistic identity,” the “human rights of all Tibetans” and “substantive dialogue” between China and the Dalai Lama.
Of course, Tibetans cannot achieve these goals without political rights. Nor can they resist the threat from Beijing’s population transfers of ethnic Chinese, economic marginalization of Tibetans, extensive environmental degradation and the militarization of the Tibetan plateau. These problems will only be intensified by Beijing’s Western development initiative that includes a railroad connecting Lhasa with Qinghai province.
Confining U.S. policy to questions of “identity” and “dialogue” also neglects the geostrategic implications of China’s subjugation of Tibet and the rest of China’s far West. Recently, China has begun trying to restore its influence in Central Asia which waned in the aftermath of September 11. Access to Central Asian oil is increasingly important to China. To the South, it is cultivating India, Nepal and Burma, through which it seeks access to the Indian Ocean.
A U.S. policy on Tibet that does not address these issues and fails to exert pressure on China to allow true autonomy and self-rule for Tibetans is nothing more than photo-op diplomacy.
September 11, 2003
MEMORANDUM TO: OPINION LEADERS
FROM: ELLEN BORK, Deputy Director
SUBJECT: U.S. Policy on Tibet
Over the past several years, Tibet has received greater and higher level attention from the United States than in the past. A special position for Tibetan affairs was created within the State Department under the Clinton Administration, and the Bush Administration filled the job with the highest ranking official yet. Nevertheless, U.S. policy has not progressed beyond a mantra-like expression of support for “the preservation of Tibet’s unique religious, cultural and linguistic identity,” the “human rights of all Tibetans” and “substantive dialogue” between China and the Dalai Lama.
Of course, Tibetans cannot achieve these goals without political rights. Nor can they resist the threat from Beijing’s population transfers of ethnic Chinese, economic marginalization of Tibetans, extensive environmental degradation and the militarization of the Tibetan plateau. These problems will only be intensified by Beijing’s Western development initiative that includes a railroad connecting Lhasa with Qinghai province.
Confining U.S. policy to questions of “identity” and “dialogue” also neglects the geostrategic implications of China’s subjugation of Tibet and the rest of China’s far West. Recently, China has begun trying to restore its influence in Central Asia which waned in the aftermath of September 11. Access to Central Asian oil is increasingly important to China. To the South, it is cultivating India, Nepal and Burma, through which it seeks access to the Indian Ocean.
A U.S. policy on Tibet that does not address these issues and fails to exert pressure on China to allow true autonomy and self-rule for Tibetans is nothing more than photo-op diplomacy.
Expulsão de Arafat
O estimado Bloguitica questiona os críticos de Arafat a dar razões para a sua expulsão da Palestina. Eu até poderia ver várias razões, nomeadamente o seu apoio ao terrorismo, mas a verdade é que neste momento, retirar Arafat da Palestina não seria benéfico para o processo de paz. Mas devido é pressão dos Estados Unidos, Israel não vai cometer este erro estratégico, que seria sem dúvida trágico.
Portanto não serei eu a dar motivos para a expulsão de Arafat...Aliás, penso que pouca gente concordará com a sua liquidação, se bem que por vezes parece que as coisas ficariam mais simples sem ele... mas a verdade é que o desaparecimento de Arafat significaria, neste momento, a intensificação da violência...
O estimado Bloguitica questiona os críticos de Arafat a dar razões para a sua expulsão da Palestina. Eu até poderia ver várias razões, nomeadamente o seu apoio ao terrorismo, mas a verdade é que neste momento, retirar Arafat da Palestina não seria benéfico para o processo de paz. Mas devido é pressão dos Estados Unidos, Israel não vai cometer este erro estratégico, que seria sem dúvida trágico.
Portanto não serei eu a dar motivos para a expulsão de Arafat...Aliás, penso que pouca gente concordará com a sua liquidação, se bem que por vezes parece que as coisas ficariam mais simples sem ele... mas a verdade é que o desaparecimento de Arafat significaria, neste momento, a intensificação da violência...
Não são os Estados Unidos
A Agência Internacional de Energia Atómica lançou um ultimato ao Irão sobre as armas nucleares para revelar até 31 de Outubro que o seu programa nuclear tem fins pacíficos e que não pretende desenvolver armas nucleares. A ver vamos como o país de Khomeini vai reagir, mas espero que a comunidade internacional seja firme, para impedir a proliferação destas armas naquela região.
A Agência Internacional de Energia Atómica lançou um ultimato ao Irão sobre as armas nucleares para revelar até 31 de Outubro que o seu programa nuclear tem fins pacíficos e que não pretende desenvolver armas nucleares. A ver vamos como o país de Khomeini vai reagir, mas espero que a comunidade internacional seja firme, para impedir a proliferação destas armas naquela região.
Cavaco Silva avança?
Hoje vem uma notícia no Público sobre a possivel candidatura de Cavaco Silva a Belém. Nada tenho a dizer, apenas que espero que seja este o candidato apresentado pela Direita portuguesa, se ele o entender. Se Cavaco não estiver disposto a mais este serviço ao país, então haverá outros bons candidatos.
Temos de saber respeitar a ordem natural das coisas...
Hoje vem uma notícia no Público sobre a possivel candidatura de Cavaco Silva a Belém. Nada tenho a dizer, apenas que espero que seja este o candidato apresentado pela Direita portuguesa, se ele o entender. Se Cavaco não estiver disposto a mais este serviço ao país, então haverá outros bons candidatos.
Temos de saber respeitar a ordem natural das coisas...
Comparações
A esquerda não perde a oportunidade...
Desta vez são as comparações entre o ataque a Nova Iorque e o derrube de Salvador Allende. Simplesmente estes dois factos não são comparáveis... Mas o que choca é a dualidade de critérios da esquerda.
Nunca fui apoiante de qualquer ditadura, nem de quaisquer ímpetos ditatoriais. Por isso critico sempre as ditaduras, sejam elas quais forem, e nunca tentei justificar a sua razão de ser. Existem, obviamente umas com maior sucesso, mas todas condenáveis. A Direita em que me revejo sempre condenou estes ditadores, sejam eles Pinochet, Salazar ou Castro. Mas a esquerda, esta que defende Castro e o seu regime, diferencia as ditaduras em campo opostos; as boas, aquelas que defendem os ideais socialistas do povo, e as outras, as fascistas de direita. Condenam e recordam os crimes de uns ditadores, mas esquecem e vangloriam os revolucionários socialistas. Este não é um tema novo, mas esta de comparar a queda de Allende com o 11 de Setembro choca-me... Tudo para minorar a desgraça que se abateu sobre os Estados Unidos. Existe sempre a tentação de elevar à categoria de herói os que lutaram contra o capitalismo.
Espero que na data da revolução Cubana tenha este destaque que houve para a ascensão de Pinochet.
Sobre este tema, gostei dos posts do Dicionário do Diabo e Homem a Dias
A esquerda não perde a oportunidade...
Desta vez são as comparações entre o ataque a Nova Iorque e o derrube de Salvador Allende. Simplesmente estes dois factos não são comparáveis... Mas o que choca é a dualidade de critérios da esquerda.
Nunca fui apoiante de qualquer ditadura, nem de quaisquer ímpetos ditatoriais. Por isso critico sempre as ditaduras, sejam elas quais forem, e nunca tentei justificar a sua razão de ser. Existem, obviamente umas com maior sucesso, mas todas condenáveis. A Direita em que me revejo sempre condenou estes ditadores, sejam eles Pinochet, Salazar ou Castro. Mas a esquerda, esta que defende Castro e o seu regime, diferencia as ditaduras em campo opostos; as boas, aquelas que defendem os ideais socialistas do povo, e as outras, as fascistas de direita. Condenam e recordam os crimes de uns ditadores, mas esquecem e vangloriam os revolucionários socialistas. Este não é um tema novo, mas esta de comparar a queda de Allende com o 11 de Setembro choca-me... Tudo para minorar a desgraça que se abateu sobre os Estados Unidos. Existe sempre a tentação de elevar à categoria de herói os que lutaram contra o capitalismo.
Espero que na data da revolução Cubana tenha este destaque que houve para a ascensão de Pinochet.
Sobre este tema, gostei dos posts do Dicionário do Diabo e Homem a Dias
11-09-03
Ao iniciarmos o século XXI, o Mundo parecia que estava finalmente a iniciar um período sem precedentes de paz e liberdade, onde as guerras totais e destruidoras pareciam já uma leve recordação daquele que foi o mais sangrento e horrível século da vida humana. Mas na manhã de 11 de Setembro de 2001, o mundo acordou com as imagens do terror e da indescritível crueldade humana do Terrorismo. A partir daí, os EUA declararam Guerra a este novo perigo, sem face nem aparência, diluído nas desgraças do mundo e no fanatismo religioso
Passados dois anos do acontecimento mais horrível que já assisti, ainda me lembro de tudo como se tivesse acontecido ontem. Lembro-me perfeitamente de tudo o que se passou naquele dia tenebroso para a humanidade, outro dia que ficará recordado na história como um dia infame para a humanidade.
Depois de uma noite extravagante, acordei tarde, depois da 13 horas. Liguei a televisão e logo reparei que algo extraordinário tinha acontecido, pois estava a dar a mesma coisa nos três canais: Um avião tinha embatido no World Trade Center. Acordei os meus colegas de apartamento para verem o que se estava a passar. Debatíamos sobre o que tinha acontecido, ainda sem raciocinar direito, mas longe de pensar que tinha sido um ataque terrorista. Mais um acidente miserável, pensei eu, logo a insultar os responsáveis. Mas de repente, surge um avião no ecrã, e ainda com a minha visão meio obliqua, dei um salto do sofá. Mal vi o embate do segundo avião, instintivamente pensei imediatamente em Bin Laden. A minha mente foi invadida de pensamentos que não ouso escrever, mas após o silêncio emotivo em que me escondi, soltei frases de raiva reaccionária contra os terroristas e os muçulmanos. Senti que o mundo ia mudar e que estava a assistir em directo à história, algo semelhante com o ataque de Pearl Harbor. A comparação foi por demasiada evidente. A revolta que senti cresceu com a notícia que outro avião se tinha despenhado contra o Pentágono e logo cresceram rumores que outros poderiam ter sido sequestrado e estariam iminentes outros ataques a alvos estratégicos americanos. Depois foi o encadeamento de notícias que surgiram, muitas delas contraditórias e difusas. Esta tarde foi inesquecível, não conseguindo abandonar o televisor. Este tinha sido um ataque contra tudo aquilo que acredito e senti que o mundo iria mudar, e que a complacência do mundo para com os movimentos terroristas iria terminar. Após as declarações dos líderes mundiais, pensei que toda a gente estaria com os Estados Unidos naquele momento. Daquele dia, lembro-me que só me deitei cerca das seis da manhã, tendo absorvido grande quantidade de informação, quer nas televisões portuguesas, quer na TSF.
Mas os acontecimentos posteriores mudaram em muito a minha forma de ver as relações internacionais. Sempre me considerei pró americano e defensor da liberdade e dos valores que a democracia americana sempre representaram para o mundo. Contudo tinha-me apercebido que o sentimento anti americano estava a crescer no mundo, por uma serie de factores, que Revel tão bem explicou. Mas pensei, ingenuamente, que talvez agora as pessoas olhassem de forma diferente e deixassem de odiar tanto os Estados Unidos. Mas logo naquela tarde, vários colegas e amigos, começaram com aquela famosa frase “é pena que tenha acontecido, mas...” Nada me revoltou mais que a compreensão e os motivos daqueles que utilizaram este mas, como forma de explicar o 11 de Setembro de 2001. Poucos foram os que compreenderam o seu verdadeiro significado e não querem aceitar o facto. Com o distanciamento de dois anos do acontecimento, existe cada vez mais gente a dizer que os Americanos mereceram o que tiveram, outros ainda a desenvolver a teoria da conspiração,(veja-se o sucesso daquele livro que defende a negação do 11 de Setembro), e ainda aquele famoso “mas”, sempre presente nas explicações da esquerda e na extrema direita. (Porque será que a extrema direita e a esquerda convergem em relação aos EUA?)
Ao iniciarmos o século XXI, o Mundo parecia que estava finalmente a iniciar um período sem precedentes de paz e liberdade, onde as guerras totais e destruidoras pareciam já uma leve recordação daquele que foi o mais sangrento e horrível século da vida humana. Mas na manhã de 11 de Setembro de 2001, o mundo acordou com as imagens do terror e da indescritível crueldade humana do Terrorismo. A partir daí, os EUA declararam Guerra a este novo perigo, sem face nem aparência, diluído nas desgraças do mundo e no fanatismo religioso
Passados dois anos do acontecimento mais horrível que já assisti, ainda me lembro de tudo como se tivesse acontecido ontem. Lembro-me perfeitamente de tudo o que se passou naquele dia tenebroso para a humanidade, outro dia que ficará recordado na história como um dia infame para a humanidade.
Depois de uma noite extravagante, acordei tarde, depois da 13 horas. Liguei a televisão e logo reparei que algo extraordinário tinha acontecido, pois estava a dar a mesma coisa nos três canais: Um avião tinha embatido no World Trade Center. Acordei os meus colegas de apartamento para verem o que se estava a passar. Debatíamos sobre o que tinha acontecido, ainda sem raciocinar direito, mas longe de pensar que tinha sido um ataque terrorista. Mais um acidente miserável, pensei eu, logo a insultar os responsáveis. Mas de repente, surge um avião no ecrã, e ainda com a minha visão meio obliqua, dei um salto do sofá. Mal vi o embate do segundo avião, instintivamente pensei imediatamente em Bin Laden. A minha mente foi invadida de pensamentos que não ouso escrever, mas após o silêncio emotivo em que me escondi, soltei frases de raiva reaccionária contra os terroristas e os muçulmanos. Senti que o mundo ia mudar e que estava a assistir em directo à história, algo semelhante com o ataque de Pearl Harbor. A comparação foi por demasiada evidente. A revolta que senti cresceu com a notícia que outro avião se tinha despenhado contra o Pentágono e logo cresceram rumores que outros poderiam ter sido sequestrado e estariam iminentes outros ataques a alvos estratégicos americanos. Depois foi o encadeamento de notícias que surgiram, muitas delas contraditórias e difusas. Esta tarde foi inesquecível, não conseguindo abandonar o televisor. Este tinha sido um ataque contra tudo aquilo que acredito e senti que o mundo iria mudar, e que a complacência do mundo para com os movimentos terroristas iria terminar. Após as declarações dos líderes mundiais, pensei que toda a gente estaria com os Estados Unidos naquele momento. Daquele dia, lembro-me que só me deitei cerca das seis da manhã, tendo absorvido grande quantidade de informação, quer nas televisões portuguesas, quer na TSF.
Mas os acontecimentos posteriores mudaram em muito a minha forma de ver as relações internacionais. Sempre me considerei pró americano e defensor da liberdade e dos valores que a democracia americana sempre representaram para o mundo. Contudo tinha-me apercebido que o sentimento anti americano estava a crescer no mundo, por uma serie de factores, que Revel tão bem explicou. Mas pensei, ingenuamente, que talvez agora as pessoas olhassem de forma diferente e deixassem de odiar tanto os Estados Unidos. Mas logo naquela tarde, vários colegas e amigos, começaram com aquela famosa frase “é pena que tenha acontecido, mas...” Nada me revoltou mais que a compreensão e os motivos daqueles que utilizaram este mas, como forma de explicar o 11 de Setembro de 2001. Poucos foram os que compreenderam o seu verdadeiro significado e não querem aceitar o facto. Com o distanciamento de dois anos do acontecimento, existe cada vez mais gente a dizer que os Americanos mereceram o que tiveram, outros ainda a desenvolver a teoria da conspiração,(veja-se o sucesso daquele livro que defende a negação do 11 de Setembro), e ainda aquele famoso “mas”, sempre presente nas explicações da esquerda e na extrema direita. (Porque será que a extrema direita e a esquerda convergem em relação aos EUA?)
Dia Europeu sem Carros
Mesquita Machado, decidiu que a cidade de Braga não vai aderir o dia Europeu Sem Carros, no próximo dia 22 de Setembro.
Nesta questão específica do Dia Europeu sem carros, tenho de discordar do vosso texto, sendo talvez a primeira vez que concordo com Mesquita Machado. Não porque concorde com as razões apontadas, mas porque discorde pelo princípio do evento.
O Dia Europeu sem Carros sempre me pareceu mero folclore político, sendo um dia em que havia menos produtividade, um dia de festa e imagens bonitas para os meios de comunicação, e depois voltava tudo ao mesmo. Havia sempre momentos de grande projecção mediática para os media, mas no dia seguinte voltava tudo ao mesmo.
Sem dúvida considero pertinente retirar os carros dos centros das cidades, e que devem ser seguidas políticas efectivas neste sentido. Em Portugal tenta-se sempre conseguir boas imagens para o media, mas quando passamos para a realização de políticas específicas, ficamos sempre pelas palavras bonitas.
Do conhecimento pessoal que tenho de algumas cidades europeias, nós estamos ainda muito atrás em termos de desenvolvimento sustentado em termos de transportes. É evidente que não é apenas na questão do tráfego automóvel que estamos atrás. Dentro da questão particular, lembro-me do exemplo de Praga, que tinha um sistema fantástico de transportes públicos, não havendo a mínima necessidade de utilizar o automóvel. Estivemos lá durante 5 dias e o carro esteve sempre estacionado.
Enquanto a mentalidade dos políticos não mudar, vamos continuar a ter este tipo de desenvolvimento que temos na cidade de Braga. Mas não seria este tipo de actividades festivas que iriam mudar este cenário. Só com novas políticas e novas mentalidades é que teremos um desenvolvimento diferente...
Mesquita Machado, decidiu que a cidade de Braga não vai aderir o dia Europeu Sem Carros, no próximo dia 22 de Setembro.
Nesta questão específica do Dia Europeu sem carros, tenho de discordar do vosso texto, sendo talvez a primeira vez que concordo com Mesquita Machado. Não porque concorde com as razões apontadas, mas porque discorde pelo princípio do evento.
O Dia Europeu sem Carros sempre me pareceu mero folclore político, sendo um dia em que havia menos produtividade, um dia de festa e imagens bonitas para os meios de comunicação, e depois voltava tudo ao mesmo. Havia sempre momentos de grande projecção mediática para os media, mas no dia seguinte voltava tudo ao mesmo.
Sem dúvida considero pertinente retirar os carros dos centros das cidades, e que devem ser seguidas políticas efectivas neste sentido. Em Portugal tenta-se sempre conseguir boas imagens para o media, mas quando passamos para a realização de políticas específicas, ficamos sempre pelas palavras bonitas.
Do conhecimento pessoal que tenho de algumas cidades europeias, nós estamos ainda muito atrás em termos de desenvolvimento sustentado em termos de transportes. É evidente que não é apenas na questão do tráfego automóvel que estamos atrás. Dentro da questão particular, lembro-me do exemplo de Praga, que tinha um sistema fantástico de transportes públicos, não havendo a mínima necessidade de utilizar o automóvel. Estivemos lá durante 5 dias e o carro esteve sempre estacionado.
Enquanto a mentalidade dos políticos não mudar, vamos continuar a ter este tipo de desenvolvimento que temos na cidade de Braga. Mas não seria este tipo de actividades festivas que iriam mudar este cenário. Só com novas políticas e novas mentalidades é que teremos um desenvolvimento diferente...
Cimeira de Cancun
Vai principiar o circo da globalização. A cimeira mundial da Organização Mundial do Comércio está prestes a começar e já se começa a ouvir os espalhafatosos do costume. Enfim, este ano calhou num local agradável, Cancun, o que poderá significar uma grande adesão dos adeptos do turismo anti globalização. A ver vamos as novas tácticas de combate destes animadores da pós modernidade
Vai principiar o circo da globalização. A cimeira mundial da Organização Mundial do Comércio está prestes a começar e já se começa a ouvir os espalhafatosos do costume. Enfim, este ano calhou num local agradável, Cancun, o que poderá significar uma grande adesão dos adeptos do turismo anti globalização. A ver vamos as novas tácticas de combate destes animadores da pós modernidade
José Goulão
Não percebo porque a TSF chama apresenta este senhor de "especialista" do Médio Oriente, dando a sensação que é um entendido neutral da matéria.
A palavra especialista vem descrita no Dicionário Universal como pessoa que se ocupa exclusivamente de um ramo particular de uma ciência, de uma arte, perito. etc.;
A palavra dele, como especialista, é encarada como uma autoridade do Médio Oriente, portanto ele seria porta-voz de uma visão correcta do Médio Oriente.
Mas ele é tudo menos isso, é meramente um porta-voz de uma corrente que encara Israel como parte única responsável pela carnificina e os Estados Unidos como co responsáveis da desgraça. Arafat e os grupos terroristas não passam de vítimas desta situação
Esta visão que a TSF passa todos os dias é demasiado desprestigiante para a rádio, pois a parcialidade das suas palavras é incontestável. Hoje, mais uma vez, fiquei surpreendido com os comentários deste "especialista". Segundo ele, o Hamas mais não fez que dar o jeito aos israelitas em ter quebrado o cessar fogo, os Estados Unidos foram os grandes responsáveis pelo falhanço de Abu Mazen, e o Roteiro de Paz nunca teve hipótese, pois os EUA não tiveram interesse em implementá-lo. Entre uma série de barbaridades que ele afirmou, estas foram aquelas que mais retive na minha memória.
Seria saudável para a TSF passar a apresentá-lo como o porta-voz dos interesses palestinianos radicais em Portugal e não como especialista dos assuntos no Médio Oriente. É que a palavra especialista tem algum significado. Se a TSF quiser continuar com este tipo de especialistas, poderia convidar Miguel Portas para especialista em política governativa.
Não percebo porque a TSF chama apresenta este senhor de "especialista" do Médio Oriente, dando a sensação que é um entendido neutral da matéria.
A palavra especialista vem descrita no Dicionário Universal como pessoa que se ocupa exclusivamente de um ramo particular de uma ciência, de uma arte, perito. etc.;
A palavra dele, como especialista, é encarada como uma autoridade do Médio Oriente, portanto ele seria porta-voz de uma visão correcta do Médio Oriente.
Mas ele é tudo menos isso, é meramente um porta-voz de uma corrente que encara Israel como parte única responsável pela carnificina e os Estados Unidos como co responsáveis da desgraça. Arafat e os grupos terroristas não passam de vítimas desta situação
Esta visão que a TSF passa todos os dias é demasiado desprestigiante para a rádio, pois a parcialidade das suas palavras é incontestável. Hoje, mais uma vez, fiquei surpreendido com os comentários deste "especialista". Segundo ele, o Hamas mais não fez que dar o jeito aos israelitas em ter quebrado o cessar fogo, os Estados Unidos foram os grandes responsáveis pelo falhanço de Abu Mazen, e o Roteiro de Paz nunca teve hipótese, pois os EUA não tiveram interesse em implementá-lo. Entre uma série de barbaridades que ele afirmou, estas foram aquelas que mais retive na minha memória.
Seria saudável para a TSF passar a apresentá-lo como o porta-voz dos interesses palestinianos radicais em Portugal e não como especialista dos assuntos no Médio Oriente. É que a palavra especialista tem algum significado. Se a TSF quiser continuar com este tipo de especialistas, poderia convidar Miguel Portas para especialista em política governativa.
What Iraqis Really Think?
O Wall Street Journal refere hoje um estudo efectuado no Iraque sobre os desejos dos Iraquianos. A passagem seguinte relata os resultados desta investigação:
Conducted in August, our survey was necessarily limited in scope, but it reflects a nationally representative sample of Iraqi views, as captured in four disparate cities: Basra (Iraq's second largest, home to 1.7 million people, in the far south), Mosul (third largest, far north), Kirkuk (Kurdish-influenced oil city, fourth largest) and Ramadi (a resistance hotbed in the Sunni triangle). The results show that the Iraqi public is more sensible, stable and moderate than commonly portrayed, and that Iraq is not so fanatical, or resentful of the U.S., after all. • Iraqis are optimistic. Seven out of 10 say they expect their country and their personal lives will be better five years from now. On both fronts, 32% say things will become much better. • The toughest part of reconstructing their nation, Iraqis say by 3 to 1, will be politics, not economics. They are nervous about democracy. Asked which is closer to their own view--"Democracy can work well in Iraq," or "Democracy is a Western way of doing things"--five out of 10 said democracy is Western and won't work in Iraq. One in 10 wasn't sure. And four out of 10 said democracy can work in Iraq. There were interesting divergences. Sunnis were negative on democracy by more than 2 to 1; but, critically, the majority Shiites were as likely to say democracy would work for Iraqis as not. People age 18-29 are much more rosy about democracy than other Iraqis, and women are significantly more positive than men. • Asked to name one country they would most like Iraq to model its new government on from five possibilities--neighboring, Baathist Syria; neighbor and Islamic monarchy Saudi Arabia; neighbor and Islamist republic Iran; Arab lodestar Egypt; or the U.S.--the most popular model by far was the U.S. The U.S. was preferred as a model by 37% of Iraqis selecting from those five--more than Syria, Iran and Egypt put together. Saudi Arabia was in second place at 28%. Again, there were important demographic splits. Younger adults are especially favorable toward the U.S., and Shiites are more admiring than Sunnis. Interestingly, Iraqi Shiites, coreligionists with Iranians, do not admire Iran's Islamist government; the U.S. is six times as popular with them as a model for governance. • Our interviewers inquired whether Iraq should have an Islamic government, or instead let all people practice their own religion. Only 33% want an Islamic government; a solid 60% say no. A vital detail: Shiites (whom Western reporters frequently portray as self-flagellating maniacs) are least receptive to the idea of an Islamic government, saying no by 66% to 27%. It is only among the minority Sunnis that there is interest in a religious state, and they are split evenly on the question. • Perhaps the strongest indication that an Islamic government won't be part of Iraq's future: The nation is thoroughly secularized. We asked how often our respondents had attended the Friday prayer over the previous month. Fully 43% said "never." It's time to scratch "Khomeini II" from the list of morbid fears. • You can also cross out "Osama II": 57% of Iraqis with an opinion have an unfavorable view of Osama bin Laden, with 41% of those saying it is a very unfavorable view. (Women are especially down on him.) Except in the Sunni triangle (where the limited support that exists for bin Laden is heavily concentrated), negative views of the al Qaeda supremo are actually quite lopsided in all parts of the country. And those opinions were collected before Iraqi police announced it was al Qaeda members who killed worshipers with a truck bomb in Najaf. • And you can write off the possibility of a Baath revival. We asked "Should Baath Party leaders who committed crimes in the past be punished, or should past actions be put behind us?" A thoroughly unforgiving Iraqi public stated by 74% to 18% that Saddam's henchmen should be punished. This new evidence on Iraqi opinion suggests the country is manageable. If the small number of militants conducting sabotage and murder inside the country can gradually be eliminated by American troops (this is already happening), then the mass of citizens living along the Tigris-Euphrates Valley are likely to make reasonably sensible use of their new freedom. "We will not forget it was the U.S. soldiers who liberated us from Saddam," said Abid Ali, an auto repair shop owner in Sadr City last month--and our research shows that he's not unrepresentative.
O Wall Street Journal refere hoje um estudo efectuado no Iraque sobre os desejos dos Iraquianos. A passagem seguinte relata os resultados desta investigação:
Conducted in August, our survey was necessarily limited in scope, but it reflects a nationally representative sample of Iraqi views, as captured in four disparate cities: Basra (Iraq's second largest, home to 1.7 million people, in the far south), Mosul (third largest, far north), Kirkuk (Kurdish-influenced oil city, fourth largest) and Ramadi (a resistance hotbed in the Sunni triangle). The results show that the Iraqi public is more sensible, stable and moderate than commonly portrayed, and that Iraq is not so fanatical, or resentful of the U.S., after all. • Iraqis are optimistic. Seven out of 10 say they expect their country and their personal lives will be better five years from now. On both fronts, 32% say things will become much better. • The toughest part of reconstructing their nation, Iraqis say by 3 to 1, will be politics, not economics. They are nervous about democracy. Asked which is closer to their own view--"Democracy can work well in Iraq," or "Democracy is a Western way of doing things"--five out of 10 said democracy is Western and won't work in Iraq. One in 10 wasn't sure. And four out of 10 said democracy can work in Iraq. There were interesting divergences. Sunnis were negative on democracy by more than 2 to 1; but, critically, the majority Shiites were as likely to say democracy would work for Iraqis as not. People age 18-29 are much more rosy about democracy than other Iraqis, and women are significantly more positive than men. • Asked to name one country they would most like Iraq to model its new government on from five possibilities--neighboring, Baathist Syria; neighbor and Islamic monarchy Saudi Arabia; neighbor and Islamist republic Iran; Arab lodestar Egypt; or the U.S.--the most popular model by far was the U.S. The U.S. was preferred as a model by 37% of Iraqis selecting from those five--more than Syria, Iran and Egypt put together. Saudi Arabia was in second place at 28%. Again, there were important demographic splits. Younger adults are especially favorable toward the U.S., and Shiites are more admiring than Sunnis. Interestingly, Iraqi Shiites, coreligionists with Iranians, do not admire Iran's Islamist government; the U.S. is six times as popular with them as a model for governance. • Our interviewers inquired whether Iraq should have an Islamic government, or instead let all people practice their own religion. Only 33% want an Islamic government; a solid 60% say no. A vital detail: Shiites (whom Western reporters frequently portray as self-flagellating maniacs) are least receptive to the idea of an Islamic government, saying no by 66% to 27%. It is only among the minority Sunnis that there is interest in a religious state, and they are split evenly on the question. • Perhaps the strongest indication that an Islamic government won't be part of Iraq's future: The nation is thoroughly secularized. We asked how often our respondents had attended the Friday prayer over the previous month. Fully 43% said "never." It's time to scratch "Khomeini II" from the list of morbid fears. • You can also cross out "Osama II": 57% of Iraqis with an opinion have an unfavorable view of Osama bin Laden, with 41% of those saying it is a very unfavorable view. (Women are especially down on him.) Except in the Sunni triangle (where the limited support that exists for bin Laden is heavily concentrated), negative views of the al Qaeda supremo are actually quite lopsided in all parts of the country. And those opinions were collected before Iraqi police announced it was al Qaeda members who killed worshipers with a truck bomb in Najaf. • And you can write off the possibility of a Baath revival. We asked "Should Baath Party leaders who committed crimes in the past be punished, or should past actions be put behind us?" A thoroughly unforgiving Iraqi public stated by 74% to 18% that Saddam's henchmen should be punished. This new evidence on Iraqi opinion suggests the country is manageable. If the small number of militants conducting sabotage and murder inside the country can gradually be eliminated by American troops (this is already happening), then the mass of citizens living along the Tigris-Euphrates Valley are likely to make reasonably sensible use of their new freedom. "We will not forget it was the U.S. soldiers who liberated us from Saddam," said Abid Ali, an auto repair shop owner in Sadr City last month--and our research shows that he's not unrepresentative.
A pedofilia e a RTP
Ainda não tive a oportunidade de escrever seriamente sobre este assunto, mas desde já prometo abordar o assunto ainda esta semana. Mas há algo que me provoca arrepios... Afinal parece que há muita gente que sabia alguma coisa e que se manteve calada... Agora foi a vez da FENPROF revelar que em 1999 recebeu cassetes da RTP sobre o 25 de Abril, que continham videos pornográficos (não foi referido se eram pedófilos), mas pode revelar a existência de uma rede organizada de produção e realização de pornografia na RTP. Aparentemente foi feito o protesto do sucedido, mas como é hábito em Portugal, a culpa morreu solteira e não se apurou responsabilidades...
Ainda não tive a oportunidade de escrever seriamente sobre este assunto, mas desde já prometo abordar o assunto ainda esta semana. Mas há algo que me provoca arrepios... Afinal parece que há muita gente que sabia alguma coisa e que se manteve calada... Agora foi a vez da FENPROF revelar que em 1999 recebeu cassetes da RTP sobre o 25 de Abril, que continham videos pornográficos (não foi referido se eram pedófilos), mas pode revelar a existência de uma rede organizada de produção e realização de pornografia na RTP. Aparentemente foi feito o protesto do sucedido, mas como é hábito em Portugal, a culpa morreu solteira e não se apurou responsabilidades...
Luis Delgado II
Paul Bremer, administrador dos EUA no Iraque, anunciou o calendário político para a entrega do poder aos iraquianos, que deverá estar terminado no primeiro semestre de 2004, desejavelmente até no primeiro trimestre, altura em que os 140 mil soldados americanos começarão a abandonar o país.
Este é o calendário ideal para George Bush, tal como se percebeu da sua comunicação de domingo, de forma a «libertá-lo» para as presidenciais de Novembro de 2004.
No Iraque, os americanos estão a acelerar o processo de transferência do poder, e a criar todas as condições para que a segurança do país e das cidades passe para os iraquianos. É visível, aliás, que das sete etapas previstas no plano, três já tenham terminado, restando agora a redacção da nova Constituição, a sua validação em referendo, as eleições para o novo Governo e a dissolução da Administração da coligação, uma vez eleito um Governo iraquiano.
Aqui está um bom exemplo do que escrevi de LD. Apesar de concordar com este texto, ele esquece-se de referir os perigos e as grandes dificuldades que este plano vai atravessar. Os seus detractores criticam esta simplicidade com que ele apresenta os factos, Tal como disse no Post de ontem, concordo com muito do que ele diz, mas a teimosia de defender as suas posições sem levar em linha de conta outros factores, leva a que seja considerado demasiado propagandista...
Paul Bremer, administrador dos EUA no Iraque, anunciou o calendário político para a entrega do poder aos iraquianos, que deverá estar terminado no primeiro semestre de 2004, desejavelmente até no primeiro trimestre, altura em que os 140 mil soldados americanos começarão a abandonar o país.
Este é o calendário ideal para George Bush, tal como se percebeu da sua comunicação de domingo, de forma a «libertá-lo» para as presidenciais de Novembro de 2004.
No Iraque, os americanos estão a acelerar o processo de transferência do poder, e a criar todas as condições para que a segurança do país e das cidades passe para os iraquianos. É visível, aliás, que das sete etapas previstas no plano, três já tenham terminado, restando agora a redacção da nova Constituição, a sua validação em referendo, as eleições para o novo Governo e a dissolução da Administração da coligação, uma vez eleito um Governo iraquiano.
Aqui está um bom exemplo do que escrevi de LD. Apesar de concordar com este texto, ele esquece-se de referir os perigos e as grandes dificuldades que este plano vai atravessar. Os seus detractores criticam esta simplicidade com que ele apresenta os factos, Tal como disse no Post de ontem, concordo com muito do que ele diz, mas a teimosia de defender as suas posições sem levar em linha de conta outros factores, leva a que seja considerado demasiado propagandista...
Luis Delgado
LD tem sido um ódio de estimação da Blogosfera, da esquerda à direita. A frontalidade e a defesa inegável que faz das suas posições políticas, a forma como defende aquilo em que acredita já lhe valeu imensos títulos, mas a verdade é que continua impassível e frontal nos seus escritos diários no DN e no Diário Digital. Até posso discordar da defesa que por vezes faz de determinadas posições, mas aquilo que concordo ultrapassa em muito aquilo que discordo. Sem dúvida que ele consegue ser demasiado obstinado naquilo que defende, mas pelo menos tem sido coerente nas suas posições, mal que padece muita gente.
Além do mais, ele não é diferente de outras personalidades da esquerda que escrevem todos os dias na Imprensa, só que a direita é sempre mais criticada que a esquerda, e por isso Luís Delgado é crucificado.
LD tem sido um ódio de estimação da Blogosfera, da esquerda à direita. A frontalidade e a defesa inegável que faz das suas posições políticas, a forma como defende aquilo em que acredita já lhe valeu imensos títulos, mas a verdade é que continua impassível e frontal nos seus escritos diários no DN e no Diário Digital. Até posso discordar da defesa que por vezes faz de determinadas posições, mas aquilo que concordo ultrapassa em muito aquilo que discordo. Sem dúvida que ele consegue ser demasiado obstinado naquilo que defende, mas pelo menos tem sido coerente nas suas posições, mal que padece muita gente.
Além do mais, ele não é diferente de outras personalidades da esquerda que escrevem todos os dias na Imprensa, só que a direita é sempre mais criticada que a esquerda, e por isso Luís Delgado é crucificado.
Paul Bremer
O Administrador Americano no Iraque escreve hoje um artigo no Washington Post sobre a situação no Iraque....
Paul Bremer define sete pontos fundamentais para a soberania do Iraque...
1- The first step came two months ago with the creation of a 25-member Governing Council broadly representative of Iraqi society.
2- The second step took place last month when the Governing Council named a preparatory committee to devise a way to write a constitution.
3- The third and most important was putting day-to-day operation of Iraqi government in the hands of Iraqis. Last week the Governing Council named 25 ministers
4- Writing Iraq's new constitution is the fourth step. It begins after the preparatory committee recommends a process for writing a constitution to the Governing Council later this month
5- Step five, popular ratification of the constitution, is indispensable
6- The sixth step, election of a government, follows naturally. Shortly after the constitution is ratified by popular vote there will be an election to fill the elective offices specified in the constitution.
7- The seventh step, dissolving the coalition authority, will follow naturally on the heels of elections. Once Iraq has a freely elected government, the coalition authority will happily yield the remainder of its authority to that sovereign Iraqi government
The process is straightforward and realistic. No doubt there will be bumps on the path, especially as terrorists have decided to make Iraq a key battlefield in the global war on terrorism. But the Iraqi people, with the full support of the administration and its coalition partners, are on the way to exercising full political sovereignty.
O Administrador Americano no Iraque escreve hoje um artigo no Washington Post sobre a situação no Iraque....
Paul Bremer define sete pontos fundamentais para a soberania do Iraque...
1- The first step came two months ago with the creation of a 25-member Governing Council broadly representative of Iraqi society.
2- The second step took place last month when the Governing Council named a preparatory committee to devise a way to write a constitution.
3- The third and most important was putting day-to-day operation of Iraqi government in the hands of Iraqis. Last week the Governing Council named 25 ministers
4- Writing Iraq's new constitution is the fourth step. It begins after the preparatory committee recommends a process for writing a constitution to the Governing Council later this month
5- Step five, popular ratification of the constitution, is indispensable
6- The sixth step, election of a government, follows naturally. Shortly after the constitution is ratified by popular vote there will be an election to fill the elective offices specified in the constitution.
7- The seventh step, dissolving the coalition authority, will follow naturally on the heels of elections. Once Iraq has a freely elected government, the coalition authority will happily yield the remainder of its authority to that sovereign Iraqi government
The process is straightforward and realistic. No doubt there will be bumps on the path, especially as terrorists have decided to make Iraq a key battlefield in the global war on terrorism. But the Iraqi people, with the full support of the administration and its coalition partners, are on the way to exercising full political sovereignty.
Mudanças
Acrescentei os Blogs, já conceituados e há muito tempo lidos, Liberdade de Expressão, A Causa foi Modificada, Contra a Corrente, o Catalaxia e o Tradição Simultânea.
Por outro lado, retirei os saudosos Flor de Obsessão e Complot, neste momento retirados da Blogosfera. A estes, um saudoso abraço
Acrescentei os Blogs, já conceituados e há muito tempo lidos, Liberdade de Expressão, A Causa foi Modificada, Contra a Corrente, o Catalaxia e o Tradição Simultânea.
Por outro lado, retirei os saudosos Flor de Obsessão e Complot, neste momento retirados da Blogosfera. A estes, um saudoso abraço
Arafat
Relativamente ao comentário do Bloguitica, sobre Arafat, concordo que culpar uma só pessoa pela desgraça do Médio Oriente é demasiado redutor. Mas tenho uma forte convicção que Arafat não quer a paz possível, pois quando recusou a paz benévola oferecida por Barak, mostrou em que tipo de paz acredita: a destruição do Estado de Israel. Segundo bem me lembro, o acordo não foi conseguido devido à exigência de Arafat no regresso de todos os refugiados palestinianos. Pois, este regresso seria o fim de Israel enquanto país. Nenhum líder de Israel lhe dará o que ele pretende... Pode não querer qualquer paz, mas se não lutar por objectivos realistas...; não será com a" paz" dele que conseguirá... Será a paz do Hamas...
Por outro lado, Arafat continua conivente com os grupos terroristas, senão mesmo colaborante...
Relativamente ao comentário do Bloguitica, sobre Arafat, concordo que culpar uma só pessoa pela desgraça do Médio Oriente é demasiado redutor. Mas tenho uma forte convicção que Arafat não quer a paz possível, pois quando recusou a paz benévola oferecida por Barak, mostrou em que tipo de paz acredita: a destruição do Estado de Israel. Segundo bem me lembro, o acordo não foi conseguido devido à exigência de Arafat no regresso de todos os refugiados palestinianos. Pois, este regresso seria o fim de Israel enquanto país. Nenhum líder de Israel lhe dará o que ele pretende... Pode não querer qualquer paz, mas se não lutar por objectivos realistas...; não será com a" paz" dele que conseguirá... Será a paz do Hamas...
Por outro lado, Arafat continua conivente com os grupos terroristas, senão mesmo colaborante...
Regresso ao Rock
Existe sempre a tentação de suster a afirmação "antigamente é que era bom". Com o decorrer dos anos, vamos ganhando apego às velharias que gostávamos, e deixamos de ter interesse pela novidade. Na música, esta tendência é quase uma obrigação e conforme vamos ganhando mais anos, vamos perdendo o interesse pela música actual.
É raro ver alguém de 30 anos num concerto Rock de uma banda actual, mas se for uma banda rock antiga, esse será o seu público médio.
Este fim-de-semana, decidi insurgir-me contra o meu afastamento das novas tendências de rock, e lancei-me na descoberta de novas bandas e tendências. Não tenho dúvidas que continua a haver excelentes propostas musicais no rock. E curiosamente, a maior parte desta bandas já estiveram cá em Portugal. Sempre fui um apreciador de Rock, mas há alguns anos que deixei de ouvir as novas bandas...
Chego à conclusão que errei, por isso considero francamente recomendável aos adeptos do rock a ouvir as novas tendências, designadamente os Staind, os White Stripes e os Muse. Apenas alguns bons exemplos do Rock que se vai tocando pelo mundo fora...
Existe sempre a tentação de suster a afirmação "antigamente é que era bom". Com o decorrer dos anos, vamos ganhando apego às velharias que gostávamos, e deixamos de ter interesse pela novidade. Na música, esta tendência é quase uma obrigação e conforme vamos ganhando mais anos, vamos perdendo o interesse pela música actual.
É raro ver alguém de 30 anos num concerto Rock de uma banda actual, mas se for uma banda rock antiga, esse será o seu público médio.
Este fim-de-semana, decidi insurgir-me contra o meu afastamento das novas tendências de rock, e lancei-me na descoberta de novas bandas e tendências. Não tenho dúvidas que continua a haver excelentes propostas musicais no rock. E curiosamente, a maior parte desta bandas já estiveram cá em Portugal. Sempre fui um apreciador de Rock, mas há alguns anos que deixei de ouvir as novas bandas...
Chego à conclusão que errei, por isso considero francamente recomendável aos adeptos do rock a ouvir as novas tendências, designadamente os Staind, os White Stripes e os Muse. Apenas alguns bons exemplos do Rock que se vai tocando pelo mundo fora...
Comentário
O Bloguitica, blog que aprecio bastante, tece um comentário acerca da demissão de Abu Mazen, que me suscitou este comentário.
Afirma que o Roteiro de Paz nunca teve hipótese e a demissão de Mahmoud Abbas como uma ocorrência que permitiu clarificar, uma vez mais, aquilo que e’ obvio. e que Enquanto for vivo, será com Yasser Arafat que Israel terá de negociar. Goste-se ou não de Arafat (e do que ele representa), mais ninguem tem a sua legitimidade e o seu poder político. Negociar com uma marioneta, como era o caso de Abbas, nao poderia dar bons resultados, como não deu.
Eu até posso concordar que este processo de paz nunca teve hipótese, mas a culpa não é de Sharon (que não gosto) nem de Abu Mazen, mas sim de Arafat. O ainda Primeiro Ministro tudo fez para alcançar a paz. Arafat não o deixou... E Mazen demite-se exactamente por não ter aceite o papel secundário que Arafat que ofereceu, ele tudo fez para ser mais do que uma marioneta...
Mas também duvido que será com esse líder terrorista que se chegará à paz... Ele poder ter o poder político e a legitimidade que afirma, mas como não tem vontade de obter a paz, negociar com ele é indiferente. Cada vez concordo com a visão de o afastar do poder...
O Bloguitica, blog que aprecio bastante, tece um comentário acerca da demissão de Abu Mazen, que me suscitou este comentário.
Afirma que o Roteiro de Paz nunca teve hipótese e a demissão de Mahmoud Abbas como uma ocorrência que permitiu clarificar, uma vez mais, aquilo que e’ obvio. e que Enquanto for vivo, será com Yasser Arafat que Israel terá de negociar. Goste-se ou não de Arafat (e do que ele representa), mais ninguem tem a sua legitimidade e o seu poder político. Negociar com uma marioneta, como era o caso de Abbas, nao poderia dar bons resultados, como não deu.
Eu até posso concordar que este processo de paz nunca teve hipótese, mas a culpa não é de Sharon (que não gosto) nem de Abu Mazen, mas sim de Arafat. O ainda Primeiro Ministro tudo fez para alcançar a paz. Arafat não o deixou... E Mazen demite-se exactamente por não ter aceite o papel secundário que Arafat que ofereceu, ele tudo fez para ser mais do que uma marioneta...
Mas também duvido que será com esse líder terrorista que se chegará à paz... Ele poder ter o poder político e a legitimidade que afirma, mas como não tem vontade de obter a paz, negociar com ele é indiferente. Cada vez concordo com a visão de o afastar do poder...
Fim de Abu Mazen
Finalmente Arafat conseguiu o que sempre quis; enterrou o processo de paz e afastou Abu Mazen da Autoridade Palestiniana. A sua deriva absurda de querer manter o poder a todo o custo, nem que isso continue a trazer sofrimento e guerra ao seu povo, parece continuar a dominar a sua agenda.
Abu Mazen representou para o mundo a esperança na conquista da paz e da liberdade na Palestina, com o seu espírito moderado e de paz, tendo lutado com as armas que tinha para caminhar para a paz do povo que tão bem representou. Mas Arafat, nunca lhe deu hipóteses, ele nunca teve verdadeira margem de manobra para realizar o que pretendia. Sabe-se hoje que Arafat não quer paz, não a permitiu com Barak e Clinton, e não a permitiu agora. Este velho "terrorista", continua com a sua agenda de apoiar o terror e a luta armada contra o Estado de Israel. Afinal de contas, não passa de mais um ditador do Médio Oriente, que está agarrado ao poder, e que não dá hipóteses que surjam personalidades diferentes para lhe tomar o lugar. Arafat quer morrer na cadeira do poder, e se não for ele a conseguir a paz, então mais ninguém será. Neste aspecto, tenho de concordar com o Governo Israelita: Arafat faz parte do problema e deve ser afastado.
Finalmente Arafat conseguiu o que sempre quis; enterrou o processo de paz e afastou Abu Mazen da Autoridade Palestiniana. A sua deriva absurda de querer manter o poder a todo o custo, nem que isso continue a trazer sofrimento e guerra ao seu povo, parece continuar a dominar a sua agenda.
Abu Mazen representou para o mundo a esperança na conquista da paz e da liberdade na Palestina, com o seu espírito moderado e de paz, tendo lutado com as armas que tinha para caminhar para a paz do povo que tão bem representou. Mas Arafat, nunca lhe deu hipóteses, ele nunca teve verdadeira margem de manobra para realizar o que pretendia. Sabe-se hoje que Arafat não quer paz, não a permitiu com Barak e Clinton, e não a permitiu agora. Este velho "terrorista", continua com a sua agenda de apoiar o terror e a luta armada contra o Estado de Israel. Afinal de contas, não passa de mais um ditador do Médio Oriente, que está agarrado ao poder, e que não dá hipóteses que surjam personalidades diferentes para lhe tomar o lugar. Arafat quer morrer na cadeira do poder, e se não for ele a conseguir a paz, então mais ninguém será. Neste aspecto, tenho de concordar com o Governo Israelita: Arafat faz parte do problema e deve ser afastado.
A geração Big Brother
Eu, como membro desta geração, tenho-me insurgido muitas vezes contra as pessoas da minha idade. Porque será que a maioria das pessoas do meu círculo de relacionamentos, quase todos licenciados ou estudantes do ensino superior, também têm esta obsessão de ver esse programa miserável, que contaminou quase todo audiovisual português. Li em diversos artigos que este tipo de programas era para as classes menos instruídas e com pouca cultura. Por um lado, esta minha afirmação nada muda, pois sabe quem por lá anda, que o Ensino Superior está hoje cheio de "analfabetos" culturais, para quem o Big Brother representa uma boa maneira de passar umas boas horas à terça-feira. Mas se até as pessoas instruídas se deixam levar por este lixo televisivo, onde se passeiam verdadeiros ignorantes à procura da fama rápida e fácil, o que terá acontecido?
Quando surgiu a primeira edição deste programa, vi muita gente a criticar, mas depois às terças-feiras, eu lá perguntava quem queria ir sair para beber um copo, e a resposta era "hoje vou sair mais tarde". O fenómeno de ver gente da minha idade, muitos estudantes do ensino superior, a consumir este tipo de produto preocupa-me imenso. O que será que leva um jovem instruído a ver um programa daqueles? O pérfido, o fácil consumível e a fraca qualidade contagiou definitivamente a juventude portuguesa, e este facto preocupa-me. Sem falsos moralismos, o que não gosto, penso que uma pessoa com vinte a tal anos tem mais que fazer, se não for para namorar ou sair, pelo menos ficar em casa a ler um bom livro ou até entreter-se no computador. Mas qual é o panorama actual da juventude portuguesa? Esta a que pertenço? Será mesmo rasca? Ou será à rasca? Não acredito no atestado de menoridade que alguns quiseram passar à actual geração, até porque a sociedade evoluiu, criando um clima de facilitismo que atinge diversos sectores, que não só a juventude. Por outro lado, existem uma outra série de factores que contribuíram para o desenraizamento cultural e intelectual que existe hoje, mas isso não significa que no futuro não vá haver uma enorme contribuição desta geração para o engrandecimento cultural deste país. As coisas ainda podem evoluir nun sentido positivo, mas sem dúvida existem factores preocupantes, senão vejamos:
Na minha vivência pessoal, tenho a oportunidade de lidar de perto com muitos grupos diferentes de estudantes, sei que os seus gostos não passam pela literatura, (quando muito pelos escritores da moda), a filosofia e a ciência política é um monstro inacessível, as revistas preferidas são as de cor de rosa masculinas ou femininas, os programas preferidos de televisão são os Big Brothers e afins, as suas referências são jogadores, modelos ou dirigentes desportivos, a sua única leitura diária é a Bola ou Record, gostam de ouvir Zé Cabra e a música pimba, enfim uma série de enormidades, que penso que antigamente não acontecia com os então estudantes do Ensino Superior. A discussão política ou ideológica só é possível quando existem grandes crises, ou no circulo de amigos com cor partidária. Outras coisas nunca mudam, como o gosto pela farra e divertimento, o cumprimento exigente das tradições académicas, o gosto pela participação na vida associativa e académica. Mas sinto que antigamente havia mais interesse por outro tipo de assuntos. Posso estar enganado, mas há 10 ou 15 anos, o ambiente intelectual em redor do Ensino Superior deveria ser bem mais estimulante no que actualmente
Esta geração, a do Big Brother tem muito que evoluir para cumprir o seu papel na sociedade, depois do enorme esforço pelo Estado dar condições para a massificação do Ensino Superior... Claro que quase sempre mal...mais tarde abordarei o tema da Educação no Ensino Superior, onde estive envolvido em algumas lutas (que palavra tão revolucionária...
Eu, como membro desta geração, tenho-me insurgido muitas vezes contra as pessoas da minha idade. Porque será que a maioria das pessoas do meu círculo de relacionamentos, quase todos licenciados ou estudantes do ensino superior, também têm esta obsessão de ver esse programa miserável, que contaminou quase todo audiovisual português. Li em diversos artigos que este tipo de programas era para as classes menos instruídas e com pouca cultura. Por um lado, esta minha afirmação nada muda, pois sabe quem por lá anda, que o Ensino Superior está hoje cheio de "analfabetos" culturais, para quem o Big Brother representa uma boa maneira de passar umas boas horas à terça-feira. Mas se até as pessoas instruídas se deixam levar por este lixo televisivo, onde se passeiam verdadeiros ignorantes à procura da fama rápida e fácil, o que terá acontecido?
Quando surgiu a primeira edição deste programa, vi muita gente a criticar, mas depois às terças-feiras, eu lá perguntava quem queria ir sair para beber um copo, e a resposta era "hoje vou sair mais tarde". O fenómeno de ver gente da minha idade, muitos estudantes do ensino superior, a consumir este tipo de produto preocupa-me imenso. O que será que leva um jovem instruído a ver um programa daqueles? O pérfido, o fácil consumível e a fraca qualidade contagiou definitivamente a juventude portuguesa, e este facto preocupa-me. Sem falsos moralismos, o que não gosto, penso que uma pessoa com vinte a tal anos tem mais que fazer, se não for para namorar ou sair, pelo menos ficar em casa a ler um bom livro ou até entreter-se no computador. Mas qual é o panorama actual da juventude portuguesa? Esta a que pertenço? Será mesmo rasca? Ou será à rasca? Não acredito no atestado de menoridade que alguns quiseram passar à actual geração, até porque a sociedade evoluiu, criando um clima de facilitismo que atinge diversos sectores, que não só a juventude. Por outro lado, existem uma outra série de factores que contribuíram para o desenraizamento cultural e intelectual que existe hoje, mas isso não significa que no futuro não vá haver uma enorme contribuição desta geração para o engrandecimento cultural deste país. As coisas ainda podem evoluir nun sentido positivo, mas sem dúvida existem factores preocupantes, senão vejamos:
Na minha vivência pessoal, tenho a oportunidade de lidar de perto com muitos grupos diferentes de estudantes, sei que os seus gostos não passam pela literatura, (quando muito pelos escritores da moda), a filosofia e a ciência política é um monstro inacessível, as revistas preferidas são as de cor de rosa masculinas ou femininas, os programas preferidos de televisão são os Big Brothers e afins, as suas referências são jogadores, modelos ou dirigentes desportivos, a sua única leitura diária é a Bola ou Record, gostam de ouvir Zé Cabra e a música pimba, enfim uma série de enormidades, que penso que antigamente não acontecia com os então estudantes do Ensino Superior. A discussão política ou ideológica só é possível quando existem grandes crises, ou no circulo de amigos com cor partidária. Outras coisas nunca mudam, como o gosto pela farra e divertimento, o cumprimento exigente das tradições académicas, o gosto pela participação na vida associativa e académica. Mas sinto que antigamente havia mais interesse por outro tipo de assuntos. Posso estar enganado, mas há 10 ou 15 anos, o ambiente intelectual em redor do Ensino Superior deveria ser bem mais estimulante no que actualmente
Esta geração, a do Big Brother tem muito que evoluir para cumprir o seu papel na sociedade, depois do enorme esforço pelo Estado dar condições para a massificação do Ensino Superior... Claro que quase sempre mal...mais tarde abordarei o tema da Educação no Ensino Superior, onde estive envolvido em algumas lutas (que palavra tão revolucionária...
Manual do Blogger (via Avatares do Desejo)
1- Ler a coluna de opinião do público e do Dn
Quase sempre...
2- Usar o google com perícia para se armar nas discussões em curso
Consulto frequentemente para procurar uma serie de assuntos, que muitas vezes nada têm a ver com o Blog
3- Conhecer a biografia de pelo menos um destes famosos: JPP, FJV, PM
O que conheço deles é o que é público... Admito que conheço bastante melhor percurso de JPP, devido a ser admirador dele há muitos anos
4- Utilizar o Pedro Rolo Duarte como o anto-cristo local
Simplesmente nunca gostei muito dele... não tem nada a ver com os blogs
5- Ter um clube de afeição para poder postar às segundas-feiras (Conselho pessoal:o porto permite saír sempre por cima)
Nunca falo de futebol...mas sou do Benfica...se as coisas corressem melhor, talvez falasse....
6- Ter um poema de reserva para citar quando o site-meter der mostras de fragilidade
Nunca o fiz..
7- Tratar por "tu" a vida e obra de Tolstoi
Gosto e aprecio... apesar de não conhecer toda...
8- Fingir ardor nas discussões mesmo que o tema seja indiferente
...que me lembre não... No meu dia a dia isso acontece com frequência...
9- Saber onde é que o Iraque fica no mapa
Já há muitos anos
10- Falar d@s respectiv@s apenas quando já se tem uma reputação consolidada ou mais de 30 anos
Ainda estou longe dos 30 anos...mas não falo da vida privada
11- Fazer periodicamente a ode de um cineasta de que ninguém ouviu falar
Penso que não, mas não costumo me preocupar se as minhas referências são conhecidas ou não...
12- fazer alusão à fnac uma vez em cada 15 dias
Nunca o fiz...apesar de ser numa Fnac do Porto que costumo comprar livros
13- tentar juntar copos e livros no mesmo post para dar prova de excentricidade
Apesar de beber uns copos de vez em quando... nunca fiz esse tipo de misturas. Mas ainda há pouco tempo abusava desse tipo de excentridades...
14- dizer uma asneira de vez em quando (mostra inconformismo)
Aqui nunca o fiz...apenas na vida privada...muitas (sou do Porto)
15- Utilizar o dicionário online para apoiar a escrita
Para corrigir alguns erros causados pela pressa
16- Inventar mails recebidos para dar um ar de interactividade ao blogue
Não tenho hábito de colocar os (poucos) email recebidos...
17- Dar algumas gralhas ara mostrar um certo negligé
Detesto ver erros no Blog... Nunca gostei de erros..s
Talvez não seja um verdadeiro blogger no sentido da palavra...mas ainda sou novo....sei que posso lá chegar....
1- Ler a coluna de opinião do público e do Dn
Quase sempre...
2- Usar o google com perícia para se armar nas discussões em curso
Consulto frequentemente para procurar uma serie de assuntos, que muitas vezes nada têm a ver com o Blog
3- Conhecer a biografia de pelo menos um destes famosos: JPP, FJV, PM
O que conheço deles é o que é público... Admito que conheço bastante melhor percurso de JPP, devido a ser admirador dele há muitos anos
4- Utilizar o Pedro Rolo Duarte como o anto-cristo local
Simplesmente nunca gostei muito dele... não tem nada a ver com os blogs
5- Ter um clube de afeição para poder postar às segundas-feiras (Conselho pessoal:o porto permite saír sempre por cima)
Nunca falo de futebol...mas sou do Benfica...se as coisas corressem melhor, talvez falasse....
6- Ter um poema de reserva para citar quando o site-meter der mostras de fragilidade
Nunca o fiz..
7- Tratar por "tu" a vida e obra de Tolstoi
Gosto e aprecio... apesar de não conhecer toda...
8- Fingir ardor nas discussões mesmo que o tema seja indiferente
...que me lembre não... No meu dia a dia isso acontece com frequência...
9- Saber onde é que o Iraque fica no mapa
Já há muitos anos
10- Falar d@s respectiv@s apenas quando já se tem uma reputação consolidada ou mais de 30 anos
Ainda estou longe dos 30 anos...mas não falo da vida privada
11- Fazer periodicamente a ode de um cineasta de que ninguém ouviu falar
Penso que não, mas não costumo me preocupar se as minhas referências são conhecidas ou não...
12- fazer alusão à fnac uma vez em cada 15 dias
Nunca o fiz...apesar de ser numa Fnac do Porto que costumo comprar livros
13- tentar juntar copos e livros no mesmo post para dar prova de excentricidade
Apesar de beber uns copos de vez em quando... nunca fiz esse tipo de misturas. Mas ainda há pouco tempo abusava desse tipo de excentridades...
14- dizer uma asneira de vez em quando (mostra inconformismo)
Aqui nunca o fiz...apenas na vida privada...muitas (sou do Porto)
15- Utilizar o dicionário online para apoiar a escrita
Para corrigir alguns erros causados pela pressa
16- Inventar mails recebidos para dar um ar de interactividade ao blogue
Não tenho hábito de colocar os (poucos) email recebidos...
17- Dar algumas gralhas ara mostrar um certo negligé
Detesto ver erros no Blog... Nunca gostei de erros..s
Talvez não seja um verdadeiro blogger no sentido da palavra...mas ainda sou novo....sei que posso lá chegar....