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Published by Nuno Gouveia
on terça-feira, julho 31, 2007 at 14:15.
Marques Mendes introduziu, e bem, o pagamento individual de quotas no PSD. No passado, os barões locais do aparelho juntavam milhares de euros e pagavam as quotas aos militantes. Foi assim que, por exemplo, Gondomar conseguiu em tempos ser a maior concelhia do PSD. Depois, com o peso dos militantes com as quotas em dia, os senhores do PSD em Gondomar, como em muitas outras localidades, conseguiam obter os lugares de poder no partido e no país. A medida de Marques Mendes moralizou o sistema e o partido.
Mas estranho que na Madeira existam cerca de dez mil militantes com as quotas em dia. Será que a Madeira tem o mesmo sistema de pagamento? Ou, ao contrário de muitas outras coisas, Alberto João Jardim desfruta de alguma regalia partidária? Era interessante esclarecer este assunto.
Os Juízes são uma classe ineficiente, e normalmente responsável pelo atraso estrutural da justiça portuguesa. Mas nem por isso deixam de ser uma classe extremamente privilegiada em Portugal. Andar a mendigar Internet de "borla" ao governo não deixa de ser sintomático. Deviam trabalhar mais e falar menos.
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Published by Miguel
on segunda-feira, julho 30, 2007 at 13:31.
Não consigo vislumbrar um futuro risonho para Portugal. Nem me refiro aos indicadores económicos ou sociais. Esses valem o que valem…O que mais me preocupa é o facto de o principal partido da oposição, a única alternativa governativa, se preparar para agravar a crise profunda em que vive.
Neste momento o PSD tem um líder fraco, um líder sem carisma, sem imagem, no fundo, um não-líder! Sabe-se agora que nas próximas eleições a "alternativa" será Menezes. Enfim será o agonizar, ainda mais, este PSD. Pior ainda é o facto de a Madeira, controlada por Alberto João, ter uma palavra decisiva na eleição do líder. Por muito que "puxe" pela imaginação…não consigo pensar em pior cenário!
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Published by Nuno Gouveia
on domingo, julho 29, 2007 at 22:41.
Alberto Contador venceu o Tour de France aos 24 anos. Depois da sucessão de escândalos que abalam a modalidade há vários anos, o ciclismo precisa urgentemente de novos heróis. O corredor espanhol da Discovery Channel poderá ser um deles. Parabéns pela brilhante vitória.
Os dois candidatos do PSD não apresentam credenciais capazes de entusiasmar o PSD e, muito menos ainda, o país.
Marques Mendes tem conduzido o PSD por um caminho errático, e antevê-se que leve o partido para um caminho desastroso. Com Marques Mendes, em 2009, o PS voltará a vencer, e provavelmente com maioria absoluta. Luís Filipe Menezes tem feito um trabalho notável na CM de Gaia e é um político com boa imprensa. Mas não parece ter a credibilidade para levar o PSD à vitória em 2009. E tem a agravante de representar a ala social democrata populista, que pouco difere das políticas apresentadas por José Sócrates. Portanto, seria mais do mesmo. Luís Filipe Menezes, para convencer o PSD e o país terá de apresentar um programa radical do PS, o que até ao momento, não fez. Com estas alternativas, o meu voto irá sempre para o mal menor. Nas últimas eleições, apoiei Marques Mendes. Nas próximas, muito dificilmente o meu voto irá para ele. Vou continuar o meu período de reflexão.
Amanhã vai correr-se o contra-relógio, a última etapa com dificuldades no Tour de France. O que se espera é que seja a consagração de Alberto Contador, de 24 anos, e o inicio de uma nova era para a modalidade. No ciclismo, a luta contra o doping é uma realidade, e quando há suspeitos, não se olha aos nomes das camisolas, e expulsa-se e castiga-se. Fosse assim em todas as modalidades, e não se falava tanto no ciclismo. A expulsão de Rasmunsen é a prova que os responsáveis estão com vontade de "limpar" as corridas dos batoteiros. Os meus parabéns!
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Published by Nuno Gouveia
on quinta-feira, julho 26, 2007 at 20:03.
Numa altura em que o ciclismo parece estar a cair no abismo, é fundamental ter esperança no futuro. Apesar dos escândalos, tenho a confiança que a modalidade, que apaixona milhões em todo o mundo, tem um futuro brilhante à sua espera. Os escândalos do doping têm sido uma constante ao desde 1998, desde o caso Festina. Mas nem mesmo isso acabará com o desporto mais popular que existe. Os últimos grandes ciclistas dos últimos anos, exceptuando Armstrong e poucos mais, foram todos apanhados nas malhas do doping. Casos de Roberto Heras, Ivan Basso, Jan Urlich, Floyd Landis, e mais recentemente Vinoukorov e Rasmunssen. Mas quer isto dizer que não há futuro para ciclismo? Quem teve a oportunidade para ver algumas etapas deste Tour de France, sabe que isso é mentira. O provável vencedor do Tour, Alberto Contador, é um jovem de grande futuro. Outros valores, como Cadel Evans, Alejandro Valverde ou Yaroslav Popovych são outros corredores que ainda vão dar muitas alegrias. A luta contra o doping é uma realidade no ciclismo, ao contrário de outras modalidades. Depois de lima a “casa”, o ciclismo voltará a ser o desporto de prestigio que sempre foi. Por enquanto, vai granjeando sucesso, como provam os milhões que têm seguido o Tour deste ano. Depois de bater no fundo, haverá ressurreição.
O PCP é um partido sem vergonha. Um partido que festeja a vitória totalitária do Partido Bolchevique. "Um acontecimento maior da história da humidade", que significou milhões de mortos em toda a União Soviética. Uma ideologia assassina, responsável pelas maiores atrocidades cometidas no século XX. Os partidos comunistas em toda a Europa renegaram o seu passado totalitário e evoluiram no sentido da democracia. Passados 18 anos da queda do Muro de Berlim, o PC português continua a celebrar os assassinos bolcheviques.
Aqui ficam três livros que o senhor Alexandre Araújo e os seus camaradas do Politburo português deveriam ler e aprender com a história.
Este governo começa a dar sérios sinais de incompetência numa área que parecia dominar com mestria. Os spin doctors do governo controlaram, com enorme sucesso, todas as acções governativas até há bem pouco tempo. Mas, depois do caso da pretensa licenciatura do Sr. José Sócrates, começaram a dar tiros nos pés. A última tirada, da agência contratada para utilizar crianças numa acção de propaganda, demonstra o desnorte destes especialistas da comunicação. Toda a gente sabe que as criancinhas, em finais de Julho já estão de férias, até mesmo os jornalistas. E é óbvio que haveria o sério risco dos mesmos jornalistas fazerem questões incómodas.
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Published by Nuno Gouveia
on terça-feira, julho 24, 2007 at 14:31.
Depois de ter passado por um processo vergonhoso, instaurado pela pidesca directora da DREN, Margarida Moreira, o professor Fernando Charrua foi ilibado hoje de qualquer ilegalidade. No despacho emitido pela Ministra da Educação, é dito que "a aplicação de uma sanção disciplinar poderia configurar uma limitação do direito de opinião e de crítica política, naturalmente inaceitável". E o que vai acontecer à zelosa funcionária do governo? Será que depois de ter perseguido, injustamente, o professor Charrua, vai continuar no cargo como se nada tivesse acontecido? Será que para ser directora da DREN, uma das características fundamentais é atentar a favor da limitação do direito de opinião e de crítica política, no organismo que dirige?
A última semana foi fértil em reviravoltas no PSD. Marques Mendes, de cadáver político, passou a líder quase incontestado. Aguiar Branco, de terceira via possível, passou para um ex putativo candidato a líder. Esta era a sua oportunidade. Não me parece que vá ter outra. E Luís Filipe Menezes? Depois de andar durante dois anos a fazer oposição cerrada a Marques Mendes, será que vai desperdiçar a oportunidade de lutar e combater na arena? Apesar de não ser, desde sempre, um apoiante de Menezes, dificilmente o meu voto irá para Mendes. Aguardo com expectativa o anúncio de hoje.
Adenda:
Luís Filipe Menezes sempre vai avançar. Neste momento, sou um dos milhares de militantes anónimos do PSD que não tem o seu voto formado. Espero, brevemente, fazer a minha escolha.
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Published by Nuno Gouveia
on domingo, julho 22, 2007 at 16:41.
Luís Filipe Menezes está com problemas com as quotas dos militantes. Homem, vá à luta e não tenha medo. Os militantes não são analfabetos, e quem quiser ter as quotas em dia, certamente as terá. Não arranje subterfúgios e enfrente Marques Medes. Poderá não ter outra oportunidade de chegar ao poder.
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Published by Nuno Gouveia
on sábado, julho 21, 2007 at 11:36.
Hoje vão ser marcadas as eleições directas no PSD. Que a direcção de Marques Mendes proporcione um processo eleitoral limpo e claro, sem recurso a subterfúgios estatutários para diminuir as possibilidades dos candidatos opositores. Até ao momento, os sinais não são positivos.
Este blogue não apoia Barack Obama à Presidência dos Estados Unidos (apesar de ser de longe o preferido dos Democratas). Mas sem dúvida apoia a Obama Girl, Amber Lee.
A eleição de Sarkozy mudou a Europa. Esta noticia é sintomática do que a nova Europa pode fazer pelo mundo. Chega de ser um actor irrelevante na cena mundial. Chega de ser apenas um parceiro passivo dos Estados Unidos ou uma mera extensão da "rua" anti-americana. A Europa só poderá ser respeitada no mundo se intervir positivamente e criar condições para a mudança. Esta disposição do líder francês, bem como a disponibilidade do novo Primeiro Ministro britânico só poder ser uma boa notícia. Será o regresso da política à Europa?
Será que no PSD não existe ninguém que se lembre de acabar com este legado? Cavaco Silva foi o melhor Primeiro Ministro do PSD e representou um período de progresso e desenvolvimento para o país. Mas é tempo do PSD libertar-se do seu passado. Em 2011, deverá voltar a apoiar Cavaco. Mas deve esquecer Cavaco, e também os cavaquistas. É tempo de renovar-se e deixar de preparar o futuro com os olhos colocados no passado.
Todos os dias somos assaltados com notícias do tipo "cavaquistas seguram Marques Mendes" ou "cavaquistas apoiam Pedro Aguiar Branco". O problema do PSD é que não sabe viver sem a sombra de Cavaco. Depois de 1995, todos os líderes tiveram o apoio do sector cavaquista (a excepção terá sido Santana Lopes, e tudo fizeram para fazê-lo cair), com os resultados conhecidos. Nunca mais o PSD soube conquistar o país e envolver as pessoas com um projecto político de futuro. A única vez que chegou ao poder foi um mero acaso do destino.
Um dos grandes mitos, e que algumas pessoas defendem, é que o PSD deverá ser de centro esquerda, um verdadeiro partido social democrata. Ora, esse partido já existe em Portugal, que é o Partido Socialista. É preciso conquistar o país de novo. E para isso, o PSD tem de assumir um verdadeiro processo de refundação. O PSD deverá ser um grande partido de centro direita, e com isso, conseguir atrair para a sua esfera de influência uma nova geração de pessoas. A direita ideológica e política em Portugal está órfã de política a sério. Entretêm-se a escrever e a debater, mas não têm a oportunidade de intervir politicamente. E todos sabem como o PSD necessita urgentemente de novos quadros e novos valores.
Se surgir uma nova liderança, com um profundo cariz ideológico e de renovação, e com um projecto de mudança radical da sociedade portuguesa, assente numa política sem restrições na luta contra o poder do estado na economia, num liberalismo social e político, que seja capaz de restituir às pessoas o poder pela sua liberdade individual, enfim, um projecto sem complexos ideológicos de direita, estou certo que poderá ser mobilizador para a nova direita que nasce em Portugal. E um projecto que acabe com o atraso estrutural português na Europa, poderá ser também promotor de uma vitória eleitoral em 2009. Sarkozy venceu na França, com um projecto de direita, porque as pessoas estavam cansadas do cinzentismo ideológico de Chirac. Em Portugal, também é possível.
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Published by Miguel
on quinta-feira, julho 19, 2007 at 09:19.
Nas eleições para a Capital todos os partidos saíram derrotados. E digo "partidos", pois houve candidatos que saíram vencedores, nomeadamente os independentes. Acontece que se assiste, agora, ao canto de vitória de alguns. É a democracia a definhar… Repare-se só no que vem noticiado, penso que no JN, acerca dos apoios populares nos comícios partidários: Frases como "não sei quem ele é", "vinha numa excursão e trouxeram-me para aqui" e "deram-me uma bandeira mas nem sei para quê" ficaram a marcar os festejos socialistas e causaram estranheza em Cabeceiras. Já ontem, José Lages, um dos idosos que foi à capital, disse ao JN que foi "para dar um passeio a Fátima. Ninguém me disse que íamos a Lisboa". Já António Badim tinha a informação de que, depois de Fátima, "tínhamos um ajuntamento do PS em Lisboa".Este idoso referiu ainda que não pagou nada porque o convite foi feito pela Câmara Municipal. China Pereira, líder da Comissão Política Concelhia do PS, desmente que tenha sido a autarquia a custear a viagem. "Foi uma iniciativa do PS e as pessoas sabiam que iam à festa do António Costa".
Já não há pudor nas decisões do governo Venezuelano. Será a versão das "conversas em família" da ditadura socialista do século XXI. Haja vergonha naqueles que apoiam ou deram o seu suporte a este ditador.
Começa a surgir no ar um cheiro a capitulacionismo dentro do PSD. Ao ler os jornais de hoje, tive um sentimento de deja vu. Ninguém, ou muito pouca gente, parece acreditar que Marques Mendes tem possibilidades de vencer em 2009. A maior parte dos militantes está descontente com o actual rumo do partido. Sucedem-se as criticas à gestão da actual liderança. A equipa da CPN é fraca, ausente de pessoas com capacidade política e de inovação. O país não respeita Marques Mendes e nunca lhe entregará o poder. No fundo, ninguém acredita neste político de carreira, sem carisma, mas integro e honesto.
Mas, ao contrário do que seria de esperar, parece que a maior parte deseja entregar-lhe o partido até 2009. Nenhum dos potenciais candidatos parece desejar enfrentá-lo nas eleições directas. Preferem apoiá-lo a entregar o poder a Luís Filipe Menezes. Ora, este acto de cobardia, a concretizar-se, será muito prejudicial para o PSD. Em primeiro lugar, porque nada garante se não surgir uma terceira via, que não seja Menezes a vencer as directas, tão grande é o descrédito de Marques Mendes dentro do PSD. E porque chegar a 2009 com Marques Mendes, a derrota nas legislativas seria extremamente pesada e arrasaria o PSD por muitos anos. Além das nefastas complicações para o país, no caso de ser governado por mais quatro anos por José Sócrates, num segundo mandato que seria terrível para a democracia portuguesa.
Portanto, espero que alguém saia dos gabinetes e dos corredores, e que entre nas eleições para ganhar o PSD para depois ganhar Portugal. Quem critica tem responsabilidades de lutar para mudar a actual direcção. E no PSD, a maioria recrimina o trabalho que tem sido feito. É tempo de mudar.
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on terça-feira, julho 17, 2007 at 15:49.
Ao contrário do que tinha vindo a dizer nos últimos meses, Luís Filipe Menezes não se assumiu ontem como candidato à liderança do PSD. Depois de ter passado a maior parte do seu tempo a atacar Marques Mendes e de ter andado a fazer campanha interna pelo país, Menezes afirmou que esperava pelo Conselho Nacional. Enfim, o autarca de Gaia fez o contrário do que tinha vindo a dizer. Até há pouco tempo seria candidato em todas as circunstâncias, mas agora apenas o será se tiver garantias que as eleições vão ser livres. O costume!
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Published by Nuno Gouveia
on segunda-feira, julho 16, 2007 at 23:02.
José Pedro Aguiar Branco está a ponderar avançar para a presidência do PSD. Segundo os jornais, para o fim desta semana estará previsto o anúncio da candidatura. Depois de uma fugaz passagem pelo governo de Santana Lopes, Aguiar Branco conseguiu deixar uma excelente impressão num elenco governativo de má mémoria para os portugueses. Há muito que defendo que o PSD necessita de renovação e de nova liderança. Um líder fracturante, com novas ideias e novas políticas. Que seja capaz de derrotar José Sócrates em 2009. Os portugueses estão descontentes com o governo, mas não vêem ninguém na oposição com perfil para Primeiro Ministro. Se apresentar-se como a cara da ruptura com o passado recente e com vontade de iniciar uma nova forma de fazer política, José Pedro Aguiar Branco pode ser esse homem. Se as opções forem Marques Mendes, Luís Filipe Menezes e Aguiar Branco, o advogado portuense terá o meu voto. E certamente, de muitos milhares de militantes, descontentes com o actual rumo do partido.
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Published by Nuno Gouveia
on domingo, julho 15, 2007 at 23:01.
Advinham-se tempos bem interessantes para o PSD. Conforme já se tinha percebido antes, Marques Mendes não tinha outra alternativa e antecipou as eleições internas no partido. E anunciou que vai ser candidato. Luís Filipe Menezes amanhã vai dar uma entrevista à SIC Notícias e irá anunciar a sua candidatura. A campanha para a liderança do PSD começa amanhã. Espero que, para bem do PSD, do espaço da direita e para o país, surja uma terceira via. Nomes há muitos e bons. Espero que alguém avance para colocar na ordem o partido e lutar pela vitória nas legislativas de 2009.
O Partido Socialista obtém um resultado que fica aquém do esperado. Ao não passar dos 30%, parece-me que afinal, houve algum voto de protesto contra o governo. Vitória esmagadora para a esquerda, que obtém cerca de 57% dos votos. A direita limita-se a chegar aos 35%. Afinal, o Zé do Bloco de Esquerda, não conquistou definitivamente Lisboa. Depois da protecção exagerada da comunicação social e de algumas elites, consegui descer 1% em relação às eleições de 2005. Pode ser que em 2009, troque o lugar com o CDS.
Afinal, ficamos a saber que as gentes de Lisboa que enchiam a sede de candidatura do PS eram de Cabeceiras de Basto. Nota alta para a concelhia socialista minhota. Negativa para a organização do PS. Então não sabiam que estas pessoas devia ficar longe dos jornalistas?
PSD perde eleições mas ganha militante
Simpatizo com Fernando Negrão. Desde os tempos em que era Director da Policia Judiciária. Este resultado extremamente negativo em nada o diminue. Fez o possível nestas difíceis circunstancias. Seja bem vindo ao partido.
Manuel Monteiro - Sempre a descer
Manuel Monteiro conseguiu manter a proeza de ter menos votos que o grande "Fuher" do PNR. O ex-líder do CDS/PP cai definitivamente no ridículo. É, definitivamente, uma figura histórica da política portuguesa da década de 90. Nada mais do que isso.
Se alguém tivesse chegado do estrangeiro e ouvido o discurso do Zé, pensaria que estava a ouvir o futuro presidente da CM de Lisboa. A arrogância, o moralismo e a altivez característica dos bloquistas, esteve em todas as palavras. O que o Zé se esqueceu de mencionar foi o que o grande alvo da sua oposição, Carmona Rodrigues, ficou em segundo lugar, com o dobro da sua votação. E que apenas terá mantido os resultados de 2005.
O Idiota Útil José Miguel Júdice fez o impensável. Três meses após abandonar o seu partido de sempre, o PSD, fez a declaração de vitória de António Costa. Até aqui tudo normal, pois foi o seu mandatário. Mas o que se ouviu dele foi o regozijo pela grande vitória do Partido Socialista em Lisboa, que desde 1976 não tinha um resultado destes em Lisboa. JMJ, em apenas três meses já se transformou em porta-voz do PS. Depois do convite para assumir um cargo em Lisboa, outros voos se seguirão.
Dos verdadeiramente irrelevantes Segundo os resultados apurados até ao momento, Manuel Monteiro disputa com José Pinto Coelho o titulo de ficar atrás do PCTP/MRPP nas eleições de Lisboa. Será que ninguém tira uma fotografia a Monteiro para ele ver no ridículo que caiu?
Era o esperado. O PSD obtém um resultado miserável em Lisboa. Abaixo dos 15% e atrás de Carmona. Depois desta noite, muito haverá que discutir dentro do partido. Marques Mendes transformou uma maioria de duas eleições seguidas numa derrota sem precedentes em Lisboa. A partir daqui, ele e a sua direcção deverão assumir as suas responsabilidades neste resultado. Derrotados são também os militantes do PSD que de alguma forma ajudaram Carmona Rodrigues a obter este resultado. Não esqueçamos os que não apoiaram Fernando Negrão nestas combate. O CDS esteve ao nível do PSD, ou seja, uma desgraça. Ao não conseguir eleger Telmo Correia, o CDS corre o sério risco de tornar-se irrelevante para o país. Paulo Portas tem dois anos para corrigir o rumo.
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Published by Nuno Gouveia
on sexta-feira, julho 13, 2007 at 15:21.
Terminada a campanha eleitoral para Lisboa, é altura de fazer uma análise aos possíveis resultados de domingo. Para a direita só pode haver dois cenários: grave crise ou desastre. Segundo as sondagens, o mais provável é mesmo acontecer um desastre para os partidos da direita. No caso do CDS, acredito que conseguirá eleger um Vereador, pois as sondagens nunca são simpáticas para este partido.
O PSD, a ter um resultado abaixo dos 20%, que já seria um mau resultado, e se ficar atrás de Carmona Rodrigues, poderá encalhar num verdadeiro desastre. Esta será uma derrota de Marques Mendes. Uma derrota esperada, mas mesmo assim escandalosa. O PSD era o partido maioritário em Lisboa desde 2001. As culpas não serão todas desta liderança, pois alguns dos problemas de Lisboa já se arrastavam desde tempo de Santana Lopes. Mas a verdade é que Lisboa não foi bem governada nos últimos anos. Ao ter o pior resultado de sempre em Lisboa, independentemente de ficar ou não atrás de Carmona, Marques Mendes terá de assumir os maus resultados. Fernando Negrão, um homem sério e integro, fez o possível neste contexto. Mas a partir de Domingo, o PSD terá que mudar de vida, caso contrário, será irrelevante nos próximos anos para Portugal.
O CDS também não estará em melhores lençóis. Depois da deserção de Maria José Nogueira Pinto para o campo socialista, e com um candidato não muito conhecido, o partido de Paulo Portas arrisca-se a não eleger sequer um Vereador. A liderança de Paulo Portas não estará em causa, mas é um mau inicio para um mandato que se esperava de regeneração do partido.
Os nossos jovens sub-20 estiveram à altura dos nossos pergaminhos. Por vezes manifesto tiques de masoquismo, e ontem, ainda tive a coragem de ver a primeira parte completa do jogo da nossa selecção contra o Chile. Estávamos a fazer uma exibição miserável, e o nosso futebol resumia-se a defender e a chutar umas bolas para a frente. Quando a boa equipa chilena marcou o golo, fui-me deitar. Hoje, ao ler a imprensa, não me surpreendi. Além da derrota que já esperava, ainda fomos protagonistas de cenas de violência. Mas admito que o jovem Zequinha, foi original. Roubar um cartão vermelho ao árbitro não é para qualquer um. É preciso imaginação e criatividade... Uma nota para o aprendiz José Couceiro, que conseguiu por uma selecção a não jogar futebol. Como é hábito nele.
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Published by Miguel
on quinta-feira, julho 12, 2007 at 20:21.
Confesso que ainda estou um pouco cansado com o – muito – trabalho que tenho tido. Mas estou em crer que a minha falta de paciência para com Manuel Monteiro não se deve a tal cansaço…mas sim às constantes figuras tristes que o mesmo se presta. Aquela imagem de político que criou um partido só para manter o tacho não se apaga do meu pensamento. A última cena protagonizada por esta figura política nacional foi a de andar a queixar-se da “bosta dos cavalos da GNR”. É assim….
Domingos Névoa, o nebuloso empresário da cidade de Braga foi finalmente acusado. Uma noticia que é bem vinda. Infelizmente, parece que existe em certos sectores da direita um mal estar em relação a esta acusação. Como o delator foi um vereador do Bloco de Esquerda, esta acusação já não é bem vinda. O Zé do BE faz política utilizando a justiça, colocando-se como o paladino da verdade e da moral. A sua acção política resume-se ao espectáculo mediático causado pelas atitudes moralistas e superiormente executadas por um partido que se julga melhor que os outros. Eu entendo que haja quem despreze a actividade política do Zé. E também entendo que o timing desta acusação também não terá sido o mais correcto. Mas nesta história toda da Bragaparques, o Zé esteve bem e agiu como um eleito deveria agir. Infelizmente, não temos casos destes em Portugal, e será que alguém acredita que foi a primeira vez que um empresário tentou corromper um político? Névoa é um dos muitos empresários que fez fortuna em Braga, com o seu compagon de route, Mesquita Machado. E apesar de não concordar com o Padre Louça, que acusou os empresário de Braga de serem todos uns bandidos (há muitos e bons empresários honestos em Braga), esta rede há muito merecia ser investigada. Desde que conheço minimamente a cidade de Braga ouço falar numa nuvem nebulosa envolta em histórias de corrupção, trafico de influências e negócios obscuros. Pena é que esta acusação tenha nascido em Lisboa, e não em Braga, onde tudo terá começado.
A publicidade grátis que a extrema esquerda lhes ofereceu, aliada a alguma comunicação social que gosta de correr atrás dos radicais, vai ser importante para o crescimento deste partido de extrema direita em Lisboa. Claro que será um crescimento diminuto, mas que dará para os neo nazis cantarem vitória. Se nas últimas eleições em Lisboa eles tiveram menos de 800 votos, nestas, se tiveram mais de 1500, já será um bom resultado. Para reduzir o PNR à insignificância das suas propostas basta deixa-los falar livremente. Quando mais mal se fala deles, mais crescem no eleitorado. Claro que podemos sempre objectar que isto interessa ao partidos mais à esquerda. Um partido de extrema direita forte dá sempre força à extrema esquerda. Se em 2009 realmente tiverem a hipótese de eleger um deputado (que sinceramente não acredito), o PNR será o maior aliado do crescimento PCP e do BE. Se calhar é nisto que eles apostam.
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Published by Nuno Gouveia
on terça-feira, julho 10, 2007 at 22:10.
O demagogo e mentiroso Michael Moore tem um novo filme, desta vez dedicado ao serviço de saúde dos Estados Unidos. Ainda não vi o filme, mas parece manter a mesma a estratégia utilizada noutros filmes. Moore costuma mentir e utilizar meias verdades para passar uma mensagem assente nas teorias da conspiração. Como sempre, os lançamentos são precedidos de uma campanha de intimidação e mentiras. No outro filme mentiroso, Fahrenheit 911, Moore promoveu o filme dizendo que poderia ser proibido e que estaria a ser alvo de perseguição das grandes companhias de distribuição de Hollywood. No fim de tudo isto, Moore fez uma verdadeira fortuna. Antes do lançamento deste filme, também já tivemos uma jogada deste tipo, com Michael Moore a garantir que tinha guardado uma cópia do filme, como medo de ser "apagado" pelo governo federal americano. Em 2004, Howard Kurts falava assim do Fahrenheit 911, no Washington Post. "What's most fascinating about the Michael Moore coverage is that while conservatives are shredding his film, even many liberals say that it's a heavy-handed piece of propaganda filled with exaggerations, if not outright falsehoods." Apesar de ter sido considerado uma mero filme de propaganda por Michael Moore, cheio de mentiras e exageros, a verdade é que meio mundo sentiu-se possuidor da verdade. Afinal, eles tinham visto o filme. Certamente todos tivemos discussões com arrogantes possuidores da verdade suprema (normalmente estes senhores são de esquerda, mas também encontramos bestas destas de direita), defendendo a total verdade das teses do Sr. Moore. Bush estaria feito com a família Bin Laden, e foram as suas relações com o petróleo que possibilitaram os ataques de Nova Iorque. E sim, ele protegeu pessoas responsáveis pelos ataques. Mais tarde, estas mesmas bestas já defendiam, devido ao documentário "Loose Change" que afinal, teria sido mesmo o governo americano e provocar o 11 de Setembro. Em relação ao "Sicko", que tentarei ver quando for possível, já temos também uma cambada de idiotas úteis a jurar a verdade das teses de Moore. Apesar de nos Estados Unidos, o filme estar a ser arrasado por intelectuais e profissionais da saúde, para a "rua" politicamente correcta, nada será negado e tudo será verdade. A bem do anti-americanismo militante.
Que o digam Maria José Nogueira Pinto e José Miguel Júdice. Depois do namoro entre a ex- militante do CDS com o partido do Governo, o casamento efectuado com José Miguel Júdice não deixa margem de dúvidas da estratégia de cooptação que o PS está a implementar. É sempre assim. Quando se é poder, atrai-se sempre personalidades do outro lado da barricada. Existe casos fundamentados e sinceros de evoluções ideológicas, da esquerda para a direita e vice-versa, que não encaixam nesta explicação simplista. Ao longo da nossa história de democracia tivemos muitos casos destes. Mas os episódios destes dois ex dirigentes do PSD e CDS são demasiado gritantes. Maria José Nogueira Pinto, depois de ter falhado todos os objectivos dentro do CDS / PP, e de ter as portas fechadas no PSD (até porque o poder não parece próximo), vai colaborar, ao que tudo indica com o PS em Lisboa, tendo já aparecido numa acção de campanha do PS. José Miguel Júdice, que saiu do PSD há pouco tempo, já é mandatário do candidato do PS em Lisboa. Soube-se hoje que foi convidado para gerir a frente ribeirinha de Lisboa. O famoso advogado até diz que vai trabalhar de borla. E eu acredito. E também acredito que a dupla José Miguel Júdice e Manuel Salgado prepara-se para fazer maravilhas em Lisboa. A exemplo dos seus antecessores.
O SC de Braga concluiu hoje um negócio sobre a cedência do "naming rigt" do Estádio Municipal de Braga. Não me repugna nada que o clube de Braga tenha realizado um acordo desta natureza. Antes pelo contrário. Mas uma pessoa, um clube ou uma empresa não deveria poder vender uma coisa que não lhe pertence. O Estádio Municipal de Braga, como o nome indica, é da edilidade municipal, construído com dinheiros públicos. No total foram mais de 100 milhões de euros investidos numa estrutura que, ao que parece, terá sido quase oferecida ao clube local. Não conheço a realidade do contracto efectuado entre o clube e a autarquia, mas conhecendo a natureza das relações entre Mesquita Machado e o SC de Braga, tenho a certeza que este negócio é legal. Mas, eticamente, é lamentável que uma obra que tenha custado ao erário público o valor em causa, sirva para favorecer uma entidade privada. Infelizmente, em Portugal, estes casos não são raros. Os clubes de futebol, na sua totalidade, representam um verdadeiro sorvedouro de dinheiros públicos. A começar na Madeira e a terminar em Lisboa e no Porto.
Legenda da foto: O presidente do CM de Braga (oferece o dinheiro dos contribuintes ao clube), o presidente do SC de Braga (consegue mais um excelente negócio para o clube, na senda do que tem vindo a fazer) e o responsável da AXA Seguros (obtém um contracto inovador em Portugal para a sua empresa)
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Published by Nuno Gouveia
on segunda-feira, julho 09, 2007 at 18:18.
FernandaCâncio assume o papel de defensora do Governo. Como jornalista, "independente", não se lhe conhece crítica alguma ao governo. Desta vez, coloca-se contra a própria classe. O corporativismo soa muitas vezes a hipocrisia. Mas neste caso, não lhe ficava mal um bocado de solidariedade com os colegas de profissão. Os tais que o governo "amigo" dela pretende vigiar e limitar a liberdade.
Nem sempre concordo com eles (seria impossível). Até considero que alguns dos membros fazem parte daquela direita que detesto. Mas é de leitura imprescindível todos os dias. O Insurgente, em destaque esta semana.
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Published by Nuno Gouveia
on domingo, julho 08, 2007 at 01:26.
Não pelo espectáculo parolo do Estádio da Luz e não pelo folclore musical do Live Earth (Al Gore, ele bem quer lá chegar).
Zeitgeist, de Smashing Pumpkins tem data de lançamento.
O novo álbum é um regresso ao passado. Definitivamente, abandonam o lado melódico de Adore, e dedicam-se ao rock puro e duro. Em alguns momentos chegamos mesmo a ter a sensação que estamos a ouvir uma banda de heavy metal. Como tão bem sabem, os SP conseguem alcançar uma mistura de vários estilos musicais num álbum de doze músicas, onde sobressai o génio musical de Billy Corgan. Temas como United States e Starz irão fazer parte para sempre do reportório de SP, como grandes músicas de rock. Num álbum em que mensagem é essencialmente política (infelizmente, os músicos gostam de fazer-se passar por políticos), o que verdadeiramente tem significado é a música. O single de estreia, Tarantula, é uma mistura explosiva de guitarras com a fúria das batidas de Jimmy Chamberlain, e a voz única de Corgan a sobrepor-se. O tema de abertura, Doomsday Clock faz as delícias dos fãs dos primeiros tempos da banda, quando os SP foram um dos grandes impulsionadores do indie rock. Passados quase 17 anos do lançamento do fabuloso Gish, podemos dizer que os Smashing Pumpkins estão bem vivos. James Lha e D'Arcy irão fazer falta, mas o génio musical continua a dizer presente. 7 Shades of Black e Bleeding the Orchid são dois portentos de força musical, com os solos de guitarra e a voz de Corgan a fazerem lembrar os temas mais pesados de Mellon Collie. A melodia também tem espaço neste Zeitgeist, com That's the way (my love is) e Neverlost. Sem atingirem o estatuto de Disarm ou 1979, estas músicas irão fazer parte dos setlists de SP. Sem ser crítico musical, e principalmente por estar envolvido emocionalmente com a banda, não posso afirmar com segurança que Zeitgeist será bem recebido pela crítica especializada, e também pelo público. Mas o objectivo deste regresso não terá sido esse. Se assim fosse, os SP poderiam ter feito um álbum muito mais melódico, mais agradável ao ouvido e menos cru, menos agressivo. Os SP regressaram para fazer o que gostam mais e o que melhor sabem. Rock, sem convenções nem fronteiras. Rock, sem ligar às modas ou às tendências do mercado musical. Por alguma coisa existem muito poucas bandas que se aproximam da sonoridade de Smashig Pumpkins. Zeitgeist marca o regresso mais aguardado do milénio para milhares de fãs que ficaram órfãos em 2000 com o fim da banda. Por isso, 7 de Julho de 2007 ficará marcado por este lançamento. E agora, vou ver o espectáculo dos SP no festival musical, mascarado por razões humanitárias, Live Earth, em New Jersey. (Estão loucos, começaram com a United States. Definitivamente não querem ser banda do grande público).
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Published by Nuno Gouveia
on sábado, julho 07, 2007 at 18:28.
Este mês está ser pródigo em regressos. O single de apresentação do novo álbum dos Interpol , The Heinrich Maneuver, é muito bom, apesar de manter o estilo que caracteriza a banda de Nova Iorque. Aguardo com expectativa o álbum.
Começa a ganhar força dentro do PSD uma ideia que defendo há muito tempo. Marques Mendes não é solução para o partido. A oposição interna, resume-se a Luís Filipe Menezes, que també não é opção. O PSD, se desejar chegar a 2009 com sérias hipóteses de disputar as eleições, tem mudar de liderança. O Expresso dá hoje conta disto mesmo: muita gente começa a suspirar por uma terceira via. O nome de José Pedro Aguiar Branco é o mais referenciado do momento. Rui Rio, outro putativo candidato, parece querer terminar o excelente mandato que está a realizar e esperar mais uns anos até se lançar para a liderança do PSD. O maior problema para esta hipotética terceira via, será o controlo que Luís Filipe Menezes e Marques Mendes detêm no aparelho do partido. Desde 2005 a lutar entre si pelo controlo interno, eles dominam a maioria das estruturas locais e distritais do partido. Mas mesmo aqui haverá esperança para Aguiar Branco. Há um claro sentimento de descrença na actual liderança, e também na oposição interna existente. E Pedro Aguiar Branco teria vários aliados de peso: personalidades conhecidas do PSD que estão descontentes mas não se revêem em Menezes. E aqui, a esmagadora maioria tenderia a apoiar uma terceira solução. Com eleições directas, e não menosprezando o poder dos caciques locais, José Pedro Aguiar Branco poderia ter o apoio de milhares de militantes anónimos que não participam na vida interna do partido. Uma boa campanha poderia acordar estes militantes que estão afastados do partido, mas não faltariam à chamada de um candidato a líder com novas ideias e com novas caras no seu projecto. A política deve ser feita de renovação, e é tempo do PSD dar este passo. Com Menezes e com Mendes, estão os mesmos de sempre. Nas próximas eleições do PSD, que poderão ser brevemente ou não, dependendo dos resultados de Lisboa, o partido não pode ser deixado entregue aos dois candidatos assumidos. O PSD tem de voltar a ser um partido com os olhos postos na sociedade civil e encontrar o seu lugar natural: a governar Portugal, com uma agenda reformista e liberal. O país necessita de um PSD forte, com um líder carismático e renovador. José Pedro Aguiar Branco poderá ser esse homem.
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Published by Nuno Gouveia
on sexta-feira, julho 06, 2007 at 12:11.
Joe Berardo, recente estrela dos mercados financeiros portugueses, fez uma OPA ao Benfica, no valor nominal de 3,5 Euros. Ao que parece, um grupo chinês, representado pelo empresário Vasco Pereira Coutinho, pretende efectuar uma OPA, dobrando o valor oferecido para os 7 Euros. O mercado começa a funcionar no futebol português. Não me surpreende que o Benfica seja o primeiro clube a ser alvo do interesse empresarial. Um clube com o número de sócios e adeptos do Benfica, e também o mais representativo do futebol português, torna-se atractivo para investidores. Como sócio do Benfica, apenas desejo que a SAD seja bem gerida e que o clube ganhe títulos. Se o capital do clube está no Funchal ou em Pequim, isso pouco me interessa.
Foi anunciada esta semana o valor do montante angariado pelos candidatos nas eleições americanas. Como aconteceu no primeiro trimestre, os Democratas têm neste momento uma capacidade de angariação muito superior aos Republicanos. Isto também atesta a crença na vitória em cada um dos campos. No lado Democrata, Barack Obama já conseguiu apoio de 258 mil pessoas diferentes, mais do que a totalidade dos apoios de Rudy Giuliani, John Mccain e Mitt Romney juntos. No total, entre Abril e Junho, obteve a impressionante verba de 32 milhões de dólares. A Senadora Hillary Clinton obteve 21 milhões, continuando a também a ser a frontrunner na angariação de fundos, com mais de 58 milhões disponiveis para a campanha. O terceiro nesta corrida, John Edwards, angariou sete milhões nos últimos três meses. Rudy Giuliani, desta vez conseguiu angariar mais dinheiro que Mitt Romney, com 15 milhões de dólares, sendo seguido de perto pelo ex governador do Massachussets, com 14,5 milhões. O Senador John Mccain, que continua a perder fôlego, amealhou apenas 11, 2 milhões de dólares. E será que Fred Dalton Thompson vai conseguir recuperar o atraso que tem, também no dinheiro?
O cinema europeu (continental) não se consegue impor por si em termos comerciais. Apesar da qualidade evidente que muitos demonstram, sem os apoios estatais ou comunitários, raramente conseguem obter lucros e arrastar multidões. Ao contrário do cinema independente anglo-saxónico, os europeus precisam que dos estados ou de organizações europeias para o promover e apoiar. Não tenho nada contra o cinema europeu, que tem produzido excelentes obras, como os recentes Zwartboek ou Das Leben der Anderen. Além de que muitos dos cineastas de grande sucesso de Hollywood são europeus. Portanto, não sou daqueles que defende que os americanos são melhores que os europeus. Mas... Através do Avenida Central**, vi o vídeo que a Comissão Europeia publicou para promover o cinema europeu. Ora, é impensável nos Estados Unidos que o governo central ou os gabinetes estaduais realizem campanhas de promoção. E a diferença é mesmo esta. Enquanto nos Estados Unidos e também na Inglaterra, o mercado audiovisual se impõe pelas leis normais do mercado, na Europa, nada existe sem o apoio do Estado. Enquanto a indústria cinematográfica europeia não se livrar da subsidio-dependência, podem fazer as campanhas que quiserem. Mas estarão sempre em segundo ou terceiro lugar.
**Já agora, eu teria sugerido outras estrelas. Se é através do sexo que a Comissão Europeia quer promover o cinema europeu, então poderia ter recorrido aos filmes da antiga deputada italiana, Cicciolina. Pelo menos estes, seriam mais explícitos e atractivos para os jovens do que aquelas cenas tímidas.
Já estamos habituados. Em Portugal, todos os argumentos servem para aumentar/manter/criar impostos. A União Europeia questiona a dupla tributação que Portugal efectuava, na compra de automóveis, com o pagamento do IA e também do IVA. Apesar da UE condenar Portugal por este procedimento, sabemos que o saque ao bolso dos contribuintes vai continuar. Com a extinção do Imposto Automóvel, ordenada pela UE, Portugal criou, em substituição do IA, dois novos impostos: o Imposto sobre os Veículos e Imposto Único de Circulação, que substituí o selo do carro. Eles nunca iriam permitir que os nossos automóveis fossem ao mesmo preço do resto da Europa. Além dos nossos rendimentos diminutos, ainda temos de encher os cofres do Estado (Há que pagar a OTA e o TGV).
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on segunda-feira, julho 02, 2007 at 23:19.
Quem me conhece, sabe que considero Braga a minha segunda cidade. Estudei lá durante muitos anos e aprendi a gostar imenso da cidade . Ao mesmo tempo, desenvolvi um sentimento de repulsa pela forma como a cidade foi gerida nos últimos 30 anos. Betão, fortes indícios de corrupção, paralisia social, inexistência de políticas culturais e de juventude, são alguns dos marcos da cidade. Mesquita Machado é a cara deste poder socialista, que muito soube construir mas pouco soube desenvolver. Ricardo Rio foi o candidato da coligação PSD /CDS nas últimas autárquicas. Neste momento, e depois do susto que tiveram na noite das últimas eleições, os socialistas bracarenses estão a entrar em pânico com a possibilidade de perderam as eleições. Ao contrário do que se passou no passado, o PSD aposta em manter o mesmo candidato. Ricardo Rio tem desenvolvido um trabalho notável como líder da oposição, sendo pela primeira vez em muitos anos, um sinal de esperança para milhares de cidadãos que nunca souberam conviver com os atropelos do poder socialista. Vamos ver se é desta que Braga muda de vida. Eu acredito. Ler a entrevista de Ricardo Rio hoje no JN.
Os radicais islâmicos preparavam-se para voltar a atacar no Reino Unido. Como se estivessem a preparar uma festa para se despedirem de Tony Blair, estes animais pretendiam matar o maior número de pessoas. Hoje, e como quase sempre, os terroristas eram pessoas com acesso à educação, sendo dois deles médicos a operar no sistema de saúde britânico. Um Jordano e outro Iraquiano.
É impossível acabar com estas bestas. Mas era bem mais fácil se do nosso lado não tivéssemos certos idiotas úteis a tentar entender e a explicar-nos que eles têm razões de queixa do Ocidente. E claro, que a verdadeira culpa da existência destes seres repugnantes é o capitalismo selvagem, representado pelos Estados Unidos.
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Published by Nuno Gouveia
on domingo, julho 01, 2007 at 20:38.
Esta é a questão em voga no debate sobre as primárias americanas. John Mccain partiu para esta corrida como o principal favorito a obter a nomeação republicana. Numa primeira fase foi ultrapassado por Rudy Giuliani, estando sempre em segundo lugar nas sondagens. Com a recente entrada na corrida do Ex Senador Fred Thompson, Mccain foi também ultrapassado pelo actor da série Law & Order. Conforme se pode ver nestas sondagens, na maior parte delas o senador do Arizona surge em terceiro lugar. John Mccain, considerado um dos políticos mais brilhantes da sua geração, muito provavelmente não chegará à Casa Branca. Em 2000 foi batido pelo dinheiro e capacidade política de George W. Bush. Agora parece não ter capacidade para "agarrar" o eleitorado republicano. Será que vai conseguir dar a volta?
Esta semana, em destaque, o blogue da Revista Atlântico. Uma companhia diária, e também mensal através da revista. Um projecto arrojado e de direita. Como fazia falta a Portugal.
José Sócrates assume hoje a presidência do Conselho Europeu. Nos próximos seis meses, Portugal tem a missão de finalizar o Tratado Europeu. Como português e europeísta convicto, considero fundamental para o nosso futuro que este mandato seja coroado de sucesso.
Apenas espero que Sócrates não se esqueça que continua a ser Primeiro Ministro e que tem de governar um país. António Guterres esqueceu-se disso e passado pouco tempo fugiu. Que tenha servido de exemplo.